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Loubet teve vantagem de 600 votos sobre Amaducci em eleição do PT

Deputado foi escolhido como novo presidente estadual da sigla

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Novo presidente estadual do PT, o deputado federal Vander Loubet obteve vantagem de 600 votos contra Humberto Amaducci, placar com apuração final de 762 a 162, números totalizados. Além dele, o deputado estadual Pedro Kemp levou a eleição municipal da sigla, em Campo Grande. 

A votação foi realizada entre 9h às 17h, deste domingo (6), em 66 municípios de Mato Grosso do Sul. Os votos foram depositados em cédula de papel e a contagem foi feita de forma manual. A intenção do partido era usar a urna eletrônica na disputa, contudo, nem todos os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do país concordaram em emprestar os equipamentos.

Em Campo Grande, as eleições ocorreram na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MS), localizada na travessa Coronel Edgar Gomes, número 49, bairro São Francisco. O resultado parcial foi divulgado às 23h35min de domingo (6). Confira a distribuição dos votos na Capital:

PRESIDENTE ESTADUAL

 

300 – Vander Loubet

Humberto Amaducci -320

Número de votos

762

162

PRESIDENTE MUNICIPAL*

 

570 – Pedro Kemp

Elaine Becker - 520

Número de votos

675

219

PRESIDENTE NACIONAL

 

180 – Edinho Silva

150 - Romênio Pereira

130 - Rui Falcão

120 - Valter Pomar

Número de votos

559

16

178

141

O anúncio oficial será divulgado nas próximas horas. Ate a tarde desta segunda-feira (7), 95% dos votos haviam sido apurados. 

Balanço parcial também aponta que 949 pessoas votaram em Campo Grande, 396 em Dourados, 189 em Porto Murtinho, 170 em Rio Verde de Mato Grosso, 149 em Coxim, 99 em Mundo Novo, 58 em Bandeirantes, 28 em Cassilândia, 54 em Coronel Sapucaia, 45 em Itaporã, 96 em Ivinhema, 53 em Paranhos, 32 em Ribas do Rio Pardo, 107 em Rio Brilhante e 71 em Sonora. Número de votos em outros municípios será divulgado nos próximos balanços.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado neste domingo (6), Vander disse que ficou impressionado com a mobilização do PT e como os petistas estavam motivados na hora da votação. “Acredito que a gente fez o maior encontro da história do partido aqui no Estado, mas agora acabou a disputa e temos de dialogar com toda a militância”, avisou.

Ele relembrou que percorreu mais de 60 dos 79 municípios do Estado e participou de 10 debates. “Agora, com o fim da eleição, precisamos ter uma unidade total em torno da reeleição do Lula e da possibilidade de voltar a fazer um senador aqui em Mato Grosso do Sul”, pontuou.

O eleito destacou que sua gestão será pautada em três pilares. “O primeiro deles é promover a organização partidária, que é ir até onde está o filiado do PT. Nós vamos usar das ferramentas tecnológicas que a gente tem e da lista da Justiça Eleitoral para enxugar, saber de fato quantos filiados nós temos atualmente no Estado”, revelou.

Foto: Giovanni Coletti 

Já o seu segundo pilar, conforme o deputado federal, é a questão da formação política, que seria uma necessidade que o partido tem e precisa sanar. “Queremos retomar a formação política porque cada militante com formação política vale por 100”, argumentou.

Conforme Vander Loubet, o terceiro pilar do seu mandato à frente da legenda será a comunicação. “Temos de conectar os filiados do Estado com os da nacional para fazer essa via de mão dupla no conteúdo para que os militantes sul-mato-grossenses possam fazer a defesa do nosso projeto, bem como a defesa das ações do governo Lula em cada município e, principalmente, combater as fake news”, projetou.

Também neste domingo, Kemp ressaltou que o PT é um partido democrático e que o momento de eleição é um momento importante para mobilização do partido.

“Depois da eleição, queremos organizar o pt, fortalecer, trazer novos filiados, fazer formação politica, porque o nosso grande objetivo é a reeleição do presidente Lula no ano que vem, por isso queremos um partido forte e mobilizado. Quem ganha tem apoio de todo mundo pra defender a nossa bandeira”, afirmou.

Em Mato Grosso do Sul, 33.657 pessoas são filiadas ao PT.

*Números parciais 

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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