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Corte de Serviços Essenciais: O que é legal e o que é abusivo?

Leandro Amaral Provenzano ([email protected])

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O fornecimento de serviços essenciais, como água e energia elétrica, é um direito garantido a todo cidadão. No entanto, a inadimplência ou questões técnicas podem levar à interrupção desses serviços, e muitas vezes, essa medida levanta dúvidas sobre a sua legalidade. Afinal, quando é permitido o corte e quando ele se torna abusivo?

Quando o corte é permitido

Existem situações em que a interrupção dos serviços essenciais é considerada legítima. O mais comum é a inadimplência. Se o usuário deixar de pagar a conta, o serviço pode ser interrompido, desde que haja a notificação prévia. Isso garante que o consumidor tenha ciência do débito e da possibilidade de regularizar a situação antes de sofrer as consequências.

Outro cenário em que o corte é permitido é por razões de ordem técnica ou de segurança nas instalações. Nestes casos, a notificação também é obrigatória, pois o usuário deve ser informado com antecedência para tomar as medidas necessárias.

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Oportunidade para o Estado Carbono Neutro: Imposto zero para carros elétricos

01/07/2025 00h05

Michel Constantino

Michel Constantino Divulgação

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Em um movimento ousado para consolidar sua posição como referência em sustentabilidade no Brasil, o governo de Mato Grosso do Sul pode criar um projeto para implantar uma política de isenção total do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para carros elétricos e híbridos registrados no estado. A medida, visa incentivar a adoção de veículos de baixa emissão e reforçar a meta ambiciosa de tornar o estado carbono neutro até 2030.

A iniciativa, é um passo estratégico para a Neutralidade de Carbono – que pode transformar o mercado automotivo local e posicionar Mato Grosso do Sul como líder na transição para uma economia verde no Centro-Oeste brasileiro.

A política de imposto zero para veículos elétricos e híbridos pode ser parte de um conjunto de ações do governo estadual alinhadas ao Programa Estadual de Mudanças Climáticas (PROCLIMA) e ao sistema CarbonControl. O CarbonControl, uma plataforma digital que monitora emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE), já colocou o estado na vanguarda da gestão ambiental.

A meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2030, anunciada há cerca de uma década, tem mobilizado esforços em diversas frentes. Mato Grosso do Sul já se destaca por iniciativas como a rota aérea carbono neutro São Paulo-Bonito, operada às terças e sábados, e pela preservação de áreas como o Pantanal e o Cerrado, que são reconhecidas no sistema CarbonControl como sumidouros de carbono. Uma iniciativa de política de isenção fiscal complementa essas ações, focando na mobilidade sustentável como um pilar essencial para reduzir a pegada de carbono do estado.

Outros estados já implementaram políticas semelhantes, com resultados positivos para a mobilidade sustentável. Entre os exemplos mais notáveis estão:

• Minas Gerais: Em 26 de junho de 2025, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a isenção total de IPVA para veículos elétricos, híbridos, a etanol e a gás natural, com a condição de que os veículos custem até R$ 200.000. A medida, que também beneficia carros híbridos produzidos localmente pela Fiat, visa estimular a indústria automotiva sustentável no estado e apoiar a transição para uma economia de baixo carbono.

• Bahia: O estado já oferece isenção de IPVA para veículos elétricos, incentivando a adoção de fontes de energia limpa, como a solar, para recarga desses veículos. A política tem atraído consumidores preocupados com os custos operacionais e o impacto ambiental, além de fortalecer a infraestrutura de mobilidade elétrica no estado.

• São Paulo: Desde 2014, a cidade de São Paulo isenta veículos elétricos, híbridos e movidos a células de combustível (fuel cell) da restrição de rodízio municipal, além de oferecer incentivos fiscais para aquisição. Em nível estadual, São Paulo também concede isenção de IPVA para veículos elétricos, o que tem impulsionado o mercado de eletromobilidade, especialmente em grandes centros urbanos como a capital.

• Paraná: O estado adotou a isenção de IPVA para veículos elétricos e híbridos, com o objetivo de promover a sustentabilidade e atrair investimentos em tecnologias limpas. A medida tem sido bem recebida por consumidores e empresas do setor automotivo, que veem o Paraná como um mercado promissor para a mobilidade elétrica.

• Santa Catarina: Assim como o Paraná, Santa Catarina implementou a isenção de IPVA para veículos elétricos, visando reduzir as emissões no setor de transportes e apoiar a infraestrutura de recarga elétrica no estado. A política tem contribuído para o aumento das vendas de veículos elétricos na região Sul.

• Goiás: O estado também oferece isenção de IPVA para veículos elétricos e híbridos, como parte de uma estratégia para promover a sustentabilidade e atrair fabricantes de veículos elétricos, como a chinesa BYD, que planeja expandir sua produção no Brasil.

Impactos no Mercado Automotivo

A isenção do IPVA em Mato Grosso do Sul deve aquecer o mercado automotivo local, especialmente em um momento em que o Brasil enfrenta desafios com a reintrodução de impostos de importação para veículos elétricos no âmbito federal. Desde 2015, o governo federal oferecia isenção de impostos de importação para veículos elétricos, mas, a partir de 2024, uma tarifa progressiva foi implementada, começando em 10% e prevista para alcançar 35% até julho de 2026. Essa medida federal tem como objetivo incentivar a produção local, mas pode encarecer os veículos importados, como os da chinesa BYD, que domina o mercado brasileiro com 90% da frota de eletromobilidade.

No entanto, a isenção estadual do IPVA em Mato Grosso do Sul pode contrabalançar esse impacto, tornando os veículos elétricos mais acessíveis para os consumidores locais.

Além disso, a política de Mato Grosso do Sul pode atrair investimentos em infraestrutura, como a instalação de estações de recarga. A Vibra Energia, por exemplo, anunciou em 2023 a criação de cinco hubs de recarga rápida no Brasil, incluindo planos para o Centro-Oeste, o que pode complementar a nova política estadual.

Desafios e Perspectivas

Apesar dos benefícios, a implementação da isenção de IPVA enfrenta desafios. O impacto fiscal da medida, estimado em R$ 15 milhões anuais para Mato Grosso do Sul, levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira da iniciativa. O governo estadual, no entanto, argumenta que a redução de emissões e os benefícios econômicos de longo prazo, como a atração de investimentos em tecnologias verdes, compensarão as perdas iniciais.

Outro desafio é a infraestrutura de recarga, ainda incipiente no estado. Embora Campo Grande e cidades como Dourados e Três Lagoas já contem com pontos de recarga, a expansão para áreas rurais e rodovias é essencial para tornar os veículos elétricos uma opção viável em todo o estado. A isenção do IPVA é um primeiro passo, mas precisamos de uma rede robusta de estações de recarga e incentivos para a produção local de baterias.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Juliane Penteado: Com quais documentos posso comprovar a atividade rural?

27/06/2025 00h05

Juliane Penteado

Juliane Penteado

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Olá! Mais um artigo por aqui. Hoje com o objetivo de sanar dúvidas no que diz respeito a documentação da Aposentadoria Rural, para comprovar o exercício dessa função, de fato. 

Convido você a ficar comigo aqui e entender mais sobre esse assunto, aliás, se você conhece alguém que trabalhou assim, não tem os documentos da época, compartilhe com ele também. 

Quem tem direito à aposentadoria rural, são os trabalhadores que exercem suas atividades  nas zonas rurais da cidade. E são eles:

  • Segurados empregados rurais.
  • Contribuintes individuais (autônomos) rurais.
  • Trabalhadores avulsos rurais.
  • Segurados especiais.

Vamos entender agora cada um.

Segurados empregados rurais

Esses profissionais exercem seus trabalhos habitualmente subordinados a um empregador, como por exemplo, as pessoas contratadas para trabalhar numa colheita. 

Eles têm registro na carteira de trabalho e por isso o próprio patrão fará as contribuições. 

Segurados contribuintes individuais rurais

Esses são os mais comumente chamados “autônomos rurais”, pois prestam serviço a pessoas ou empresas sem vínculo empregatício. São eles:

    • boias- frias;
    • trabalhadores volantes da agricultura;
    • diaristas rurais.

Quem recolhe a contribuição em caso de prestação de serviço a pessoa jurídica é a própria empresa. Já se o serviço é prestado para pessoa física, fica a cargo do empregado. 

Segurados trabalhadores avulsos rurais

Já esses prestam serviços a empresas sem vínculos, porém, precisam que o intermédio desse trabalho seja feito por sindicatos.

Aliás, o sindicato é o responsável pelo recolhimento das contribuições desse empregado. 

Segurados especiais

Esse tipo de aposentadoria rural é destinado aos: 

  • Produtores rurais (proprietário, arrendatário, possuidor, comodatário, parceiro, meeiro, usufrutuário, condômino, posseiro, assentado ou acampado)
  • Pescadores artesanais.
  • Garimpeiros.
  • Extrativistas vegetais e silvicultores, incluindo os carvoeiros.
  • Indígenas.
  • Pessoas de um grupo familiar, que exercem atividades especiais.

Ele precisa comprovar a atividade especial do período que trabalhou no requerimento administrativo, quando vai dar entrada no pedido de aposentadoria. Eles não dependem de comprovação de tempo de contribuição.

Quais são os requisitos da Aposentadoria Rural?

Os trabalhadores rurais tem duas opções de aposentadoria rural:

    • por idade
    • Por tempo de contribuição 

Aposentadoria Rural por Idade

É necessário cumprir os seguintes requisitos:

Homens: 60 anos de idade + 180 meses de carência.
Mulheres: 55 anos de idade + 180 meses de carência.

Agora entenda como solicitar a Aposentadoria Rural.

Tudo pode ser feito através do Meu INSS.

    • Acesse o site e logue com sua conta “gov.br”;
    • Clique em “Novo Pedido”;
    • Na aba “Do que você precisa?”, digite Aposentadoria por Idade Rural ou digite “Aposentadoria por Tempo de Contribuição”.
    • Siga as recomendações e anexe a documentação. 

Caso essas dicas não pareçam tão fáceis para você, até seja necessário que você tenha que verificar a documentação, uma advogada na área de direito previdenciário fará toda diferença. 

Você sabia que para ter acesso ao benefício na condição de segurado especial, é preciso uma autodeclaração rural em mãos?

Pois é. Esse é um documento que o segurado deve preencher e colocar ali toda a atividade rural exercida no tempo laboral. A autodeclaração rural é um documento que você mesmo deve preencher, porque, nele, deve constar toda atividade rural exercida com o passar dos tempos.

Esse é um documento obrigatório e oficial desde 2020. Além dele, pode ser que o INSS peça outros documentos para comprovação. 

E se o INSS pedir outros documentos? 

Bom, a lista normalmente é essa para os seguradora especiais: 

    • contrato de arrendamento das terras;
    • Comprovante de Cadastro no Incra; 
    • Notas fiscais das mercadorias compradas;
    • Documentos fiscais;
    • Comprovante de recolhimento de contribuição;
    •  Comprovante de pagamento do ITR - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
    • Cópia do Imposto de Renda;
    • Licença de ocupação do INCRA;
    • Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).

Para os trabalhadores rurais  avulsos e autônomos os documentos são:

    •  Carteira de Trabalho e Previdência Social; 
    •  Carnês do INSS;
    •  Mais documentos que comprovem os recolhimentos rurais.

Ainda restam dúvidas? 

Nossas profissionais estão prontas para dar mais informações sobre essa documentação e claro, planejar a sua aposentadoria.

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