Colunistas

Giba Um

"Ditaduras são regimes políticos em que há falta de liberdade, há tortura, censura, pessoas que...

vão para o exílio ou aposentadas compulsoriamente. Nada disso acontece no Brasil", de Luís Roberto Barroso (STF), negando que o Brasil vive uma "ditadura do Judiciário".

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É grave o estado de saúde do escritor Luis Fernando Verissimo, 88 anos, internado no Hospital Moinho dos Ventos, em Porto Alegre, com pneumonia. O quadro inspira cuidados devido à fragilidade da saúde do autor. Ele tem doença de Parkinson, problemas cardíacos.
Mais:  sofreu um AVC em 2021, que deixou sequelas. Em 2020, passou por uma cirurgia para retirada de um câncer no osso da mandíbula e, em 2016, colocou um marcapasso definitivo. Tem problemas motores e na comunicação. Já publicou 80 livros com 5,6 milhões de cópias vendidas.

Embaixador não

O ainda presidente do STF, Luís Roberto Barroso, está avisando que não pretende antecipar sua aposentadoria e que essa história de virar embaixador em Paris é puro boato. "Não tenho nenhum compromisso, nem sair, nem de ficar". Dia 29, será substituído pelo ministro Edson Fachin. A aposentadoria de Barroso está prevista para 2033, quando completará 75 anos. Se fosse antecipar a saída, já teria diversos nomes cotados para sua vaga: Jorge Messias (AGU), Bruno Dantas (TCU), Vital do Rêgo (presidente do TCU) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os defensores do ex-presidente do Senado, estão Davi Alcolumbre e ministros do STF como de Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia e Gilmar Mendes. 

Moro: outro partido

Ex-juiz, ex-ministro e atual senador Sérgio Moro (União), líder nas pesquisas para o governo do Paraná em 2026, enfrenta resistências em seu próprio partido para lançar sua candidatura e esbarra em alianças locais. Mesmo à frente nas intenções de voto, Moro já acumula atritos internos e vê o governador Ratinho Jr. (PSD) em particular em sua sucessão. No Paraná, o partido está na base de Ratinho, que mira o Palácio do Planalto no ano que vem e sonha em ocupar a vice da chapa. Na última pesquisa, Moro aparece com 30% de intenções de voto e seus adversários registraram menos de 20% cada um. Resultado: Moro vai mudar de partido.

Motta com Lula

O presidente Lula se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, fora da agenda, com Eduardo Bolsonaro na pauta. O petista quer se livrar do rival e também de seu filho exilado nos Estados Unidos. Precisa culpar alguém pelo fracasso e o escolhido foi Eduardo, a quem Lula atribui prestígio suficiente para influenciar decisões de Trump. Assim, Eduardo  virou o responsável pelas sanções a Alexandre de Moraes, a reunião cancelada de Haddad e a proibição de Alexandre Padilha ir aos Estados Unidos, incluindo a filha de 10 anos de idade. Motta prometeu encaminhar ao corregedor denúncia contra Eduardo, que foi prontamente atendido. Motta quer exibir "provas de lealdade".

Apunhalado

A sucessão na ANP está provocando abalos sísmicos na base governista. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), mobilizou seu partido no Congresso para barrar a investida do PT com o objetivo de fazer o advogado Angelo Rezende o futuro diretor-geral da agência reguladora. A indicação teria partido do senador Jaques Wagner. Silveira sente-se pessoalmente apunhalado pelo partido, uma vez que teve garantia do Planalto de que faria o próximo número 1 da ANP. O ministro trabalha pela nomeação de Pietro Mendes, atual secretário do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da pasta de Minas e Energia. 

Ciro 2026

A filiação de Ciro Gomes (hoje no PDT) é tida como avançada no PSB, apesar do martelo ainda não ter sido batido. Enquanto Ciro reforça ataques ao PT, os tucanos afirmam que o projeto e a candidatura ao governo do Ceará, comandado por ele entre 1991 e 1994, quando integrava as fileiras do partido, desta vez como opção de voto para a base do ex-presidente Bolsonaro. "O público bolsonarista quer votar nele. Sabem que ele é referência de gestão", diz Ozires Pontes, presidente do PSDB no Ceará. E emenda: "Ele só não voltaria no comando do Estado se ficar "berborrágico".

 Impondo limites

A atriz, apresentadora, influenciadora, modelo, empresária e missionária Rafa Kalimann está feliz da vida ao realizar um de seus grandes sonhos, ser mãe. Grávida de seis meses do cantor e compositor de forró Nattan, Rafa revelou que está se descobrindo uma nova mulher, e por isso está precisando desacelerar um pouco o ritmo do trabalho e também impondo alguns limites em sua vida.

"Essa Rafa já nasceu em mim. Nasce a partir do momento em que a gente sabe que está gerando. Tenho uma consciência muito maior do espaço que ocupo, da minha existência, do meu propósito aqui. A busca por isso foi incessante nesses últimos anos. Estou sendo mais eu". E completa: “Renascendo, me descobrindo em outros aspectos que eu não conhecia em mim, me respeitando mais, colocando limites maiores. Eu acho que é tão sagrado, sabe? Gestar é tão sagrado. Dar à luz é tão sagrado que você começa a se ver de um jeito mais respeitoso, de fato, de um jeito diferente. E eu estou amando tudo. Eu estou amando as mudanças do meu corpo, eu estou amando tudo, estou vibrando uma nova Rafaella, uma nova mulher."

Rafa também revelou que irá se dedicar um pouco à filha, mas que não existe possibilidade nenhuma de não retornar ao trabalho, que aliás se diz muito orgulhosa e que está pronta para novos desafios. Aos 32 anos, revela que quer ter uma família grande, se tornando futuramente uma avó cercada de netos.

“Eu quero ter uma família grande, igual eu tive. Eu quero que meus filhos tenham primos, irmãos e sobrinhos. Eu quero ser uma avó cheia de netos. Eu quero, se Deus me permitir, eu quero ter uma família grandona. Casa cheia. Mesona gigante que a vó tem que falar: "Pelo amor de Deus, vem almoçar, vai esfriar a comida".

Trump agora quer barrar a seleção

O cancelamento do visto de toda delegação da Seleção Brasileira às vésperas da Copa do Mundo, que inclusive chegou a ser considerado no início da crise, está entre as opções de sanções contra o Brasil, depois da escalada das tensões. A possibilidade já é discutida entre congressistas dos Estados Unidos, incluindo senadores próximos à Casa Branca, mas os mais experientes advertem que isso favoreceria politicamente o "regime autoritário" brasileiro que Trump vem criticando, embora ele seja a favor da medida. A Fifa, cujo presidente Gianni Infantino (mandato até 2027) se dá bem com Trump, terá papel decisivo: nem mesmo países-sede ditatoriais barram seleções de grandes inimigas. Trumpistas acham que as sanções impostas no Brasil "não foram suficientes" e querem sanções que "machuquem mais". A Copa de 2026 será nos EUA, México e Canadá, com a maioria dos jogos em território americano. A CBF negocia sediar o time na Flórida.

Desconfiança

Petistas que vivem em busca de inimigos para justificar o derretimento da popularidade de Lula, agora desconfiam de Diego Coronel (PSD-BA), corregedor da Câmara dos Deputados. O PT esperava fechar o relatório contra deputados que obstruíram e Mesa Diretora de Câmara, bateram à porta do Conselho de Ética. Só que o Coronel sinalizou que pode usar o prazo que dispõe de até 45 dias. O sobrenome já foi entregue: o corregedor é filho do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), que precisa renovar o mandato em 2026.

 Fora dos holofotes

Musa dos anos 80 e precursora do biquíni fio-dental, Magda Cotofre lançou sua autobiografia "O outro olhar de Magda Cotrofê" (Emó Editora), onde mostra o lado que ninguém conhece, o da mãe e da mulher. “Sempre fui reservada, nunca gostei de falar sobre minha vida, mas essa vontade de escrever um já vem de muito tempo. Várias editoras já me procuraram para fazer uma biografia. Mas, desta vez, recebi um convite da Emoé Editora, que veio, coincidentemente, com os meus 40 anos de carreira. No livro, falo sobre a dor de uma mulher e se, de alguma forma, puder ajudar alguém, já fez o efeito que tinha que fazer”. Aos 62 anos, Magda conta (também em sua biografia) como foi difícil envelhecer, numa sociedade que está preocupada com a estética principalmente. “Eu achava bacana ser idolatrada. Na medida em que fui envelhecendo e ficando mais madura, entendi que tinha algo para falar. E esse livro é mais ou menos isso, trazendo esse olhar de uma Magda com mais profundidade, mais íntima, uma Magda mulher e mãe. É para mostrar que existe outra pessoa, alguém que tem alma, não só um pedaço de carne”.

 Ainda não pagou

Sidney de Oliveira, dono da Ultrafarma, já entregou seu passaporte, mas ainda não pagou a fiança de R$ 25 milhões fixada como uma das condições para sua liberdade. Ele foi solto depois do juiz revogar sua prisão temporária, atendendo a um pedido do Ministério Público, que considerou a detenção desnecessária para a continuidade das investigações. O magistrado acolheu o pedido, mas avaliou que a soltura ainda era prematura. A fiança ainda não foi paga por se tratar de valor elevado.

Um ano sem Silvio 1

Um ano após a morte de Silvio Santos, filhas e viúva travam batalha judicial para liberar R$429 milhões no exterior e contestam a cobrança de tributos estaduais. Com a morte do apresentador, iniciou-se nova fase marcada por disputas jurídicas em torno de sua herança estimada em R$ 6,4 bilhões. Uma complexa partilha de bens se desenrola nos bastidores, envolvendo contas no exterior, questionamentos tributários e disputas com o fisco paulista.

Um ano sem Silvio 2

Silvio Santos deixou testamento com divisão prévia para suas seis filhas e a viúva (cada filha deve ter herdado ao menos R$ 100 milhões). Um dos principais pontos de atrito envolve R$ 429 milhões nas Bahamas. As herdeiras questionam também o cálculo da Secretaria da Fazenda de São Paulo, que teria aumentado em R$40 milhões o valor dos tributos incidentes sobre cinco empresas do espólio. E R$ 10 milhões de uma dívida pessoal de Silvio já foram pagos pelas herdeiras.

Mistura Fina

Esse é o dilema de Rubem Menin, presidente da MRV, em relação à Resia, seu braço imobiliário nos EUA. A empresa, com negócios na Flórida, Texas e Geórgia, tem se notabilizado como um sugador de recursos, com forte impacto contábil sobre a Holding. Em julho, a MRV realizou em seu balanço, um impairment de US$ 144 milhões referente a perdas da subsidiária americana. Os investidores aguardam que a MRV dê seu veredito em relação ao futuro da Resia.

Ainda a Resia: -no fim do ano passado, a empresa de Rubem Menin (ele também tem a VNN Brasil, Banco Inter, Menin Wine Company e é principal investidor da SAF do Atlético Mineiro) anunciou plano de alienação de US$ 800 milhões de ativos nos EUA até 2026. Desse total, apenas US$ 117 milhões foram cumpridos até o momento. Entre os cenários contemplados, a MRV avalia a venda de todos os empreendimentos imobiliários e do banco de terrenos da Resia, com consequente fechamento da companhia.

Enquanto Lula gosta de dizer que não vai retaliar os Estados Unidos com a suspensão de vistos da Suprema Corte americana, em resposta ao que aconteceu com Alexandre de Moraes ou ministros de Estado como Alexandre Padilha, a realidade mostra que, do lado brasileiro, seria inútil. A última vez que um juiz, da Suprema Corte dos EUA realizou uma visita oficial ao Brasil foi há 27 anos. A juíza Sandra Day O'Connor (EUA) pisou no Brasil em 17 de setembro de 1998 (Celso de Mello era o presidente do STF).
 
Ainda retaliação: antes de Sandra, o juiz Anthony M. Kennedy  esteve no Supremo de cá, sob presidência de Rafael Mayer, em 24 de agosto de 1990. Do lado da Saúde, Michael O. Leavitt, autoridade máxima no setor nos EUA, passou por aqui em 2007 e nem foi bem para falar de Saúde. Secretário de Saúde de George W. Bush, Leavitt veio ao Brasil no lugar do chefe para a cerimônia do Panamericano. Esticou e foi a Fiocruz. 

In - Livro: Concorrente
Out - Livro: Só pra mim

 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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