Cidades

"POLÍCIA MUNICIPAL"

STF define que Guarda Municipal tem poder de polícia; GCMs da Capital comemoram

A partir de agora, Guarda Civil Metropolitana está autorizada a realizar policiamento ostensivo, preventivo e comunitário em bairros

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, definiu, nesta quinta-feira (20), que guardas municipais têm poder de polícia nas respectivas cidades e municípios em que atuam dentro do território brasileiro.

Com isso, a Guarda Civil Metropolitana está autorizada a realizar o policiamento ostensivo, preventivo e comunitário, em ruas, avenidas e bairros.

É possível que, a partir de então, a corporação seja chamada de “Polícia Municipal”.

Confira o trecho redigido pelo STF:

"É constitucional, no âmbito dos municípios, o exercício de ações de segurança urbana pelas guardas municipais, inclusive o policiamento ostensivo comunitário, respeitadas as atribuições dos demais órgãos de segurança pública previstas no artigo 144 da Constituição Fede e excluída qualquer atividade de polícia judiciária, sendo submetidas ao controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso 7", da Constituição Federal. Conforme o artigo 144, parágrafo 8 da Constituição Federal, as leis municipais devem observar normas gerais fixadas pelo Congresso Nacional”.

As patentes da GCM permanecem as mesmas, ou seja, não devem ser alteradas para a hierarquia militar e devem permanecer entre classes e inspetores.

Veja as patentes equivalentes na Polícia Militar e Guarda Civil (Polícia Municipal).

POLÍCIA MILITAR

GUARDA CIVIL (POLÍCIA MUNICIPAL)

Soldado

Terceira Classe

Cabo

Segunda Classe

Sargento

Primeira Classe

Subtenente

Classe Especial

Tenente

Inspetor de Terceira Classe

Capitão e Major

Inspetor de Segunda Classe

Tenente-Coronel e Coronel

Inspetor de Primeira Classe

Em relação a aposentadoria, nada ainda foi definido sobre o benefício 'especial', como a de militares.

Para se tornar polícia, deve haver Corregedoria e Ouvidoria e a GCM de Campo Grande já possui ambos.

De acordo com o Guarda Civil e presidente do sindicato dos GCMs de Campo Grande, Hudson Bonfim, a Guarda Metropolitana já faz o policiamento nas ruas, portanto, nada muda na prática e a decisão do STF apenas é formalizado no papel.

“Na prática, a gente já executa isso no dia a dia. Para nós não vai mudar nada. A novidade é que eles formalizaram e colocaram no papel. Agora é algo legalizado. Era algo abstrato e agora é concreto”, explicou o guarda.

A Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande (GCM-CG) comemorou vitória e a luta de anos para que a corporação fosse considerada polícia. Inclusive, participou dos debates e contribuiu para que a cláusula citada acima fosse inserida na constituição.

“Em 2018, o vereador Fritz (PSD), através da nossa provocação, criou a nomenclatura de Polícia Municipal. Mas, a Associação de Oficiais da Polícia Militar, presidida pelo no Tribunal de Justiça, disseram que gente feriu a legislação estadual. Na oportunidade, o Tribunal de Justiça julgou o mérito, suspendendo a nomenclatura e disse que a gente não tinha atribuição de polícia. Nós recorremos disso, subiu pro STF e ficou travado. Aí agora definiram que a Guarda Municipal tem atribuição de polícia”, explicou.

“Nós somos e fizemos parte desse processo Campo Grande Sindicato dos Guardas. Lutamos para isso. Logo, com essa tese, agora o município de Campo Grande ou qualquer município do território nacional pode encaminhar projetos de lei pra Câmara, alterando a nomenclatura para Polícia Municipal. Todos os países do mundo tem suas polícias municipais e agora o Brasil tem a sua!!!”, celebrou.

Em 19 de agosto de 2022, conforme noticiado pelo Correio do Estado, a GCM ainda lutava para ser reconhecida como força policial.

Com isso, havia recorrido da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em desconsiderar a categoria como força policial.

EFETIVO

Atualmente, Campo Grande tem aproximadamente 1.200 guardas civis metropolitanos, sendo 900 armados.

Recentemente, a GCM ganhou 388 novos servidores, após concurso público realizado em 2022.

Alguns dos deveres dos guardas municipais são:

  • Proteger o patrimônio público, como prédios, equipamentos e bens municipais 
  • Prevenir infrações, como atos que prejudiquem a ordem e os bens públicos 
  • Orientar o público e o trânsito de veículos 
  • Controlar a entrada e saída de veículos 
  • Prevenir sinistros, atos de vandalismo e danos ao patrimônio 
  • Fiscalizar a utilização adequada dos bens de domínio público, como praças, jardins e parques 
  • Garantir os serviços de responsabilidade do município, como educação, saúde pública, urbanismo, meio ambiente e arrecadação tributária 
  • Apoiar e orientar no controle do trânsito municipal 
  • Colaborar na prevenção e combate de incêndios e no suporte básico da vida 
  • Executar atividades de socorro e proteção às vítimas de calamidades públicas 
  • Prestar colaboração e orientar o público em geral 
  • Prender pessoas em flagrante

A corporação deve atuar em cooperação e integração com outras forças de segurança, como a Polícia Militar e a Polícia Federal. 

O salário de um GCM varia de R$ 1.690,00 a R$ 12.000,00, com acréscimos de penduricalhos. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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