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GIBA UM

"Fiquei comovida. Nós entramos no Planalto depois de seis anos. Ainda não entramos no Alvorada..."

"... mas um dia vamos entrar para matar a saudade", de DILMA ROUSSEFF // que sofreu impeachment em 2016, na posse de Lula.

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  • O impacto do reajuste salarial para a elite do serviço público (R$ 28 bilhões) nas contas públicas é maior do que o extra que a PEC reservou para o Ministério da Saúde bancar programas da Farmácia Popular (R$ 22,7 bilhões).
  • Mais: e quase oito vezes o extra para o pagamento do Auxílio Gás, que atende 5,5 milhões de famílias carentes. No Senado, terá um impacto de R$ 1,25 bilhão e no Judiciário, outros R$ 13,6 bilhões.
  • Esforço

    Há mais de duas semanas, aliados de Jair Bolsonaro tentaram convencê-lo a reconhecer o resultado do processo eleitoral, argumentando que o gesto esvaziaria os acampamentos golpistas espalhados pelo país.

    Bolsonaro tratou de pular fora, eximindo-se da responsabilidade e dizendo que “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada”.

    Essa mesma resposta foi usada, mais uma vez, na última live de Bolsonaro quando dedicou parte de sua falação aos integrantes das manifestações perto dos quartéis para os quais foi uma grande decepção.

    Os mais irritados até chamaram o ex-presidente de “covarde”.

    Repeteco

    Apesar de elogiada atuação, o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles deverá reviver – e agora como vítima – o artificio que o levou ao cargo.

    Ele foi reeleito em 29 de novembro para ficar à frente do Sebrae até 2026, mas o novo governo quer anular, já em janeiro, a recondução. Exatamente como aconteceu quando João Henrique Sousa, eleito em novembro de 2018 para presidir o Sebrae e que seria substituído no início do governo Bolsonaro – e por Carlos Melles.

    Choro geral

    Em Orlando, o ex-presidente Jair Bolsonaro chorou ao ver a multidão que lotava a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na posse de Lula (considerada maior do que populares presentes na posse do ex-mandatário em 2019).

    Por outro lado, os acampamentos às portas dos quartéis também choravam o fim das manifestações que pediam socorro às Forças Armadas quando barracas eram desmontadas.

    E até a ex-presidente Dilma Rousseff chorou muito ao colocar seus pés outra vez no Planalto, de onde foi retirada pelo impeachment.

    Olho em Piquet

    O nome do novo presidente do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, ainda não está definido.

    Só que o novo governo já está em campo para esmiuçar o contrato de prestação de serviços entre o Inmet e a Autotrac, empresa de rastreamento de frotas do ex-piloto de F1 Nelson Piquet, bolsonarista de carteirinha.

    A Autotrac foi contratada sem licitação, em 2019 e vem recebendo aditivos. O contrato prevê seguidas renovações até 2026. Nas eleições, Piquet doou R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro.

    SOS

    O prefeito de Araraquara, interior de São Paulo, Edinho Silva (PT) precisa de R$ 80 milhões para reconstruir parte da cidade, atingida por fortes chuvas, que transformaram suas ruas em verdadeiros rios.

    E isso apenas por demandas emergenciais, mais solidariedade às vítimas. Gilberto Kassab, secretário do Governo de Tarcísio de Freitas, já se colocou à disposição e o novo ministro da Articulação, Alexandre Padilha, também.

    Ciro Nogueira (PP) ex-Casa Civil, alegou não estar mais no poder. Recursos, contudo, ainda não apareceram.

    Olhando para o futuro

    A atriz, bailarina, produtora teatral e apresentadora, Claudia Raia, que completou 56 anos no dia 23 de dezembro, mostrou que está toda entusiasmada com sua terceira gravidez (a primeira com Jarbas Homem de Mello), e dezenove anos após sua segunda gravidez de Sophia, que completará 20 anos agora em janeiro de seu relacionamento com Edson Celulari, com quem também teve Enzo de 25 anos.

    Estes dias publicou em suas redes sociais uma foto totalmente nua (cobrindo locais estratégicos) com a simples legenda: “Olhando pro futuro, desnuda de tudo!”.

    Vaidosa ela disse que algumas coisas mudaram com a gravidez:

    “Algumas coisas mudaram, como só poder retocar a raiz do cabelo com henna. Existem produtos para pele que não posso mais usar, a depender do ativo, mas a rotina no geral continua a mesma”.

    Ela que garante que cuida bem do seu corpo, porque ele também é seu instrumento de trabalho, conta qual é sua principal dica de beleza: água e não só na hora do banho.

    “Eu bebo muita água mesmo, isso é fundamental”.

    Efeito Haddad

    A Bolsa caiu, o dólar subiu e Lula prorrogou a cobrança de alíquota zero de impostos federais sobre combustíveis, contrariando anúncio feito há dias pelo novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que colecionou derrotas em seu primeiro dia no comando da economia.

    Pior: Haddad nem foi consultado da decisão de Lula e teve de engolir, lembrando episódios anteriores que aconteciam com Paulo Guedes, quando estava no Ministério da Economia (ele falava uma coisa e Jair Bolsonaro falava outra).

    Haddad, hoje, é considerado o mais “presidenciável” dos ministros do novo governo, embora seu discurso de posse tenha provocado o primeiro desastre.

    Ele lê os discursos, não fala de improviso e é um tanto monocórdico, na contramão de seu comportamento longe do microfone, o que lhe dá a fama de “arrogante” e “pai da verdade”.

    Mais: a metralhadora giratória de Lula disparada em seu discurso de posse sobrou para Arthur Lira (presidente da Câmara), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e até para a ex-presidente Dilma Rousseff, sentada numa das primeiras fileiras do plenário.

    Lula criticou a destruição da Amazônia, referindo-se a Jair Bolsonaro, mas foi na gestão de Dilma como ministra da Casa Civil e também como presidente que foram construídas as hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, consideradas como grandes desastres para a floresta.

    Duas gerações

    A cantora britânica Dua Lipa, 27 anos, vencedora de vários prêmios e considerada uma das melhores de sua geração realizou um grande sonho.

    Com pouco mais de 7 anos de carreira dividiu o microfone com Elton John, 75 anos (que chama de herói musical) no último show da turnê “Elton John Live: Farewell from Dodger Stadium” cantando Cold Heart, uma combinação de quatro canções do veterano cantor incluindo Rocket Man e Sacrifice (a música feita há um ano, teve gravações separadas eles não dividiram o mesmo estúdio).

    Mais: Dua ainda vai estrear nos cinemas, no filme Argylle, dividindo cenas com Samuel L. Jackson, Henry Cavill entre outros. E para terminar o ano de 2022 em alta ela voltou a estrelar nova campanha da Puma e está de namorado novo o rapper americano Jack Harlow.

    Novo logotipo

    O novo governo já tratou de emplacar seu logotipo e seu slogan “União e Reconstrução”, que tenta passar a ideia de que Lula irá governar para todos os setores da sociedade, apesar da polarização do país.

    E tenta sinalizar mudanças no cenário, indicando que o país foi “destruído” por Bolsonaro. A nova marca tem as palavras “governo federal” em preto e “Brasil” nas cores vermelha, azul, amarela, verde e preta.

    • IN - Iogurte caseiro
    • OUT - Iogurte vegano

    Melhor prevenir

    Nos antigos bondes que circulavam em São Paulo, há muitas décadas, estava escrito nas costas dos bancos:

    “Prevenir acidentes é dever de todos”.

    A nova ministra do Planejamento, Simone Tebet é adepta da frase.

    Depois de anunciada no ministério, ao lado de Lula, ela chamou Fernando Haddad para aparecer junto e avisou jornalistas que “trabalhará em harmonia sempre” com o ministro da Fazenda. É uma largada com prevenção contra ciúmes.

    Janja em cena

    A nova primeira-dama do Brasil, Rosângela Janja da Silva, foi a coordenadora da festa da posse com sucesso – e alguns exageros, para muitos – e protagonizou nos últimos dias algumas cenas depois espalhadas pelas redes sociais.

    Beijou (de língua) o maridão em público, chamando de “my boy” no microfone e teve uma foto sua ajeitando parte apertada de sua calça sem perceber que havia fotógrafo por perto.

    A tentativa de acabar com o desconforto virou atração especial na web.

    FORTUNA DE PELÉ

    Em 2014, a revista Fortune estimou a fortuna de Pelé em US$ 15 milhões, valor que equivaleria hoje a R$ 80 milhões.

    Já o site americano Celebrity Net Worth diz que o patrimônio líquido de Pelé está avaliado em US$ 100 milhões (R$ 529 milhões).

    É um montante muito menor do que o de Lionel Messi (US$ 600 milhões), Cristiano Ronaldo (US$ 500 milhões) e metade do de Neymar Jr. (US$ 200 milhões).

    A Forbes estima que R$ 1,2 bilhão seria o valor que Pelé receberia, caso atuasse profissionalmente nos dias de hoje.

    Mistura Fina

    • LULA só decidiu usar o veterano Rolls Royce em seu percurso pela Esplanada dos Ministérios praticamente em cima da hora.

      Sua segurança (40 agentes correndo ao lado do automóvel), coordenada pelo delegado Andrei Rodrigues, novo diretor-geral da PF, insistia que Lula usasse um carro blindado – e colete à prova de balas. Não topou as duas medidas.
    • A DEPUTADA Flávia Arruda, ex-ministra da Secretaria do Governo na gestão Bolsonaro (o ex-presidente chamou-a de “minha melhor ministra”) e candidata derrotada na corrida ao Senado por Damares Alves, desligou-se do PL e deu grande abraço em Lula, no domingo em meio à grande aglomeração de parlamentares em torno dele.

      Numa rápida conversa quase ao pé do ouvido, Flávia avisou o novo mandatário: “Estou do seu lado”.
    • OBSERVADORES atentos às nomeações de Lula já fizeram uma lista dos que trabalharam na campanha e “ficaram de fora”.

      Entre outros, estão nela Emidio de Souza, Marco Aurélio Carvalho, Rui Falcão, Randolfe Rodrigues, Marcelo Freixo, Juliano Madeiros, Paulinho da Força, André Janones e Guilherme Boulos, que só pensa nas eleições municipais de 2024 (acha que se elege com facilidade).
    • O NOVO ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT) quer avançar mais algumas jardas de poder no governo Lula.

      Tenta emplacar o futuro vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, em substituição a Renato Naegele. O titular do cargo está sentado sobre uma dinheirama (leia-se carteira de crédito rural do BB) acima dos R$ 300 bilhões.
    • DE Luiza Trajando (Magazine Luiza) a Abílio Diniz (Carrefour), muitas personalidades de peso da indústria e comércio não deram o ar da graça na posse do Lula.

      Estariam de viagens marcadas para as festas de fim de ano. Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, estava lá e também Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, permaneceu em Miami, no feriado prolongado.

      Dia 10, ele vai encarar a Assembleia Geral Extraordinária quando pequenos sindicatos estão dispostos a pedir sua cabeça.
    • OI, Novonor (ex-Odebrecht), Grupo Paranapanema e Gol estão entre as empresas que estão em campo nas últimas semanas para conseguirem negociação nas dívidas (a Gol quer mudar o vencimento de R$ 425 milhões que vencem em 2024), que somam mais de R$ 40 bilhões.

      Motivo: altas taxas de juros no Brasil e no exterior no desempenho financeiro e operacional das companhias, bem como no apetite dos bancos.

      Analistas estimam que é apenas o começo de um novo ciclo de rolagem de dívida e pedidos de recuperação judicial.

     

    Colaboração: Paula Rodrigues

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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