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Giba Um

"As pessoas acham que podem decidir pelo governo. Indicar ministro do STF é uma tarefa...

...eminentemente do presidente", de Lula, mandando recado a Davi Alcolumbre, que já disse que, se for Jorge Messias, seu nome terá dificuldades no Senado

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Em nove meses, Lula já armou palanque em 20 estados e e esteve em 52 cidades, usando o mesmo método: anúncios de gestão, discursos exaltando candidatos locais e a sua própria reeleição. Só neste ano, Lula usou a máquina do Planalto para fazer quatro pronunciamentos em rede nacional.

MAIS: os pronunciamentos do presidente brasileiro tiveram foco em medidas de apelo eleitoral e críticas a adversários. De quebra, a reunião ministerial dos bonés azuis, com fotos de todos os ministros e vídeos de IA sobre "nós contra eles" nas redes sociais.

Novidades para 2026

Como é feito há alguns anos, a Globo reúne parte de seu elenco de profissionais para divulgar as novidades e estreias do ano seguinte. Este ano, o Upfront 2026, apresentado no Auditório do Ibirapuera, deu destaque tanto às principais atrações que serão exibidas na TV aberta quanto nos canais fechados. Entre as novidades, a estreia de “Em Família com Eliana” aos domingos, antes do futebol, marcando de fato a grande estreia de Eliana, que é a aposta da emissora para o próximo ano. Outra novidade é a volta da transmissão da Fórmula 1 pela emissora, que também dará destaque ao futebol feminino em sua grade, com a contratação até de Ronaldinho Gaúcho para ser comentarista. A emissora carioca também investirá em uma inovação batizada de “microdramas”, que são pequenas narrativas com duração curta de cerca de um minuto e meio. A emissora continuará também focando em reality-shows como Big Brother Brasil, que contou com a presença de Tadeu Schimidt para apresentar algumas mudanças no reality; os programas “Chefe de Alto Nível” e “A Estrela da Casa” também estarão na grade. A Globo também está focado na área musical além  da cobertura dos tradicionais festivais como Rock in Rio ou o circuito sertanejo, este ano também cobrirá os festejos de São João, trazendo à frente Juliette e Wesley Safadão. Nos canais fechados, os programas humorísticos continuarão sendo destaque com a estreia do “ET”, que será comandado por Eduardo Sterblitch e Tata Werneck. Além de diversos documentários e séries no Globoplay, como Juntas & Separadas, Jogada de Risco e Amazônia. Entre tantos presentes estavam: William Bonner (na foto com Renata Vasconcelos e César Tralli), que aproveitou para tietar nos bastidores; as atrizes Jade Picon, Grazi Massafera, Duda Santos, Isabel Teixeira, Isabelle Drummond e Leandra Leal, que estarão no elenco das atrações da teledramaturgia; Ana Maria Braga, Eliana, Xuxa, Tati Machado, Renata Silveira, Ronaldinho Gaúcho, Luis Roberto, Denílson e Marco Mion, entre muitos outros.

Vieira e Rubio: relação cordial

Quando se sentar diante de Marco Rubio, secretário de Estado do governo Trump, talvez ainda nesta semana,  o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, não estará à frente. Com o inimigo, como tentam fazer crer os bolsonaristas radicais. Além do encontro marcado e fora da agenda oficial que ambos tiveram em julho, em Washington, Vieira e Rubio têm mantido interlocução regular desde o início da crise do tarifaço. Os contatos entre os dois passam longe da belicosidade atribuída a Rubio por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo. O chanceler brasileiro e o secretário de Estado carregam uma sólida e cordial relação institucional que começou a ser construída durante o período em que Vieira ocupou o posto de embaixador em Washington, entre 2010 e 2014. Na época, Rubio era senador e presidiu a Subcomissão para Assuntos do Hemisfério Ocidental e Narcóticos. Na função, conduziu assuntos dos Estados Unidos na OEA e estabeleceu diálogos com homens da diplomacia de países latino-americanos.

Fomentando o turismo

Ainda Vieira e Rubio: em 2012, os dois trabalharam juntos nos preparativos da viagem da então presidente Dilma Rousseff a Washington. Na ocasião, Rubio chegou a emitir um comunicado saudando a viagem de Dilma, e atuou no Congresso pela aprovação de uma lei que fomentasse o turismo entre os dois países. Em 2023, com Vieira já como chanceler, Rubio (ao lado de dois democratas) apresentou projeto de lei propondo cooperação com o Brasil para o combate ao crime organizado da Amazônia.

Homenagem merecida

A 13ª edição do concurso Miss Grand International irá acontecer no próximo dia 18 no MGI Hall em Bangkok, Tailândia. Para quem não sabe, o concurso, também conhecido como Miss Grand é um concurso de beleza realizado anualmente desde 2013, que se posiciona como uma iniciativa internacional dedicada à promoção da paz e ao combate à violência. O evento utiliza a visibilidade de suas vencedoras para divulgar e incentivar ações voltadas a questões sociais e humanitárias. Apesar de poucos anos de existência, atualmente é classificado entre os três principais concursos do setor, ficando atrás apenas do Miss Universo e Miss Mundo. Entre as 20 concorrentes que se apresentarão na etapa final do dia 18 está a brasileira Kaliana Diniz. A modelo paraibana fez uma justa homenagem ao piloto Ayrton Senna durante desfile do traje típico que foi apresentado na segunda-feira (13). “O traje presta homenagem a Ayrton Senna, o campeão de Fórmula 1 que se tornou um dos maiores heróis do Brasil. Mais do que vitórias na pista, ele inspirou o mundo com sua coragem, simplicidade, disciplina e profundo amor por seu país”, explicou a modelo.

Confiança mútua

Mais: só designarem Mauro Vieira, ladeado por Geraldo Alckmin e Fernando Haddad e Marco Rubio para conduzir as negociações em busca de uma possível solução para o tarifaço, o Planalto e a Casa Branca sinalizaram aonde querem chegar. Em diplomacia, esse tipo de relação e de conhecimento pessoal ajuda. Não é exatamente sinônimo de consenso, mas as conversas já começam com algum grau de confiança mútua e reconhecimento recíproco das linhas vermelhas de cada um. E mais: as notícias espalhadas de que Rubio não atendia telefonemas de Vieira são falsas. Era ofensiva de Dudu Bananinha e seu chevalier servant Paulo Figueiredo.

Outro agravamento

Esta semana, o ministro Alexandre de Moraes (STF) autorizou que a médica Marina Grazzuiotin Pasolini faça visitas a Bolsonaro sem necessidade de comunicação prévia à corte. A decisão atende a um pedido da defesa, que alegou, a Moraes, que o ex-presidente apresentava um agravamento no quadro de soluços sem parar, necessitando atendimento médico imediato. Os advogados afirmarem que a e situação requer “celere apreciação" e que o ingresso de profissional é mais que necessário. As crises de Bolsonaro incluem maior dose de soluços, incluindo vômitos e variações de pressão. Quando o ex-presidente dorme, os soluços reduzem, mas ele não consegue dormir pelo mesmos motivos

Pérola

"As pessoas acham que podem decidir pelo governo. Indicar ministro do STF é uma tarefa eminentemente do presidente",

de Lula, mandando recado a Davi Alcolumbre, que já disse que, se for Jorge Messias, seu nome terá dificuldades no Senado.

Ainda não terminou

Apesar das comemorações do reencontro com familiares presos e do presidente Donald Trump, no Parlamento de Israel, ter afirmado que a guerra em Gaza chegara a um acordo firmado entre Israel e o grupo Hamas, o texto era apenas a primeira parte do plano e há pontos em aberto que exigirão muito dos negociadores antes que a "Paz Trumpiana" possa ser declarada. O primeiro desafio é garantir o cumprimento do cessar-fogo. O cronograma para a retirada completa das tropas israelenses ainda não foi acertado. Mesmo com todas as etapas cumpridas, haverá sempre forças de Israel a "zonas-tampão" em Gaza,  e as armas que o Hamas não pretende entregar.

CBF, campeã do mundo 1 

Quando o assunto é política de remuneração, a CBF deixa seus congêneres internacionais para trás na tabela de classificação.   A bonança não  se aplica apenas a Carlo Ancelotti, o treinador de seleções mais bem pago do mundo.  O presidente da entidade, Samir Xaud lidera entre "os chefes de Estado" das maiores federações internacionais do planeta. Com um salário de R$ 380 mil mensais, recebe por ano o equivalente a US$ 1 milhão (contabilizando também o 13º salário). Para efeito de comparação, o presidente da Federação Alemã de Futebol, Bernad Neuendorf, ganha US$ 266 mil por ano.

CBF campeã do mundo 2

Ainda remuneração: Ignacio Alonso, da Federação Uruguaia, soma em torno de US$ 240 mil  por ano, e o nº 1 da Federação Italiana, Gabriele Gravina embolsa US$ 216 mil. Xaud é superado apenas pelo CEO da Federação Inglesa, Mark Billingham, que recebe US$ 1,7 milhão. Só  que Bullington, é um diretor-executivo e não o presidente da entidade, na maioria dos casos um cargo de contornos políticos Carlo Ancelotti lidera o ranking entre técnicos das seleções. Seus rendimentos, em torno de 9,5 milhões de euros, correspondem a 3,4% do "PIB" de CBF, leia-se sua receita total.

Olho em Minas

Lideranças do PSD, especialmente as mineiras e a Executiva Nacional, dizem que o partido já tem favorito para disputar o governo de Minas Gerais - e não é Rodrigo Pacheco. O partido de Gilberto Kassab quer incluir Mateus Simões, atual vice de Romeu Zema. Correndo por fora, com pouca chance, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, que também pleiteia o Senado. Detalhe: PSD  não quer se alinhar a Lula no Estado. O presidente não tem torcida uniformizada lá.

Novo cenário

Nas casas noturnas famosas da cidade de São Paulo, drinques com bebidas destiladas deram lugar  ao vinho, a cerveja, e coqueteis enlatadas, já prontas para beber. Destilado incolores não são vendidos, em doses ou drinques. Na média geral, a venda de drinques em outros tantos bares da cidade, caiu cerca de 85%, e houve  queda no faturamento perto de 40%. Em alguns endereços, surgiram quatro novos drinques à base de espumante, vinho branco, vinho tinto e licor, mas não são tantos os que apreciam.

Negócios ilícitos

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação está  publicando um ranking de prejuízos de 2024, em bilhões de reais, da atividade criminosa na economia e cofres públicos do país em negócios ilicitados. E o segmento de bebidas alcoólicas falsificadas, incluindo perdas de sonegação fiscal e mais prejuízos impostos ao mercado, é o campeão com R$ 86 bilhões, seguindo na segunda classificação vestuário com R$ 51 bilhões. Depois, por ordem: combustíveis (R$ 29 bilhões), Material Esportivo (R$ 23 bilhões), Perfumaria (R$ 21 bilhões), Defensivo Agrícolas ( R$ 20,5 bilhões), TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões), Autopeças (R$ 12 bilhões), Medicamentos ( (R$ 11,5 bilhões) e Materiais Elétricos (R$ 11 bilhões).

Mistura Fina

Líderes da direita estudam cenário cada vez mais provável: a eleição presidencial de 2026 "sem Bolsonaro". A conclusão é que Eduardo não pode voltar dos EUA, sob risco de prisão, e Michelle, se topar, disputar o Senado. Sobra Flávio, que deverá renovar seu mandato de senador. De olho em votos mineiros cruciais, o governador Romeu Zema teria até chances de virar vice. No máximo.
 
Outra pré-candidata à vice, Teresa Cristina, ex-ministra de Bolsonaro, não tem fama de radical e pode atrair o voto feminino. Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro, é lembrado também para a vice, apesar de jurar que não tem qualquer pretensão. Sobram os governadores Tarcísio de Freitas (já esteve em situação melhor), Ronaldo Caiado (com poucas chances) e Ratinho Jr., com perspectivas melhores sob orientação de Gilberto Kassab. A propósito: hoje, naFaria Lima, boa parte já conta com Lula 4.

O BTG acaba de comprar a dívida de R$191 milhões do BDMG na Invepar e agora negocia a compra da dívida de R$ 220 milhões do Banco do Brasil na mesma empresa. Itaú e Bradesco também são credores de R$ 220 milhões cada um.

A Vision One, leia-se XP Investimentos, é apontada no mercado como candidata à compra das clínicas oftalmológicas Eye Clinic e Lotton Eyes. Ambas foram colocadas à venda pela Amil. É um negócio que não está mais no foco do empresário José Seripieri Filho, controlador do grupo. Já a XP tem feito seguidos investimentos no segmento de medicina dos olhos. A Vision One nasceu da aquisição, em 2020, do CBV, hospital oftalmológico, em Brasília. Depois, a XP promoveu a fusão da empresa com a tode de clinicas H.Olhos, de São Paulo. Hoje, a Vision One reúne 65 clínicas e hospitais. Uma de suas concorrentes é a Opty, que tem por trás a Pátria Investimentos.

In – Profissão: arquiteto de cloud
Out – Profissão: operadores de telemarketing 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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