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Giba Um

"Ele nunca pediu apoio, antes ou durante. O governador Cláudio Castro arrisca ser engolido pelo...

crime. Se sentir que não tem condições, tem que jogar a toalha e pedir intervenção federal", de Ricardo Lewandowski (Justiça) sobre a guerra no Rio de Janeiro.

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A administração do presidente Donald Trump retirou o visto para os Estados Unidos do nigeriano Wole Soyinka,  o primeiro africano a conquistar o Prêmio Nobel de Literatura em 1986. Durante uma coletiva de imprensa na última terça-feira, 28 de outubro, Soyinka anunciou que a embaixada dos EUA cancelou o visto que lhe havia sido emitido no ano anterior.

MAIS: decisão foi comunicada em uma carta qual foi lida em voz alta para a imprensa em Lagos, a capital econômica da Nigéria. Soyinka, com um toque de humor, descreveu a notificação como uma "carta de amor bem curiosa" enviada pela embaixada. “Aqueles que esperam que eu participe de algum evento nos Estados Unidos, não percam seu tempo… Eu não tenho visto”.

De mãos com a natureza

Enquanto não começa seu próximo trabalho a atriz Mariana Ximenes, aproveita para descansar, e de quebra trabalha ao lado do que gosta, com a natureza. Mariana acaba de posar para capa e recheio da revista digital Harper’s Bazaar Brasil. “Honrada e feliz por poder amplificar uma pauta tão importante e urgente: a necessidade de olharmos para o meio ambiente e regenerarmos nossa mata nativa. Junto ao Instituto Terra, fundado e idealizado pela querida Lélia Wanick Salgado e por Sebastião Salgado em 1998, na fazenda que pertencia à família do fotógrafo, em Aimorés (MG), esse espaço de estudo e regeneração já plantou mais de três milhões de árvores e nos faz acreditar na transformação que nasce da consciência, da paciência e da ação com afeto. Sustentabilidade é sobrevivência". E Completa: “É emocionante perceber que o legado de Sebastião e Lélia não está apenas nas árvores, mas na consciência plantada em cada pessoa da região. Isso é uma transformação real. Cada muda plantada carrega uma história, uma esperança, uma escolha de futuro.” Para este ensaio Mariana não mediu esforços, subiu nas enormes árvores, tirou a roupa e se misturou a natureza como se fosse bicho.  “Acredito na transformação que vem da consciência, da paciência, da ação com afeto. Sustentabilidade não é uma pauta: é sobrevivência. Precisamos cuidar de nós e de tudo que nos cerca: do ar que respiramos, da terra que nos alimenta, das árvores e das florestas que equilibram o clima e sustentam a vida. Essa consciência tem crescido em mim a cada dia. Há lugares que nos devolvem imediatamente para dentro da nossa própria alma. O Instituto Terra é um desses lugares ”. Ximenes estará na próxima novela das 21h de Walcyr Carrasco, que substituirá “Três Graças”, que deve estrear ainda no primeiro semestre de 2026 “Quem Ama Cuida”.

Tensão militar: Defesa quer mais investimentos

Os Altos-Comandos militares discutem a necessidade premente de rearmamento das Forças Armadas, como única resposta possível e responsável do governo brasileiro diante das crescentes tensões entre Estados Unidos, Venezuela e Colômbia. O entendimento é que o Brasil precisa dar uma firme demonstração de poderio regional e de preservação de sua soberania. Os militares trabalham com senso de urgência e consideram que o governo, inclusive, já deveria ter iniciado negociações com fabricantes internacionais de equipamentos antes dos sucessivos sinais de alerta que chegam das franjas do território brasileiro. A América do Sul desponta como um front nevrálgico da disputa geopolítica entre Estados Unidos e China. As Forças Armadas não têm dúvidas de que Venezuela, Colômbia, Bolívia, Argentina e demais vizinhos estão na mira norte-americana pelos mais diferentes fatores: matérias-primas estratégicas, crime organizado/narcotráfico, controle de infraestruturas-chave (portos, usinas, de geração de energia, data centers, etc.), segurança cibernética, rotas comerciais entre outros. 

Tempos bélicos

Rússia vs. Ucrânia, Israel vs. Hamas e Estados Unidos vs. Venezuela: entre tiros disparados e escalada de ameaças, são tempos bélicos, o que aumenta a urgência do Brasil reforçar seu aparelho dissuasório. A defesa do território é a essência da soberania nacional. Trata-se da verdadeira missão das Forças Armadas e não das situações diversionistas que, vira e mexe, tentam lhe impor à revelia, como a atuação na segurança pública. É inadmissível, por exemplo, que o Brasil seja uma plataforma global de distribuição de drogas produzidas em países vizinhos.

Corpo cansado

Há muitos anos atrás eram comum casais ter muitos filhos, porque não havia tanta informação quanto se tem hoje. Só que algumas destas famílias numerosas ainda existem, por conta de gravidez de múltiplos. Mas o casal Alec e Hilaria Baldwin fogem a regra. Casados há 13 anos o ator e a empresária e instrutora de ioga, possuem 7 filhos: Carmen, de 11 anos; Rafael, de 9; Leonardo, 8; Romeo, 6; Maria Lúcia e Eduardo, ambos de 4 anos; e Ilaria, 2. Em entrevista ao podcast misSPELLING Hilaria confessou que está cansada, mas que o marido quer mais filhos.  Mesmo com 41 anos ela diz que sua mente e seu corpo estão realmente cansados. "Se for para ser, tudo bem, vamos ver. Sempre foi uma coisa linda quando tivemos outro filho e acho que é algo que ele sempre considera quando pensa em como trazer mais alegria para a vida dele, porque eles nos trazem tanta felicidade e é algo tão mágico. Mas vamos ver. Estou cansada agora. Eles são tão fofos, mas meu corpo está realmente cansado."

Com trilha sonora

A guerra no Rio teve até trilha sonora: antes do meio-dia do palco da batalha entre mocinhos e bandidos, a equipe do governador Cláudio Castro espalhou nas redes um vídeo embalado por música típica de filme de ação. Mostrava policiais de uniforme camuflado, viaturas em alta velocidade e um fuzil no asfalto. Era estrelado por forças públicas, só que tinha fins particulares. Ao fundo, convidava o visitante a seguir perfil pessoal do governador. Era um momento da política no Instagram provando que até matança vira instrumento de promoção. 

É o Rio!

A mais letal operação policial contra o Comando Vermelho expôs o Rio como uma cidade refém da guerra entre as forças policiais e o crime organizado. As manchetes dos jornais anunciando "161 mortos e milhões sob o medo" não foram apenas no Brasil. Doze horas de tiros e granadas, a cidade sitiada e 28 ruas e avenidas bloqueadas, tudo isso também ganhou páginas lá fora e ocuparam os noticiosos da televisão pelo mundo afora, incluindo críticas aos governantes e colocando o Rio bem distante dos roteiros turísticos.

Pérola

"Ele nunca pediu apoio, antes ou durante. O governador Cláudio Castro arrisca ser engolido pelo crime. Se sentir que não tem condições, tem que jogar a toalha e pedir intervenção federal", 

de Ricardo Lewandowski (Justiça) sobre a guerra no Rio de Janeiro.

Michelle candidata 1

A resistência de  Jair Bolsonaro à candidatura de Michelle, sua mulher, a um voo maior, está se diluindo, segundo amigos próximos do ex-presidente. E mesmo com objeção de familiares e dos integrantes da lista de candidatos do centro e da direita que sonham com o Planalto. Entre os filhos, Carlos Bolsonaro até ruge para falar do assunto. O que resta mesmo é a decisão de Bolsonaro sobre quem será ungido. Michelle se mostra cada vez mais disposta a ir para o "sacrifício".

Michelle candidata 2

Se Michele for liberada para "mostrar as garras e "se levantar como uma leoa" na defesa de valores conservadores. No começo, Bolsonaro queria Michelle fora da competição. Depois a conversa evoluiu para uma cadeira no Senado. Transita agora como candidata à vice-presidência da República. Agora, aos políticos que recebe em sua prisão domiciliar, Bolsonaro diz que, se as pesquisas consagrarem Michelle como candidata competitiva ao Planalto, "seguirá firme com ela".

Correios, nem de graça 1

O insolvente Correios não consegue banco disposto a lhe emprestar os R$ 20 bilhões para pagar dívidas, como pretende, até porque o risco do calote é do tamanho do rombo. A saída ainda pode ser pior: o governo Lula obrigar os bancos estatais, já fragilizados, a bancar o crédito. A situação dos Correios é tão crítica que até de graça sairia caro e ninguém arriscaria. Se conseguissem vender os Correios pelo valor do mercado, não seria eficiente nem ao menos para o pagamento de um terço das dívidas.

Correios, nem de graça 2

Os Correios passaram a dar lucro com a Lei das Estatais no governo Temer, mas Lula conseguiu que o STF a suspendesse e tudo desandou. Lula pediu ao Supremo que suspendesse a Lei das Estatais, a fim de nomear quem quisesse como diretores. Para a presidência, designou seu churrasqueiro que, mesmo debaixo de sucessivos prejuízos, teimava em não sair. E mais: além de liquidar sua principal receita, taxando blusinhas, Lula fez crescer gastos com pessoal nos Correios para quase R$ 13,3 bilhões/ano.

874 obras paralisadas 1

A Andrade Gutierrez está formalmente liberada para disputar obras públicas em Minas Gerais. O "nada consta" veio na esteira da retomada do acordo de leniência com o governo do estado, que havia sido suspenso pela gestão Romeu Zema no ano passado. É uma história sem resposta. O motivo para o rompimento do acordo nunca ficou muito claro - o governo alegou atrasos no pagamento de parcelas a título de indenização, o que a empreiteira nega. E também ninguém sabe o que levou Zema a revalidar o compromisso.

874 obras paralisadas 2

Oficialmente, a justificativa apresentada foram "fatos novos" e "interesse público". Talvez os "fatos novos" em questão passem pela disposição do governo mineiro de retomar uma série de obras paradas. Afinal, 2026 é ano de eleição e operários e máquinas em movimento sempre são um trunfo eleitoral. De acordo com um relatório do TCU, há 874 obras paralisadas no estado. Ao que tudo indica, a alforria veio em hora oportuna para a Andrade Gutierrez.

Mistura Fina

Desde que Lula assumiu a Presidência, as contas de energia dos palácios utilizados pelo petista dispararam em dois anos e dez meses, o valor já encostou no que foi gasto ao longo de quatro anos da gestão de Bolsonaro. De janeiro de 2023 até o mês de outubro de 2025, as contas de energia somaram R$ 29,86 milhões. Nos 49 meses entre 2019 e 2022, o valor foi de R$ 33,15 milhões. A conta inclui Planalto, Alvorada e Granja do Torto, residência oficial alternativa.
 
O Palácio da Alvorada, onde Lula e Janja moram, consumiu este ano R$ 1,3 milhão em contas de energia. A fatura de outubro beirou R$ 149 mil. Para manter a temperatura amena, o ar-condicionado presidencial custou R$ 964 mil somente este ano. A Granja do Torto, outros R$ 317,9 mil em dez meses. Ano a ano, R$ 9,1 milhões até outubro de 2025, R$ 11,2 milhões em 2024 e R$ 9,3 milhões em 2023.
 
Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Damares Alves vai apresentar parecer contrário a um projeto que prevê distribuição gratuita de calcinhas especiais para mulheres trans pelo SUS. E a senadora que "já viu Jesus numa goiabeira" diz que "há outras prioridades na saúde pública".
 
Diante do desejo de Donald Trump e Lula de que começassem prontamente as tratativas sobre assuntos comerciais, o chanceler Mauro Vieira e seis interlocutores norte-americanos estabeleceram um cronograma de trabalho técnico que, como transpirou em Kuala Lumpur, pode incluir a suspensão ao menos temporária das tarifas punitivas de 40% sobre todos ou alguns produtos exportados pelo Brasil, em particular o café. Impossível, segundo o ex-diplomata Jorio Dauster, prever a duração dessas tratativas.
 
É importante reconhecer que as relações com os Estados Unidos se não alcançaram ainda o pleno estágio de "business as usual", entram agora em terreno positivo, o que era impensável semanas atrás. . Do lado brasileiro, alguns pontos políticos facilitaram a revisão das posturas de Trump: 1- sistemático oferecimento de Lula para realizar um encontro presencial; 2- Sua disposição de  discutir qualquer assunto: e 3 Oferecimento para servir de intermediário nas questões da Venezuela e da Ucrânia, evitando se identificar com apenas um dos lados desses conflitos.

In – Café saborizado com caramelo
Out – Café saborizado com frutas 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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