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GIBA UM

"A nossa mensagem é que o Brasil terá no Congresso Nacional o equilíbrio, a razão [...]"

de ARTHUR LIRA // presidente de Câmara, falando que a reforma Administrativa está pronta para ser votada no plenário.

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“A nossa mensagem é que o Brasil terá no Congresso Nacional o equilíbrio, a razão, a chance de trazer temas como as reformas que ainda faltam”, de ARTHUR LIRA // presidente de Câmara, falando que a reforma Administrativa está pronta para ser votada no plenário.

Lula está achando que o ad- 3 vogado Cristiano Zanin pode esperar a vaga de Rosa Weber no STF. Para substituir Ricardo Lewandowski no Supremo, além do advogado Manoel Carlos, considerado o mais preparado (e favorito de Lewandowski).

Mais: agora são cotados também o ministro Luis Felipe Salomão do STJ e ministro (negro, indicado por Lula para o STJ) Benedito Gon- çalves, do TSE, e também correge- dor-geral da Justiça Eleitoral. Os dois já deram sentenças devasta- doras contra Jair Bolsonaro.

IN: Pudim de cocada

OUT: Pudim de pão de mel

Olho nas joias

O governo Bolsonaro tentou, por 8 vezes, retirar as joias que o governo da Arabia Saudita no valor equivalentes de R$ 16,5 milhões foram presentes a Michelle Bolsonaro, apreendidas pela Receita Federal em Guarulhos.

A última tentativa foi no último dia do ex-presidente no Brasil em dezembro, antes de viajar para a Flórida. A gestão Bolsonaro poderia ter declarado que as joias eram um presente para o Estado brasileiro e nesse caso, não seria cobrado imposto. Mas as peças seriam tratadas como propriedade do país, e não da família Bolsonaro.

OBRIGATÓRIO

De acordo com a legislação brasileira, é obrigatório declarar qualquer bem avaliado em mais de mil dólares pouco mais de R$ 5 mil) na chegada ao país. Caso contrário, só é possível resgatar o item pagando um tributo equivalente a 50% de seu valor estimado.

Mais uma multa de 25% sobre o valor cheio. No caso das joias Chopard para Michelle cerca de R$ 12,3 milhões.

Consequência

No final da semana passada, o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), ainda sobre as joias da Arábia Saudita, determinou que a Polícia Federal abra uma investigação. E deu pistas de suas possíveis consequências: poderão ser configurados crimes de peculato, descaminho e lavagem de dinheiro.

O escândalo das joias pode também ter atrapalhado o plano do casal. Michelle já avisou que quer testar sua popularidade do Nordeste e Valdemar costa Neto aposta que a imagem da ex-primeira-dama não será arranhada. E malgrado desmentidos dela, continua achando que poderia ser lançado ao Planalto em 2026 (caso o Capitão seja declarado inelegível).

MUITA PRESSA

No relançamento do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, na terça-feira (28), Lula voltou a falar em pressa: “Estamos a 59 dias no governo. Não temos mais quatro anos. Temos três anos, dez meses e um dia pela frente”. E está preocupado com a marca que seu governo mostrará nos 100 dias.

Alguns lembram que sua gestão já fez o primeiro repasse da merenda escolar aos municípios – os mesmos R$ 0,36 da campanha petista contra o governo Bolsonaro, e isso não é para se comemorar nos 100 dias.

Delírio puro

Na semana passada, Jair Bolsonaro, que está em Orlando desde 30 de dezembro (agora, já avisou que vai esticar mais tempo lá, além de março), telefonou para alguns parlamentares aliados para pedir empenho na criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobe atos golpistas de 8 de janeiro.

Aliados do ex-presidente querem usar o colegiado para tentar buscar provas de que o governo Lula teria conhecimento dos riscos golpistas e que teria permitido sua realização para acabar com o acampamento em frente ao Exército. Alguns acham que poderiam até pedir o impeachment de Lula.

Kardashians à brasileira

Uma família de modelo que faz sucesso na internet e mostra a união e momentos familiares está sendo comparada ao clã Kardashian- -Jenner (composto por Kourtney, Kim, Khlóe, Kendall e Kylie, além da matriarca Kris).

A Família Drudi assim como a família norte-americana também tem um irmão chamado Renan. E ao contrário são somente quatro irmãs, com nomes começados por várias iniciais e a matriarca Adriana, não embarca na carreira artística.

As Kardashians brasileiras é formada por Jaqueline, 27 anos, formada em fisioterapia, mas que agora exerce a profissão de maquiadora e dona de algumas lojas online; Pamela, 25 anos, a mais empreendedora das quatro, atuando em vários segmentos, desde buffet até loja de maquiagem, é embaixadora da marcar DeBelle Hair e ainda namora com o empresário milionário piauiense Fernandin; Drielly, 23 anos, modelo, influenciadora digital e embaixadora da Blaze Cassino online, que tem como embaixador o jogador Neymar Jr.; e Fantiny,18 anos que também está modelando, mas sonha em cursar medicina

Ofensiva de frases

Quando perguntam ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o que ele vai fazer com os R$ 95,8 bilhões do orçamento de 2023 (16% a mais do que os R$ 82,7 bilhões do orçamento de 2022), ele responde que já está tudo comprometido com um programa de obras.

E se perguntam se a dinheirama criará para ela e sua gestão, repete “Marca é para cerveja, para refrigerante”. Só que até seus assessores mais direitos sabem que é isso que Nunes está procurando, de olho na campanha de reeleição do ano que vem.

Os mesmos chegados dizem que ele tem “um arsenal de frases” para usar em entrevistas (conselho de um suposto coach). Quando mandou retirar à força das ruas de São Paulo barracas de sem-tetos (não deu certo porque a Justiça proibiu), o prefeito bradou: “Rua não é enderenço e barraca não é lar”.

Além dos namoros

E por falar em Kardashian, a modelo Juliana Nalú, 24 anos, que nasceu no Rio mas que atualmente está morando em Los Angeles, ela teve um rápido namoro com Kanye West, ex-marido de Kim Kardashian e agora vem sendo apontada como possível affair do piloto Lewis Hamilton, e foi musa do camarote Allegria, da Marque da Sapucaí, deste ano.

Criada no Complexo do Chapadão acaba de criar o “Sementes da Favela” (favelaseeds.com), projeto que visa revelar novos talentos vindos de comunidades brasileiras, reunindo portfólios de talentos aspirantes à carreira no showbiz e na moda, que vivam em locais em situação de vulnerabilidade.

“Há alguns meses tenho me dedicado a este projeto, junto a um time especializado, com o intuito de gerar novas possibilidades para jovens da favela, que lutam e que sonham com espaço em mercados tão disputados. Queremos que seus trabalhos e as suas criações sejam vistas por quem gera oportunidade”.

Na cola

Pensando na campanha de reeleição para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes tem andado colado ao governador Tarcísio de Freitas. Em alguns eventos, não é reconhecido: as pesquisas dizem que 60% dos paulistanos não sabem seu nome.

Mesmo assim, ele aposta, com o apoio de Tarcísio e mais sete partidos com os quais já estaria acertado, que conseguirá derrotar Guilherme Boulos (PSOL). Especialistas em marketing eleitoral argumentam que Nunes não tem carisma e que seus discursos não empolgam. Agora procura um slogan inspirador.

Avesso do avesso

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, estava exagerando nos ataques ao presidente do Banco Central e à possibilidade de aumento dos combustíveis e Lula resolveu lhe telefonar.

Antes de mais nada, ele enfrentou: “Ué, não posso falar o que estou pensando?”. E presidente: “Pode, desde que não me atrapalhe”.

Enquanto isso, amigos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, apostam que Gleisi está blefando. Dizem que os petistas querem que ele permaneça para ser responsabilizado pelo que der errado

Gol contra

A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça vai abrir um processo administrativo contra a empresa colombiana Viva Air. A companhia aérea já vinha dando sinais de que sucumbiria à uma grave crise financeira.

Mesmo assim, continuou vendendo passagens no país até a semana passada, quando anunciou suspensão de suas operações. Há um mais de uma centena de bilhetes já comercializados.

Além da rota entre São Paulo e Medelín, principal da Viva Air no Brasil, a empresa voava também da capital paulista para Buenos aires, Cidade do México e Miami.

RETRATO

Um dos maiores exemplos de desperdício público no Brasil é o custo do Congresso Nacional. Cada um dos 513 deputados tem direito a 20 assessores. Já os 81 senadores, por sua vez, podem contratar 60 assessores cada.

São 25 mil pessoas trabalhando no Congresso a um custo total de R$ 11 milhões por ano (ou 30 milhões por dia). Segundo a BBC, é o segundo mais caro Parlamento do planeta. E todos têm direito a R$80 mil de auxílio para mudanças (RS 40 mil por finalizar a R$ 40 para iniciar seu mandato.

MISTURA FINA

A EX-primeira-dama Michelle Bolsonaro vem se reunindo com a cúpula do PL para discutir suas primeiras viagens pelo Brasil no comando do PL Mulher seduzindo o universo das eleitoras.

E ela quer começar pelo Nordeste, onde Lula reina. Valdemar Costa Neto sugeriu que Jair Bolsonaro fosse junto, mas ela não topou: acha que seria um “desgaste para ele”. Quer também convocar as evangélicas.

Para comparar: Michele tem 5,9 milhões de seguidores no Instagram; Janja 2,1 milhões.

A PRIMEIRA live de Lula deverá acontecer no próximo dia 20 de março. Ele estará ao lado do ministro Wellington Dias para falar sobre o Novo Bolsa Família. É uma primeira experiência: ainda não está marcada uma escala fixa para acontecer.

Mas, deverá ser sempre de manhã e preferivelmente, no começo da semana. Outra ideia seria um podcast semanal para Lula falar de suas realizações: por enquanto, está afastada.

Nas lives não haverá sanfoneiro, como acontecia nas de Bolsonaro, quando o então ministro Wilson Machado animava a conversa.

JAIR Bolsonaro agora acha que poderá retornar ao Brasil em abril – não mais em março. E deu ao general da reserva Braga Netto a missão de ser o responsável por montar um esquema de segurança em sua volta.

Além de agentes da Polícia Federal a que todos ex-presidente tem direito, Bolsonaro quer contratar também polícias aposentados – e pagos pelo PL. Braga também cuidará da segurança de Michelle em suas viagens pelo Brasil, também às custas do partido.

O “CENSO da Aviação”, lançado (e nunca realizado) no governo Bolsonaro (o Ministério de Infraestrutura não contratou a tempo a empresa especializada em pesquisa), poderá acontecer agora por ação do Ministério, de Portos e Aeroportos, com Mário França no comando.

O levantamento serviria de base para o Ministério, Secretaria Nacional de Aviação e Anac avaliaram a infraestrutura dos principais aeroportos do país, com base em 17 itens.

ALOÍZIO Mercadante, presidente do BNDES, conclui a reorganização da cúpula do banco. No fim de 2022, três mulheres ocupavam o cargo do superintendente e agora, esse número subiu para oito.

Na alta administração do BNDES, hoje, são quatro diretores e cinco diretores. Na gestão anterior, apenas uma mulher ocupava uma posição de diretora.

FERNANDO Haddad (Fazenda) deverá anunciar ainda em março o novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) deverá chegar ao Congresso em abril. Dará uma direção, só que não deverá resolver nada no curto prazo.

TÉCNICOS do Ministério da Previdência Social estão estudando a redução de juros para empréstimos consignados. A taxa cobrada hoje é alta.

A inflação do ano passado foi 6%. Isso é muito injusto com área mais carente da sociedade. A taxa do consignado varia entre 1,8% e 2,4% ao mês. No cartão, é de 3,06%. Os técnicos não entendem a diferença se é o mesmo benificiário.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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