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MS reforça segurança pública dos presídios e contra incêndios florestais

Polícia Penal e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul recebem 700 pistolas, quase 400 coletes e 33 viaturas no total

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Forças de segurança pública de Mato Grosso do Sul, a Polícia Penal e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMMS) receberam, na manhã desta segunda-feira (12), um reforço que soma mais de doze milhões de reais investidos para melhorar o desempenho de suas funções. 

Conforme entrega feita pelo Governo do Estado na manhã de hoje (12), no 6º Grupamento de Bombeiros Militar de Campo Grande, são mais de R$12 milhões investidos em 33 viaturas totais, além de armamento específico e coletes balísticos. 

São 20 viaturas Mitsubishi L200 Triton Sport GLS, para modernizar e ampliar a infraestrutura da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental) do CBBMS, além de outros 13 novos veículos para a Polícia Penal, 700 pistolas Taurus e 398 coletes balísticos.

Governador por Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel fez questão de ressaltar que as viaturas dos bombeiros para atuar no combate aos incêndios florestais são de "última geração", bem como os 13 veículos para a Polícia Penal, que tem a função de responder pela permanência de mais de 23 mil detentos no Estado.

"Segurança pública se faz com investimento, com inteligência, com valorização desses profissionais e é o que a gente tem buscado no dia a dia de trabalho, o Estado entregar para os nossos profissionais", disse Eduardo Riedel. 

Segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antonio Carlos Videira, além dos veículos para o Corpo de Bombeiros que devem facilitar o acesso aos focos de incêndio nesse cenário de defesa do Pantanal, por exemplo, as viaturas para os policiais vão de acordo com as principais mudanças que ocorreram na Polícia Penal. 

"Os policiais penais, além de uma viatura com proteção balística, recebem também novos coletes e também armas e comissões em condições de reagir ou atuar preventivamente, de forma que garanta o exercício pleno das atividades da polícia penal, seja nas audiências, em remoções de presos para outras unidades, atendimento médico ou levar o detento para um posto de saúde", disse Videiro. 

Nas palavras do secretário, as novas viaturas devem beneficiar não apenas a Capital, mas também unidades penais do interior e da faixa fronteiriça de Mato Grosso do Sul, distribuídas entre os seguintes municípios: 

  • Campo Grande,
  • Dourados,
  • Naviraí,
  • Corumbá,
  • Ponta Porã,
  • Três Lagoas e
  • Dois Irmãos do Buriti.

Combate aos incêndios

Riedel fez questão de reforçar que o trabalho do Corpo de Bombeiros defende, inclusive, as áreas de floresta plantada, que possuem um gigantesco valor econômico para Mato Grosso do Sul, com o combate aos incêndios compreendendo uma série de fatores, mas principalmente o preparo adequado. 

"A meteorologia é uma ciência não exata. No começo do ano seria a pior cerca da história já vivida, como foi 2020, vivemos isso em 2024 e todo mundo estava com o prognóstico de que seria pior que o ano passado... ainda não aconteceu. As chuvas que ocorreram em grande volume 15 dias atrás e agora essa semana com essa frente fria, isso ajuda muito a minimizar essa previsão", disse o governador em análise. 

O Coronel Frederico Reis, do Corpo de Bombeiros, detalhou que cada viatura deve ter quatro militares, que devem formar uma tropa de 80 homens para combate aos incêndios no Pantanal, com a prevenção neste primeiro momento, dando ênfase à análise do governador. 

"Ainda bem que a gente está com um tempo favorável, com bastante chuva na região e isso fortalece as nossas ações de prevenção. A gente vai ficar o ano todo na região do Pantanal protegendo o bioma", disse. 

Segundo o Coronel, a região do Pantanal já conta com 20 veículos e as novas Mitsubishi L200 Triton Sport GLS devem totalizar 40 viaturas e 5 caminhões de combate a incêndio.

"Fora as bases avançadas, que são 11 distribuídas no Pantanal... estamos com um reforço muito grande, querendo que a temporada não comece, mas o trabalho de prevenção e de combate já está sendo feito naquela região", lembra. 

Frederico expõe que o implemento das 20 viaturas é importante, indo de encontro a dois pontos tidos como dificultadores das ações no Pantanal, os problemas de locomoção e permanência no bioma. 

"Que é como chegar e como se movimentar na região do Pantanal. Então, são viaturas equipadas, 4x4, junto com kit pick-up, que faz um combate e resolve o problema no incêndio florestal na região em que elas forem empregadas", complementa. 

O governador completa sua fala lembrando que, ainda no mês de meio, "há muito chão pela frente", porém o mais importante é que o Corpo de Bombeiro Militar está preparado para atuar o ano inteiro com calendário de prevenção aos incêndios e possíveis combates, com mais 30 alunos sendo preparados daqui para frente para o serviço. 

"Não é mais uma ação pontual e específica no combate ao incêndio. É uma preparação e programação que o CBMMS têm ao longo do ano, monitorando o clima, presente no Pantanal, avançando nas bases... já tem uma equipe, agora mais de 30 homens saindo para o Pantanal, vão ficar dois meses lá, de maneira preventiva, acompanhando toda a evolução do clima e eles tem meios para realizar esse trabalho", conclui.     


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baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

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Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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