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GIBA UM

"Não é patriota quem destrói patrimônio público ou privado, quem agride ou fere terceiros"

de BRUNO DANTAS // em sua posse na presidência do TCU.

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Aloizio Mercadante no BNDES e Josué Gomes da Silva no Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior: muitos petistas achavam que o primeiro poderia ficar maior do que o segundo, ao ministério do qual o banco estará posicionado. 

Mais: depois, virou-se a página da dúvida, tendo em vista o tamanho de que o economista tem no PT, junto ao próprio Lula. No passado, Guido Mantega, no BNDES, gerou atritos com os ministros Antônio Palocci e Luiz Furlan.

“Não é patriota quem destrói patrimônio público ou privado, quem agride ou fere terceiros por diferenças ideológicas, que se arma para derramar sangue de seus patrícios”, 

de BRUNO DANTAS // em sua posse na presidência do TCU.

In – Caipirinha de abacaxi
Out – Mojito de abacaxi

Fotos: Ivan Erick // Reprodução

Precisam enxergar

Vivendo sua primeira protagonista, a Brisa na novela Travessia, uma aposta de Glória Perez, Lucy Alves já tem uma longa trajetória com a arte. Aos 14 anos já fazia parte do grupo Clã Brasil, que era composto por seus pais e suas irmãs. Aos 27 anos ganhou notoriedade ao ficar em segundo lugar da 2ª temporada do The Voice Brasil. Seu primeiro trabalho a TV como atriz foi na novela Velho Chico e não parou mais. Seus trabalhos sempre são aplaudidíssimos. Capa e recheio da Harper’s Bazaar Brasil conta  o que seu personagem  e ela tem em comum: um legado a cumprir: luta das mulheres pela liberdade. “As pessoas precisam se enxergar nesses espaços, outras meninas, mulheres, sanfoneiras e atrizes”. Multi-instrumentista (toca sanfona, piano, bandolim, violino, entre tantos)  conta que  sua inspiração para tocar sanfona foi em  Luiz Gonzaga e Sivuca.   E conta o que gosta de fazer quando não está nos palcos ou no estúdio: “Meu tempo vago é para ficar com as pessoas que gosto. Adoro tirar um tempo sozinha, também. Esse momento para descansar é um mergulho pra dentro. Tenho essa coisa da solidão para ficar pensando, criando. Adoro”.  Mais: Lucy agora é garota-propaganda da linha Cuidados da  Vult (pertencente ao grupo Boticário) no próximo dia 23 participa do Especial de Roberto Carlos.

Adeus aos protestos

Recentemente, nota dos comandantes militares que estão se despedindo de seus cargos consideraram as manifestações às portas dos quartéis legítimas e até insinuaram perseguição do Judiciário contra bolsonaristas. Agora, às vésperas da posse do presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva, chefes militares estão à espera de um pedido do novo governo para dispersarem essas concentrações (em Brasília e São Paulo em áreas consideradas restritas a militares). O episódio de vandalismo, no começo da semana, em Brasília, enquanto Lula era diplomado, inspirou maior rigor em janeiro e criou maior preocupação para 1º de janeiro. Os chefes prefeririam o fim das manifestações de forma natural, mas lembram o artigo 26 do Código Penal: é crime a incitação das Forças Armadas contra outros poderes. Essas informações –  e essa disposição dos chefes militares – já alcançou os integrantes das manifestações que estão quase à deriva, malgrado a orientação de profissionais devidamente contratados por fazendeiros bolsonaristas. Entre os mais pacíficos circulam os orientados apostando que podem se transferir para outras áreas das cidades ou promover marchas. Jogos do Brasil na Copa também arrefeceram os ânimos e reduziram o volume dos que continuam querendo a intervenção das Forças Armadas, a extinção do Supremo e até a volta de Bolsonaro.

Cartão de Natal

Ainda em clima de tristeza por conta da morte da Rainha Elizabeth, o príncipe William e Kate Middleton, não fugiram da tradição de tirar uma foto para o cartão de Natal, que antigamente era enviado pelos Correios (e que a nova geração mal conhece), mas agora é de forma digital. A foto foi feita pelo fotógrafo Matt Porteous, onde o príncipe e a princesa de Gales e seu filhos, príncipe George, 9, princesa Charlotte, 7 e príncipe Louis, 4, aparecem na entrada da sua residência Norfolk, Inglaterra de mãos dadas. Detalhe todos com  visual mais descontraído  e casual. William e Middleton, usavam calça jeans com camisa de manga comprida (ele com uma camisa azul marinho e ela com uma camisa de laise branca), e os filhos combinaram camisa de manga curta com shorts.

Inspiração no Texas

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, estuda medidas urgentes para combater o problema de superlotação dos presídios no país. Uma proposta seria a criação de um centro de reabilitação para presos que cometeram pequenos delitos, inspirados num programa do Texas. Hoje, são mais de 800 mil detentos em todo o Brasil, com elevado número de encarcerados à espera de julgamento. Quatro entre dez detentos não foram condenados. Projeções estimam que o Brasil poderá chegar a 1,5 milhão de presos em 2025.

Gula controlada

Eleito deputado federal, Eunício de Oliveira, tem se movimentado no entorno de Lula para emplacar aliados no BNB – Banco do Nordeste e na Codevasf. Para o BNB, o nome de Eunício é o de Romildo Rolim, que já ocupou três mandatos na presidência da instituição, sempre sob bençãos de parlamentares. Os que acompanham as novas movimentações de Eunício, acham que ele está “com a gula controlada”. No governo Temer, ele e seu grupo tinham sete executivos em cargos na direção do BNB.

Outro acordo

Há um novo acordo já acertado entre o presidente da Câmara, Arthur Lira e emissários de Lula para garantir imediata votação da PEC da Transição. Lira estaria pedindo, supostamente, 150 cargos de primeiro escalão para sua base, incluindo ministérios da Saúde, Minas e Energia, presidência da Caixa, da Codevasf e de Furnas, além de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões de verba no novo orçamento sob seu comando. Na sequência, Lira tratorou o  projeto de lei que reduziu de 3 anos para 30 dias a quarentena para políticos com cargos em partidos e participação em campanha possa assumir o comando de empresas públicas. De cara, beneficia Aloizio Mercadante no BNDES. 

SUPER LUCRO

No ato de encerramento dos grupos técnicos da transição do governo do CCBB, sede do governo eleito, em Brasília, quando anunciou Aloizio Mercadante para o BNDES, Lula avisou que “as privatizações vão acabar”. Para seu governo, segundo analistas, até pode ser uma boa alternativa: as 187 estatais federais (46 sob controle direto da União e as demais são subsidiárias ligadas às maiores) estão faturando, depois de muito tempo de prejuízo. De 2015 quando deram um prejuízo de R$ 32 milhões, numa surpreendente reviravolta, deram R$ 187 bilhões de lucro em 2021.

Aliados

Muitos petistas resistem à ideia de entregar o Ministério do Desenvolvimento Social (abriga o Bolsa Família), carro-chefe das gestões do partido, para a Simone Tebet, que consideram uma potencial candidata à Presidência em 2026. Tebet, contudo, tem dois fortes aliados: um é o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, de quem é amiga e outra é a futura primeira-dama Janja, que trabalhou muito por uma aproximação entre Lula e Simone no segundo turno das eleições.

NADA DE NOVO

Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), ex-ministro do Trabalho (primeiro e segundo mandato de Lula) e ex-presidente da CUT, Luiz Marinho, deputado federal eleito e presidente do PT em São Paulo, deve reassumir a mesma Pasta. A Força Sindical deu seu aval com um pé atrás. Em 2018, Marinho cismou com o governo de São Paulo, disputou e ficou em quarto lugar, pior desempenho do PT no estado desde 1990.

REVISÃO

Confirmado no Ministério do Trabalho, Luiz Marinho quer fazer uma revisão nas leis trabalhista. Lula assumiu o compromisso de não mexer em pontos da reforma implantada pelo governo de Michel Temer, como a que extinguiu o imposto sindical. Mais: no passado, o Ministério do Trabalho foi alvo de denúncias por suspeitas de fraudes na concessão de registros sindicais. Para quem não tem ideia: existem hoje no Brasil 12.243 sindicatos de trabalhadores. Na Alemanha, para comparar, existem oito sindicatos de trabalhadores  e em cada cidade e bairro, uma seção.

Malha fina

O TCU e a CGU estão investigando eventuais irregularidades na construção da Barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte. A obra se arrasta há nove anos, quase metade desse período durante o governo Bolsonaro. Nos bastidores, o Ministério do Desenvolvimento Regional (na época, comandada por Rogério Marinho, que agora quer presidir o Senado) e o  governo do Rio Grande do Norte. A Construtora EIT, responsável pelo projeto, quer nove aditivos de contrato – seria o 13º. A barragem deveria ter sido entregue em 2022, mas as obras durarão mais um ano. Na gestão Bolsonaro, o governo federal repassou R$ 293 milhões para a construção da barragem.

OBRAS PARADAS

O governo Bolsonaro deixou um cemitério de 14 mil obras paradas. O grupo de transição estima que R$ 14 bilhões seriam suficientes para colocar uma grande parcela em andamento. O comitê trabalha com um orçamento para investimentos em infraestrutura de R$ 50 bilhões, sendo que R$ 24 bilhões de receitas extraordinárias fora do teto. O restante viria do orçamento que criou de R$ 70 bilhões com  retirada de despesas sociais, prevista da PEC da Transição.

MISTURA FINA

QUEM ficou muito satisfeito com a escolha de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES foi o empresário Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. Eles foram companheiros nos tempos do Colégio Rio Branco, em São Paulo, na adolescência e até hoje são amigos. Mais do que isso: a filha de Aloizio, Vitória Mercadante é sócia de Pedro Steinbruch, filho de Benjamin, numa consultoria. Pedro também atua na CSN.

GLEISI Hoffmann, presidente nacional do PT, está fazendo a cabeça de Lula, embora ele ainda não esteja muito entusiasmado com a ideia. Ela defende a nomeação de uma mulher para a presidência do Banco do Brasil. Entre nomes que circulam até cotados estão Ana Paula Teixeira Sousa, única mulher na cúpula do BB, Lucinéia Possar, diretora jurídica e Angela Beatriz de Assis, presidente da Brasilprev.

DEPOIS da vitória de Lula no primeiro turno, Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, disse que “se ele me convidar para um ministério eu aceito”. Era de se prever: há meses, Lula pensara nele para se candidatar a vice-presidente da República em sua chapa. Agora, o filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar, deverá assumir o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele poderá renunciar antes da assembleia do dia 21 convocada por sindicatos da federação que querem seu afastamento.

O NOVO enviou um questionário para seus filiados querendo saber suas opiniões sobre mudanças na legenda, como fazer alianças e utilizar fundo partidário para manter o partido. Os mais irônicos acham que Romeu Zema já “está em campanha” depois de ter sido reeleito governador de Minas Gerais. A movimentação do Novo tem mesmo como pano de fundo as eleições de 2026 quando Zema quer sair candidato à Presidência da República. 

OS mais de 100 mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal contra apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro, suspeitos de organizar atos antidemocráticos, atingiram oito estados. Mas é apenas o começo de um calendário de ações da PF criado a partir de informações obtidas nesses e outros estados brasileiros incluindo nome e residência de mais bolsonaristas radicais. Também o Ministério Público Federal auxiliou nessa tarefa que ganhará mais desdobramento.

ENTRE os de busca e apreensão, há também mandados autorizados de prisão e ordens de bloqueio de contas bancárias dos investigados e quebra de sigilo bancário. Nomes de muitos dos alvos não foram revelados, uma precaução contra fuga – e até mesmo viagens. Dentre eles, há empresários poderosos, muitos envolvidos no agronegócio.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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