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Giba Um

"Não há no Brasil ditadura de toga, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido...

...seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais", de Gilmar Mendes, decano do Supremo

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O Itaú realizou, o desligamento de aproximadamente mil funcionários que atuavam sob esquema de trabalho híbrido ou remoto. A decisão foi fruto de uma avaliação conduzida pela instituição financeira, centrada na produtividade apresentada pelos funcionários que desempenhavam suas funções em home office.

Mais: banco esclareceu que os desligamentos foram precedidos por uma análise criteriosa, que incluiu aspectos relacionados às práticas de trabalho remoto e ao registro de jornadas, a fim de assegurar conformidade com os padrões institucionais estabelecidos com discrepância de horário realmente trabalhados. 

Setor vip

Programado para acontecer a cada dois anos, intercalando com o Rock In Rio, o The Town iniciou neste final final de semana a segunda edição do festival reunindo milhares de pessoas, calcula-se que nos dois dias (6 e 7) circulou no Autódromo de Interlagos cerca de 190 mil pessoas. E tomando-se como base a 1ª edição a organização do evento tentou melhorar os pontos que foram criticados como o acesso via transporte público ao local, que funcionou extremamente bem; pontos de alimentação que foram melhor distribuidos e banheiros que teve o número de cabines ampliado que teve fila de espera, mas em tempo muito menor que na primeira edição.  O público ainda criticou a posição dos palcos, que apesar dos principais palcos ter sido colocados no dois em pontos extremos fazendo que interfencia entre os som cessasse, mas criou uma distancia maior entre  os dois tornando a caminhada mais exaustiva fazendo que o público escolhesse qual show priorizar.  Entre os 16 shows que aconteceram nos dois principais palcos os destaques ficaram por conta de Iggy Pop, Burna Boy, Green Day e o cearense Matuê. E claro todo grande evento que se preze existe uma área vip onde se pode ver milhares de famosos, e no de The Twon não foi diferente. Ente tantas celebridades que circularam por lá estavam, Tati Machado, que aos poucos está retomando a vida, após a perda do bebê; as atrizes Mariana Ximenez, Monique Alfradique e Vitória Strada e a ex-bbb e apresentadora Rafa Kaliman, que exibiu a barriga de sua primeira gravidez. 

"Traidores": há um clima

De um lado, o governador Tarcísio de Freitas, preocupado em ter sua candidatura ao Planalto abençoada por Jair Bolsonaro, fazia pregação na Avenida Paulista, repetindo que "ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Moraes", a manifestação dos bolsonaristas abria uma colossal bandeira dos Estados Unidos na rua, cobrindo grande volume de defensores de Trump, suas sanções, não se preocupando o quanto o tarifaço do ianque (a se usar antigo rótulo) atinge o país.  Juristas de plantão que garantem que anistia para quem nem foi condenado não se enquadra na lei e menos ainda se ferem a Constituição, trocam olhares e apostam que "há um clima de traidores nas ruas". Entre os manifestantes, a pergunta lembra a situação dos bolsonaristas acampados (aqueles que foram chamados de “malucos" por Bolsonaro) que perguntavam "o que iria acontecer e onde estava o Exército" e ouviam do general Braga Netto que "tivessem paciência, que  a reviravolta aconteceria em dias". O próprio Lula, quando viu a bandeira americana cobrir a rua, repetiu: "Os traidores da pátria estão aumentando".

Pena provável

Juristas e advogados criminalistas estimam que as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu na ação penal da trama golpista no Supremo Tribunal Federal deverão superar os 20 anos de prisão. O cenário considerado mais é o de que ele seja condenado por cinco crimes pelos quais foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República. A maioria de um bloco de vinte conhecidos e respeitados juristas acreditam numa punição maior do que duas décadas de prisão. O que muitos não tem nenhuma ideia é onde Bolsonaro cumpriria pena. A Polícia Federal não quer repetir o que aconteceu com Lula, preso numa sala da sede da corporação em Curitiba.

Fora da sua época

A atriz Bruna Linzmeyer vive  atuamente a personagem Lea na série “Máscaras de oxigênio (não) cairão automaticamente”, em exibido na HBO Max, que conta a história de time de comissários de bordo que contrabandeava AZT, medicamento proibido no Brasil até 1990 e, na época, o único tratamento disponível contra o vírus HIV. Nascida em 1992, Bruna não pegou o auge da propagação da doença que foi nos anos 80, mesmo assim foi atrás e conversou com diversos profissionais da área para se entregar de corpo e alma ao personagem. Lésbica assumida, Bruna garante que seus país souberam acolher sua escolha sexual. Ainda revelou que existe uma possibilidade sobre se tornar mãe, uma ideia que até a pouco tempo não fazia parte de seus planos.  Com 15 anos de carreira ela se diz orgulhosa de tudo que construiu: “Os papéis que construí, a profundidade e a qualidade das personagens, pessoas e afetos que encontrei pelo caminho... Fiz esse trânsito entre a televisão, o cinema mainstream e independente, de mulheres não-brancas e não-héteros, fora do eixo Rio-São Paulo. Então, transito bem entre esses dois mundos e tenho muito orgulho, porque sempre me trazem desafios diferentes. Uma jornada muito mais linda e incrível do que imaginei”.

Desfecho

Ainda o julgamento de Bolsonaro: ele e mais sete réus que deverão conhecer suas penas (ou absolvição) até a próxima sexta-feira, determinadas pela 1ª Turma do STF com o voto do relator Alexandre de Moraes, sabem que três votos são suficientes para definir o desfecho. A expectativa é de que Moraes se manifeste pela condenação dos oito réus envolvidos. Esta semana, toda a área, externa e interna, ganhará reforço de segurança, fardada e até disfarçada. Detalhe: até especialistas em bombas foram convocados para essa missão.

"Sucessivas tentativas"

 O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, que ouvia parte da falação de Tarcísio, tratava logo de emendar: "O que o Brasil não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe". Entre emissoras de rádio e televisão, os carregadores da bandeira americana estavam divididos, de um lado os que a consideravam "uma arma" e de outro, os que  achavam que "era um insulto aos brasileiros". De quebra, Tarcísio também considerava mentirosa a delação de Mauro Cid. Os manifestantes entre São Paulo e Rio foram para suas casas achando que "algo vai acontecer" antes do dia 12, data prevista das condenações.

Pérola

"Não há no Brasil ditadura de toga, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”,

de Gilmar Mendes, decano do Supremo.

Empatados

O governador do Distrito Federal em segundo mandato, Ibaneis Rocha (MDB) tem aprovação de 60,2% do eleitorado, segundo levantamento do Paraná Pesquisas: é considerado favorito para a vaga no Senado. Brasiliense como Ibaneis, nascida em Ceilândia, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é considerada favorita (36%) para vaga no Senado, tecnicamente empatada (0,4% à frente) com o governador. A decisão de que ela sairá mesmo para disputar o Senado pelo DF é do marido Bolsonaro. Planalto, nem pensar: não seria ela sua substituta.

Superou a da covid

A CPI mista que investiga a roubalheira contra aposentados e pensionistas precisou de 15 dias para alcançar os 1.577 requerimentos verificados na CPI da Covid. No caso da pandemia, a investigação excluiu a corrupção do Consórcio Nordeste de governadores ligados ao PT. A organização era presidida por Rui Costa, hoje chefe da Casa Civil de Lula. A CPMI da Covid durou seis meses e ainda assim, não deliberou sobre todos os requerimentos, deixando 417 pendurados. Em seis meses, a CPI da Covid realizou 69 audiências: o número da CPMI do INSS ocorreu com 5 sessões.

Anistia negociada

A cúpula do PT está preocupada com o crescimento no Congresso do movimento pró-anistia. Uma anistia que inclua Bolsonaro passar, será vista internacionalmente como uma vitória de Donald Trump de que o STF e o governo Lula perseguem o ex-presidente. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está preparando um texto alternativo atingindo apenas quem já foi condenado. Alcolumbre não quer colocar Bolsonaro no rol dos que serão brindados com a anistia. Hugo Motta está encostado na parede.

Disparada das ações

A súbita elevação com as das ações da Casas Bahia acendeu o sinal de alerta da CVM. A autarquia deverá abrir um processo para averiguar movimentações atípicas com o papel da rede varejista. No final de agosto, começo de setembro, as cotações subiram mais de 50%. Nos 12 meses anteriores, o papel acumulava uma queda de 45%, o que aumenta a estranheza sunita valorização. à CVM já teria mapeado as instituições financeiras que mais operaram com ações da Casas Bahia. A autarquia limitou-se a dizer que "acompanha e analisa informações, tomando medidas cabíveis, se necessário". À medida que as cotações começaram a subir, gestoras que vinham apostando em queda, zeraram rapidamente suas posições. A CVM ainda não se convenceu.

"Nuvem soberana" 1

Enquanto atacava o presidente Donald Trump do palanque que nunca abandona, Lula fechava os olhos à contratação, por 36 meses, do direito de uso da plataforma americana Cloudera pela estatal Serpro Serviço Federal de Processamento de Dados, para a criação da "Nuvem de Governo", com objetivo de "garantir privacidade e controle de dados do Estado". Incapazes de desenvolver a solução, os petistas optaram por comprar dos americanos a lorota grotesca de "nuvem soberana".

"Nuvem soberana" 2

Os mais irônicos recomendam "evitar risadas": o pregão para comprar a plataforma Cloudera por meio do programa Managed Service Providers (MSP) será no próximo dia 12. Diante do agravamento estimado das sanções, basta a Casa Branca desligar a Cloudera e a nuvem saberá que nada tem de "soberana". O objetivo da lacração chamada "nuvem soberana", a cargo de Serpro e Dataprev, é "proteger" os dados mais "sensíveis" do governo. Os petistas não percebem - que "soberania digital" exige investimento em tecnologia e qualificação - que eles não têm.

Mistura Fina

Já está operando no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um raio X de dupla visão, scanner corporal com tecnologia de imagem avançada e detecção de traços de explosivos. O que ninguém sabe é quem pagou pelo super-equipamento, até mesmo algumas figuras do próprio staff do aeroporto. Aí, surpresa: generosamente, foi uma doação de US$ 2 milhões (perto de R$ 10 milhões) do governo dos Estados Unidos. Não veio junto nenhum bilhetinho em formato de coração de Donald Trump.

Novo episódio protagonizado por Donald Trump: ele ameaça usar instituições americanas contra outros países em defesa dos aliados. Agora, promete retaliar a União Europeia por causa de uma multa imposta ao Google. O bloco europeu puniu a plataforma em 3 bilhões de euros por abusar de sua posição dominante e prejudicar a concorrência em publicidade digital. Trump é aliado da big tech e ameaçou adotar sanções com base na Seção 301 da Lei do Comércio americana, mesmo expediente usado contra o Brasil, contra o qual se diz "muito irritado". Para quem não sabe: quando está "muito irritado", Trump vai jogar golfe.
 
Jornalistas de boa memória estão lembrando que, num dia como o Sete de Setembro de domingo (7), Bolsonaro, então presidente chamou as eleições de "uma farsa", disse que não cumpriria mais ordens da Justiça e que só sairia do poder "preso ou morto". E usou a data para atacar a democracia e o Supremo. Aconteceu em 2021 quando Bolsonaro amargava queda de popularidade  no primeiro discurso do dia, anunciou um ultimato para todos os que estão na Praça dos Três Poderes". Aí, novo ataque a Alexandre de Moraes: "Ou o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos". Tarcísio de Freitas, na época, era seu ministro.

O filme indicado pela Academia Brasileira de Cinema para tentar uma vaga entre os que concorrerão ao Oscar de 2026 deverá ser anunciado dia 15. O favorito é "O agente secreto", de Kleber Mendonça Filho, premiado em Cannes. Mais: o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, "Ainda estou aqui", de Walter Salles, já arrecadou, em bilheteria, US$ 36,1 milhões em todo o mundo, segundo dados do site OMDb.
 
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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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