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Giba Um

"Gosto desse cara", de Donald Trump, depois que Lula dispensou grupo de jornalistas...

...em Kuala Lumpur, dizendo que ele e o presidente americano tinham pouco tempo e não podiam ficar conversando (e Trump  aproveitou que para dizer que as perguntas "eram chatas")

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Mesmo Marcos Mion tendo assinado a renovação de seu contrato até 2027, não será surpresa se, no ano que vem, Xuxa Meneghel ocupe seu lugar nas tardes de sábado. A performance de Mion tem sido discutida por diretores da Globo que não gostam de seu desempenho (e audiência), estilo emocional e inspiracional.

MAIS: Xuxa já tem parte de seu programa delineado, até com antigos quadros com nova feição e destinado à plateia mais adulta. Alguns diretores acham que Xuxa e Mion poderiam ocupar dois horários nas tardes de sábado. Por enquanto, é apenas uma alternativa contando com uma reforma ao programa de Mion.

Não se considera ícone

A revista Elle Espanha está completando 80 anos. E para a comemoração traz várias capas com dez mulheres icônicas, representadas, que personificam os valores da ELLE: ousadia, estilo, coragem, comprometimento, força, otimismo. Penélope Cruz é o carro-chefe desta edição comemorativa. Uma mulher consistente ao longo dos anos e fiel à sua essência, que, mantém seus valores e compromisso com o que move ou desperta seu coração. Em entrevista, a espanhola diz que não se considera um ícone. “Não é que eu queira me menosprezar; depois de tantos anos trabalhando, as coisas podem acontecer, mas são realmente grandes, e acho saudável me surpreender. Não consigo ver isso como normal. Eu sei de onde venho e nunca poderia ter imaginado tudo isso quando criança ou adolescente, ou durante a maior parte da minha vida".   E a atriz conta como sua realidade superou em muito seus sonhos, mas que, apesar de tudo, suas prioridades não mudaram. Sua família é sua maior prioridade, incluindo seus dois filhos e seu marido, Javier Bardem, além de seus pais e irmãos; e também seus amigos, sua carreira de atriz, seus projetos de direção e as causas sociais nas quais está profundamente envolvida. “Consegui fazer com que, na minha idade, ter uma casa e um prato na mesa ainda me pareça a melhor coisa, para que não seja algo garantido. E não é que eu já tenha passado por um momento de fome, mas vi como era difícil sobreviver a cada mês. E veja a situação do mundo. Não é uma questão de ter mais ou menos, mas de valores". Mais: sobre seus planos para o futuro garante que pretende terminar um documentário, que está produzindo e dirigindo no ano que vem. “Estou trabalhando nele há quatro anos. É a isso que dedico mais tempo, porque dirigir é uma paixão, algo que eu queria fazer desde os 16 anos, e, embora não possa dizer muito agora, estou ansiosa para que saia para que eu possa fazê-lo, porque esses são temas que darão muito o que falar e gerarão debate”.

Manobra de Fux

O ministro Luiz Fux  (STF) conseguiu se mudar  para a segunda Turma da Corte: acha que formará um bloco blindado formado com André Mendonça e Kassio Nunes Marques., os  outros dois  são Gilmar Mendes  e Dias Toffoli. Fux quer tentar pautar o julgamento do recurso à decisão do TSE, que deixo Bolsonaro inelegível. Na  Primeira Turma, as chances de Bolsonaro seriam nulas - Fux acha que consegue que o ex-presidente, condenado a mais de 27 anos de prisão por trama golpista" ainda conseguiria disputar as eleições  presidenciais em  2026. Em outra frente, Fux deve votar em processos remanescentes da Lava Jato. O grande problema da  nova  vida de Fux é que o bloco da Segunda Turma inclui Gilmar Mendes o presidente do colegiado que o chamou de "figura lamentável” pelo voto de 12 horas a favor de Bolsonaro, E mais: Fux quer participar ainda do julgamento do   Núcleo 3 (11 de novembro) e Núcleo 2 (9 de dezembro) sobre envolvidos no 8 de janeiro. Quer repetir seu surpreendente esforço pela absolvição de todos os réus bolsonaristas, como no núcleo que condenou ex-presidente e seus parceiros de "trama golpista”.

Falta “João Batista”

Lula e Davi Alcolumbre conversaram a sós no Palácio sobre quem substituirá Luís Roberto Barroso no Supremo e o combinado era não vazar nada. Lula não cumpriu. Abriu a boca para Jaques Wagner e Alcolumbre ficou irritado. Nos corredores, o mesmo Alcolumbre não esconde trabalhar pela indicação de Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, à vaga do STF e que trabalhará contra Jorge Messias, favorito de Lula.  Um aliado de Alcolumbre ironizou: "Falta João Batista para ajudar o Messias no Senado". Mais: Lula está disposto a oferecer ao presidente do Senado a presidência do Cade em troca do apoio à Messias, no Supremo.

Sem chá

A cantora e apresentadora Anitta, contou que está de volta ao Brasil. “Eu voltei a morar no Brasil. Tava com muita saudade de ficar na minha casa, com a minha família, perto dos amigos. Então, esse ano que vem, vou estar mais focada no Brasil, sim, mas é pra estar no meu lar mesmo. Depois, eu não sei... vou conforme eu for sentindo. Estou mais no Brasil por um desejo emocional mesmo”. Anitta garante que vai continuar se dedicando à vida profissional (nacional e internacional), mas que agora com um foco mais voltado ao Brasil. Mais: sobre o encontro que teve com o Rei Charles III, garante que foi para tratar de assuntos voltados à Amazônia. “Não tomei chazinho da tarde, mas foi um encontro importante, pra trazer visibilidade para o sistema do meio ambiente. Vocês sabem que é uma causa que eu me importo muito, né? Principalmente pra reforçar essa ideia do equilíbrio. Porque a minha intenção nunca é passar que a gente não pode ter nada ou que tem que desistir de tudo. É sempre sobre ter equilíbrio. Se todo mundo abrir mão de um pouquinho, já faz uma grande diferença no mundo. Então, esse é sempre o meu propósito maior, especialmente nesse momento”.

Baixo nível

Enquanto jornais, emissoras de rádio e televisão dedicam grandes espaços em jornais (primeira página) ao encontro entre Trump e Lula na Malásia, considerado positivo e que um acordo pode ter “uma conclusão bem rápida”, as redes bolsonaristas postam o que tradicionalmente fazem com inimigos e espalham com  montagens, uma fake news das mais sórdidas. Estampam uma frase sobre mentiroso episódio protagonizado pelo americano: dizem que seus seguranças "colocaram Lula para fora de uma reunião, na Indonésia, e até cortaram seu microfone". Ninguém levou a sério e até mesmo bolsonaristas mais lúcidos (coisa rara) acharam que a investida de baixo nível acabou virando contra os autores. 

Renda suspeita

Relatórios do Coaf em poder da CPMI do INSS revelam uma complexa rede de empresas controladas pelo advogado Nelson Willians e a mulher dele, Anne. Seria utilizado para ocultar patrimônio da Justiça e dissimular movimentações milionárias. O Coaf diz que a parte milionária da renda vem de depósitos em caixas eletrônicos de "favelas do Rio, de zonas fronteiriças e do Polígono da Maconha. Sua mulher Anne sócia de empresas que movimentou 4 milhões de reais em espécie e R$ 43 milhões em transferências, constava como "do lar" com renda mensal de 1.000 reais no período das transações. O casal se nega a fornecer documentos que comprovem a legalidade das transações. O que Nelson relatou foi "realizar transações” diárias para evitar bloqueio judicial”.

Pérola

"Gosto desse cara", 

de Donald Trump, depois que Lula dispensou grupo de jornalistas, em Kuala Lumpur, dizendo que ele e o presidente americano tinham pouco tempo e não podiam ficar conversando (e Trump  aproveitou que para dizer que as perguntas "eram chatas").

Não gosta da ideia

"É um mercado novo e a Caixa é um estreante. Queremos  ser um player importante.  A estimativa de arrecadação é entre R$ 2 bilhões  e R$ 2,5 bilhões para o ano que vem". É Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica, defendendo lançamento de apostas esportivas neste final de ano, marcando sua entrada no mercado de bets no país. Detalhe: Lula não foi avisado do lançamento. O projeto que vai na contramão do discurso que o governo tem adotado para o setor. O presidente não gostou de não ter sido avisado e poderá cancelar o projeto, que até acha que poderá  prejudicar sua campanha pela reeleição na Presidência em 2026.

Em quem acreditar?

Duas pesquisas sobre a corrida presidencial foram divulgadas nos últimos dias. Só que, apesar de números semelhantes em uma delas, o presidente Lula venceria qualquer candidato da direita em uma disputa em segundo turno, mesmo com pequena vantagem. Na outra, o resultado é o contrário.  Segundo o Paraná Pesquisas, Lula venceria Jair Bolsonaro por 44,9% contra 41,6% do ex-presidente. Lula também venceria Michelle (41,6%) com 44,7% de intenções e Tarcísio de Freitas (40,9%) com 44,9%. Já no levantamento  da Apex/ Futura, Lula perderia em todas as situações. Bolsonaro (46,9%) x Lula (41,3%); Michelle Bolsonaro (47,6%) x Lula (41,2%); e Tarcísio de Freitas (45,3%) x Lula (39,5%).

Voo de galinha

O projeto "Voa Brasil", criado em 2023, por Márcio França, na época ministro dos Portos e Aeroportos, foi implementado pelo governo com o objetivo de proporcionar passagens aéreas a preços acessíveis para a terceira idade, não aparenta ter conquistado o sucesso desejado. A proposta, que também tinha como meta aproveitar assentos vazios em voos das companhias aéreas, acabou sendo impactada por horários pouco convenientes e por condições que tornaram a adesão dificultada. Embora a expectativa inicial fosse alcançar 3 milhões de reservas em doze meses, o resultado final foi bastante inferior ao esperado, totalizando apenas 50 mil reservas efetuadas.

Transplante mais popular

Segundo o mais recente censo da International Society of Hair Restoration Surgery, a procura por restauração capilar tem crescido no Brasil e no mundo. A parcela de homens interessados no transplante aumentou de 13% para 18% nos últimos três anos. No Brasil, são realizados cerca de 6 mil transplantes capilares por ano e os médicos relatam um aumento de 20%  no número dos pacientes. E a tendência não é apenas couro cabeludo mas também barba e bigode. E 12% das mulheres que procuram transplante querem melhorar a aparência das sobrancelhas. Mais de 80% dos pacientes de transplante capilar são homens com alopecia androgenética responsável pela queda de cabelo de cerca da metade, homens acima de 50 anos a técnica também é procurada pelas mulheres. Motivos: conseguir testa alta e rarefação capilar decorrente de alterações hormonais.

Filhos vs. pets

Pesquisa da Quaest aponta que a quantidade de filhos por residência está em queda no país. Em 2003, o tamanho das famílias era de 3,2 pessoas e, em 2022, chegou a 2,8. Enquanto isso, o número de pets está crescendo: são 2,3 animais por domicílio no mesmo período. Estudo da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação aponta que existem 160 milhões de animais domésticos, o que faz do Brasil a terceira maior população de pets do planeta, atrás apenas de Estados Unidos e China.  Agora, há um projeto de lei que visa instituir o Dia Nacional dos Pais e Mães de Pets, a ser comemorado anualmente em 4 de outubro, data em que é celebrado o dia de São Francisco de Assis, conhecido como padroeiro dos animais. A Associação Brasileira de Empresas do Setor de Animais de Estimação tem pesquisa que revela que o brasileiro gasta em média R$ 431,40 por mês com cães.

Mistura Fina

A Embraer está em conversações com "Republic Alrways para venda de um lote adicional de jatos executivos modelo E-175. No início do ano a fabricante brasileira fechou contrato de fornecimento de 16 aviões similares à companhia aérea norte-americana, um negócio  de US$ 2,1 bilhões com financiamento do BNDES. A Republic é uma reserva de mercado da Embraer na aviação norte-americana: toda sua frota de 240 aviões, é composta exclusivamente de jatos da empresa brasileira.
 
Voando abaixo da sobretaxa de 40% aplicada por Trump a outros produtos brasileiros  e ainda tentando eliminar tarifa que ficou de 10%, a Embraer vive um momento de prosperidade comercial nos Estados Unidos. No mês passado, anunciou a venda de 50 jatos E195-E2 para a empresa de low cost Avelo Airlines, com opção de outras 50 aeronaves no futuro, um negócio de US$ 4,4 milhões.
 
Durante a realização de COP30, 1.000 agentes federais, 3.000 militares da Forças Armadas e mais de 12.000 policiais atuarão  em Belém. Um forte  treinamento  para ações antibomba foi realizado. Além disso, militares, do Exército já estão protegendo reservatórios de água de Belém e estações de energia elétrica para evitar ações contra a conferência. E mais: uma frente antiterrorismo também está funcionando, com agentes especiais espalhados por diversas regiões.

Neymar pai procurou o Santos na semana passada, para tratar da renovação do contrato do filho, que termina em 31 de dezembro. O clube, ao contrário do que aconteceu no meio do ano, não está muito disposto a ter o jogador por mais seis meses, ou seja, até a Copa do Mundo, que é uma possibilidade. Contudo, talvez o próprio Neymar nem esteja interessado em voltar a jogar pela seleção. Ou melhor: já estaria achando que Carlo Ancelotti não deverá convocá-lo para a seleção.

In -  Feijão Vermelho
Out - Feijão Azuki

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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