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Giba Um

"Não derrotaram o governo. Derrotaram o povo brasileiro. O Congresso quer proteger ricos...

que não querem pagar imposto", de Lula, após derrota na Câmara que pode abrir rombo de R$ 46 bilhões nas contas públicas e avisando que vai insistir com outras ações.

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Um Rolls-Royce zero, avaliado em R$ 9,7 milhões, foi apreendido com o advogado Nelson Willians, na Operação sem Desconto, conduzida pela PF. O veículo, da linha Phantom, é considerado o carro mais caro já apreendido pela Polícia Federal.
MAIS:  a marca é reconhecida internacionalmente, com modelos utilizados por personalidades como Fred Astaire e  John Lennon. A compra do veículo fechado em 11 de julho foi registrada em nome da empresa da esposa de Willians, Anne Caroline Willians.

Salário futuro

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que anunciou, na semana passada, que irá antecipar sua aposentadoria na Corte, continuará recebendo o mesmo salário e manterá prerrogativas do cargo. Outros ministros que se aposentaram nos últimos anos, como Marco Aurélio Mello, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Carlos Ayres Brito - recebem o mesmo valor bruto dos que estão em exercício: R$ 46.366,19 mensais. Os valores líquidos variam conforme descontos compulsórios como contribuição previdenciária e IR. Barroso deixará de receber R$ 7.600,00 referentes a abono de permanência, pago a magistrados que permanecem em atividade mesmo após cumprirem requisitos para a aposentadoria.

Depois da derrota

No dia seguinte à derrota no Congresso de uma das principais medidas econômicas do governo, o Planalto começou reorganizar sua estratégia para fechar  as contas de 2025 e 2026. A estratégia agora é insistir na tributação das casas de apostas on-line - as chamadas bets -  uma "pauta de apelo popular" que dificultará oposição contrária à medida. O Planalto trabalhará em duas frentes: a edição de decretos para compensar parte da perda da arrecadação e o envio de um projeto de lei em regime de urgência, que deve resgatar pontos centrais da MP, com foco na cobrança retroativa de aposta e limitação de compensações tributárias indevidas.

Suspense diplomático

A novela do tarifaço já ultrapassou os três meses e o chanceler Mauro Vieira, que enfrentava até fogo dentro do próprio PT, enfrentou, no período, uma série digna de filmes de suspense, com reuniões secretas, reviravoltas entre Brasília e Washington. Mesmo assim, Vieira se reuniu com mais de 40 figurões com acesso ao famoso Salão Oval da Casa Branca para chegar a Trump. O pior momento foi quando Bolsonaro ganhou uma tornozeleira. O clima melhorou quando o ex-presidente foi condenado e não teve nenhuma "revolta popular". Agora, Vieira em alta: foi ele que o secretário de Estado Marco Rubio chamou para uma reunião.

Tratamento vip 1

Antes de circular no Ministério da Previdência em março de 2023, sob governo Lula e com Carlos Lupi (PDT) na chefia há dois meses., António Camilo Antunes, o "Careca do INSS", segundo a CPMI do roubo contra idosos, fez ao menos duas  visitas à Dataprev, estatal que implantou "Meu INSS", aplicativo para aposentados, a plataforma Gov.br e mais de cem serviços para a Previdência, com 71,5 milhões de acessos mensais. "Careca" se apresentou como revendedor da Olik e foi recebido por Alan do Nascimento Santos, diretor de Relacionamento e Negócios.

Tratamento vip 2

Ainda o "Careca": as visitas na Dataprev aconteceram sempre no fim ou depois do horário comercial em 2022. Ele usou a catraca 4 das 2 vezes. Estranhamente, não há registro de saída. A baixa do crachá foi manual, no dia seguinte. Para dispensar ou driblar o rigor do controle de acesso em prédios do governo, usam-se garagem e elevador reservados ao alto escalão.

Não se importa tanto

Aos 56 anos, a atriz, produtora e empresária Jennifer Aniston contou em entrevista a revista Harper’s Bazaar, no qual é capa e recheio, que hoje já não dá mais importância as notícias que sai a seu respeito, e grande parte delas são apenas ignoradas. “O ciclo de notícias é tão rápido que simplesmente desaparece. Claro, há momentos em que sinto aquela sensação de justiça quando algo foi dito que não é verdade e eu preciso consertar o erro”. Parte desta decisão foi tomada  em 2016, depois que foi taxada como workaholic e por conta disso não iria engravidar e ter uma família. "Eles não conheciam minha história, ou o que eu passei nos últimos 20 anos para tentar formar uma família, porque eu não saio por aí e conto a eles meus problemas médicos. Isso não é da conta de ninguém. Mas chega um momento em que você não consegue deixar de ouvir, a narrativa de que não vou ter um filho, não vou ter uma família, porque sou egoísta, workaholic. Isso me afeta, sou apenas um ser humano. Somos todos seres humanos. É por isso que pensei: 'Que diabos?', porque eu conhecia muitas mulheres na época que estavam tentando ter filhos, que estavam lidando com fertilização in vitro. Então, parecia que não era só para mim, mas para qualquer mulher que estivesse lutando com o mesmo problema”.

Orgulhosa de ser conhecida como a eterna Rachel de Friends e tem orgulho quando as pessoas lhe contam que muitas vezes assistem um episódio da série para ajudar em sua saúde mental, contou que lutou muito para conseguir outros papeis no cinema e na TV, principalmente papeis mais dramáticos. Sua atuação no drama de 2002, The Good Girl, foi um ponto de virada, trazendo-lhe reconhecimento como uma atriz que podia assumir desafios mais difíceis. Mais: fora das telas Aniston segue firme como produtora e empresária na administração de seus negócios, que incluem sua marca de cuidados com os cabelos LolaVie, mas alimenta o sonho de um dia estar no teatro: "Ainda não fiz teatro porque me apavora, mas é a única coisa que não tentei além de fazer um álbum, o que duvido que eu faça! Mas eu cresci em Nova York e adorava ir ao teatro, então acho que seria divertido”. 

Café: aroma de anti-tarifaço

Produtores e trades de café no Brasil tentam vaticinar os próximos passos do governo norte-americano interpretando os sedimentos deixados pela aproximação entre Trump e Lula. O telefone entre ambos, na semana passada, tem alimentado informações cruzadas e rumores de um anti-tarifaço. O setor já trabalha com a possibilidade do governo dos EUA retirar a sobretaxa de 40% imposta ao Brasil ou mesmo, em uma reviravolta ainda mais radical, zerar a tarifa de 10% que incide sobre todas as importações do café. O gravame passou a ser aplicado no início deste ano, com o retorno de Trump a Casa Branca. Há grandes pressões para que o governo norte-americano volte ao regime da alíquota zero. Grandes grupos de torrefação e redes de cafeterias não estão dispostos a reduzir margens para arcar com os custos de importação de café, notadamente o brasileiro. Tampouco podem correr o risco de repassar o imposto ao consumidor, sob ameaça de perder grande fatia de mercado.

Meia-volta, volver

Um fato alimenta a fervura por uma meia-volta, volver de Trump. Todos os demais países produtores de café, a começar por Vietnã e Colômbia, encontram-se na entressafra. Já o Brasil está na época da colheita, com disponibilidade de oferta. Ou seja: os maiores compradores de café dos EUA não têm para onde correr. comprar do Brasil ou não comprar de ninguém. O café brasileiro responde por um terço de todo o consumo no mercado norte-americano (24 milhões de sacas/ano).

 Lembrando a infância

A atriz Mariana Ximenes voltou a infância ao receber uma homenagem no 35º Cine Ceará – Festival Ibero-americano, brindada com o troféu Eusélio Oliveira.  Ao receber o prêmio Ximenes abriu o coração e lembrou que parte de sua infância tinha sido no Ceará. “Na verdade, esse sangue nordestino corre em minhas veias desde meu nascimento. Sempre passei minhas férias de verão no Ceará, minha infância teve muita seriguela, baião de dois, caranguejo, dunas… Toda essa convivência constituiu a mulher que eu sou e a atriz que me tornei”. E Finalizou o discurso “Receber essa homenagem é revisitar toda minha trajetória, mergulhar em todos os lindos encontros que o meu ofício me proporcionou, entender que meu caminho ainda está em construção: tenho muito o que aprender, trocar, viver, muita história para contar. E receber essa homenagem no Ceará tem um significado ainda maior: reconexão com as minhas raízes. Senti uma energia tremenda”. E quando Mariana fala de caminho em construção não é da boca para fora ela fez uma pesquisa dos cineastas e na medida do possível agendou uma reunião com todos. “ Fiz uma pesquisa dos cineastas, marquei encontros, porque acredito que cultura e educação transformam uma sociedade, e todas essas manifestações são a expressão da identidade cultural de um lugar”.

Estrago nos EUA

Ainda café: pode até ser que produtores e exportadores brasileiros estejam olhando para resíduos na xícara com excesso de otimismo. Mas não chega a ser um absurdo a ideia de Trump não apenas voltar atrás do tarifaço no Brasil, mas na própria taxa de importação do café. No limite, o presidente norte-americano estaria fazendo um favor a si mesmo. A tributação já causa um estrago nos Estados Unidos. Em setembro, a Starbucks anunciou 900 demissões. Se um gigante com mais de 17 mil cafeterias e receita de US$ 24 bilhões por ano apenas dentro dos EUA começou a cortar cabeças, o que dizer de centenas de pequenas redes existentes no país.

Rota de voo

Até segunda ordem, a direção da Motiva, a antiga CCR, está inflexível. A empresa insiste na venda de suas concessões aeroportuárias em um pacote único. A pedida pelos 20 aeroportos beira R$ 11 bilhões. O desafio da Motiva é encontrar um investidor disposto a assumir 17 aeroportos no Brasil e três no exterior (Equador, Costa Rica e Curaçao). No mercado, a leitura é que a irredutibilidade da Motiva ah vai até a página 2. Ou seja: se não receber propostas satisfatórias pelo combo, a tendência é que a empresa separe sua divisão aeroportuária em dois blocos: de um lado, os ativos no Brasil; no outro, no exterior.

Outro beija-mão

O governador Romeu Zema vai pedir autorização ao STF para visitar Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, ele tem feito declarações que parecem preparar o terreno para o encontro. Já disse que  daria indulto imediato, se eleito presidente, a Bolsonaro. Chamou o ex-presidente de "preso político" e que "sofre perseguição". Só que quando questionado, Zema diz que minha relação com ele não é tão grande". Por isso, já foi chamada de "rato" por Carlos Bolsonaro. Petistas dizem que Zema "copia e tenta imitar Tarcísio".

Mistura Fina

Nem bem Barroso deixou vazia sua cadeira no Supremo, Lula já se preocupa com o sucessor: no páreo, estão Jorge Messias, advogado-geral da União, de confiança do presidente; Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, próximo de Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes; e Bruno Dantas, ministro do TCU, próximo do Planalto, que conta com a simpatia do MDB do Senado e do presidente da Casa, Davi Alcolumbre. Os próprios ministros do Supremo acham que "não haverá surpresas".
 
Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, se choca com a roubalheira aos aposentados do INSS: "Forjaram áudios, falsificaram autorizações, enganaram idosos e viúvas, é crime, é deboche, é desumanidade". Por outro lado, a CPMI no final da semana passada, votou 78 requerimentos incluindo a convocação de Anne Caroline Willians, esposa do extravagante advogado Nelson Willians. Todo cuidado será pouco.
 
A própria direção do Banco do Brasil tem feito pressão junto a parlamentares pela aprovação da Medida Provisória que autoriza a renegociação de R$ 12 bilhões em dívidas rurais. Até agora, o assunto é mantido em banho-maria no Congresso. Deputados e senadores sequer formaram a Comissão Mista responsável por analisar a MP. A demora é motivo de preocupação para o Banco do Brasil
 
A Medida Provisória surge como um alívio para o fardo que o banco carrega em seu balanço com o aumento da inadimplência de sua carteira de crédito rural. Dentro do BB, há estimativas que o índice de empréstimos em aberto pode cair até um ponto percentual no nível de inadimplência gira em torno de 5% de todos os financiamentos. O Banco do Brasil deverá operacionalizar até 40% dos R$ 12 bilhões previstos na MP.

O Ministério Público Federal agora está investigando a Eagle Sociedade de Crédito por descontos indevidos no esquema fraudulento do INSS. A Eagle é alvo de 196 reclamações no Procon de Rondônia - a roubalheira, pelo que se deduz, alcance a grande maioria de estados - e 32 ações judiciais por burlar benefícios. Praticamente desconhecida até mesmo em Rondônia, a Eagle não  teria, segundo Ministério Público Federal, sequer autorização para operar descontos.

In –  Primavera/ verão: alfaiataria desconstruída

Out – Primavera/ verão: alfaiataria sofisticada

 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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