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GIBA UM

"Hoje, rumamos para um precipício."

de HAMILTON MOURÃO // vice-presidente e senador eleito, criticando a postura do TSE.

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“Hoje, rumamos para um precipício. Assim, é chegada a hora da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária”, 

de HAMILTON MOURÃO // vice-presidente e senador eleito, criticando a postura do TSE.

Imigrantes brasileiros recém-chegados a Portugal (alguns com menos de um mês no país) e outros tantos com maiores períodos por lá, estão pedindo socorro a consulados e associações de solidariedade para fazer o caminho de volta. 

Mais: super inflação, custo de vida, preço da comida, preço dos imóveis e empregos difíceis. Eles não têm dinheiro para passagem de volta, e o consulado em Lisboa “não tem dotação orçamentária para custear voos de repatriamento”.

In – Drinque: Condessa
Out – Drinque: Cancha

Fotos: Fernando Tomaz // Reprodução

Unidas no trabalho

A atriz Bruna Marquezine, 27 anos e a cantora e apresentadora Anitta, 29 fazem o primeiro trabalho juntas. Se fosse há um ano atras isso não aconteceria.  Amigas, elas tiveram um desentendimento em 2019 por conta  de Neymar (no qual a cantora ficou com o jogador durante o Carnaval, logo após o término do namoro deles). Bruna já revelou que na época teria ficado magoada, mas que já é página virada. “Não tem condição de, em 2022, eu não falar com uma mulher que admiro, porque existe um desconforto. A gente nunca brigou, rolou um desconforto e eu fiquei chateada”. Agora as duas estrelam juntas a nova campanha Alto Verão Brizza (do Grupo Arezzo)  com os novos modelos de flip flops, sun sandals e acessórios. A nova coleção traz cores em tons pastel e também coloridas (algumas em neon) e até com amarrações. É uma campanha de alto nível. Anitta já coleciona vários prêmios internacionais, fazendo história para música brasileira e Bruna é a primeira brasileira a protagonizar um filme de DC Comics.

Posse terá grande festa

A enfermeira Mônica Calazans, símbolo da campanha de vacinação, Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 e a antropóloga Beatriz de Almeida Bastos, mulher de Bruno Pereira, morto na Amazônia, poderão integrar grupo de pessoas que represente a diversidade da população que passará a faixa presidencial a Lula (Jair Bolsonaro se recusa) no 1º de janeiro. O vice-presidente Hamilton Mourão, de Lisboa, insiste que o presidente passe a faixa: “É uma questão institucional”. A posse será uma grande festa, com direito a dois palcos e telões espalhados pela Esplanada dos Ministérios. Shows começarão a partir de meio-dia e tudo está sendo coordenado pela futura primeira-dama Rosângela Lula da Silva. A passagem da faixa é um dos momentos institucionais da cerimônia (aí, os shows param). Os outros dois são no Congresso, onde Lula tomará posse efetivamente e no Itamaraty, onde acontecerá a recepção e cumprimentos de chefes de Estados e delegações estrangeiras – e Janja aparecerá com outro vestido para ocasião. Lula não deverá subir nos palcos, aparecerá na rampa e discursará no parlatório do Planalto. A cachorrinha Resistência, que ficava na vigília quando Lula estava preso, em Curitiba, deverá ficar de fora da festa.

Bola para frente

A cantora Shakira que nos últimos meses esteve entre os assuntos mais comentados na mídia, primeiro por causa de seu divórcio em junho com o goleiro Gerard Piqué (e o motivo teria sido porque o ex-jogador não queria se aposentar). E que deixou a cantora mais brava que agora no início de novembro Piqué anunciou sua aposentadoria. E outro motivo é que não aceitou o convite para se apresentar na abertura da Copa do Catar que começou dia 20 sem dar justificativa. Agora ela foi escolhida para estrelar a campanha de Natal da Burberry ao lado do cantor Burna Boy

Reforços

Ao lado de Janja, na organização da festa da posse de Lula, estão também o ex-ministro Gilberto Carvalho e o embaixador Fernando Igreja, que cuidarão dos protocolos da cerimônia e detalhes da solenidade, onde petistas afirmam que não haverá dificuldade de interlocução com Congresso, Itamaraty e Planalto. Carvalho está preocupado com o volume de gente que irá à posse e onde arrumar lugares porque a rede hoteleira está praticamente lotada.


 

Barrado no baile

30 agentes do GSI – Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo general Augusto Heleno (é aquele que bradava “Vamos para o pau”, depois da derrota de Jair Bolsonaro) apareceram de repente no CCBB, que abriga o escritório de transição do governo. Questionados pela segurança de Lula, os agentes disseram que estavam lá para ajudar na proteção. O comando da equipe petista disse que não era necessária a presença deles – especialmente em áreas em que Lula frequentaria. Foram despachados de volta.

Ex-comandantes

O bloco dos integrantes da Defesa no período de transição do governo também terá nome de ex-comandantes das Forças Armadas, que já vinham dialogando com alguns assessores especiais do presidente eleito Lula. A equipe do petista também vinha conversando com militares da alta hierarquia das Forças Armadas. O grupo terá, além de ex-comandantes, outras lideranças do Exército, Marinha e Aeronáutica, que “respeitam o Estado Democrático de Direito”, segundo Aloizio Mercadante. São cotados para o Ministério da Defesa os civis Ricardo Lewandowski (STF), Aloysio Nunes, Celso Amorim e Aldo Rebelo.

MAIS HERANÇA

Não é apenas o plano de investimentos contratados da ordem de R$ 925 bilhões em dez anos que significa o legado deixado pelo governo Bolsonaro, via Ministério da Infraestrutura, ainda na gestão de Tarcísio de Freitas. Há também os defeitinhos que o PT está calculando que inclui o caso de contenciosos e devoluções de concessões que será empurrado para a frente. São dez grandes ativos, entre eles os aeroportos do Galeão e São Gonçalo do Amarante, a BR-163 e a ferrovia Malha Oeste.

Trato ambiental

Na COP27, no Egito, Lula anunciou que o Brasil vai aderir ao Acordo de Escazú, primeiro grande pacto ambiental da América Latina e Caribe, proposta de Marina Silva, em vigor desde abril do ano passado. Os participantes do acordo assumem série de obrigações para garantir acesso público à tomada de decisões sobre recursos ambientais. O Brasil foi um dos primeiros signatários do pacto ainda no mandato de Michel Temer, só que Bolsonaro virou as costas ao assunto. E até hoje, o Acordo não foi ratificado pelo Congresso.

OUTRA ITAIPU

O governo brasileiro e o presidente eleito Lula foram ao Egito falar das ações para o meio ambiente e ignoraram a construção de quase uma Itaipu em apenas 10 meses com a instalação de placas fotovoltaicas (solares). Dados do setor mostra aumento de 69% da capacidade da gigante é de 14 gigawatts, que poderá atingir 25 gigawatts até o final do ano.

Preferências

Levantamento da Associação dos Diplomatas Brasileiros revela que o Itamaraty dá preferência a homens em cargos importantes da carreira. Hoje, não há nenhuma embaixadora em postos A, os mais significativos. As mulheres se concentram na África Subsaariana (35,71% dos postos do continente) e América Central (33,3%). Mais: outro nome começa a ser cogitado para o Ministérios das Relações Exteriores. É o de Mauro Vieira, que já ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff.

Koo em alta

Está em alta o Koo, que copia o Twitter até na marca (um passarinho). Koo é a palavra indiana para tweet, ou pio, em português. Nasceu de um desentendimento entre o Twitter e o governo nacionalista de Narendra Modi. Na semana passada, alcançou 50 milhões de downloads em todo o mundo. Os responsáveis já agilizaram a versão em português e lançaram enquete para saber se o aplicativo deveria ou não mudar de nome. Por enquanto, o Koo está fazendo sucesso justamente por causa do nome – a longo prazo será difícil manter isso.

SEM PLANO B

Presidente derrotado na eleição ficou 19 dias recluso no Alvorada e para Thomas Trauman, jornalista e pesquisador da FGV (trabalhou com Dilma Rousseff), ele não tinha plano B para a derrota e seu partido, o PL, tem consciência de que as contestações nas urnas não terão prosseguimento. Trauman falou ao podcast O Assunto (Globonews), que Jair Bolsonaro está deixando o poder sem saber como vai ser líder da oposição, especialmente porque “não imaginava que podia perder a eleição”.

MISTURA FINA

ANALISTAS alertam que o PIB de 2022 é o mesmo de 2014. Como a taxa de crescimento de longo prazo do PIB brasileiro gira em torno de medíocres 2% ao ano, conclui-se que, se o Brasil tivesse crescido a esta taxa ao longo dos últimos 8 anos, a renda média dos brasileiros seria hoje 16% maior do que é. E acentuam: dado que a população cresce 0,7% ao ano, a renda per capita caiu 5% no período, quando poderia ter crescido 10,5% – e  isso sem esquecer  da covid e problemas com o governo Bolsonaro.

um acordo entre Senado e Itamaraty para que as sabatinas com novos embaixadores, que já começaram a ser destravadas comecem por postos de menor expressão política como FAO, Unesco, Tunísia, Mauritânia, Guiné Equatorial, Sudão e Jordânia. Já embaixadas consideradas estratégicas como Buenos Aires, Paris, Organização Mundial do Comércio, Roma e até Santa Sé, não devem ser votadas sem o aval de Lula.

TAMBÉM a primeira-dama Michelle Bolsonaro reapareceu na cena nacional nessa semana num evento do Ministério da Saúde sobre distribuição de absorventes – e não discursou. A seu lado, o ainda ministro da Saúde Marcelo Queiroga, fez um discurso em defesa de Jair Bolsonaro e contra o Foro São Paulo, que reúne partidos de esquerda na América Latina, criado em 1990 (32 anos) e com as presenças de Lula, Fidel Castro e outros.

O PT escalou o senador Jaques Wagner (PT-BA) para comandar a articulação da PEC da Transição no Congresso. Ele foi nomeado integrante do Conselho Governamental na transição. E seu nome começa a ser cotado para a Casa Civil, área que engloba as relações com parlamentares. Gleisi Hoffmann, presidente do PT e também cotada para mesma Pasta, não está gostando dessa história.

A EQUIPE do presidente eleito Lula já avalia uma alternativa caso a proposta que exclui do teto de gastos as despesas com Auxílio Brasil (que está voltando a se chamar Bolsa Família) estabeleça que a permissão será válida somente por um ano. Agora, integrantes do bloco analisam a possibilidade de usar como base uma decisão do STF sobre pagamento de renda mínima por meio do crédito extraordinário.

A SECOM – Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal não quer escalar representantes para se reunir com a equipe de transição responsável pela área de comunicação do governo eleito. Justifica dizendo que “postagens inverídicas, distorcidas e desrespeitosas” de um dos membros do futuro governo inviabiliza conversas. Os ataques partiram de André Janones, que já chamou integrantes do órgão de “quadrilha da Secom” e diz que o grupo está insatisfeito porque ele estaria “tornando público o que eles roubaram”.

 

ARTIGOS

Pensar fora da caixa

13/03/2025 07h45

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Um texto é sempre uma costura desigual, que insere novas ideias, em que os fios se entrelaçam e podem resultar em um pensamento fora da caixa. Quando falamos em pensar fora da caixa, fora dos ambientes burocráticos, significa que temos mais liberdade para expressar nossas ideias. Queremos abordar conceitos como acessibilidade, possibilidades, credibilidades e interesses no exercício do trabalho e na busca de emprego. 

Desempenhar funções, em diferentes empresas, para os cotistas difere dos demais funcionários. Para aqueles que preenchem vagas de cotas, as funções são as de menos importância, e as pessoas correm o risco de não conseguir atravessar o período de experiência. Por vezes, são dispensados por falta de assistência, a qual poderia modificar a condução das tarefas.

As orientações são imprescindíveis, e os colegas também podem colaborar para melhorar o desempenho das funções. Dada a variedade de deficiências e das características delas, o cotista pode ser contratado para um tipo de trabalho e ter habilidades para outras funções. Neste caso, ele teria de ser alocado em diferentes setores, de modo que ele possa verificar quais são aquelas funções em que ele pode investir mais esforços e obter o sucesso desejado por ele e pela empresa. Esta mobilidade poderia ocorrer com o auxílio dos colegas, que vão acompanhar o trabalho diário.

Pensar fora da caixa ajuda a idealizar uma situação diferente para o cotista, que tem maturidade suficiente para ter acesso à acessibilidade e aos conhecimentos produzidos pela empresa, a desenvolver empatias que possam melhorar o ambiente de trabalho e a adaptar as lacunas vindas das deficiências às necessidades da empresa.

No caso do uso da língua brasileira de sinais (Libras), pode ocorrer o que se chama de violência linguística, com a proibição da comunicação entre os surdos e também existe a desvalorização ou negação, ignorando a comunicação entre os mesmos e forçando-os a se adaptar. Durante séculos esta comunicação foi proibida. Schlünzen, Di Benedetto e Santos (2012), ao escreverem a história das pessoas surdas, mencionam que o padre Espanhol Juan Pablo Bonet (1579-1633) criou o alfabeto manual, em que cada palavra tinha um valor simbólico visual. Neste percurso histórico, o drama ainda continuou, pois o alfabeto manual difere do ensino das línguas. A situação vulnerável da pessoa surda ainda continua, e é preciso sempre lembrar que a inclusão e a cidadania dependem das atitudes de toda a sociedade em relação às deficiências. 

Já temos a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), a qual institui a inclusão da pessoa com deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Precisamos colocá-la em prática, ou seja, encorajar as pessoas a aceitarem uns aos outros e exercer os direitos e os deveres, de modo a garantir que a lei se cumpra e que possamos legitimá-la. 

Então, o que é pensar fora da caixa? Pensar conforme regem as leis e também ter empatia para com pessoas com deficiência, ter prazer em aprender com elas e por elas, ou seja, por exemplo aprender Libras, Braille e, acima de tudo, isso é fazer a diferença.

Convido você a fazer a diferença e a pensar fora da caixa. Vamos?!

ARTIGOS

Mulheres na política, avanços e desafios

13/03/2025 07h30

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É estatístico: a presença feminina na política subiu no Brasil. Os dados eleitorais indicam que houve um crescimento do número de mulheres em todos os cargos em disputa nas eleições municipais de 2024, em comparação ao pleito anterior, realizado em 2020. Esse é um avanço que merece ser relembrado e comemorado de forma especial agora em março, quando é celebrado o Mês da Mulher.

Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que, nas eleições municipais de 2024, quase 730 mulheres foram escolhidas para assumir os postos mais altos das prefeituras de seus respectivos municípios. Em comparação a 2020, o aumento foi de 7%. Já para os cargos de vice, foram eleitas 1.066 mulheres, em uma escalada de 15%. Elas também conquistaram maior número de cadeiras nas Câmaras Municipais, com crescimento de 12%.

São números significativos, que chegam quando estamos próximos de alcançar os 100 anos da eleição da primeira prefeita do Brasil e da América Latina. Alzira Soriano foi eleita em 1929, no município de Lajes, no Rio Grande do Norte, e abriu as portas do mundo político para as mulheres brasileiras. Se estivesse viva, certamente estaria inquieta em busca de novas conquistas. Desafios não faltam. 

Apesar de ser crescente o número de mulheres eleitas, ainda há no Brasil um ambiente político pouco favorável ao surgimento de grandes lideranças femininas. Atualmente, temos apenas duas prefeitas nas capitais brasileiras, em Aracaju e Campo Grande. Se observarmos as eleições de 2022, veremos que foram eleitas apenas duas governadoras, nos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, e somente quatro mulheres saíram vencedoras na disputa para o Senado.

Já na Câmara dos Deputados, os dados são mais animadores. A bancada feminina saltou de 77, em 2018, para 91, em 2022. E é justamente dela que vem um dado preocupante: a cota mínima de 30% de candidaturas femininas foi descumprida em mais de 700 municípios brasileiros em 2024.

A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados divulgou os dados, por meio do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), e os encaminhou ao TSE e à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) com a solicitação de que sejam empenhados esforços para o cumprimento da legislação eleitoral.

E é bom que os partidos estejam mais atentos a esse tema, não simplesmente porque a lei está mais rígida e a fiscalização mais ampla, mas por uma questão de sobrevivência. Temos hoje um novo eleitor, mais bem informado e consciente de seus direitos e dos direitos dos outros, e novas tendências de perfis de candidatos eleitos, com maior representatividade de mulheres e minorias na política.

Os tempos mudaram. Felizmente.

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