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CAOS

Volta às aulas tem fila dupla, buzinaço e ônibus lotados em Campo Grande

Cerca de 180 mil alunos da Rede Estadual iniciaram o ano letivo nesta quinta-feira

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Estudantes da Rede Estadual de Ensino (REE) voltaram às aulas nesta quinta-feira (23). Em todo o Estado, são cerca de 180 mil alunos, Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SED).

Em Campo Grande, onde estão matriculados 40 mil alunos nas escolas estaduais, o movimento intenso na entrada e saída gerou o conhecido caos no trânsito, com filas duplas, pais e responsáveis parando em locais onde não é permitido.

Por volta das 11h, equipe do Correio do Estado esteve na saída das aulas na Escola Estadual Hércules Maymome, na Rua Joaquim Murtinho, e testemunhou diversos problemas.

Em frente à escola não há faixa de estacionamento, mas alguns pais ou responsáveis pararam mesmo assim para esperar os alunos.

Também foi flagrado carros parados no portão da escola.

Alguns motoristas que trafegavam pela via passavam buzinando para os que estavam estacionados ou parados de forma irregular.

Há ainda motoristas que param o carro do outro lado da rua, em frente a uma concessionária, onde há área de estacionamento para clientes.

Trânsito ficou tumultuado na saída dos alunos em frente ao Hércules MaymoneEscreva a legenda aqui

Outro problema é a lotação do transporte coletivo.

Segundo a prefeitura da Capital, a frota de ônibus foi reforçada em 25% nos horários de pico, durante a entrada e a saída dos alunos.

Mesmo assim, como o número de alunos do Estado é grande, houve registro de ônibus lotados nos períodos.

O freelancer Marcos Elias Moraes, 25 anos, usa o transporte coletivo diariamente e afirmou que o movimento aumentou muito com a volta às aulas.

Ele disse ainda que acredita que a solução seria um transporte específico apenas para os estudantes ou aumentar o número de veículos nas linhas.

“Eu acho uma 'tiração' com o trabalhador, até ontem estava mais tranquilo, mas agora lota demais e não aumenta o número de ônibus”, disse.

Ainda segundo Moraes, os horários de entrada e saída dos estudantes coincide com horários de entrada de algumas empresas e os trabalhadores às vezes não consegue pegar o ônibus e precisa esperar por muito tempo pelo próximo.

"Muita gente vai para o trabalho e até perde a hora porque não consegue entrar no ônibus", comentou.

Yasmim Molina é estudante do 1º ano do Ensino Médio e afirmou que a situação caótica do transporte coletivo é recorrente todo ano.

"É lotado todo ano, é bem difícil, mas a gente precisa pegar ônibus”, disse, explicando que situação pode prejudicar também os alunos com atrasos.

Ela disse ainda que o passe do estudante não foi entregue e está pagando pelo transporte, até a próxima semana.

Importante ressaltar que há prazo para a entrega do passe do estudante e, quem fez o cadastro no prazo estipulado para a primeira remessa, já recebeu o cartão.

A prefeitura informou também que, além do reforço na frota, haveria fiscalização da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) nas imediações das escolas estaduais, municipais e particulares.

No caso do Hércules Maymone, durante todo o período em que a equipe do Correio do Estado esteve no local, não havia fiscais de trânsito.

No início do mês, a Agetran informou que, em 2022, a parada dos carros em fila dupla foi a principal infração flagrada em torno das escolas da Capital. 

A agência adverte que a formação de filas duplas é uma violação grave do Código de Trânsito e pode gerar multa no valor de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 

Saiba: Confira todas as linhas de ônibus que terão reforço na frota nesta quinta-feira (23): 061, 062, 070, 071, 072, 073, 075, 080, 081, 085, 086, 087, 089, 106, 108, 110, 112, 114, 122, 140, 220, 221, 222, 238, 246, 309, 321, 407, 410, 414, 421, 423, 427, 430, 474, 520 e 521.

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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