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Giba Um

"A esquerda não dá certo. Me mostra onde deu certo! Pega esses livros de Marx. Na teoria, uma...

...delícia, todo mundo igual. Vai lá em Cuba ver se todo mundo é igual", de Ratinho (pai), conselheiro da campanha do filho Ratinho Junior à Presidência, embora ache que Tarcísio é o melhor candidato

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A saída de Marcelo Pimentel da presidência do Grupo Pão de Açúcar é apenas a ponta do iceberg. A família Coelho Diniz, hoje a maior acionista da companhia, prepara mais mudanças. O clã busca um nome para assumir a área financeira. No momento, o CFO do Pão , Rafael Russowsky, acumula o cargo de CEO. Os Coelho Diniz planejam uma reestruturação operacional.

MAIS: esta restruturação  terá como base fechamento de lojas e reposicionamento das bandeiras do grupo. Os acionistas pressionam para que a gestão agilize metas de desalavancagem e reduza custos fixos. No mercado, há quem diga que, nos últimos anos da gestão Casino, o Pão de Açúcar perdeu competitividade frente a players digitais.

Reconhecimento do audiovisual brasileiro

O Palacete da Sé, localizado no centro antigo de São Paulo, foi o palco de uma noite inesquecível, organizada por Marina Ruy Barbosa, que recebeu uma verdadeira legião de famosos na quarta-feira (29) para celebrar o audiovisual brasileiro. Com o tema, “all black”, (totalmente preto), Marina chegou na companhia do noivo, o empresário Abdul Fares, mostrando uma atmosfera de perfeita harmonia. O visual em preto e branco escolhido pela anfitriã, composto por um vestido branco e uma jaqueta de couro preta, com seus cabelos ruivos em cachos ondulados, se destacou na festa. Mas isso não foi tudo: durante a celebração, Marina fez uma troca de roupa, optando por uma minissaia preta e uma blusa de renda com um decote profundo.  Na chegada Marina explicou o motivo da festa: "Celebrar a arte brasileira como um todo. Estou feliz de reunir pessoas que eu admiro, que eu gosto, pessoas que eu já troco ideia também, pra gente se divertir, celebrar o momento do audiovisual brasileiro. E a ideia surgiu por conta dos últimos projetos que eu tenho feito e eu acho que do momento também que a gente está vivendo, de tantos projetos incríveis”. Entre os convidados estavam  Alessandra Negrini, Reynaldo Gianecchini, Ingrid Guimarães, Cleo Pires, Arieta Corrêa, Fabio Porchat,  Leona Cavalli, Mônica Martelli, Fernanda Motta, Júlio Andrade, Bianca Comparato, Linn da Quebrada, Isabel Wilker, Anttónia Morais, Isabella Santoni e Mariana Ximenes que fez uma declaração especial: ‘Nós somos amigas e estamos celebrando aqui o cinema brasileiro, que está em uma excelente fase, e vai continuar assim. A dramaturgia está criando e nós sempre tivemos muita força. Agora as produções brasileiras estão cada vez mais ligadas". O DJ Pedro Sampaio, encarregado de animar a noite com uma seleção de funk e músicas eletrônicas, contou que recebeu o convite diretamente da atriz e expressou sua satisfação em fazer parte da celebração. Giulia Be também soltou a voz ao lado da anfitriã da festa.

Oito empresas querem a Medley

Adibe Marques, controlador da Cimed, está em conversações com o GIC, fundo soberano de Cingapura, em torno da possibilidade de um novo aporte de capital na companhia. Em março, os asiáticos montaram uma posição minoritária no laboratório. O tamanho da participação é estimado em torno de R$ 1 bilhão para ficar com 12,5% das ações. Agora, qualquer semelhança entre a possível capitalização adicional da Cimed e as negociações para a compra da Medley não seria mera coincidência. A empresa da família Marques é uma das candidatas à aquisição da Medley, braço de genéricos da francesa Sanofi no Brasil. A nova injeção de capital da GIC - um potentado de quase US$ 1 trilhão em ativos - daria à Cimed a dosagem financeira necessária para a investida. No mercado, a Medley é avaliada em US$ 500 milhões. Com a compra,  o laboratório de João Marques saltaria de R$ 2,7 bilhões para mais de R$ 4 bilhões em vendas.

Disputa acirrada

Além da Cimed, outras sete empresas do setor farmacêutico já manifestaram interesse na compra da Medley. No meio de corrida, um duelo consanguíneo. A União Química, controlada por Fernando Marques, tio de João Marques, figura entre os candidatos à aquisição. Por sinal, as duas parecem seguir a mesma bula. Assim como a Cimed, a União Química também busca uma capitalização no mercado. A companhia contratou a UBS BB com o objetivo de levantar R$ 1 bilhão, mediante a venda de parte do seu capital.

Roubando a cena

Nos últimos  episódios de "Três Graças", Gabriela Loran tem se destacado na pele da farmacêutica Viviane, amiga próxima e conselheira de Gerluce (Sophie Charlotte). Ainda química entre sua personagem e Leonardo (Pedro Novaes), filho do vilão da novela, se tornou evidente e em breve, um  romance irá florescer entre eles. A atriz transexual,  é também modelo,  palestrante, outuber e influenciadora e vem ganhando relevância nas redes sociais. Esse reconhecimento aumentou ainda mais quando publicou imagens de um ensaio sensual e elegante que fez. "Confiança é silenciosa", ela postou em inglês. Gabriela foi a pioneira entre atrizes trans a interpretar um papel trans em Malhação: Vidas Brasileiras (2018), onde surgiu como a professora de dança Priscilla. Também interpretou Giovana em Arcanjo Renegado, série do Globoplay, e Luana na novela Cara e Coragem (2022). Fez ainda uma participação no remake de Renascer (2024) como Maitê, amiga de Buba (Gabriela Medeiros). Para a atriz, seu atual personagem toca em um aspecto íntimo, uma vez que ela trabalhou em farmácias durante anos antes de dar início à sua trajetória na televisão. "Comecei como repositora e fui até a subgerência. Quando li a Viviane, eu vi que ela cabia em mim como uma luva”

Atrás de Michelle

Se essa novela de lançar Michelle Bolsonaro à Presidência da República não avançar, a ex-primeira-dama poderá se eleger senadora pelo Distrito Federal. Novo levantamento do Paraná Pesquisas sobre nomes que estão na lista dos cotados para uma cadeira no Senado, coloca Michelle em primeiro lugar com34,1%  de intenções de voto, tendo o governador Ibaneis Rocha (MDB) atrás com 30,2% (a situação é de empate técnico). A mesma pesquisa mostra a atual vice-governadora Celina Leão (PP) em primeiro lugar para a sucessão de Ibaneis.

Blindar militares

Na conversa entre Rui Costa (Casa Civil) e Claudio Castro, governador (ainda) do Rio, ficaram acertados dois pontos-chaves dos discursos do chefe do Executivo carioca e do presidente Lula ou qualquer representante que venha a vocalizar o governo central. O primeiro é não mencionar a possibilidade, em qualquer hipótese, de intervenção federal, prevista na Constituição nessas situações. O segundo é evitar a citação às Forças Armadas, especialmente o nome dos comandantes militares. Essa última recomendação foi seguida à risco no caso da explicação de uso de blindados da Marinha, encaminhada, em janeiro, ao ministro José Múcio (defesa). Por enquanto, o projeto é blindar e sumir com os militares na tragédia do Rio.

Pérola

"A esquerda não dá certo. Me mostra onde deu certo! Pega esses livros de Marx. Na teoria, uma delícia, todo mundo igual. Vai lá em Cuba ver se todo mundo é igual”,

de Ratinho (pai), conselheiro da campanha do filho Ratinho Junior à Presidência, embora ache que Tarcísio é o melhor candidato.

A ONU "horrorizada" 1

O chanceler Mauro Vieira foi encarregado da missão de convocar o embaixador do Brasil na ONU, Sérgio França Danese, para que preste explicações à agência multilateral sobre o morticídio da cidade brasileira mais conhecida do mundo. A ONU divulgou nota se dizendo "horrorizada" com a operação no Rio. Para efeito externo, o governo brasileiro fere direitos humanos, é assassino e usa práticas ineficientes contra o crime que assola o país.

A ONU "horrorizada" 2

Ainda a "guerra" no Rio: os resultados são mais mortes, mais mortes e mais mortes. Caberá a Danese cavar um espaço para dar as explicações do governo brasileiro. A recomendação do embaixador brasileiro na ONU é que consiga extrair do Alto Comissariado de Direitos Humanos da entidade algum pronunciamento capaz de reduzir ainda que minimamente, o tom da nota divulgada. O risco é que a situação assuma um papel de maior preponderância entre os temas que serão discutidos na COP30.

Guerra de territórios

Lula sabe pouco sobre grupos criminosos no Rio que não percebe que está em curso uma autêntica "guerra civil" deflagrada por gangues como o “Comando Vermelho" contra o Estado que ele chefia. Especialistas em segurança como o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel, roteirista do filme "Tropa de elite", alertam que não é mais uma briga por pontos de venda de drogas, é guerra pelo controle de territórios. As facções dominam e passam até a governar essas localidades. O "CV" tem até uma rede de padarias.

Avaliando o estrago

Sidônio Palmeira (Secom) continua monitorando a cobertura da mídia internacional sobre a tragédia do Rio, às vésperas da abertura da COP30, que trará mais de cem governantes ao país. O estrago na imprensa estrangeira foi grande. Levantamento feito em mais de 2.600 veículos jornalísticos de 190 países aponta 27.721 menções à tragédia entre a data da verdadeira guerra e o dia seguinte. Em média, são mais de 145 citações por país ou dez registros por publicação. Significa dizer que, no intervalo de tempo analisado, a mídia internacional produziu 1.066 reportagens por hora sobre a violência no Rio - ou seja, uma catástrofe.

Matança aplaudida

Dois dias depois da tragédia do Rio de Janeiro, um grupo de governadores da direita foram manifestar apoio ao governador Cláudio Castro. Os presidenciáveis Ronaldo Caiado e Romeu Zema, que não estão bem nas pesquisas, afirmaram que a operação que deixou 121 mortos foi "um sucesso" e "um divisor de águas". Zema disse que era um erro a ação policial ter sido descrita como "a mais letal". Para ele, deveria ter sido considerada "a mais bem sucedida". Já Caiado garantiu que ficou "orgulhoso" do "banho de sangue nas favelas". E emendou: "Ô, Claudio, meus parabéns!". Não deixou por menos.

Memória

Ainda na reunião de Governadores da direita com Claudio Castro: Caiado aproveitou para vender seu passe, dizendo que "lá em Goiás, bandido não se cria". Pré-candidato ao Planalto, ele aposta na imagem de xerife (em seu governo, a bandidagem foi muito reduzida). Não quer repetir o que aconteceu em sua primeira tentativa de ser Presidente da República, em 1989. Caiado teve menos de 1% dos votos e ficou em décimo lugar. Agora, está tentando ser conhecido pelo Brasil.

Mistura Fina

Hoje no governo Lula a palavra de ordem é "atenção à classe média”. O presidente determinou aos ministros que criem iniciativas voltadas para essa faixa da população, os que têm renda mensal entre R$ 3,4 mil e R$ 8,1 em média. Programas de financiamento habitacional já estão na rua e está chegando crédito facilitado para compra de motos para trabalhadores de aplicativos. E Sidônio Palmeira (Secom) deverá caprichar nas campanhas de maneira bem barulhenta. Lula acha que esse segmento é que lhe dará o quarto mandato.

Novas pesquisas estão mostrando que a corrida de João Campos (PSB) para o governo de Pernambuco por enquanto, ele é o ultrafavorito - poderá não ser o "passeio" que imagina. Bem avaliada, a governadora Raquel Lyra (PSD) cresce. A seu lado, a veterana raposa e presidente do partido, Gilberto Kassab. No palanque de João, o presidente Lula. A campanha eleitoral pernambucana promete ainda fortes emoções: Marília Arraes desponta como favorita a uma das vagas para o Senado e Humberto Costa (PT) corre o risco de não se eleger.

Campeão de críticas de todos os lados, o ex-chanceler da gestão de Bolsonaro, Eduardo Araújo tomou chá de sumiço. Ele ganhou fama pela frase "que sejamos pária" ao se referir à posição do Brasil no mundo. Araujo hoje vive no Cairo. Acompanha sua mulher, Maria Eduarda de Seixas Corrêa, conselheira da embaixada do Brasil no Egito. E o que faz lá? Nada, literalmente. Está de licença há quatro anos.

Do alto de seus 1,50 metro de altura, Claudete Soares está comemorando seus 90 anos de idade com um álbum comemorativo e com um show que pretende mostrar em várias cidades brasileiras. E não pensa em se aposentar: "Ainda tenho voz, saúde e salto alto". E acrescenta:" Canto desde os 10 anos de idade. Não parece que foi tudo isso. Tem gente que vive do passado. É uma perda de tempo. Tenho orgulho do que vivi, mas não vivo do que passou". Estou firme e "com sapato". Jô Soares dizia que eu nasci de sapato - e de salto alto".

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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