Brasil

APOSTAS

Simone Tebet é cotada para o Ministério da Justiça

Advogada e professora de direito, ela aparece em lista com Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio de Carvalho, Jorge Messias e Ricardo Capelli

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A provável indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) abre a disputa pela sucessão para o Ministério da Justiça. Um dos nomes que emerge entre integrantes do governo é o da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, ex-deputada estadual,  ex-prefeita de Três Lagoas e ex-senadora. 

Advogada, ela se formou em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É especialista em ciência do direito pela Escola Superior da Magistratura e mestre em direito do Estado pela PUC de São Paulo e foi candidata à presidência em 2022, quando apoiou Lula no segundo turno.

A nomeação de Tebet para o cargo ajudaria Lula (PT) a aplacar a contrariedade que deve surgir por não indicar uma mulher para o STF.

Com a saída de Rosa Weber e a entrada de Dino em seu lugar, a Corte terá apenas uma mulher entre seus integrantes, a ministra Cármen Lúcia.

Por outro lado, ganharia uma plataforma poderosa para uma eventual candidatura à Presidência da República, o que pode descontentar o PT.

Há outros nomes sendo cotados para o lugar de Dino. O ministro Ricardo Lewandowski voltou a figurar na bolsa de apostas. Ele viaja nesta semana com Lula para Dubai, Emirados Árabes, onde participam da COP, e depois para Berlim.

Ex-ministro do STF, ele é muito próximo do presidente e já foi cotado para o cargo no começo do governo.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas, tem apoio expressivo no PT. É filiado há 30 anos ao partido, e sua atuação na Operação Lava Jato foi considerada fundamental para que Lula pudesse, enfim, ser solto.

Outra possibilidade é a nomeação do atual advogado-geral da União, Jorge Messias, para a Justiça. Ele figurava entre os preferidos de Lula para substituir Rosa Weber no STF. Neste movimento, protagonizado também  pelo PT, teria crescido demais para permanecer no mesmo cargo. Sua indicação para o Ministério da Justiça seria uma compensação política para o grupo que o apoiava. 

Na própria pasta há candidatos ao cargo. O secretário-geral da pasta, Ricardo Cappelli, seria uma substituição natural, e teria o apoio do próprio Dino para sucedê-lo.
 

CORREÇÃO

Aneel recua e aciona bandeira vermelha patamar 1

Com isso, haverá acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowats de energia consumida. Inicialmente foi anunciado acréscimo de R$ 7,88 a cada 100 kWh consumidos

05/09/2024 07h22

Lagos das hidrelétricas estão em declínio e por isso a energia ficou mais cara, numa tentativa de reduzir o consumo

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou nesta quarta-feira, 4, uma revisão na bandeira tarifária de setembro. O patamar passou de vermelho 2 para vermelho 1, um movimento que já estava sendo previsto por fontes do setor, como mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A nova classificação representa um adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh).

A redução no nível da bandeira vermelha ocorreu após uma correção nos dados do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS).

"Diante dessa alteração, a Aneel solicitou para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados, o que indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1", disse o Órgão Regulador.

A Aneel também informou que serão instaurados processos de fiscalização "para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras".

Na manhã, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia apontado que a revisão da bandeira tarifária poderia ser feita.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) identificou "inconsistências" nos dados de entrada do Programa Mensal de Operação (PMO), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse cálculo se referia ao despacho inflexível da UTE Santa Cruz. O erro afetou o cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), um dos indicadores para a definição da bandeira tarifária mês a mês.

"A alteração da bandeira gera desconforto em relação a outras definições relevantes no setor, feitas com base em fórmulas e dados que podem impactar a segurança jurídica e mesmo a operação do sistema", disse ao Broadcast Alexei Vivan, diretor-presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE )

caso deolane

Entenda por que as bets atraem tantos influencers e podem ser usadas para lavar dinheiro

Nos primeiros sete meses do ano, 25 milhões de brasileiros começaram a fazer apostas online, cerca de 3,5 milhões de novos inscritos por mês

05/09/2024 07h06

A influenciadora digital Deolane Bezerra foi detida nesta quarta-feria (4) acusada de lavagem de dinheiro

A influenciadora digital Deolane Bezerra foi detida nesta quarta-feria (4) acusada de lavagem de dinheiro

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As apostas esportivas foram liberadas no Brasil em dezembro de 2018, no fim do governo Michel Temer (MDB), com a indicação de que o Ministério da Fazenda faria a regulamentação da categoria em até quatro anos. O prazo se passou e nada foi feito até dezembro de 2023, quando o governo Lula (PT) editou a lei 14.790, dando início ao processo de regulação.

Durante esse período, segundo especialistas ouvidos pela Folha, as casas de apostas online ficaram livres para atuar no país, mas sem obrigações legais, favorecendo a realização de atividades ilícitas, como combinação de resultados, sites fraudulentos, propagandas enganosas e lavagem de dinheiro.

Nesta quarta-feira (4), a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa no Recife, na operação Integration, suspeita de participação em esquema criminoso. A acusação contra ela não foi detalhada pelos investigadores e o caso está em segredo de Justiça. Nas redes sociais, disse ser vítima de perseguição e injustiça.

Um dos pontos comuns a essas bets, como as casas de apostas são conhecidas, é o uso de influenciadores digitais, ex-jogadores e artistas como garotos-propaganda, para passar confiança aos usuários e melhorar a imagem das marcas.

Para o advogado José Francisco Manssur, sócio do escritório CSMV Advogados, que atuou como assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda na elaboração das regras para o setor de apostas, o principal motivo para as bets atraírem tantos influencers é o grande volume de dinheiro que gira no mercado de apostas.

Levantamento do Instituto Locomotiva, realizado entre os dias 3 e 7 de agosto, mostra que nos primeiros sete meses do ano 25 milhões de brasileiros começaram a fazer apostas online, cerca de 3,5 milhões de novos inscritos por mês.

O alto faturamento das bets faz com que essas casas paguem muito mais do que qualquer outro produto aos influencers para fazer propaganda. Além disso, muitas vezes também os colocam em condição de afiliado: se o apostador que entrar pela primeira vez declarar que viu o anúncio no influenciador tal, esse influenciador também ganha.

Gustavo Scandelari, coordenador do núcleo criminal da Dotti Advogados, destaca que a atividade de influenciador digital não é regulamentada de maneira detalhada no Brasil, o que os deixa livres para atuar na divulgação das bets.

"Não existe uma legislação criminal para os influenciadores. Essa liberdade normativa é uma lacuna legislativa que o Brasil tem de suprir", diz.

As bets ainda são alvo de investigações policiais que tentam coibir as ações ilegais nas casas que ainda não aderiram totalmente à lei 14.790, de dezembro de 2023, que estabeleceu as obrigações para a existência das apostas esportivas e jogos online no Brasil. A lei já está em vigor, mas as empresas têm anistia para se adequar até 1º de janeiro de 2025.

Dessa forma, ainda existem casos de lavagem de dinheiro, como o investigado na operação que prendeu Deolane Bezerra.

Até 2022, antes da lei 14.790, era possível apostar usando um CPF falso ou criar jogos fantasmas, quando o apostador criava jogos inexistentes na plataforma online e depois jogava contra ele mesmo. Assim, o dinheiro adquirido de forma ilícita, como em tráfico de drogas e jogos ilegais, teria uma origem lícita depois da aposta.

Outra maneira de lavagem é fazer apostas pulverizadas em vários clubes e resultados diferentes. Essa pessoa está sujeita a perder dinheiro, mas ela acaba ganhando de 50% a 60% do total. Então, ela esquenta esse valor ao declarar que ganhou nas apostas.

Thiago Bottino, professor da faculdade de direito da FGV (Fundação Getulio Vargas), explica que uma das características da lavagem de dinheiro é que ela sempre vai ser feita onde há alguma atividade lícita. Portanto, as casas de apostas seriam um terreno fértil para a prática, afirma.

"É um negócio barato. Pode ser feito online, sem muito investimento, e suas sedes, muitas vezes, estão em paraísos fiscais", diz Bottino.

(Informações da Folhapress)

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