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GIBA UM

"Eu faço exame todo ano e tudo que eu gasto, eu desconto do IR, portando, quem está pagando"

de LULA // sobre brasileiros que esperam até 14 meses por uma consulta.

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O governo de Minas Gerais quer apresentar o modelo de venda da Copasa até março. O governador reeleito Romeu Zema (Novo) quer aproveitar sua popularidade em alta para deslanchar a venda da companhia de saneamento. 

Mais: a ideia é ofertar toda participação do estado (50,03%) das ações ordinárias. Números: tomando-se como base apenas o valor de mercado da Copasa, a fatia acionária em poder de Minas Gerais está precificada em perto de R$ 2,9 bilhões.

“Eu faço exame todo ano e tudo que eu gasto, eu desconto do IR, portando, quem está pagando o tratamento que nós temos é o pobre que não tem dinheiro”, 

de LULA // sobre brasileiros que esperam até 14 meses por uma consulta.

In – Escada Plissada
Out – Escada Flutuante

15122022[1]Fotos: Reprodução

15 anos de parceria

A joalheria brasileira Vivara está comemorando 60 anos, com mais de 5 mil produtos em seu catálogo (alguns já saíram de produção), 300 lojas física, além da loja virtual que tem mais de 24 milhões de usuários. Sua fábrica tem  4.200 m² com instalações modernas e 360 profissionais especializados. Para festejar a data a joalheria promoveu um jantar na Pinacoteca, de São Paulo com direito a show de Maria Gadú e Agnes Nunes. Mais: neste ano a empresa apareceu pela primeira vez no ranking que reúne as 100 maiores empresas do varejo de luxo do mundo, a ‘Poderosos do Varejo de Luxo 2022’. A joalheria e  Grupo Soma são  as únicas empresas brasileiras no ranking. Estavam presentes as garotas-propagandas, Marina Ruy Barbosa e Gisele Bündchen (primeira foto à esquerda) e Sasha Meneghel (segunda foto). Gisele e a joalheria já tem 15 anos de parceria e foi a primeira aparição em público da modelo após anunciar sua separação. Entre tantas outras convidadas estavam as gravidíssimas Daniela Sarahyba (terceira foto) e Cláudia Raia (quarta foto); e mãe e filha Cleo e Gloria Pires (última foto).

Quem paga o cacique

O indígena José Acácio Serere Xavante, cuja prisão no começo da semana originou horas de vandalismo de bolsonaristas em Brasília, não é cacique, como se autoproclama. Faz parte da etnia Parabubure, que reside em Campinápolis, no norte de Mato Grosso. Poderia ser apenas um líder dessa etnia, já que se casou com uma não-indígena e hoje atua como pastor evangélico da cidade. Especialistas da área afirmam que não há um único líder para os Xavantes, povo cuja população, estimada em 27 mil pessoas, está distribuída em nova terras indígenas naquele estado. Ele representa um clã ou fração etária menor de um grupo local. Já chamou Alexandre de Moraes de “ladrão” e “bandido” e é sustentado por fazendeiros do Mato Grosso. Muitos dos manifestantes que protagonizaram cenas de vandalismo em Brasília (além de ônibus e carros, destruíram também uma delegacia e um posto de gasolina) estão acampados nas imediações de um quartel em Brasília. São orientados por manifestantes que operam com alto-falante nas mãos, insuflando suas ações. Nas redes sociais ligadas ao Planalto é distribuída outra versão para os fatos (tentaram até jogar um ônibus de um viaduto sobre uma avenida). Afirmam que foram petistas escalados para a fúria e estava tudo planejado para culpar os bolsonaristas que defendem ações golpistas.

Entrevista Inédita

Afastada da TV desde 2016  (passou um tempo morando em Portugal)  Marília Gabriela resolveu a se dedicar a seu canal no YouTube onde apresenta o Gabi de Frente De Novo. O novo programa que estreou no final de setembro com a ex-BBB e cantora Juliette teve 8 (Bianca Andrade, Camila Coutinho, Hugo Gloss e MC Cabelinho, seu filho Theodoro Cochrane, Patrícia Ramos e Leo Picon). No passado Gabi confessou que tinha o sonho de entrevistar Hillary Clinton. Enquanto o sonho não se realiza a jornalista fará algo inédito, pelo menos no Brasil: entrevistará a Lu, avatar virtual da rede Magalu (que demorou 45 dias para ficar pronto). “Tive esse insight porque queria ter a experiência de entrevistar um avatar virtual pela primeira vez. A ideia casou completamente com o conceito que idealizei para essa temporada que era o de conversar com alguns dos maiores influenciadores digitais do Brasil. No caso da Lu, além de tudo, uma inovação e a maior avatar virtual do mundo”.

Calamidade

Na semana passada, o senador Randolfe Rodrigues pediu ao TCU que tome medidas para responsabilizar Jair Bolsonaro. Garante que a calamidade em que se encontram as contas públicas é fruto de “subestimação dolosa de despesas obrigatórias, a fim de direcionar recursos para outras áreas de maior interesse do presidente”. A representação pede que o TCU rejeite as contas do último ano do governo. Especialistas na área apostam que, se isso ocorrer, Bolsonaro poderá ficar inelegível – e na esfera penal, julgado por crime contra as finanças.

Contra Michelle

O mesmo  Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentará petição ao ministro do STF Alexandre de Moraes para incluir a primeira-dama Michelle Bolsonaro no inquérito de atos antidemocráticos. Nos últimos cias, Michelle tem entregado marmita a manifestantes que faziam vigília no Palácio da Alvorada. Para o senador, isso pode ser configurado como um indício de que a família presidencial tem ligação direta com responsáveis pelos atos de vandalismo em Brasília.

Quase

Lula bateu o martelo na nomeação de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES na véspera da diplomação. A conversa já vinha rolando, mas o presidente eleito empurrava a definição para frente. A alternativa para o BNDES seria a indicação de Mercadante para a Petrobras. Só que seus aliados mais próximos – e até o próprio Aloizio – acharam a nomeação para a estatal petrolífera como uma sinalização mais arriscada. Afinal, o BNDES não tem ações em mercado, nem impacto que a estatal tem nas bolsas de valores.

MODESTO

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já vem montando sua equipe de secretários por áreas, conversou nesses dias, por mais de uma hora com Paulo Guedes, ministro da Economia e prestes a deixar as funções de “posto Ipiranga”. Haddad saiu de lá com boa impressão de Guedes, que foi cordial e que, à certa altura, lhe perguntou “se ele queria mesmo ser ministro da Fazenda”. Haddad também ficou com a impressão de que Guedes se acha “o melhor ministro da economia do mundo”.

Missão difícil

Valdemar Costa Neto, dono do PL, que ainda batalha para desbloquear o que sobrou dos fundos partidários e eleitoral (foram bloqueados por Alexandre de Moraes por conta da manobra sobre a fraude nas urnas), acha que consegue eleger Rogério Marinho (PL-RN) presidente do Senado, no ano que vem. Não será fácil. Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem uma aliança a favor de sua reeleição: Teresa Cristina (PP-MS), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o clã Calheiros, só para começo de conversa.

DE NOVO, NÃO

Assessores de Lula vão se reunir com o ministro da Justiça Anderson Torres, para acertar detalhes do esquema de segurança da posse de Lula. O próprio Flávio Dino, sucessor de Torres, estará presente. Há uma preocupação especial em relação à Polícia Rodoviária Federal. Que quer que a corporação não faça operações que possam afetar a chegada de caravanas à Brasília na virada do ano (as ações no Nordeste às vésperas do segundo turno da PRF ainda estão na memória).

Malas prontas

O ainda ministro da Justiça, Anderson Torres, que avisa que está averiguando tudo o que aconteceu em Brasília no dia da diplomação de Lula e também não sabe por que ninguém foi preso, está de malas prontas. Antes do final do ano, volta para Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, cargo que ocupava até assumir a pastas, em abril do ano passado. Outros membros do governo também podem ir trabalhar com seu ex-colega de ministério Tarcísio de Freitas eleito governador de São Paulo.

Trabalhar com Musk

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, no ano que vem não pretende continuar na vida pública (foi deputado quatro vezes). Quer iniciar carreira na vida privada. Uma das alternativas é que passe a trabalhar com o bilionário Elon Musk, dono de várias empresas, entre elas a Starlink, de satélite. Faria estreitou relações com Musk com quem teve reuniões no Brasil e nos Estados Unidos. E poderia trabalhar no projeto de instalar internet de alta velocidade por satélites em escolas da Amazônia.

LIVES DE LULA

O presidente eleito Lula pretende lançar mão da estratégia digital usada durante muito tempo por Jair Bolsonaro, ou seja, fará lives semanais diretamente do Palácio do Planalto. Quer informar seus eleitores das ações do governo sem deixar de ressaltar o cenário de desmonte que vai herdar. O deputado André Janones (Avante-MG), um dos principais aliados do petista na guerra digital, é um dos entusiastas das futuras lives.

MISTURA FINA

DEPOIS da diplomação, o presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva, mais Janja e um grupo de convidados foram confraternizar na casa do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay (o ministro Alexandre de Moraes estava lá). Kakay cedeu sua casa a pedido de Lula. entre algumas presenças havia quem apontasse que o advogado poder ser o futuro embaixador do Brasil em Paris.

DE repente, a Petrobras passou a tratar como prioridade o projeto de exploração e produção de gás do poço Uchuva-1, no bloco Tayrona. Nos últimos dias, reuniões entre executivos aumentaram, envolvendo até órgãos de governo e autoridades regulatórias da Colômbia, o que surpreende é que, até agora, não existe qualquer cálculo financeiro aprovado. Além disso, sempre vigorou dentro da Petrobras o entendimento de que o projeto é relevante para a Colômbia, mas de menor importância para negócios da própria estatal.

LULA delegou a Janja a indicação de quem assumirá o Ministério da Mulher e a futura primeira-dama pretende indicar a professora paranaense e ex-diretora de Itaipu Maria Helena Guarezi. Elas são amigas e trabalharam juntas em Itaipu. Ela é filiada do PT, mas algumas figuras do partido defendem um nome da área que tenha trânsito na sigla. Entre tantas, a deputada federal Rejane Dias (PI), Anne Moura, secretária Nacional de Mulheres do PT e também a socióloga Vilma Reis.

O ECONOMISTA Bernard Appy, que integrará o grupo de secretários do ministério da Fazenda sob comando de Fernando Haddad, é responsável da já emblemática PEC 45, da reforma tributária que roda como pião no Congresso sem sair do mesmo lugar. Appy cuidará especialmente da reforma e aceitou o cargo porque “o projeto é bom” como antecipou. Os mais irônicos dizem que Appy está para a PEC 45 como Eduardo Suplicy para a “renda mínima”.

MESMO tendo uma relação mais chegada ao presidente eleito Lula, Pérsio Arida não gostou nem um pouco da indicação de Fernando Haddad para a Fazenda. Aos mais chegados, até fala que considera o futuro ministro “um pouco arrogante” e “uma pessoa que pensa que sabe tudo”. Por conta disso, Arida já disse que também não participará do Conselho de Economistas que Lula quer criar em seu governo.

GILBERTO Kassab, dono  do PSD e futuro homem-forte do governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo, estava defendendo a nomeação do deputado Pedro Paulo  (PSD-RJ) para a Secretaria do Turismo. Contudo, o governador eleito anunciou o pastor e deputado federal Roberto de Lucena (Republicanos-SP) para o cargo. Lucena foi ferrenho defensor do projeto da “cura gay”, que tramitou no Congresso entre 2011 e 2013 e já discursou contra a decisão do STF que reconheceu a união homoafetiva.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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