A magistratura brasileira trabalha incansavelmente para garantir a justiça. No entanto, poucos percebem que, além da complexidade dos casos, juízes enfrentam uma das maiores cargas de trabalho do mundo. Ainda assim, o Judiciário segue como referência em produtividade e eficiência.
Segundo o relatório da Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), 93% das decisões judiciais no Brasil são proferidas por juízes de forma monocrática – ou seja, sem a participação de outros magistrados. Isso demonstra não apenas a celeridade dos julgamentos, mas também a imensa responsabilidade individual dos juízes.
O volume de processos é alarmante. Em 2022, foram julgados 32,5 milhões de processos no País, com média de 2.118 sentenças por magistrado. Esse cenário coloca o Brasil entre as nações com maior sobrecarga judicial, superando países como França e Estados Unidos.
O presidente da AMB, Frederico Mendes Júnior, ressalta um dado revelador: “Nos Estados Unidos, um juiz recebe 449 processos ao ano. Na França, 991. No Brasil, esse número salta para 7.061 processos distribuídos e 2.118 julgados anualmente”.
No Judiciário de Mato Grosso do Sul, a realidade não é diferente. A magistratura sul-mato-grossense lida diariamente com altas demandas, processos complexos e limitações estruturais. No entanto, mesmo diante desses desafios, os magistrados do Estado têm se destacado na busca por mais celeridade nos julgamentos.
Em 2024, foram iniciados 583.218 novos feitos e baixados 621.026 processos, números que demonstram uma produtividade acima da média nacional.
Apesar desses avanços, há ainda muito a ser aprimorado. O compromisso dos juízes de Mato Grosso do Sul com a eficiência e a qualidade da prestação jurisdicional é contínuo. O aprimoramento da estrutura judicial, aliado ao investimento em tecnologia e pessoal de apoio, é essencial para que a Justiça se torne cada vez mais acessível e ágil.
A magistratura segue determinada a enfrentar esses desafios com responsabilidade e dedicação. O reconhecimento dos avanços alcançados não diminui a necessidade de constante evolução. O compromisso com a sociedade exige esforço permanente para garantir respostas céleres e justas, assegurando o devido processo legal e a proteção dos direitos fundamentais.
O peso da toga é grande, mas a missão da magistratura é ainda maior.




