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Governo de MS prevê modernização do Bioparque Pantanal até 2027

Projeto com investimento de R$ 30,8 milhões foi incluído no Plano Plurianual; ao mesmo tempo, avança o processo de concessão

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O governo de Mato Grosso do Sul prevê investir R$ 30,8 milhões na modernização do Bioparque Pantanal até 2027. Os investimentos constam no Plano Plurianual (PPA) enviado no início desta semana à Assembleia Legislativa. 

Para o próximo ano, a expectativa é de que a manutenção e os investimentos no Bioparque se aproximem de R$ 7 milhões. O restante do valor reservado no PPA será diluído ao longo do período de 2025 a 2027. 
No PPA, o governo de Mato Grosso do Sul, que atualmente administra o Bioparque Pantanal e não cobra ingresso para a entrada dos visitantes, não dá mais detalhes sobre os planos de modernização do espaço. O valor, porém, encontra-se em um programa “finalístico, de gestão e manutenção”. 

Enquanto garante a modernização e a manutenção do Bioparque, o governo trabalha para ter, nos próximos anos, um parceiro privado para administrar não apenas o complexo, que conta com vários aquários, centro de convenções e espaço para pesquisas, mas todo o Parque das Nações Indígenas e outros atrativos do local, como o Museu de Arte Contemporânea (Marco), por exemplo. 

CONCESSÃO

O governador Eduardo Riedel (PSDB) frisou, ontem, novamente os planos do governo de conceder o espaço público. O local custa aproximadamente R$ 1,2 milhão por mês aos cofres públicos, e pouco antes de ser inaugurado, no início de 2022, teve a desistência do Consórcio Cataratas, que em 2014 havia ganhado licitação para operar o local. 

Administrando os aquários do Rio de Janeiro e de Fortaleza, e com um aquário em construção em Foz do Iguaçu (PR), o grupo Cataratas acabou desistindo da concessão na capital de Mato Grosso do Sul. 

O projeto da gestão de Eduardo Riedel, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é mais ambicioso e envolve todo o empreendimento. 

Entre as ações que devem ser feitas com o objetivo de apresentar aos investidores interessados toda a estrutura do circuito de aquários, bem como os laboratórios e a biblioteca, está uma pesquisa de campo programada para ocorrer dentro do Bioparque Pantanal.

Essa pesquisa, segundo o plano especificações técnicas do BNDES, consiste em formular um estudo de conceito de negócio do Bioparque, que projete o número de visitantes, o perfil dos clientes e os valores de cobrança de ingressos que deverão ser empregados no empreendimento.

Também haverá um levantamento de dados com participantes e visitantes do Bioparque, para elaborar o perfil dos consumidores para as empresas interessadas no negócio.

Elaboração de produtos para avaliação comercial, estudo de demanda e estudo preliminar de engenharia, de arquitetura e de transporte também fazem parte do projeto técnico de concessão do Bioparque.

O documento também consta quais serão as formas de divulgação do projeto e interação com o mercado para angariar as possíveis empresas investidoras.

Haverá apresentações do projeto do Bioparque a investidores, com promoções e participações em eventos corporativos na modalidade virtual ou presencial, destacando Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo entre as cidades com maior potencial para se apresentar o empreendimento.

O BIOPARQUE

O Bioparque Pantanal conta com 21 mil metros quadrados de área construída, 5 milhões de litros de água e 359 espécies de animais. O espaço tem 239 tanques, com 31 voltados a exposições, um de abastecimento, um de reúso de descarte de efluentes, 38 na quarentena e 168 voltados exclusivamente para pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade.

Inaugurado no dia 28 de março de 2022, o local tornou-se um ponto turístico de Mato Grosso do Sul, conhecido por ser o maior aquário de água doce do mundo.

Em um ano e sete meses de funcionamento, período no qual não houve cobrança de entrada, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 300 mil visitantes.

Durante sua construção, o Bioparque, ainda chamado de Aquário do Pantanal, foi alvo de investigações de corrupção, conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS). A obra custou R$ 400 milhões aos cofres públicos.

SAIBA

No plano de especificações técnicas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para atrair investidores está prevista a apresentação do projeto de concessão do Bioparque Pantanal a investidores de cidades como Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

STF X MUSK

Alexandre de Moraes ordena suspensão imediata do X no Brasil

Nova burla custará multa de R$ 5 milhões diários à rede social

19/09/2024 13h30

Foto: Divulgação/X

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou na noite desta quarta-feira (18) que a rede social X suspenda imediatamente o uso de novos acessos pelos servidores de internet CDN, Cloudflare, Fastly e Edgeuno e outros semelhantes, criados para burlar a decisão judicial de bloqueio da plataforma em território nacional, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 5 milhões ao X Brasil e ao Twitter.

A determinação de manter a suspensão da rede social ocorre após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) notificar nesta quarta-feira a manobra que atualizou o aplicativo da plataforma X, ocorrida nas últimas 24 horas, o que possibilitou o amplo acesso dos usuários aos serviços da plataforma no país, burlando o bloqueio determinado pela justiça brasileira.

“Não há, portanto, dúvidas de que a plataforma X – sob o comando direto de Elon Musk [proprietário do X] –, novamente, pretende desrespeitar o Poder Judiciário brasileiro, pois a Anatel identificou a estratégia utilizada para desobedecer a ordem judicial proferida nos autos, inclusive com a sugestão das providências a serem adotadas para a manutenção da suspensão”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes na decisão.

Adicionalmente, o ministro ordenou que a Anatel adote, imediatamente, todas as providências necessárias à manutenção da suspensão do funcionamento do X Brasil em território nacional, determinada pela Primeira Turma da Corte. A Anatel deve, inclusive, suspender os novos acessos pelos servidores de internet identificados.

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes estipulou o prazo de 24 horas para que a Anatel comunique ao STF quais providências foram adotadas e que medidas foram implementadas para cumprimento da decisão de bloqueio do X no país.

O ministro ainda intimou as empresas Twitter International Unlimited Company e X Brasil Internet, via edital, já que o X encerrou as atividades no Brasil e, atualmente, não tem representação legal no país. O ministro também intimou a Starlink Brazil, empresa de tecnologia também de propriedade do bilionário Elon Musk.

Entenda

Em nota à imprensa, a Anatel diz que a acessibilidade dos usuários à rede X desrespeita a decisão judicial e esclarece que teve o apoio ativo das prestadoras de telecomunicações e da empresa Cloudfare para identificar o mecanismo que permitiu o desbloqueio da plataforma. A agência reguladora ainda noticiou possíveis providências que podem ser adotadas para cessar a desobediência à ordem judicial. 

“A conduta da rede X demonstra intenção deliberada de descumprir a ordem do STF. Eventuais novas tentativas de burla ao bloqueio merecerão da Agência as providências cabíveis”, diz a nota da Anatel.

O X está bloqueado no Brasil desde o fim de agosto, após uma determinação do ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a decisão, a suspensão vale até que a rede pague multas e indique um representante legal no país.

*Com informações da Agência Brasil

MATO GROSSO DO SUL

Com possível nova greve, policiais discutem proposta no sábado (21)

Governo propôs incorporação do auxílio-alimentação, mais bônus de R$ 130 para classes iniciais, o que categoria já sinaliza como "aquém do esperado"

19/09/2024 12h49

Assembleia dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul terá formato híbrido, com a participação dos agentes podendo ser tanto presencial quanto online

Assembleia dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul terá formato híbrido, com a participação dos agentes podendo ser tanto presencial quanto online Marcelo Victor/Correio do Estado

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Com atividades paralisadas nas delegacias de todo Mato Grosso do Sul, os cerca de 1,6 mil investigadores e escrivães ativos discutem no sábado (21) a proposta do Governo do Estado, já ponderando também a possibilidade de uma nova greve para a próxima semana, caso não aceitem a oferta. 

Paralisados até às 08h de amanhã (20), quando completam 24 horas de manifestação, as delegacias de todo o Mato Grosso do Sul funcionam somente com serviços essenciais durante esse período, voltada apenas para: 

  • Prisão em flagrante, 
  • medidas protetivas e 
  • ocorrência com menor vítima.

Como bem frisa o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa, as delegacias operam atualmente com 30% do efetivo para suprir esses serviços essenciais, com a ideia de chamar atenção dos Poderes do Estado para um compromisso firmado anteriormente com o Governo. 

"Deixar a gente entre os seis melhores salários do País e, para que isso ocorra, é preciso um aumento de 30%. Tinha feito o compromisso de parcelar e agora recuou", expõe o representante da classe.

"Acampado" com os policiais na manhã desta quinta-feira (19), em frente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro de Campo Grande, Alexandre destaca que a proposta recebida ontem (18) será discutida no sábado (21) pela categoria. 

"Esse auxílio-alimentação seria incorporado ao subsídio e faltariam 18% a ser parcelado em três vezes, concedido anualmente deste ano até 2026", proposta essa que o Governo retrocedeu, diz o representante. 

Justamente isso causou revolta da categoria, que agora sinaliza isso através da paralisação por 24 horas. "Ontem ele enviou uma proposta que incorporava o auxílio-alimentação, com mais um abono de R$ 130 para as classes iniciais", cita, o que a categoria acampada já sinaliza "não ser suficiente" ou bem aquém do esperado.  

Prevista para sábado (21), essa assembleia dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul terá formato híbrido, com a participação dos agentes podendo ser tanto presencial quanto online. 

Pautada a proposta do Governo do Estado - que você confere na íntegra CLICANDO AQUI -, a consequência da recusa por parte da categoria é justamente a possibilidade de uma nova greve, a ser realizada a partir da próxima semana. 

"Não podemos ficar doentes"

Entre essa "linha de frente" dos agentes civis, eles sinalizam justamente a discrepância no tratamento entre a categoria, que forma uma verdadeira "casta", com benefícios concentrados no topo em detrimento das classes policiais mais baixas. 

Alexandre destaca a inversão de valores, uma vez que a Polícia Civil de MS aparece entre os melhores índices do País no quesito de produção, enquanto possuem um dos "piores valores salariais" no ranking nacional. 

A nova proposta também já é vista com maus olhos, já que, como bem explica o presidente, quando há incorporação de verba indenizatória no subsídio, há também incidência de imposto sobre esse valor, o que acaba por reduzir o salário real. 

Entre os policiais, além dos valores indicados como "falta de valorização" da categoria, por parte do Poder Público, há um sentimento de que eles "não podem ficar doentes", já que até o gasto médico precisa sair do próprio bolso. 

"Uma das revoltas da categoria, também, foi que em maio desse ano, o governo concedeu para os delegados de polícia e os fiscais de renda, um auxílio de saúde... e não estendeu para nós", salienta o representante. 

Ou seja, diante da divisão das classes, esses policiais que trabalham na ponta, com atendimento ao público; lidando com presos, estariam consequentemente mais expostos a doenças (como tuberculose e covid), sem receber o auxílio de saúde que foi só para os delegados. 

Em maio desse ano, tanto delegados quanto os fiscais de renda receberam o chamado "auxílio saúde", que em valores absolutos acrescenta dois mil reais para esses oficiais, o que não se estendeu para as classes mais baixas. 

Hoje, caso o policial dessa "linha de frente" precise de um atendimento psicossocial, é um custeio que precisa tirar do próprio bolso, categoria essa que no nível I é remunerada atualmente com R$ 5.767,12, distante dos valores entre 10 e 13 mil para a chamada classe especial. 

"E com déficit de 900 policiais em todo o Mato Grosso do Sul; com concurso público prometido desde o começo do ano, que não saiu até agora; muitos estão adoecendo, a saúde mental deles está abalada e tem que tirar do próprio bolso para se tratar", conclui Alexandre.

 

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