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GIBA UM

"Justiça decide soltar Sérgio Cabral, apesar de condenado a mais de 400 anos de prisão"

De Deltan Dallagnol, deputado federal e ex-procurador depois de decisão dos Desembargadores do TRF-2

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 O posto para qual Dilma Rousseff poderá ser despachada na China renderá à petista salário-mínimo de US$ 187,7 mil (R$ 992 mil) por ano, além de bonificação que pode chegar a 26% desse total.

Mais: ou seja, o salário a futura presidente Banco dos Brics, com sede em Xangai, será maior do que o do presidente do BNDES, Aloízio Mercadante (R$ 96 mil mensais) e até o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, (R$ 103 mil por mês).

“Justiça decide soltar Sérgio Cabral, que agora está livre para andar nas ruas do RJ, apesar de condenado a mais de 400 anos de prisão. O Brasil não aguenta mais”,

de DELTAN DALLAGNOL  // deputado federal e ex-procurador depois de decisão dos Desembargadores do TRF-2.

In – Tênis cano baixo
Out – Tênis cano alto

Novo álbum

A cantora Iza que assumiu recentemente um affair com o jogador Yuri Lima, que já jogou no Santos e no Fluminense e hoje defende o Mirassol (time do interior de São Paulo) e também declarou sua Demissexualidade (um termo do espectro assexual que se caracteriza pelo surgimento de atração sexual somente quando existe envolvimento ou conexão emocional ou afetiva com essas pessoas), está se dedicando ao seu próximo álbum.

Mas antes do lançamento ela aproveita alguns dias de folga (com direitos a fotos na praia).

Pouco se sabe sobre o novo álbum que teve seu lançamento adiado.

As músicas Mó Paz, Droga, Mole, Gueto, Fé e Sem Filtro, que foram lançadas no ano passado devem fazer parte deste novo trabalho.

“Neste momento eu estou muito pensando na parte musical da minha carreira, porque eu sempre tentei não me limitar e fazer tudo aquilo que a arte podia e pode me oferecer. Este próximo ano será, não estritamente, mas principalmente musical, com músicas novas, álbum novo, show novo. Tudo isto demanda muito trabalho”.

Resistência dos bancos

Antes mesmo de explodir a crise da Americanas, executivos da rede de moda feminina Lojas Marisa, controlada pela família Goldfarb, tentavam negociar prazos ou outras soluções junto a seus bancos credores, especialmente Fibra e Safra.

Quase no final do ano passado, a Marisa somava dívida liquida de R$ 566,1 milhões e diretores reclamavam do custo de captação de recursos de terceiros e do aumento da inadimplência, fatores do crescimento do endividamento.

O banco Safra é o que está menos flexível à renegociação de prazos, fechou a torneira do crédito e está mais duro com a situação da Marisa.

Nos últimos tempos, a empresa sofria os efeitos da pandemia no comércio e pelo ambiente de consumo fraco.

No mercado financeiro, a Marisa é vista como um grupo de moda que não soube se reinventar e foi perdendo espaço.

Com a pandemia, ficou para trás enquanto viu seus rivais serem mais agressivos pelos canais digitais.

Agora, a companhia contratou a BR Partners e a consultoria Galeazzi Associados para mudar seu perfil de endividamento e reestruturar seu negócio, tarefa complicada que significará perdas para permanecer em cena.

Nos últimos anos, a família Goldfarb buscou um sócio para a Marisa: Renner e Magazine Luiza rejeitaram de cara.

Nova fase

A cantora Luiza Possi, 38 anos, apresenta uma nova fase profissional marcando seus 20 anos de carreira.

No projeto “Festa da Luiza”, além de seus tradicionais sucessos ela interpreta canções que variam de Mamonas à Katy Perry,  passando por Beyoncé, Lady Gaga,  Anitta, Jota Quest,  Lulu Santos,  Tim Maia e Balão Mágico.

“O show marca uma nova fase na minha carreira, é um momento de mais alegria, de mais felicidade, de menos peso, de pós-pandemia, de vontade de estar perto do público comemorando com serpentina, CO2, muita música para gente dançar, músicas que marcaram nossos carnavais, que marcaram nossos verões”.

Maior pressão

Novo presidente do BNDES, Aloízio Mercadante e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, são os que mais fazem pressão, junto com o presidente Lula, contra juros altos e pela derrubada de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central, que não será fácil.

Agora, Campos está usando interlocutores de confiança para avisar Lula que gostaria de conversar com ele pessoalmente (nem na transição, o então presidente eleito teve essa iniciativa).

Mercadante, à propósito, acha que Fernando Haddad (Fazenda) nessa novela tem posições fracas (e gostaria de estar no lugar dele).

Juntos

O presidente da Câmara, Arthur Lira, já avisou, no final da semana passada, que a Casa não mexerá uma palha para tirar a autonomia do Banco Central e é favorável à permanência de  Roberto Campos Neto até 2025, final de seu mandato.

É o mesmo pensamento de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Os dois foram vitais para a aprovação do projeto que tornava o BC independente.

Os eleitores da reeleição de Lira estão totalmente a favor de sua posição. Pacheco consegue o mesmo no Senado.

Memória

A pressa de Joe Biden para se encontrar com Lula contrasta com o tratamento dispensado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Biden fugiu de uma foto ao lado de Bolsonaro o quanto pôde. Nunca falou por telefone com o ex-presidente chamado pela imprensa norte-americana de “Trump dos trópicos”.

Os dois só se encontraram pessoalmente depois de Biden ficar sem saída para convencer o Brasil a participar da esvaziada Cúpula das Américas (Los Angeles, 2022).

Na ocasião, o americano fechou a cara diante das câmeras, ao se reunir com Bolsonaro.

“CLUBE DA PAZ”

Na Casa Branca, Lula buscou um protagonismo extra: queria colocar como um intermediador da paz na Ucrânia, com a criação do que chama de “Clube da paz”.

O tema não constava da lista de assuntos prioritários da Casa Branca, que preferiu escutar dele como pode se posicionar como intermediador para construir uma saída política para Venezuela de Nicolás Maduro.

Cadê?

O ex-presidente Jair Bolsonaro anda avisando aliados daqui, que provavelmente, na primeira semana de março retorne ao Brasil e já na chegada ruma ao hospital para nova cirurgia de abdômen.

Embora de vez em quando, converse na porta da casa em Kissimmee, na Grande Orlando, com grupo de apoiadores, está se sentindo sozinho por lá.

À noite, espia a Globo (quem diria) e alguns canais em espanhol (em inglês, não dá).

Dos aliados militares que participavam do centro do governo, nem sinal: sumiram.

Incluindo Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.

GUERRA ABERTA

Paulo Okamoto, em nome de Lula, quer tirar Carlos Melles da presidência do Sebrae de qualquer maneira porque ele já avisou que não vai renunciar.

E até condicionou que “só sai se onze dos quinze conselheiros que o reelegeram em novembro apoiarem por unanimidade”.

Agora, Lula pediu a Robson Andrade, da CNI, que encontre um caminho para derrubar toda a diretoria técnica do Sebrae.

Detalhe: o Sebrae tem salários de até R$ 60 mil e um orçamento de R$ 4,5 bilhões.

Pode ser mais

orge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira não querem colocar mais de R$ 1 bilhão de sua fortuna pessoal para capitalizar a rede de lojas Americanas.

O patrimônio do trio, segundo a Forbes é de R$ 160 bilhões. Contudo, se forem acionados pela Justiça norte-americana, os mais festejados capitalistas do Brasil, provavelmente terão de pagar muito mais caro.

Um dos grandes fatores de risco é como a Corte dos Estados  Unidos vai encarar a responsabilidade da Americanas e seus principais sócios à luz da Absolute Priory Rule.

É a  regra do direito norte-americano que estabelece a ordem de pagamento dos credores, segmentando cada classe da maior para menor preferência no recebimento dos calotes.

Olho na carta 1

A Constituição brasileira, perto de completar 35 anos de existência, já passou por 128 mudanças. Com emendas referentes à assinatura de acordos internacionais, esse número vai a 140.

Na última legislatura (2019-2022), aprovaram-se 29 emendas das quais 14 apenas no ano passado, recorde para o período de 12 meses.

A explicação para tantas mudanças pode estar na própria Constituição, ou seja, na quantidade de temas tratados ao longo de 250 artigos.

OLHO NA CARTA 2

A Carta Magna do Brasil é o segundo maior texto constitucional do mundo, menor apenas que o da Índia. Promulgada em 1787, a Constituição dos Estados Unidos, à título de comparação, tem sete artigos, em 236 anos, foi alvo de apenas 27 emendas.

A Constituição brasileira, a 7ª da história do país, foi elaborada pela Assembleia Nacional Constituinte, eleita em novembro de 1986.

MISTURA FINA

  • A EX-primeira-dama Michelle Bolsonaro está informando que os custos da cirurgia de novo implante de silicone no seio foram pagos pelo médico Regis Ramos, conhecido profissional do Rio de Janeiro, com consultório na rua Visconde de Pirajá. Ele também teria aconselhado uma harmonização facial, recurso muito utilizado na área de estética que anda na moda entre mulheres e homens. Michelle preferiu não aceitar, quem sabe num futuro próximo.
  • O MINISTRO Dias Toffoli (STF) trabalha nos bastidores pela indicação de Carlos von Adamek, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo para o STJ. Até maio, Lula nomeará os dois novos integrantes da Corte para as vagas deixadas por Jorge Mussi e Felix Fischer.
  • O GOVERNADOR de Roraima, Antônio Denarium, quer costurar um encontro entre Flávio Dino (Justiça) e a comissão de garimpeiros esta semana. O objetivo é discutir medidas para garantir a subsistência de grande parte dos 20 mil garimpeiros que atuavam em território Yanomami e foram retirados. Denarium quer mostrar a Dino uma proposta para regularização da mineração por cooperativas no estado fora das áreas indígenas.
  • O MINISTRO Márcio França (Porto e Aeroportos), principal liderança do PSB em São Paulo, é totalmente contra que seu partido componha (houve convite) a base do governador Tarcísio de Freitas na Assembleia Legislativa. A tendência é que a sigla seja independente, discutindo apoio ou oposição dependendo do projeto. Mais: o volume crescente de bolsonaristas na formação do novo governo paulista tem incomodado vários segmentos empresariais, conforme reclamações chegadas a Gilberto Kassab, secretário-geral e homem forte da administração.
  • O ANO de 2022 marcou o retorno da indústria musical e dos shows e eventos que foram prejudicados pela pandemia. Mais de 316 mil compositores e artistas foram contemplados com rendimentos em direitos autorais de execução pública no ano passado, de acordo com a Ecad. A distribuição total foi de R$ 1,2 bilhão, crescimento de mais de 35% em comparação com o que foi distribuído em 2021.
  • A PREFEITURA de Camboriú, em Santa Catarina, proibiu que frequentadores (e frequentadoras) de determinada região de suas praias fosse liberada ao nudismo (algumas pessoas já praticam por conta própria). Já nas áreas mais conservadoras das praias o que se vê são banhistas com fio dental e se dourando à base de topless, que está de volta – e ninguém se incomoda e muitos aplaudem.
  • A AUREA Energia, joint venture entre a Votorantim e a canadense CPP Investments, vem mantendo conversações para a aquisição da Ibitu Energia, controlada pela norte-americana Castlelake, que procura um comprador há mais de um ano. Começou pedindo US$ 1 bilhão, mas já baixou a bola. Com a aquisição a dobradinha entre os Ermírio de Moraes e a CPP daria um super salto. A Ibitu exibe portfólio de hidrelétricas e usinas eólicas com capacidade de produção de 800 megawatts. Somando-se os projetos, dobra para 1,5 gigawatts.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

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Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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