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GIBA UM

"Esse vai ser o padrão: a presunção de inocência de qualquer pessoa que seja acusada"

de ALEXANDRE PADILHA // sobre o ministro Juscelino Filho que escapou de ser demitido

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"Esse vai ser o padrão: a presunção de inocência de qualquer pessoa que seja acusada. Não vamos seguir pré-julgamentos",

de ALEXANDRE PADILHA // sobre o ministro Juscelino Filho que escapou de ser demitido.

In - Flores: margarida

Out - Flores: primavera

À propósito das proporções alcançadas pelo escândalo das joias da Arábia Saudita (o MPF quer que o ex-presidente Bolsonaro devolva uma das caixas de joias): em seus dois primeiros governos, o presidente Lula somou mais de R$ 1,4 milhão de presentes.

Mais: entre as lembranças, está uma espada de ouro ornamentada de rubis ofertada pela mesma Arábia Saudita. E um par de grandes chifres e uma cruz de Caravaca (é uma relíquia cristã de origem espanhola que poderia conter fragmentos do lenho da Cruz de Cristo).

Ações estratégicas

A socióloga Rosângela da Silva, a Janja, primeira-dama do país, vai ganhar espaço na estrutura do Gabinete Pessoal da Previdência onde será a responsável pelo novo Gabinete de Ações Estratégicas em Políticas Públicas, que definirá para Lula as ações estratégicas e transversais do governo.

Ela tem mantido seu processo de comunicação com áreas do governo. Há dias, consultou o Ministério de Cultura sobre seu roteiro de ações ainda não planejado. Esta semana, foi quem organizou o evento do Dia Internacional da Mulher (e projeto de salários iguais entre homens e mulheres para cargos iguais).

Janja 2026

Ainda no evento do Dia Internacional da Mulher, Janja discursou reclamando que é uma das figuras mais perseguidas e hostilizadas do governo em redes sociais tocadas por bolsonaristas e provavelmente, coordenadas, segundo alguns assessores, por Carlos Bolsonaro.

Pouca gente sabe, mas foi Janja quem acompanhou a criação do novo logotipo do governo, com a palavra "Brasil" multicolorida e embaixo o slogan "Ação e reconstrução". Por sua incansável movimentação, até alguns aliados apostam que Janja gostaria de disputar algum cargo nas eleições de 2026.

Como se salvou

O presidente Lula resolveu dar uma sobrevida ao ministro Juscelino Filho (Comunicações), apesar das acusações que pesam sobre ele, cedendo à pressão do União Brasil, que ameaçou dar o troco no Congresso rapidamente.

Contudo, ele poderá ser alvo da Comissão de Ética. A conversa entre Lula e Juscelino a portas fechadas demorou horas. Depois, assessores palacianos anunciaram que o ministro ficaria no cargo com uma única condição: que seu partido entregasse os votos que o governo precisa no Congresso. Nem se falou de Orçamento ou cavalos.

Pioneirismo

O projeto de Lula para garantir equidade salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções poderá ser revisto no Congresso.

Os parlamentares não querem ameaçar os empresários com altas multas. A ministra Simone Tebet, uma das idealizadoras do projeto, acha que ele está maduro para ser aprovado e que o Brasil pode ser o pioneiro, ao lado de outros poucos países do mundo.

E defende que o governo deverá ter capacidade de fiscalização para impedir manobras de "determinados empresários".

Vai cair mais

Enquanto o governo Lula aposta no programa "Desenrola" para zerar a inadimplência de consumidores que ganham até dois salários-mínimos, o bloco de integrantes da área financeira do mesmo governo se assusta e não sabe o que fazer com derretimentos do mercado de crédito privado (pessoas físicas e empresas, mais ainda) neste ano. houve queda de 64% nas captações em fevereiro ante janeiro.

Os motivos principais são os altos juros associados à crise em corporações como a Americanas. E deve cair mais em março.

Novos desafios

A influenciadora, atriz, apresentadora, modelo, empresária, e missionária Rafa Kalimann, 29 anos, está prestes a enfrentar novos desafios.

O primeiro deles será sua participação no quadro Dança dos Famosos do Domingão, apresentado por Luciano Huck, no qual já foi jurada e que se inicia no próximo domingo. O segundo talvez o mais desafiador seja a sua estreia no cinema no filme Uma Babá Gloriosa.

Depois de fazer parte do elenco da série Rensga Hits! e de ser barrada na novela Vai na fé, no qual faria somente uma participação Rafa se sente realizada, ainda mais com um elenco super estrelado que conta com Cleo, Marcelo Serrado, Carol Castro, Alexandra Richter, Neusa Borges, entre outros.

O filme foi rodado em Milão, com direção do argentino Juan Pablo Pires. Em foto do bastidor compartilhada nas redes sociais ela garante que todos irão amar o filme.

Capa da revista digital WOW ela conta que sentiu que seu trabalho estava sendo valorizado, quando conseguiu se sustentar financeiramente. E completa que apesar de sua vulnerabilidade ter aumentado após sua passagem pelo Big Brother Brasil20 foi uma realização profissional.

"A concretização profissional, de me sentir realizada, eu acho que quando fui para o BBB, ali foi uma coisa que eu senti que foi o alto desses baixos". Rafa ainda está em nova campanha da Melissa.

Mais balas na agulha

Para alcançar um crescimento maior do PIB em 2023, superando o índice de Jair Bolsonaro em 2022, além de arregimentação de toda a tropa de ministros, Lula teria mais balas na agulha.

Pode apertar o gatilho, o que não quer dizer obrigatoriamente acertar o alvo. Uma das apostas é o programa "Desenrola" que quer zerar a inadimplência dos consumidores até dois salários-mínimos.

Zerados, voltariam a consumir e quem sabe fazer novas dívidas. O petista acredita também que trará recursos em função de sua ofensiva diplomática (há quem arrisque investimentos entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões).

Falta a Petrobras nesse plano sonhado que, junto com o BNDES, estará encarregada em sacudir a formação bruta do capital fixo, um setor que andou de lado no governo Bolsonaro. Para isso, a petroleira guardará uma parcela maior de dividendos.

Abrindo o leque

Aline Campos (ex-Riscado) que já é modelo, atriz e bailarina do antigo Domingão do Faustão foi também garota-propaganda de uma marca de cerveja e agora está abrindo um novo leque será apresentadora de um novo reality-show de dança, o Segue o baile que será exibido no canal fechado E!.

Os participantes serão confinados, dentro de uma casa, onde não poderão ver a luz do dia e se guiarão por um relógio para cronometrar seu tempo e sua disciplina. Serão provas diárias, na área da dança, coreografia, moda e make.

"No segue o baile a gente quer fazer tudo diferente, queremos mostrar e dar oportunidades para todos os tipos de pessoas.

De todos os tamanhos, de todos os pesos, de todos os gêneros. Se ela tiver o coração para dança, ela pode participar. Eu quero viver tudo, sabe? Quero entender um pouco o coração de cada um deles, porque são seres humanos tendo uma oportunidade única que pode transformar a vida de cada um deles".

Até lá fora

"Se cobrir, vira circo; se cercar vir hospício" essa fala popular parece ter sido feita (e muitos não se cansam de repeti-la do Poder Legislativo) de encomenda à Câmara e mais do que ao Senado.

Agora, surge o episódio protagonizado pelo novo deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) na tribuna da Câmara, no Dia Internacional da Mulher, dizendo que "se sentia mulher" e usando uma peruca loira. Fez ataques às mulheres transsexuais e teve repercussão em jornais e noticiosos de TV lá fora, onde ganhou os piores comentários.

Vermelho, não

O PL vinha reformando uma ampla sala para que Jair Bolsonaro pudesse começar a despachar na sede do partido, tão logo retornasse de Orlando.

Só que surgiu um problema que retardou a finalização do recinto: uma grande e vistosa mesa vermelha usada anteriormente naquelas dependências deveria ser substituída. A antiga bandeira do PL continha vermelho e azul antes de reproduzir as cores nacionais.

Valdemar Costa Neto, dono do PL, achou que Bolsonaro passaria mal, caso se sentasse à mesa vermelha por conta da cor do PT. Do lado de fora, nem a mesa da recepção poderia ser vermelha.

Só madeira

Na grande sala ocupada por Michelle Bolsonaro no comando do PL Mulher, também na sede do partido em Brasília, a mesa ocupada pela ex-primeira-dama é de madeira e não exibe cores.

Mais: ela iniciaria uma agenda de viagens pelo país, onde tentaria atrair o eleitorado feminino e faria contato com o bloco evangélico de cada cidade. Era também uma aposta para aumentar a capilaridade da legenda nas eleições municipais de 2024. Agora, está tudo paralisado devido ao escândalo das joias da Arábia Saudita.

Mistura fina

EM documento no qual defende a federação do PSB com o PDT, o presidente socialista Carlos Siqueira faz referência às eleições gerais em 2016.

Enquanto o PSB ocupa a vice-presidência da República com Geraldo Alckmin, o PDT enfrenta um racha interno com direito a queda de braço entres os irmãos Cid e Ciro Gomes. Ou seja: a nova federação poderia ameaçar os planos de Ciro para 2026. Além disso, os socialistas acham que Alckmin seria um grande nome para 2026.

ATÉ mesmo sindicalista acham que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, não perde chance de reiterar concepções atrasadas. Agora, quer aumentar imposto sobre o faturamento das empresas em troca da desoneração da folha de pagamento daqueles que mais geram emprego. Segundo analistas, ele não diferencia faturamento de lucro. E nem desconfia que as varejistas, por exemplo, estão entre as que mais faturam, mais empregam e com margem reduzidas, acabam fechando.

BOLSONARISTAS mais ferrenhos e até mesmo os filhos do ex-presidente, não querem que Jair Bolsonaro retorne ao Brasil agora e nem mesmo nas próximas semanas, dependendo dos rumos do escândalo das joias da Arábia Saudita. Apostam que ele gastaria mais tempo tentando se explicar no comprometedor episódio, que ganha novos rounds todos os dias, envolvendo até ex-ministros e militares que trabalharam no governo.

VALDEMAR Costa Neto, dono do PL, acaba de liberar o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que quer disputar a prefeitura da cidade de São Paulo, para que trate de ganhar imagem e eleitorado até o final do ano para ser preferido do partido na disputa. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) vinha sonhando com o apoio do PL para se reeleger. Agora, a ordem é esperar.

EMPRESAS que necessitam enviar seus profissionais à China estão preocupados com a demora na obtenção de vistos no consulado de São Paulo (atende também cidadãos chineses no Brasil). O agendamento agora só presencial; o online foi suspenso e ninguém consegue contato por e-mail ou telefone. O resultado são filas desde a madrugada para atender menos de 30 pessoas por dia. O consulado não quer filas de solicitantes na rua, mas diariamente, dezenas de pessoas aguardam lá até com guarda-sol. Outras vendem lugar na fila. O atendimento poderá ser normalizado em abril.

SE comissárias são presenças constantes em todos os voos nacionais e internacionais, a Iata revela que, à propósito da "Semana da Mulher", pilotas representam apenas 5,1% do quadro de profissionais das companhias aéreas de todo mundo. Mulheres ocupam 6% das cadeiras de CEOs e 13% são diretoras financeiras. A representatividade é maior na diretoria de recursos humanos, com 40% de mulheres. Já o percentual de engenheiras aeroespaciais é de menos de 9%.

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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