Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"A lista de crueldades desse STF envergonha os brasileiros"

Senador Eduardo Girão (Novo-CE) critica as penas abusivas pelo 8 de janeiro

Continue lendo...

Ministros de Lula acumulam 120 convocações

É grande a pilha de pedidos de convocação para inquirir os ministros de Lula na Câmara. Tem de tudo: suspeita de corrupção, gastança sem controle, fraude em marmita, sigilo em mensagens dos irmãos Batista, rombo em estatais etc. Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) é o principal alvo. A crítica do ministro ao afirmar que “a polícia prende mal” motivou oito dos 19 pedidos de convocação. Ordem para colocar sob sigilo dados sobre fugas em presídios também desagradou.

 

Farra cultural

A prata fica com Margareth Menezes (Cultura), são 16 pedidos para que a ministra explique cachês, comitês de cultura, conflito de interesse e etc.

 

Carne de pescoço

Quem menos dá sossego para os auxiliares de Lula é Marcos Pollon (PL-MS): 26 pedidos de convocação, sendo cinco para Lewandowski.

 

Mulher do chefe

Dos oito pedidos contra Rui Costa (Casa Civil), dois nem são exatamente dele, mas lambança relacionada à primeira-dama Janja.

 

Fora da curva

Além dos ministros, há ainda pedido de convocação de João Luiz Fukunaga, presidente da Previ, e de Gabriel Galípolo, do Banco Central.

 

Governo Lula esconde gastos de viagens há 43 dias

Já se passaram exatos 42 dias desde a última atualização no Portal da Transparência dos gastos festivos do governo Lula (PT) com viagens para seus integrantes. Até 28 de fevereiro, somente a administração direta do governo petista já representava gastos de cerca de R$80 milhões em viagens. Procurada, a Controladoria-Geral da União (CGU), responsável por manter a Transparência em dia, diz que atualiza gastos mês a mês e que tem até 30 de abril para atualizar os dados de março.

 

Diária engorda salário

Pagadores de impostos bancam principalmente as diárias, que engordam os salários ainda mais. As passagens viram um brinde.

 

Governo é uma viagem

Só nos dois primeiros meses do ano, o governo torrou R$41,4 milhões em diárias para sua turma e mais R$37,8 milhões em viagens de avião.

 

R$5 bilhões em dois anos

Ano de maior gasto com viagem da História, o governo torrou em 2023 R$2,3 bilhões. Voltou a gastar o mesmo caminhão de dinheiro em 2024.

 

Velho truque

A jurássica esquerda brasileira repetindo o velho truque de desqualificar a cassação do barraqueiro Glauber Braga (Psol-RJ) assassinando a reputação dos julgadores integrantes do conselho de ética da Câmara.

 

Senador Ciro

Enquanto institutos de pesquisa insistem em colocar Ciro Gomes (PDT) como presidenciável, entre políticos do Ceará encorpa a conversa de que o pedetista pode voltar ao cenário político, mas como senador do Estado.

 

Suspeita é só homicídio...

Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) puxou 383 no pote até conseguir “prisão domiciliar humanitária”, na sexta (11). Na semana, O mesmo Alexandre de Moraes negou pedido de trabalho de Daniel Silveira.

 

Aumento de 60%

Caso o orçamento das emendas parlamentares seja completamente pago pelo governo este ano, os R$50 bilhões representam crescimento de quase 60% no valor a ser distribuído por deputados e senadores.

 

Sem essa

Coisa da “agenda woke”, a cota trans sofreu um revés na justiça de São Paulo. Provocado pelo vereador Rubinho Nunes (União), o Ministério Público se manifestou contra a invenção na Unicamp.

 

Barata voa

Foi um auê na Fazenda a promessa de Alexandre Silveira (Minas e Energia) de isenção na conta de luz para 60 milhões de pessoas, sem dizer de onde vai sair o dinheiro. Na Fazenda, ninguém sabia disso.

 

Dor de cabeça

Emissários da Casa Civil e da Fazenda passaram a sexta no Ministério de Minas e Energia tentando entender a prometida isenção na conta de luz. Ninguém conhece o projeto, mas Alexandre Silveira garante que sai.

 

Travou

Dois modelos da Tesla, do empresário Elon Musk, estão com pedidos de compra suspensos na China. A disputa tarifária entre China e Estados Unidos inviabilizou a compra do modelo, que é produzido nos EUA.

 

Pensando bem...

...até agora, nos Correios, o “uber” estatal imaginado pelo ministro do Trabalho ainda não passou de ideia de jerico.

 

PODER SEM PUDOR

Pleonasmo nos olhos

Político tão esperto quanto simplório, Benedito Valadares era governador de Minas quando encontrou na ante-sala de Getúlio Vargas o ministro da Educação, Gustavo Capanema, que estranhou seus óculos escuros. “É uma conjuntivite nos olhos”, explicou Valadares. O ministro reagiu, professoral: “Benedito, isso é um pleonasmo!” Valadares ignorou a observação e entrou para falar com Vargas. O presidente também estranhou os óculos escuros. Ele reagiu: “Presidente, o médico lá em Minas disse que era uma conjuntivite nos olhos, mas o Capanema, que quer ser mais sabido que os médicos, me disse que é um pleonasmo!...”

ARTIGOS

A decadência ideológica do MST

23/04/2025 07h30

Continue Lendo...

Todos os anos, no mês de abril, o MST intensifica as ações em busca de maior visibilidade para a agenda da reforma agrária no Brasil. O período é escolhido para relembrar o chamado Massacre de Eldorado do Carajás, que resultou na morte de 21 pessoas. Mas o fato é que, apesar do forte potencial de apelo social, o movimento entrou em um claro processo de decadência ideológica junto à opinião pública e não encontra apoio popular significativo.

Essa percepção foi confirmada por meio de recente levantamento do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data. O resultado mostrou que apenas 32% dos brasileiros declararam estar de acordo ou apoiar as demandas no MST. Por outro lado, 66% afirmaram ser contrários às pautas do movimento, enquanto 2% não souberam ou não quiseram responder.

O Real Time Big Data também quis saber se o governo federal deve ajudar o MST. A essa pergunta, 62% responderam não, enquanto apenas 29% disseram sim e 9% não opinaram. Para finalizar, 70% dos cidadãos consultados acreditam que o apoio do governo ao movimento dos sem-terra não deve ajudar Lula nas eleições presidenciais de 2026. Apenas 22% consideraram que o apoio é eleitoralmente positivo e 8% não responderam.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. No total, 1.200 pessoas foram ouvidas entre os dias 15 e 16 de abril, em todas as regiões do País. Se considerarmos que Lula venceu as últimas eleições com mais de 50% dos votos, na prática, a pesquisa nos mostra que, mesmo para uma camada dos eleitores com perfil ideológico de esquerda, a imagem do MST é negativa.

A falta de apoio popular ao movimento dos sem-terra pode ser explicada por meio da análise de sua evolução histórica. O MST nasceu na década de 1980, defendendo a reforma agrária por meio da distribuição de terras ociosas a trabalhadores rurais. Na teoria, a mensagem era irretocável, mas ela acabou se perdendo na execução prática e as ocupações violentas ocorridas com o passar do tempo conferiram alta carga negativa ao MST.

Ainda estão vivas na memória das pessoas as notícias sobre propriedades invadidas, como, por exemplo, as fazendas da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da empresa Suzano Papel e Celulose.

Além disso, também vieram a público as listas com nomes das pessoas à espera de serem assentadas, manipuladas pelo movimento para participação de atos organizados. Tais erros de estratégia fizeram nascer entre os brasileiros o conceito de que o MST é político e radicalizado.

Mesmo assim, Lula não abre mão de sua ligação com o movimento e tem atuado para beneficiá-lo no atual mandato. Ele acredita que o MST seja um apoio importante para 2026, mas essa pode ser uma jogada arriscada, especialmente quando precisar sair em busca de votos dos eleitores de centro e indecisos. Não estamos mais na década de 1980, os tempos mudaram. E os cidadãos brasileiros sabem disso.

EDITORIAL

O mundo muda, e qual o nosso papel?

Em um mundo em transformação, não cabe mais olhar apenas para dentro. É preciso entender como o que acontece lá fora molda nossas decisões internas

23/04/2025 07h15

Continue Lendo...

Vivemos tempos de mudanças profundas. A geopolítica global e a economia internacional estão sendo redesenhadas em velocidade inédita. Essa transformação, iniciada de forma mais contundente durante o governo de Donald Trump, ainda reverbera. A tentativa de reequilibrar a balança comercial norte-americana levou o ex-presidente a declarar uma verdadeira guerra tarifária contra países que acumulavam superavit com os Estados Unidos, como China, Canadá e México. Esse movimento desencadeou uma série de reações em cadeia, que ainda hoje reconfiguram alianças comerciais, rotas de exportação e prioridades políticas.
Mas, em meio a esse cenário de rearranjos globais, onde entra um estado como Mato Grosso do Sul?

Distante dos grandes centros de decisão mundiais, o Estado parece, à primeira vista, pequeno demais para ser afetado por essas tensões internacionais. No entanto, como mostramos nesta edição, a realidade é bem diferente. O restante do mundo pode até parecer estar longe, mas seus impactos chegam aqui com força – e, surpreendentemente, com oportunidades.

Um exemplo claro está na reportagem especial que publicamos, que mostra como Mato Grosso do Sul pode se beneficiar do aumento das exportações para a China, em meio à disputa comercial entre Pequim e Washington. Quando gigantes brigam, abrem-se espaços. E o Estado tem encontrado nessa brecha uma chance concreta de ampliar sua presença no mercado asiático, especialmente com produtos do agronegócio e da cadeia da proteína animal.

Mas não é só isso. Há também mudanças estruturais em andamento que reposicionam Mato Grosso do Sul no mapa da logística e do comércio exterior. A construção da Rota Bioceânica, que liga Porto Murtinho ao norte do Chile, passando por Paraguai e Argentina, começa a ganhar um peso estratégico ainda maior. Em um mundo que busca diversificar caminhos e diminuir custos de transporte, essa rota terrestre se torna mais do que uma obra de infraestrutura: ela é um vetor de inserção global.

A razão para esse novo protagonismo está na abertura de uma conexão direta com os mercados asiáticos pelo Pacífico. Em vez de depender exclusivamente de portos do Sudeste ou do Sul do Brasil, produtores sul-mato-grossenses poderão acessar o mundo por um caminho mais curto e eficiente. A Rota Bioceânica não é apenas uma estrada: é uma ponte para um novo tempo econômico, mais integrado e competitivo.

Em função disso, Mato Grosso do Sul se vê diante de uma oportunidade rara. Um momento em que o local e o global se cruzam e em que o Estado pode – e deve – se posicionar com inteligência, estratégia e visão de futuro. A economia regional, os empreendedores, os produtores e os gestores públicos precisam estar atentos. As transformações são intensas, mas também oferecem novas possibilidades.

Por isso, o papel de cada um se torna essencial. Em um mundo em transformação, não cabe mais olhar apenas para dentro. É preciso entender como o que acontece lá fora molda nossas decisões internas. O futuro não espera – e Mato Grosso do Sul precisa estar pronto para fazer parte dele, como protagonista, e não como coadjuvante.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).