Polícia

AUDIÊNCIA ADIADA

Julgamento de Jamilzinho, denunciado por mandar matar Playboy, ficou para ano que vem

Réu já condenado por crime de mando, teria traçado morte de empresário por levar soco no nariz, em boate de Campo Grande

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Embora esperado para ocorrer até dezembro deste ano, fracassou o intuito de julgar Jamil Name Filho, o Jamilzinho, 46, por ele ter, segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), mandado matar o empresário Marcelo Hernandes Colombo, o conhecido Playboy da Mansão, então com 31 anos de idade, no dia 18 de outubro de 2018, perto de cinco anos atrás.  

Correio do Estado apurou que a audiência de julgamento de Jamilzinho deva ocorrer somente em 2024 por uma questão de logística. 

O júri deve ocorrer com a presença do réu, hoje numa cela de presídio federal, a 3,2 mil km distante de Campo Grande.

Além de Jamilzinho, serão julgados por este crime Everaldo Monteiro de Assis, um policial federal, o ex-guarda civil Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira, que também é ex-guarda municipal de Campo Grande. 

Jamilzinho, que nega participação no crime, conforme a denúncia, teria mandado matar Playboy por este ter acerta-lhe um soco no rosto depois de uma discussão. 

Em julho deste ano, Jamilzinho foi condenado a 23,6 anos de prisão por ter sido apontado como o mandante da execução do estudante de Direito, Matheus Xavier, então com 20 anos de idade, em abril de 2019, também em Campo Grande.  

Pelo apurado por investigadores do caso, a ordem determinada por Jamilzinho, passada a dois pistoleiros, quem deveria morrer seria um ex-oficial da Polícia Militar, Paulo Xavier, o PX, pai da vítima, que seria desafeto do réu. Os matadores, para os denunciantes, erraram a missão e atiraram no filho, ao invés do pai. 

APELAÇÃO CONTESTADA 

Acusados pela morte de Playboy tentaram retardar o julgamento com recursos movidos no Tribunal de Justiça de MS, contudo a corte rejeitou a apelação. 

"Após a oitiva da Procuradoria-Geral de Justiça, os autos voltaram-me conclusos para deliberação. Quanto às matérias suscitadas pela defesa do recorrente Everaldo Monteiro de Assis [o policial federal], primeiramente, mantenho o julgamento já pautado. Segundo, as questões postas serão deliberadas por ocasião do julgamento. Aguarde-se, pois, o julgamento marcado", diz trecho da decisão do TJMS, determinada pelo desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques: 

Logo depois da condenação de Jamilzinho pelo assassinato do estudante de Direito, em audiência ocorrida no dia 20 de julho passado, dois meses atrás, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, havia dito que a intenção era a de julgar os envolvidos na morte de Playboy ainda neste ano. 

De acordo com o apurado pelo jornal, o julgamento em questão pode durar mais de um dia e isso exige uma estratégia de segurança melhor planejada, daí a audiência já estaria sendo pensada para o ano que vem, no primeiro semestre, no caso.

O adiamento não consta nos autos, contudo, fontes ouvidas pelo jornal, sustentam que a audiência só ocorre em 2024.

MORTE DE PLAYBOY 

Playboy, conforme o processo, morreu por ter se desentendido com Jamilzinho numa boate, em Campo Grande, trecho do processo. 

"A vítima Marcel Costa Hernandes Colombo e o denunciado Jamil Name Filho, tempos antes do crime em tela, se desentenderam em uma casa noturna da cidade, oportunidade em que Marcel Colombo desferiu um soco no nariz de Jamil Name Filho. Em razão de tal agressão, Jamil Name Filho nutriu sentimento desmedido de vingança, apenas saciado mediante o ajuste com o acusado Jamil Name (pai de Jamilzinho) de ceifar a vida da vítima”. 

Playboy foi morto num bar situado na Avenida Fernando Corrêa. Ele conversava com amigos e foi surpreendido pelo pistoleiro que atirou cinco vezes. A vítima morreu no local. Duas pessoas conversam Playboy, mas não foram atingidos. Toda a cena foi captada por câmeras de segurança.

Jamilzinho foi preso em 2019 por ser apontado como um dos líderes de milícia armada e que mandava matar eventuais rivais que ousassem em atrapalhar planos supostamente criminosos, conforme denúncia do MPMS.

 

 

 

 

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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