Polícia

DESDOBRAMENTOS

Polícia prende William pela morte de Wesner com mangueira de ar comprimido

Condenados a 12 anos, indivíduo se apresentou ontem (27) na Depac Cepol ao lado do advogado e policiais continuam "na cola" de Thiago Giovanni

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Condenado pela morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos - morto após uma ter uma mangueira de ar introduzida no ânus, em 3 de fevereiro de 2017 -, William Enrique Larrea se apresentou ao lado de advogado nesta terça-feira (28) e já foi conduzido ao sistema prisional. 

William Enrique Larrea, de 37 anos, há uma semana era considerado foragido e se apresentou na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro Integrado de Polícia Especializada (Cepol).  

Ainda conforme a polícia, o indivíduo preso nessa terça-feira (27) permaneceu num primeiro momento na Depac/Cepol, sendo transferido na manhã desta quarta (28) para o Centro de Triagem do Sistema Prisional. 

Condenado ao lado de Thiago Giovanni Demarco Sena, de 27 anos, que é considerado foragido, a polícia também indica que segue "na cola" do segundo envolvido, com expectativa de que a prisão aconteça "nos próximos dias". 

Condenados

Há oito dias, Thiago Giovanni e William Enrique foram considerados foragidos por não se entregarem às autoridades até a data de 20 de fevereiro. Acusados de matar Wesner, a condenação de 12 anos de prisão saiu do júri popular realizado ainda em 30 de março de 2023. 

Ambos recorreram dessa decisão judicial e passaram todo esse tempo respondendo ao processo em liberdade. Tanto Thiago quanto William prestaram depoimento alguns dias após a morte de Wesner, sendo liberados em seguida. 

Esse caso aconteceu há sete anos, todos os três trabalhavam em um lava-jato, local que foi palco do crime cometido em 03 de fevereiro de 2017. Na ocasião, a vítima teria pedido que William, dono do empreendimento, comprasse uma coca-cola para que consumissem juntos. 

“De novo? Agora toda hora Coca-Cola!”, respondeu o patrão, apanhando um pano usado para limpar carros com o qual passou a bater na vítima "também de maneira lúdica [atitude de entretenimento]", como consta na denúncia movida pela 18ª Promotoria de Justiça da Capital. 

O que aconteceu em seguida, segundo a denúncia, foi uma tentativa de parar com a brincadeira, com a vítima correndo para se distanciar, sendo perseguido e imobilizado por William, que segurou Wesner pelos braços e tórax para que não escapasse. 

"Assim, logo após, o denunciado William carregou a vítima, ainda imobilizada, até o local em que se encontrava o denunciado Thiago... provam os Autos Inquisitoriais que o denunciado THIAGO, em conluio e unidade de desígnios com o denunciado WILLIAm - que ainda imobilizava a vítima -, muniu-se de uma mangueira de ar, utilizada para a limpeza de veículos no LAVA A JATO, retirou a bermuda e cueca da vítima e ligou o compressor de ar que alimentava a mangueira e introduziu-a no ânus daquela, que imediatamente passou mal e vomitou", acrescenta a denúncia. 

Crime

Ainda que descrito pelos condenados como uma "brincadeira", as consequências foram fatais para Wesner Moreira da Silva, que morreu aos 17 anos.

Após ter a mangueira introduzida no ânus em 03 de fevereiro, Wesner foi levado inicialmente para um hospital, na região do bairro Tiradentes. Ele alegava dores na barriga, além de quadros de vômito e também inchaço na região do abdômen. 

Wesner Moreira da Silva foi posteriormente levado até o Hospital Santa Casa de Campo Grande, permanecendo internado por cerca de 11 dias. Sua morte foi registrada em 14 de janeiro de 2017. 

 

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TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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