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"A culpa é do Banco Central. Agora é o Senado que pode trocar o presidente do Banco Central"

de LULA // sobre juros de 13,75% e que o responsável por isso é Roberto Campos Neto, que gostaria de trocar

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Celso Amorim (chanceler nos primeiros mandatos de Lula) virou novo assessor internacional do presidente, acaba de ganhar outra cadeira consultiva: será um dos integrantes do conselho de administração do BNDES.

Mais: Amorim é um dos entusiastas do banco emprestar dinheiro aos amigos do PT. Aloízio Mercadante (Presidente do BNDES), o elogiou em seu discurso de posse e o diplomata também estava contente: vai reforçar o orçamento doméstico.

In – Piso de bambu

Out – Carpete

Algo em comum

Durante muito tempo, Lula bateu em quem estava na presidência da Petrobras acusando-o de ser o responsável pelos aumentos do combustível.

Conseguiu tirar de lá todos seus desafetos, mas não conseguiu mexer na política de preço dos combustíveis. Agora, Lula procura achar uma brecha para colocar para fora do Banco Central o presidente Roberto Campos Neto, que responsabiliza pelos juros altos (Selic).

Contudo, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) garante que ele não mexerá na condição de autonomia do BC (o custo seria muito alto). E ainda tem a “bandidagem” da privatização da Eletrobras que Lula quer reverter – e que não acontecerá.

Palestra

Há dias, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, fez palestra nos Estados Unidos e explicou que a independência do órgão serve para desatrelar os tempos da política e da economia. As projeções com que trabalha mostram tendência inflacionária que não pode ser detida com uma queda inédita nos juros. Quanto antes o governo apresentar sua regra de contenção da dívida pública, mais contribuirá para a queda da taxa de juros seja antecipada. Para Campos, é o que pode fazer de melhor.

He-man

Aliados e até ministros não entendem por que Lula tem usado diariamente sua metralhadora giratória em guerra (ele prometera paz na campanha) contra algumas heranças de Bolsonaro. Em governos anteriores, o presidente ouvia assessores mais chegados e até continha sua fúria (daí, o slogan “Lulinha paz e amor”).

Agora, aos 77 anos e em seu terceiro mandato, acha que não tem de se conter para agradar quem quer que seja. Alguém que poderia soprar “calma” a seus ouvidos é Janja – só que ela não faz isso. E o marido vira He-man, aquele herói que dizia “Eu tenho a força”.

Reunião

Na semana que vem, acontece a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) com “pauta ainda não definida”, segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda). O conselho é formado por ele, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alvo diário de Lula nas últimas semanas. Haddad avisa que teve uma primeira conversa com Simone Tebet sobre mudanças das metas de inflação e que isso vai ser discutido pelo governo “para adotar os próximos passos”.

Dose extra

Alexandre de Moraes, ministro do TSE, vai intimar o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e desta vez, o processo não tem nada a ver com atos golpistas. Ele terá de comprovar que a quantia de R$ 1,1 milhão liberada pelo PL em dezembro foi efetivamente aplicada no pagamento dos salários dos funcionários da legenda.

O TSE recebeu denúncias que os contratados pela CLT não estão sendo integralmente remunerados. No ano passado, o TSE já bloqueou R$ 22,9 milhões das contas do PL por litigância de má fé (pedido de auditoria de urnas eletrônicas sem justificativa).

Workaholic assumida

A apresentadora, ex-BBB e agora jurada do The Masked Singer Brasil, Sabrina Sato assumiu em entrevista à revista Glamour Brasil, no qual é capa que é viciada em trabalho e que gostaria de fazer muito mais. “Para mim, este fim de 2022 e começo de 23 foi muito difícil porque, se eu pudesse, eu faria tudo. Eu continuava no Saia Justa chegaria ao The Masked Singer Brasil, seguiria no Desapegue Se For Capaz, aceitaria mais dois, mas não posso.

Eu faço análise, hoje tive que desmarcar, mas foi ali que aprendi sobre minha tendência a ser viciada em trabalho. Eu não posso romantizar isso. Eu tenho que ter tempo para mim, para minha filha, para me divertir. A vida está aí acontecendo.

De repente, eu fiz 500 coisas e não fiz nada”. E ainda brinca que começou a pôr a Zoe, de 4 anos no mesmo ritmo. Sua saída do programa Saia Justa tem um motivo.

A Globo está preparando um novo programa para ela ao lado de Marcelo Adnet que será sobre relacionamentos, mas ainda sem data de estreia nem nome definido. Apesar da correria ela garante que tudo sempre está bom para ela. “Vejo tudo pelo lado positivo, sempre estou querendo mudar.

Eu tenho certeza mesmo é desta vida. Então, preciso fazer tudo que tenho vontade de fazer ainda nela mesmo”. Mais: ela ainda está divulgando a nova campanha da Colcci e sua coleção de roupas fitness da Alto Giro.

18.565 km é muito longe

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) está tentando convencer o diplomata Marcos Troyjo, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia de Paulo Guedes e presidente desde 2020 do Banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a renunciar à atual posição.

O mandato de Troyjo, indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro, vai até 2025. Ele está um tanto relutante, mas acabará cedendo. É que o presidente Lula, numa fase de muito carinho com Dilma Rousseff, depois de passar anos criticando seu período na Presidência (resolveu agora chamar o impeachment de ‘golpe’, o que não procede), procura um posto para a ex-presidente.

Problema: a sede do Banco dos Brics é em Xangai e ela acha “muito distante”. Apenas 18.565 km e 23 horas de voo. Além de tentar encontrar um lugar para Dilma Rousseff, a vontade de Lula de tirar Marcos Troyjo da presidência do Banco dos Brics também tem seu lado político.

O diplomata nunca escondeu sua proximidade com Jair Bolsonaro e, há algum tempo, num programa da Jovem Pan, referiu-se o tempo todo ao presidente petista como “presidiário”. Traduzindo: está na lista negra de Lula. Se topa a renúncia, Troyjo já tem um lugar reservado no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. Poderá ser assessor para negócios internacionais.

Festa de 100 anos

O famoso, luxuoso e tradicional hotel Copacabana Palace irá completar 100 anos em agosto. Só que a festa para comemorar o feito já começa agora no Carnaval. O habitual Baile do Copa deste ano tem como tema ‘Túnel do Tempo’ e acontecerá no próximo dia 18.

Para ajudar na divulgação (não que seja preciso) o hotel convidou a super modelo Alessandra Ambrósio e a drag queen Pabllo Vittar. A modelo dá conselho para quem quer aproveitar o Carnaval: “Meu conselho para quem nunca veio para cá no Carnaval é estar aberto a viver o melhor momento da sua vida.

Você realmente consegue sentir o som do samba dentro da sua alma, acho que essa é a parte mais importante e incrível do samba, é parte da nossa cultura”. E completa: “A fantasia perfeita para o Carnaval é colorida, brilhante e sexy”.

Antigo

O ministro Luis Marinho (Trabalho), que exerceu a mesma função em governos anteriores de Lula, e até mesmo alguns de seus seguidores, continua “com a cabeça dos anos 80”. Agora, numa entrevista, disse não se preocupar com a iminente saída do Brasil dos aplicativos de transporte. Não quer nem saber com o que pode acontecer com Uber que garante trabalho para 1,5 milhão de brasileiros.

Mapa da poluição

A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) está empenhada na realização de um inventário nacional de emissões atmosféricas, uma espécie de Mapa da poluição do Brasil. Há algumas regiões que causam apreensão extra no Ministério.

A Amazônia é hors concours, nem conta e um dos estados que mais causa preocupação é o Maranhão. São Luiz é praticamente a capital do efeito estufa: na média, joga por dia na atmosfera cerca de 800 microgramas de dióxido de carbono por metro cúbico (o padrão máximo tolerado é de 125 microgramas).

Conselho particular

A primeira-dama Janja está empenhada em criar uma espécie de conselho particular ao presidente Lula – e composto apenas de mulheres. Acha que o conselho poderia participar de decisões palacianas e até infernizar a vida de alguns ministros. Ela seria a conselheira-chefe, com espaços para Esther Dweck, ministra de Gestão e Inovação, Simone Tebet, ministra do Planejamento e a ex-presidente Dilma Rousseff (Janja foi funcionária de Itaipu por indicação dela). As duas tricotam diariamente. Já Esther e Simone protagonizam rounds: a primeira andou tirando funcionários da segunda. Num conselho, a paz estaria feita.

Outra derrapada

Carlucho Bolsonaro, que não tolera a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, vibrou quando seu pai enquadrou a mulher diante das notícias de suas possíveis candidatura em 2026.

Já o outro filho, o senador Flávio Bolsonaro resolveu dizer que considera a possibilidade dela se candidatar a algum cargo daqui quatro anos. Acha Michelle um bom nome para o PL, o que conseguiu irritar, de novo, o ex-presidente. Na vitória de Lula no segundo turno, Flávio foi um dos primeiros a reconhecer a derrota do pai, o que o Capitão nunca fez (ficou duas semanas sem falar com o filho).

MISTURA FINA

O EX-senador Roberto Requião (PT-PR) está preparando um livro sobre sua trajetória política e sua relação de longa data com o Partido dos Trabalhadores. Deverá se chamar “Eu e o PT – Erros e Acertos” e a ideia de Requião é não esconder nenhum dos mais complicados episódios que ele já viveu em relação ao partido. E também já avisou que “não vai poupar ninguém”, nem chegados e especialmente os inimigos.

MUITA coisa do encontro Lula-Biden poderá ser contada pela porta-voz Karine Jean Pierre, primeira negra a ocupar esse cargo em Washington. Em governos passados, Lula também teve em André Singer seu porta-voz (durou algum tempo). Agora, não quer ter ninguém na posição. Repete Jair Bolsonaro, que exonerou o general Otávio Rêgo Barros da função em agosto de 2020. Achava que ele falava num tom muito afável e ameno.

O MINISTÉRIO do Planejamento acaba de liberar R$ 74,6 milhões em verbas para o pagamento de bolsas de estudo em mestrado e doutorado no Orçamento deste ano. A portaria, assinada pela ministra Simone Tebet, faz um remanejamento das contas do Ministério da Educação e tira verbas do Bolsa Permanência de Indígenas e Quilombolas, assim como de residência médica.

O PLANALTO afastou o coronel do Exército Gustavo Suarez da Silva, diretor do Departamento de Segurança Presidencial e segurança privado de Jair Bolsonaro. Ele já se metera em posição de combate contra jornalistas em 2021, quando o então presidente participava de agenda no interior da Bahia. Quando um veículo da imprensa encostou no segurança, ele ameaçou: “Se bater de novo, vou enfiar a mão na sua cara”. Jornalistas, na ocasião, foram agredidos e imobilizados com um mata-leão.

A ÁREA de inteligência da Polícia Federal identificou a atuação de grandes facções criminosas no roubo e na venda clandestina de ferro gusa no país. O problema é particularmente grave em Minas Gerais, que reúne cerca de 300 usinas de ferro gusa e concentra quase 80% da produção nacional. Os bandidos estariam atacando trens utilizados no transporte do produto. Lá a Polícia Civil tem registrado um furto ou ao menos uma tentativa de roubo a cada dois dias.

ENQUANTO o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, tenta se colar ao governador Tarcísio de Freitas pensando em sua sonhada reeleição em 2024, integrantes e aliados do governo paulista já mencionam o nome do vice-governador Felício Ramuth (PSD) como possível alternativa para a prefeitura da capital. Apostam que ele será bem-sucedido no projeto de recuperação da cracolândia, o que deixaria Ramuth com boa imagem. Ele foi prefeito de São José dos Campos – e saiu bem aprovado.

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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