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PRF intercepta 456 kg de cocaína e faz oitava grande apreensão do ano em Paranaíba; veja vídeo

Carga foi apreendida na BR-158; neste ano, mais de 2,3 toneladas já foram interceptadas na região

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Na tarde do último domingo (26) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 465 kg de cocaína na BR-158, em Paranaíba, município aproximadamente 407 quilômetros distante de Campo Grande.

Em nota, a PRF informou que a carga foi interceptada em uma ação conjunta com a PRF de Mato Grosso e a Polícia Federal de Rondônia.

Os agentes realizavam fiscalização na rodovia, quando identificaram um caminhão estacionado no acostamento. Foi realizada a abordagem para oferecer auxílio ao condutor, que durante a entrevista demonstrou nervosismo e levantou suspeitas da equipe.

Após ser encaminhado para a Unidade Operacional da PRF, o motorista foi questionado sobre a carga do reboque, e confessou que transportava drogas. Ao abrir o baú, a equipe encontrou 463 kg de pasta base de cocaína e 2 kg de cloridrato. Veja vídeo:

O homem informou que pegou o ilícito no interior de Mato Grosso, e que deveria entregá-lo no estado de São Paulo. Ele foi preso e a ocorrência encaminhada à Polícia Federal.

Oitava grande apreensão

Entre março e agosto, a PRF já havia realizado sete grandes apreensões em Paranaíba, que somavam 1,9 toneladas do entorpecente. Agora, com os 465 kg da última apreensão, já são 2,36 toneladas.

O município está localizado na divisa com Minas Gerais, a 410 quilômetros de Campo Grande, mas, como a maioria destes carregamentos provavelmente saíram de países vizinhos, eles percorreram distância muito maior. Entre Ponta Porã (Paraguai) e Paranaíba são 730 quilômetros. De Corumbá (Bolívia) até a divisa com Minas Gerais são 840 quilômetros e pelo menos uma dezena de postos de fiscalização das forças policiais federais e estaduais. 

A primeira importante descoberta do ano na região de Paranaíba aconteceu em 13 de março, quando foram interceptados 217 kg. No mês seguinte, os policiais encontraram 484 kg de cocaína em meio a um carregamento de carne resfriada. Eles só romperam o lacre da carga, segundo informou a PRF à época, depois de detectarem peso diferente ao que constava na nota fiscal.

No dia 22 de maio, no mesmo local, foram apreendidos 393 kg de pasta base de cocaína, que estavam no meio de uma carga de madeira. À época, o motorista disse que estava vindo de Mato Grosso e levaria a droga até São Paulo. 

Em 18 de junho, outros 180 kg foram interceptados próximo ao posto da PRF de Paranaíba. Esta descoberta, conforme a PRF, ocorreu porque o caminhoneiro teve problemas em um pneu e os agentes se ofereceram para prestar auxílio. Por causa do nervosismo do condutor, acabaram fazendo uma vistoria e descobriram as drogas.

No dia 27 de julho, agentes interceptaram um carregamento de 431 quilos de cocaína nessa mesma rodovia, a BR-158, em Paranaíba. Conforme noticiado anteriormente, o caminhão chamou a atenção dos policiais porque apresentava problemas no sistema de iluminação. Durante a entrevista, o caminhoneiro afirmou que o caminhão estava vazio, mas apresentou nervosismo, e por isso os policiais decidiram fazer uma vistoria mais minuciosa no veículo, e encontraram várias malas recheadas com os tabletes de cocaína.

Na manhã do dia 10 de julho, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 148 kg de pasta base de cocaína, que era transportada em um caminhão que carregava sucata. Na abordagem, os policiais desconfiaram de informações passadas pelo motorista, e decidiram realizar uma vistoria, que confirmou a presença de tabletes de cocaína em meio ao carregamento.

A última apreensão havia sido noticiada pela PRF no dia 14 de agosto, com 119 kg de cocaína retidos. A droga era transportada em um caminhão Volvo/FH12, que chamou a atenção da fiscalização por utilizar pneus em mau estado de conservação.

Na fiscalização dos estepes, os policiais notaram que eles apresentavam um peso incomum, e contaram com a ajuda de um borracheiro para abrir os pneus. Dentro deles, encontraram os tabletes de pasta base e cloridato de cocaína.

O condutor disse ter recebido a carreta em Campo Grande (MS) e deveria entregá-la em Minas Gerais.

Histórico

Nos primeiros sete meses de 2023, Mato Grosso do Sul já havia registrado o ano recorde em apreensão de cocaína em rodovias federais do Estado. De janeiro a julho deste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 10.824 kg do entorpecente, 96 kg a mais do que o apreendido em 2022, ano em que foram interceptados 10.728 kg da droga.

Agora, nos primeiros 11 meses do ano, a quantidade de carga apreendida já chegou a 14.341 kg.

O ano passado já havia sido um ano recorde em comparação com os anos anteriores. Em 2021, foram 5.201 kg apreendidos, e em 2020, primeiro ano que se tem registro no Observatório de Dados da Polícia Rodoviária Federal, foram interceptados 5.041 kg do entorpecente.

Se compararmos os anos de 2020 e 2021, podemos notar um certa estabilidade. Entre 2021 e 2022, tivemos o primeiro "boom", com aumento de 106% na quantidade apreendida.

Maior apreensão do ano

Neste ano, o Estado teve a maior apreensão de cocaína da história da PRF a nível nacional, realizada em 27 de feverereiro. Foram apreendidas 1,8 tonelada de cocaína em Sidrolândia, município localizado a 63 quilômetros de Campo Grande. A carga foi avaliada em R$ 334 milhões.

Em nota, à época, a PRF divulgou que a droga era transportada em um caminhão tanque VW 24.280, que passou por fiscalização no km 480 da BR-060, em Sidrolândia.

Os responsáveis pela fiscalização eram os policiais do Grupo de Operações com Cães (GOC-MS), que contaram com a ajuda dos cães farejadores da raça pastor alemão, K9 Thor e K9 Amélia, para identificar compartimentos ocultos no veículo. Foram encontrados três compartimentos, cheios de tabletes da droga.

O condutor, um homem, de 44 anos, seguia de Jardim (MS) para Campo Grande (MS), e contou que recebeu R$ 20 mil e o veículo para transportar a carga ilícita. Ainda segundo ele, a droga seria entregue para um desconhecido em um posto de combustível em Campo Grande.

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baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

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Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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