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Giba Um

"Não precisamos intervenções estrangeiras, nem de ameaças à nossa soberania...

Somos perfeitamente capazes de ser protagonistas de nossas próprias soluções", de Lula, que continua com medo de ligar para Donald Trump

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Exportadores brasileiros e importadores americanos estão recorrendo a alternativas criativas e legais para diminuir o impacto do tarifaço de 50% imposto por Trump. Uma delas é reclassificar itens para que se encaixem na tabela de quase 700 produtos isentos de taxas.

Mais: opções são o "first sale" e o uso de zonas de comércio exterior próximas de portos americanos. Nas zonas de comércio exterior, os produtos podem ficar armazenados, retrabalhados ou revendidos sem passar por importação formal. São recursos usados também por outros países.

Premiação norte-americana

Em meio aos reboliços causados pela imposições e desvaneios do presidente Donald Trump, no domingo aconteceu a 77ª edição o Emmy, preimiação dos melhores programas de televisão exibidos em horário nobre nos Estados Unidos exibidos no período de 1.º de junho de 2024 a 31 de maio de 2025. O evento aconteceu no domingo  (14) no Peacock Theater, com apresentação do  comediante Nate Bargatze. As series com maior indicações foram Severance e The White Lotus, com 10 cada uma. Severence conquistou apensas dois prêmios Melhor atriz em série dramática e Melhor ator coadjuvante em série dramática, Já The White Lotus não conseguiu nenhuma estatueta. O grande vencedor da noite foi a série Adolescence que conquistou seis estutetas para oito que concorria. Também foram destaques as séries Studio com 4 prêmios e a série The Pitt com três premiações entre elas a de melhor ator com Noah Wyle como Dr. Michael Robinavitc, que tem 54 anos e ficou conhecido por outro papel de médico na série ER Serviço de Urgência, que no Brasil ganhou o nome de Plantão médico.  Só que com certeza ficará marcado nesta premiação foi a do ator Owen Cooper, que aos 15 se tornou o vencedor mais jovem de todas as categorias de atuação masculinas ao ganhar como melhor ator coadjuvante de minissérie.  Mas sem dúvida nenhuma o grande destaque da noite foi o ator, comediante, roteirista e produtor Seth Rogen que foi o responsável pelas quatro estatuetas do Studio atuando em todas as áreas vencedoras. E quando se fala em premiação não pode faltar o famoso tapete vermelho, e entre tantos que passaram por lá estavam entre as que mais chamara a atenção Jenna Ortega, Selena Gomes, Catherine Zeta-Jones, Sydney Sweeney, Jean Smart, Rita Ora, Cate Blanchett, Jennie Gath, Scarlett Johansson entre outros.

Bets ilegais: R$ 5 bilhões

Combater as bets ilegais é como enxugar uma calota de gelo no Ártico - é o que pode dizer o Ministério da Fazenda. Cálculos recentes da Receita Federal apontam que as perdas de arrecadação chegam a R$ 5 bilhões. O governo levantou a existência de mais de 20 mil sites de bets operando irregularmente no Brasil. O número  chama mais atenção ainda diante do total de plataformas ilegais já bloqueadas pela Fazenda  e pela Anatel nos últimos onze meses, algo em torno de 15 mil. Ou seja: para cada site irregular que as autoridades tiraram de circulação, há 1,5 mil funcionando livremente no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, que reúne plataformas de bets: as empresas clandestinas dominam até 60% do setor. Trata-se de um jogo de gato e rato, em que o roedor tem levado vantagem clara pela capacidade de se esgueirar por  brechas tecnológicas. O Ministério da Fazenda está deparando com uma série de limitações para perseguir sites ilegais.

Cai e levanta

Mais bets ilegais: a maior parte dos domínios tem extensões pouco usuais e é registrado a baixo custo em países que não necessariamente cooperam com autoridades brasileiras. A grande parte dessas plataformas está hospedada em servidores offshore, espalhados por jurisdições como Curaçao ou Gibraltar, o que dificulta qualquer ação judicial internacional. Outro camada vem do uso de proxies (servidores intermediários), VPNS (redes privadas virtuais) e sites espelhados, que replicam o mesmo conteúdo em múltiplos endereços. Mesmo quando um domínio é retirado, seus clones permanecem ativos.

Abaixo do esperado

A segunda edição to The Town que aconteceu no  Autódromo de Interlagos, em São Paulo durante os dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro teve o publico abaixo do esperado. Com 105 atrações, sendo 40 nos dois principais palco reuniu 425 mil pessoas. Bem abaixo das 500 mil da primeira edição. Somente a primeira noite do festival com foco no rap e trap teve os ingressos esgotados, e conseguiu o público de 100 pessoas esperadas. A noite com menor público (75 mil) que teve em seus principais palcos atrações  como Backstreet Boys, CeeLo Green, Jota Quest e Luísa Sonza que aconteceu no dia 12/09. O segundo dia mais concorrido foi justamento o dia do rock (06/09) que teve como atrações entre tantas, Bruce Dickinson, Capital Inicial, Iggy Pop, Pitty.  Independente do público o festival recebeu diversas personalidades  que também fizeram a festa do público presente, atendendo aos fãs que conseguiam se aproximar (devido a segurança no setor vip), como Fernanda Paes Leme,  Giovana Cordeiro, FLávia Saraiva e Catia Fonseca.

Criptografia de tráfego

Ainda bets ilegais: a criptografia de tráfego impede a inspeção detalhada de pacotes de dados, tornando os bloqueios menos eficazes. Para agravar, as operações financeiras continuam a fluir por meio de carteiras digitais, intermediários de pagamento e criptomoedas, que reduzem a eficácia de sanções locais. As quadrilhas operam com softwares automatizado capazes de re-gistrar centenas de sites em questão de horas, ampliando exponencialmente o desafio.

Ele quer intervenção

Do ainda deputado federal escondido nos Estados Unidos sempre pode-se esperar mais do que um hambúrguer bem preparado: agora, Eduardo Bolsonaro, inconformado com a condenação de seu pai a 27 anos de prisão, defende uma intervenção militar dos EUA no Brasil. E acha que o ideal seria utilizar caças F-35 e navios de guerra para iniciar uma operação de guerra. E pergunta: "Você aceitaria ser escravo para  evitar uma guerra? Eu prefiro a guerra!" Eduardo diz que defende a "luta armada para defender a democracia".

Pérola

"Não precisamos intervenções estrangeiras, nem de ameaças à nossa soberania. Somos perfeitamente capazes de ser protagonistas de nossas próprias soluções", 

de Lula, que continua com medo de ligar para Donald Trump.

Mais sanções

Eduardo Bolsonaro também estaria articulando um encontro com Marco Rubio, secretário de Estado norte-americano , e da conversa viria o anúncio de novas sanções do governo Trump contra o Brasil e ministros do STF. Rubio já se manifestou contra a decisão do Supremo, com declarações cheias de ameaças nas entrelinhas: "Os EUA responderão adequadamente a essa caça às bruxas". Ao mesmo tempo, Eduardo quer que Rubio consiga aumentar a pressão sobre o Congresso para votar o projeto de anistia.

Fux condenou Valdemar 1

A estranha declaração de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sobre a candidatura de Luiz Fux a senador, depois de se aposentar (deixará o STF em abril de 2028) pareceu, para muitos, queimação do ministro elogiado pela absolvição do ex-presidente. Para quem tem memória curta: Valdemar foi condenado por Fux a 7 anos e 10 meses de prisão no Mensalão, roubalheira no primeiro governo Lula. Valdemar foi condenado no Mensalão por Fux e ministros como Celso de Mello, já aposentado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Fux condenou Valdemar 2

A declaração de Valdemar parecia "homenagem" mas petistas usaram para tentar desqualificar o elogiado voto do ministro no Supremo. Teria sido mais fácil se unir à turma até se aposentar, mas Fux optou por julgar segundo os autos e ressaltando falta de provas. Muitos observadores atentos, durante a "aula" viram Fux ignorando indiretas, olhares para o relógio e falar por mais de 12 horas seguidas. Valdemar achou que Fux era "um herói" (!).

Valdemar escapou

No começo do ano, a PGR informou ter denunciado 63 pessoas que que bancaram pequenas despesas com comida, passagens e combustível. Grandes empresários que apoiavam Bolsonaro e pregavam o golpe não apareceram na lista. Entre eles, o próprio Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que tem na folha de pagamento do partido o Capitão, Michelle e Braga Netto. Valdemar, com base em mentiras, alegou fraude e pediu anulação de 280 mil urnas depois da eleição de Lula. A PGR esqueceu Valdemar e ele suspendeu o processo na semana do julgamento.

Rejeitado

Sobre penas a serem cumpridas, a situação de Bolsonaro é mais complicada. O comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, consultado antes sobre a possibilidade do ex-presidente cumprir pena em uma sala de Estado-Maior, manifestou sua contrariedade. Há uma avaliação na Força que mantê-lo em uma unidade militar poderia acirrar os ânimos internamente e seria como "levar a política para dentro do quartel de forma literal". Além disso, integrantes do governo temem que poderia provocar novo acampamento de Bolsonaristas nas imediações.

"Distraído"

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi visitar o ex-presidente Bolsonaro em meio ao julgamento da semana passada e contou que viu o Capitão sentado com uma caixa de remédios ao seu lado. E sentenciou, depois: "Aquele intestino só funciona com remédios que são tomados na hora certa. Você acha que no presídio alguém vai lembrá-lo de tomar o remédio na hora certa. Ele tem 70 anos e é muito distraído, não vai tomar". Por causa disso, Damares acha que ele deveria permanecer em prisão domiciliar. Damares, para quem não se lembra, é aquela figura que "viu Jesus numa goiabeira".

Mistura Fina

Antes do julgamento, a revista The Economist escreveu que os brasileiros estavam oferecendo aos americanos "uma aula de maturidade democrática". Na sexta-feira (12), o argumento foi reforçado pelos respeitados professores Steven Levitsky e Filipe Campante para o The New York Times. Eles criticam as sanções impostas pela Casa Branca para intimidar o Supremo:" Em vez de minar o esforço do Brasil para defender sua democracia, os americanos deveriam aprender com ele". Trump admitiu o veredito: "É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram".

O governador Tarcísio de Freitas está de volta a Brasília esta semana para tentar intensificar a pressão pela anistia a Jair Bolsonaro após sua condenação no caso da trama golpista, repetindo articulação feita antes do julgamento da semana passada começar. Tarcisio também quer atuar para evitar que Bolsonaro vá para prisão em regime fechado e possa cumprir pena em regime domiciliar. Para tanto, Tarcísio terá de restabelecer pontes com o Supremo. Da última vez que falou sobre o STF chamou Alexandre de Moraes de "tirano" e que "ninguém aguenta mais sua tirania".

Um dos motivos para  o atraso da votação do projeto que anistia presos pela quebradeira do 8 de janeiro é a saída do ministro Luís Roberto Barroso da presidência do Supremo, o que deve ocorrer até o final do mês. Parlamentares envolvidos na articulação para votar o projeto relatam que, nesse momento, o "passe" está muito caro, já que serviria de trunfo a Barroso até antecipar a aposentadoria, o que ocorrerá apenas em 2033.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) somente irá pautar o projeto de anistia após receber sinal verde do STF. Literalmente, ele morre de medo. Os governistas dizem que Barroso pode antecipar a aposentadoria, que gostaria de ganhar uma embaixada em Paris, mas ele já desmentiu a boataria. Deputados mapeiam decisões do ministro Edson Fachin e buscam se aproximar dele, que assume a presidência do STF no próximo dia 29.

In – Torta de limão
Out – Pudim de limão

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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