Um Rolls-Royce zero, avaliado em R$ 9,7 milhões, foi apreendido com o advogado Nelson Willians, na Operação sem Desconto, conduzida pela PF. O veículo, da linha Phantom, é considerado o carro mais caro já apreendido pela Polícia Federal.
MAIS: a marca é reconhecida internacionalmente, com modelos utilizados por personalidades como Fred Astaire e John Lennon. A compra do veículo fechado em 11 de julho foi registrada em nome da empresa da esposa de Willians, Anne Caroline Willians.
Salário futuro
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que anunciou, na semana passada, que irá antecipar sua aposentadoria na Corte, continuará recebendo o mesmo salário e manterá prerrogativas do cargo. Outros ministros que se aposentaram nos últimos anos, como Marco Aurélio Mello, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Carlos Ayres Brito - recebem o mesmo valor bruto dos que estão em exercício: R$ 46.366,19 mensais. Os valores líquidos variam conforme descontos compulsórios como contribuição previdenciária e IR. Barroso deixará de receber R$ 7.600,00 referentes a abono de permanência, pago a magistrados que permanecem em atividade mesmo após cumprirem requisitos para a aposentadoria.
Depois da derrota
No dia seguinte à derrota no Congresso de uma das principais medidas econômicas do governo, o Planalto começou reorganizar sua estratégia para fechar as contas de 2025 e 2026. A estratégia agora é insistir na tributação das casas de apostas on-line - as chamadas bets - uma "pauta de apelo popular" que dificultará oposição contrária à medida. O Planalto trabalhará em duas frentes: a edição de decretos para compensar parte da perda da arrecadação e o envio de um projeto de lei em regime de urgência, que deve resgatar pontos centrais da MP, com foco na cobrança retroativa de aposta e limitação de compensações tributárias indevidas.
Suspense diplomático
A novela do tarifaço já ultrapassou os três meses e o chanceler Mauro Vieira, que enfrentava até fogo dentro do próprio PT, enfrentou, no período, uma série digna de filmes de suspense, com reuniões secretas, reviravoltas entre Brasília e Washington. Mesmo assim, Vieira se reuniu com mais de 40 figurões com acesso ao famoso Salão Oval da Casa Branca para chegar a Trump. O pior momento foi quando Bolsonaro ganhou uma tornozeleira. O clima melhorou quando o ex-presidente foi condenado e não teve nenhuma "revolta popular". Agora, Vieira em alta: foi ele que o secretário de Estado Marco Rubio chamou para uma reunião.
Tratamento vip 1
Antes de circular no Ministério da Previdência em março de 2023, sob governo Lula e com Carlos Lupi (PDT) na chefia há dois meses., António Camilo Antunes, o "Careca do INSS", segundo a CPMI do roubo contra idosos, fez ao menos duas visitas à Dataprev, estatal que implantou "Meu INSS", aplicativo para aposentados, a plataforma Gov.br e mais de cem serviços para a Previdência, com 71,5 milhões de acessos mensais. "Careca" se apresentou como revendedor da Olik e foi recebido por Alan do Nascimento Santos, diretor de Relacionamento e Negócios.
Tratamento vip 2
Ainda o "Careca": as visitas na Dataprev aconteceram sempre no fim ou depois do horário comercial em 2022. Ele usou a catraca 4 das 2 vezes. Estranhamente, não há registro de saída. A baixa do crachá foi manual, no dia seguinte. Para dispensar ou driblar o rigor do controle de acesso em prédios do governo, usam-se garagem e elevador reservados ao alto escalão.

Não se importa tanto
Aos 56 anos, a atriz, produtora e empresária Jennifer Aniston contou em entrevista a revista Harper’s Bazaar, no qual é capa e recheio, que hoje já não dá mais importância as notícias que sai a seu respeito, e grande parte delas são apenas ignoradas. “O ciclo de notícias é tão rápido que simplesmente desaparece. Claro, há momentos em que sinto aquela sensação de justiça quando algo foi dito que não é verdade e eu preciso consertar o erro”. Parte desta decisão foi tomada em 2016, depois que foi taxada como workaholic e por conta disso não iria engravidar e ter uma família. "Eles não conheciam minha história, ou o que eu passei nos últimos 20 anos para tentar formar uma família, porque eu não saio por aí e conto a eles meus problemas médicos. Isso não é da conta de ninguém. Mas chega um momento em que você não consegue deixar de ouvir, a narrativa de que não vou ter um filho, não vou ter uma família, porque sou egoísta, workaholic. Isso me afeta, sou apenas um ser humano. Somos todos seres humanos. É por isso que pensei: 'Que diabos?', porque eu conhecia muitas mulheres na época que estavam tentando ter filhos, que estavam lidando com fertilização in vitro. Então, parecia que não era só para mim, mas para qualquer mulher que estivesse lutando com o mesmo problema”.
Orgulhosa de ser conhecida como a eterna Rachel de Friends e tem orgulho quando as pessoas lhe contam que muitas vezes assistem um episódio da série para ajudar em sua saúde mental, contou que lutou muito para conseguir outros papeis no cinema e na TV, principalmente papeis mais dramáticos. Sua atuação no drama de 2002, The Good Girl, foi um ponto de virada, trazendo-lhe reconhecimento como uma atriz que podia assumir desafios mais difíceis. Mais: fora das telas Aniston segue firme como produtora e empresária na administração de seus negócios, que incluem sua marca de cuidados com os cabelos LolaVie, mas alimenta o sonho de um dia estar no teatro: "Ainda não fiz teatro porque me apavora, mas é a única coisa que não tentei além de fazer um álbum, o que duvido que eu faça! Mas eu cresci em Nova York e adorava ir ao teatro, então acho que seria divertido”.
Café: aroma de anti-tarifaço
Produtores e trades de café no Brasil tentam vaticinar os próximos passos do governo norte-americano interpretando os sedimentos deixados pela aproximação entre Trump e Lula. O telefone entre ambos, na semana passada, tem alimentado informações cruzadas e rumores de um anti-tarifaço. O setor já trabalha com a possibilidade do governo dos EUA retirar a sobretaxa de 40% imposta ao Brasil ou mesmo, em uma reviravolta ainda mais radical, zerar a tarifa de 10% que incide sobre todas as importações do café. O gravame passou a ser aplicado no início deste ano, com o retorno de Trump a Casa Branca. Há grandes pressões para que o governo norte-americano volte ao regime da alíquota zero. Grandes grupos de torrefação e redes de cafeterias não estão dispostos a reduzir margens para arcar com os custos de importação de café, notadamente o brasileiro. Tampouco podem correr o risco de repassar o imposto ao consumidor, sob ameaça de perder grande fatia de mercado.
Meia-volta, volver
Um fato alimenta a fervura por uma meia-volta, volver de Trump. Todos os demais países produtores de café, a começar por Vietnã e Colômbia, encontram-se na entressafra. Já o Brasil está na época da colheita, com disponibilidade de oferta. Ou seja: os maiores compradores de café dos EUA não têm para onde correr. comprar do Brasil ou não comprar de ninguém. O café brasileiro responde por um terço de todo o consumo no mercado norte-americano (24 milhões de sacas/ano).

Lembrando a infância
A atriz Mariana Ximenes voltou a infância ao receber uma homenagem no 35º Cine Ceará – Festival Ibero-americano, brindada com o troféu Eusélio Oliveira. Ao receber o prêmio Ximenes abriu o coração e lembrou que parte de sua infância tinha sido no Ceará. “Na verdade, esse sangue nordestino corre em minhas veias desde meu nascimento. Sempre passei minhas férias de verão no Ceará, minha infância teve muita seriguela, baião de dois, caranguejo, dunas… Toda essa convivência constituiu a mulher que eu sou e a atriz que me tornei”. E Finalizou o discurso “Receber essa homenagem é revisitar toda minha trajetória, mergulhar em todos os lindos encontros que o meu ofício me proporcionou, entender que meu caminho ainda está em construção: tenho muito o que aprender, trocar, viver, muita história para contar. E receber essa homenagem no Ceará tem um significado ainda maior: reconexão com as minhas raízes. Senti uma energia tremenda”. E quando Mariana fala de caminho em construção não é da boca para fora ela fez uma pesquisa dos cineastas e na medida do possível agendou uma reunião com todos. “ Fiz uma pesquisa dos cineastas, marquei encontros, porque acredito que cultura e educação transformam uma sociedade, e todas essas manifestações são a expressão da identidade cultural de um lugar”.

Estrago nos EUA
Ainda café: pode até ser que produtores e exportadores brasileiros estejam olhando para resíduos na xícara com excesso de otimismo. Mas não chega a ser um absurdo a ideia de Trump não apenas voltar atrás do tarifaço no Brasil, mas na própria taxa de importação do café. No limite, o presidente norte-americano estaria fazendo um favor a si mesmo. A tributação já causa um estrago nos Estados Unidos. Em setembro, a Starbucks anunciou 900 demissões. Se um gigante com mais de 17 mil cafeterias e receita de US$ 24 bilhões por ano apenas dentro dos EUA começou a cortar cabeças, o que dizer de centenas de pequenas redes existentes no país.
Rota de voo
Até segunda ordem, a direção da Motiva, a antiga CCR, está inflexível. A empresa insiste na venda de suas concessões aeroportuárias em um pacote único. A pedida pelos 20 aeroportos beira R$ 11 bilhões. O desafio da Motiva é encontrar um investidor disposto a assumir 17 aeroportos no Brasil e três no exterior (Equador, Costa Rica e Curaçao). No mercado, a leitura é que a irredutibilidade da Motiva ah vai até a página 2. Ou seja: se não receber propostas satisfatórias pelo combo, a tendência é que a empresa separe sua divisão aeroportuária em dois blocos: de um lado, os ativos no Brasil; no outro, no exterior.
Outro beija-mão
O governador Romeu Zema vai pedir autorização ao STF para visitar Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, ele tem feito declarações que parecem preparar o terreno para o encontro. Já disse que daria indulto imediato, se eleito presidente, a Bolsonaro. Chamou o ex-presidente de "preso político" e que "sofre perseguição". Só que quando questionado, Zema diz que minha relação com ele não é tão grande". Por isso, já foi chamada de "rato" por Carlos Bolsonaro. Petistas dizem que Zema "copia e tenta imitar Tarcísio".
Mistura Fina
Nem bem Barroso deixou vazia sua cadeira no Supremo, Lula já se preocupa com o sucessor: no páreo, estão Jorge Messias, advogado-geral da União, de confiança do presidente; Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, próximo de Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes; e Bruno Dantas, ministro do TCU, próximo do Planalto, que conta com a simpatia do MDB do Senado e do presidente da Casa, Davi Alcolumbre. Os próprios ministros do Supremo acham que "não haverá surpresas".
Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, se choca com a roubalheira aos aposentados do INSS: "Forjaram áudios, falsificaram autorizações, enganaram idosos e viúvas, é crime, é deboche, é desumanidade". Por outro lado, a CPMI no final da semana passada, votou 78 requerimentos incluindo a convocação de Anne Caroline Willians, esposa do extravagante advogado Nelson Willians. Todo cuidado será pouco.
A própria direção do Banco do Brasil tem feito pressão junto a parlamentares pela aprovação da Medida Provisória que autoriza a renegociação de R$ 12 bilhões em dívidas rurais. Até agora, o assunto é mantido em banho-maria no Congresso. Deputados e senadores sequer formaram a Comissão Mista responsável por analisar a MP. A demora é motivo de preocupação para o Banco do Brasil
A Medida Provisória surge como um alívio para o fardo que o banco carrega em seu balanço com o aumento da inadimplência de sua carteira de crédito rural. Dentro do BB, há estimativas que o índice de empréstimos em aberto pode cair até um ponto percentual no nível de inadimplência gira em torno de 5% de todos os financiamentos. O Banco do Brasil deverá operacionalizar até 40% dos R$ 12 bilhões previstos na MP.
O Ministério Público Federal agora está investigando a Eagle Sociedade de Crédito por descontos indevidos no esquema fraudulento do INSS. A Eagle é alvo de 196 reclamações no Procon de Rondônia - a roubalheira, pelo que se deduz, alcance a grande maioria de estados - e 32 ações judiciais por burlar benefícios. Praticamente desconhecida até mesmo em Rondônia, a Eagle não teria, segundo Ministério Público Federal, sequer autorização para operar descontos.
In – Primavera/ verão: alfaiataria desconstruída
Out – Primavera/ verão: alfaiataria sofisticada





