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Por dia, 12 pessoas se ferem no trânsito de Campo Grande

No último ano, foram registrados 4.479 acidentes nas ruas da Capital que resultaram em uma ou mais vítimas, segundo dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito

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Ao menos 12 pessoas se ferem todos os dias no trânsito em Campo Grande, é o que apontam os dados do Sistema de Controle de Contas Municipais (SicomWeb), fornecidos pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) ao Correio do Estado

No último ano, foram registrados 4.479 acidentes com vítimas, números que indicam que, em média, pelo menos 12 pessoas se feriram em acidentes na Capital por dia. 

Fonte: Agetran e GGIT

O índice é ligeiramente inferior ao número de acidentes com vítimas de 2023, ano em que ocorreram 4.592 ocorrências deste tipo, ou seja, 113 a mais que em 2024. Cabe destacar que a quantidade de feridos pode ser superior, uma vez que o sistema não traz o levantamento do número de pessoas envolvidas. Ao longo dos últimos dois anos, foram registradas 149 mortes, 75 em 2023 e outras 74 no ano passado. 

De acordo com o coronel Augusto Regalo, comandante do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito Urbano e Rodoviário (BPMTran), apesar de ser um número expressivo de acidentes, as colisões que envolvem vítimas têm um perfil específico de condutor. 

“Esse tipo de variação no índice de acidentes é normal, o que não se altera é o perfil das vítimas. Nós registramos média de 30 acidentes por dia em Campo Grande, dos quais 10 tinham vítimas, e destes, 90% envolviam motociclistas”, afirmou o coronel. 

O comandante destacou que mesmo com a manutenção da média de acidentes com vítimas, o período pós-pandemia de Covid-19 provocou uma mudança no fluxo das ocorrências, que antes de 2020 aconteciam na região central de Campo Grande e, após esse período, passaram a acontecer em vias à margem do centro da cidade. 

“Antigamente, os acidentes se concentravam basicamente na região central da cidade, nos cruzamentos entre as avenidas Afonso Pena e Ernesto Geisel, além do cruzamento entre a Rua Rui Barbosa e a Avenida Eduardo Elias Zahran, o que mudou nos últimos anos”, frisou o comandante do BPMTran.

Segundo Regalo, nos últimos anos, os acidentes se concentraram em regiões como Avenida Guaicurus, Avenida dos Cafezais, Avenida Cônsul Assaf Trad, Rua Fraiburgo, nas Moreninhas, e Rua Zulmira Borba, no Bairro Nova Lima.

Questionado pela reportagem, o comandante disse que todos os índices estão interligados, uma vez que confirmam a mudança das áreas de maior concentração de pessoas. 

“O morador não precisa mais sair de seu bairro e ir para a região central. Atualmente, ele consegue fazer tudo dentro do lugar onde mora ou mesmo entre dois bairros diferentes”, afirmou Regalo. 

De acordo com o comandante, o aumento do número de carros de aplicativo e motoentregadores, demandas geradas ou intensificadas pela pandemia, também estão ligados aos acidentes com vítimas

NOVOS CONDUTORES

Chefe de fiscalização do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), Ruben Ajala disse que outro fator que pode contribuir para os acidentes com vítimas é aumento do número de veículos flutuantes na Capital, referência àqueles motoristas que não são moradores da cidade, porém, circulam periodicamente pela Capital. 

“O número de veículos flutuantes aumentou muito em Campo Grande, a população é de quase 1 milhão de pessoas, em relação aos veículos, esse número é muito maior”, disse à reportagem. 

Conforme o Detran-MS, atualmente, a Capital conta com 666.279 veículos para uma população de 898.100 pessoas, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O chefe do Detran-MS destacou que ações da Lei Seca e monitoramentos de rotina são outros fatores que contribuem para o trabalho do Detran. 

“Estamos investindo muito, estamos de quinta a domingo com ações ligadas à Lei Seca, além de fiscalizar os ‘volantes’ e multas”, disse Ajala. 

MULTAS

No ano passado, foram aplicadas mais de 313,9 mil multas no trânsito de Campo Grande, sendo a maioria por excesso de velocidade, conforme matéria do Correio do Estado. A infração vem seguida pelo avanço de sinal vermelho e a conversão proibida no ranking de notificações aos motoristas na Capital.

Segundo dados fornecidos pela Agetran à reportagem, por meio do SicomWeb, no ano passado, foram aplicadas 313.971 multas de janeiro a novembro, enquanto em 2023, no ano todo, foram 332.938 infrações registradas.

*Colaborou Daiany Albuquerque

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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