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Giba Um

"Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado. Vai ficar comigo quem quiser, quem quiser...

...ir para outro lado que vá. E que tenha sorte porque certeza nós temos: a extrema direita não voltará a governar este país", de Lula, em entrevista à TV Mirante, no Maranhão

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Novo presidente do Supremo, Edson Fachin rejeitou festas em sua posse, mas não impediu que seu vice-presidente Alexandre de Moraes, comemorasse o momento. Moraes chamou amigos - e de todo o país - para uma confraternização depois da posse em sua casa.

MAIS: estavam lá entre outros, Marcos Pereira, Ciro Nogueira, Tábata Amaral, João Campos e muitos mais.  Um dos amigos passou algumas informações para o correspondente do The New York Times e o jornalão americano tratou de publicar uma nota com os devidos comentários a  favor.

Pontapé inicial

Apesar de estrear somente no dia 20 de outubro Três Graças, de Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, e direção artística de Luiz Henrique Rios, novela que substituirá Vale Tudo no horário nobre da Globo reuniu parte do elenco na Pinacoteca de São Paulo para a festa de lançamento. A trama contará a  história  de Lígia (Dira Paes), Gerluce (Sophie Charlotte) e Joélly (Alana Cabral), todas mães solos, que estarão envolvidas em um esquema de falsificação de remédios, comandado por Santiago Ferette (Murilo Benício) e Arminda (Grazi Massafera). Que terá uma reviravolta no meio da novela com o surgimento do personagem Rogério (Eduardo Moscovis), que era marido dado como morto de Arminda. O elenco desfilou com trajes impecáveis, marcados pela elegância de peças alongadas, tecidos nobres e cortes sofisticados. As atrizes chamaram atenção com vestidos que exibiam decotes ousados, costas à mostra. A trama também marcará o retorno às novelas de Miguel Falabella, Carla Marins, Júlio Rocha e Fernanda Vasconcelos. E ainda contará com a estreia de Belo como ator, que aliás comandou o show da festa ao lado de outro cantor-ator Xamã, que também está na trama. Aguinaldo Silva que também volta a escrever uma novela para o horário nobre depois de 6 anos afastado fez questão de exaltar sua história com uma pequena cutucada na antecessora. “'Vale Tudo' foi uma novela incrível, nas duas versões, tanto a original quanto o remake. Mas o telespectador quer ver a novela que está começando. Quando uma acaba, ele embarca na próxima e vira a página” . E completou:  "A novela é uma obra aberta. Se eu percebo que o público não gostou de algo, eu mudo. O espectador é o verdadeiro autor, ele escreve a versão final. Eu ouço as pessoas, no supermercado, na rua, em qualquer lugar. Isso faz parte do processo de escrever".

Amorim fora da linha de frente

Celso Amorim, chanceler dos dois primeiros mandatos de Lula, segue como principal conselheiro do presidente na área de política externa. No entanto, Lula decidiu promover uma espécie de downgrade circunstancial do fiel colaborador, tirando Amorim da linha de frente das tratativas com a Casa Branca. Esse papel caberá a Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira, atual chanceler. O entendimento que Alckmin, Haddad e Vieira conferem grau de institucionalidade e impessoalidade maior as conversas com os Estados Unidos. De todas as autoridades que participaram da conversa telefônica com Donald Trump, no começo da semana, Amorim teve a presença mais contida. O  embaixador, contudo, permanece como observador e conselheiro onipresente. Até porque Lula gosta e está acostumado com o assessor a seu lado, como chanceler ou assessor direto. Aos 83 anos, Amo rim dá sinais de fadiga. Está resguardado para missões e encontros bilaterais. Agora, o projeto está entregue no "Departamento do Estado" do governo. Amorim seguirá a fila, mas com trunfos junto a Lula que permanecem intactos e garantidos.

Contra o Brasil

O governo Lula teme o que pode acontecer com a definição do secretário de Estado, Marco Rubio, chefe da diplomacia americana, para negociar sanções e tarifas com autoridades brasileiras. Ele foi o primeiro do governo Trump a criticar publicamente o Brasil e denunciar perseguições no STF.  Cada uma das sanções passaram por Rubio. Houve um alívio, contudo, porque o negociador não será Scott Bessent chefe do Departamento do Tesouro, que tem aplicado a Lei Magnitsky. Rubio não é "mal-informado": ação contra Padilha é porque sabia da suposta exploração de cubanos no Mais Médicos.

Críticas duras

Aos 32 anos, a cantora e atriz Miley Cyrus abriu seu coração em entrevista a CBS Sunday Morning. Em certo trecho disse que muitas críticas que recebeu quando tentou desvincular sua imagem de sua personagem “Hannah Montana”, responsável pelo seu reconhecimento e sucesso. Ela garante que só se deu conta de quanto duras elas eram depois que ficou madura. “Eu fui a primeira pessoa a ser cancelada, eu acho. Eu não sabia até eu ficar mais velha, na verdade, o quão brutal realmente foi, porque foi muito desafiador para outras pessoas, mas para mim, foi um bom momento. Parecia divertido, e era divertido. Olhar para alguém nos seus 20 anos com a visão de quem eu sou agora. Eu acho que foi isso. Mas, na época, foi incrível”. E garante que apesar de querer  ter uma imagem longe da personagem ela diz que é muito grata. “Eu a amo. Ela é tudo. Eu não teria nada, nada disso – quer dizer, talvez eu pudesse ter descoberto, talvez eu pudesse ter me mudado de Nashville, Tennessee, para Los Angeles. Não sei. Mas ela fez isso muito mais rápido e melhor, e me preparou para a vida que tenho agora. Então, amor por ela, gratidão, tudo isso”.

Dirceu de novo

O ex-chefe da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, José Dirceu, voltou a defender a prisão domiciliar para Jair Bolsonaro. "Eu não desejo mal a ninguém, nem a ele". Segundo Dirceu, assim como o ex-presidente Fernando Collor em prisão domiciliar devido à idade e questões de saúde (tem Parkinson), Bolsonaro "também não tem condições de cumprir pena no sistema penitenciário” porque é uma pessoa muito instável e sem autocontrole para aguentar a rotina de um presídio". E até por experiência própria, insiste: "Todo mundo sofre na prisão, todo mundo tem depressão, chora e chama a mãe, reza".

Fim de acordo

O rompimento do acordo automotivo entre Brasil e Colômbia vai além da questão diplomática. Dentro do próprio governo, notadamente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o episódio tem alimentado discussões sobre a eficácia, a médio e longo prazo, das políticas de incentivo à indústria automobilística. Um dos motivos que ajudaram a minar o tratado bilateral foi a decisão do governo boliviano de privilegiar as importações de veículos elétricos, notadamente da China. Os exportados do Brasil para a Colômbia são, quase na totalidade,  movidos a gasolina ou etanol.

Pérola

"Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado. Vai ficar comigo quem quiser, quem quiser ir para outro lado que vá. E que tenha sorte porque certeza nós temos: a extrema direita não voltará a governar este país",

de Lula, em entrevista à TV Mirante, no Maranhão.


Imitando Bolsonaro

Analistas lúcidos de plantão estão colecionando o que chamam de "o pior de Bolsonaro" espalhados pelas redes sociais, desta vez proliferado pelo governador Tarcísio de Freitas envolvendo o trágico episódio do envenenamento por metanol. Esta semana, Tarcísio disse, em roda de jornalistas: "No dia em que começarem a falsificar Coca-Cola, vou me preocupar" (!?). No início da pandemia, quando Bolsonaro tentou fazer graça sobre o aumento de mortes pela Covid-19, o mesmo Tarcísio aproveitou: "Não sou coveiro, tá?" Depois, resolveu debochar das famílias de luto: "Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?" Agora, Tarcísio quer ser presidente da República, usando boné de Trump.

Visita a Bolsonaro

Ciro Nogueira, presidente do PP e ex-chefe da Casa Civil, do governo Bolsonaro, pediu autorização ao STF para visitá-lo, o que deverá ocorrer nesses dias. Ciro foi alvo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, porque "estava fazendo campanha para ser vice de Tarcísio, se ele se candidatasse ao Planalto". E o presidente do PP tira Caiado da disputa, garantindo que Bolsonaro "está entre Tarcísio e Ratinho Jr (PDS-PR). Detalhe: Ciro tem certeza de que, na visita, o ex-presidente ainda não oficializará nomes para 2026.

Na lixeira da História 1

Abre-se o espaço esperado para uma discussão de temas econômicos ficando na lixeira da História a tentativa malsucedida de Trump de utilizar o julgamento de Jair Bolsonaro como um pretexto para atacar a soberania brasileira", fala do ex-embaixador Jorio Dauster, em nova análise da cena nacional (e internacional). "Essa estratégia – continua -  preconizada por figuras malignas como Steve Bannon, atraiu Eduardo Bolsonaro para uma aventura suicida a que ele se julgou, junto a Paulo Figueiredo, capaz de ditar a política da Casa Branca em relação ao Brasil".

Na lixeira da História 2

Adiante, segue Jorio: "Como recordação desse desvario  ficarão para sempre as imagens inesquecíveis da imensa bandeira norte-americana na Avenida Paulista e o boné MAGA usado por um Tarcísio sorridente. Trump não tem nada de louco, é um frio negociador sempre disposto a voltar atrás quando as circunstâncias exigem - foi informado de que se transformará no melhor cabo eleitoral de Lula, vivendo meses, atrás pior momento da política. Entregará de bandeja às forças da esquerda os símbolos nacionais verdes e amarelos que a direita vinha utilizando para caracterizar seu amor à Pátria e a família".

"Golaço!"

Eduardo Bolsonaro, o Dudu Bananinha, considerou um "golaço" de Trump ao escalar o secretário de Estado Marco Rubio para negociar sanções e tarifas com autoridades brasileiras. Eduardo acha que "não complica o Brasil, nos ajuda!", como disse o ex-embaixador Rubens Barbosa. O secretário, filho de cubanos que fugiram da ilha, conheceria bem a América e os regimes totalitários da esquerda na região, na qual incluiria o Brasil. Bananinha repete que seu pai foi vítima de perseguição de uma "ditadura judicial".

Há dois anos

Os dois anos do ataque terrorista que matou mais de 1.200 civis em Israel, incluindo idosos e crianças, e o sequestro de 251 pessoas, dezenas delas executadas pelo Hamas e muitas ainda em cativeiro foram lembrados, esta semana, em sessão solene do Senado. Claudio Lotenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, diz que "o 7 de outubro não foi apenas uma tragédia para Israel, mas um alerta para toda a humanidade". O ataque começou com 4.300 foguetes lançados contra a população de Israel e a invasão do país para executar pessoas. O Brasil nunca condenou os atos terroristas.

Mistura Fina

O Brasil não é um caso isolado nessa tempestade de metanol. A área técnica do Ministério da Saúde está debruçada sobre episódios recentes de adulteração de bebidas alcoólicas em larga escala em outros países. A Rússia, por exemplo, enfrenta hoje uma crise de saúde pública similar. Desde o fim de setembro, ao menos 25 pessoas morreram em Stantsy, próximo a Leningrado, após comprar garrafas de vodca adulterada.
 
Equipes do Ministério da Saúde se orientam por tragédias semelhantes em outras latitudes. Entre janeiro e março deste ano, ao menos 160 pessoas morreram e outras 230 foram hospitalizadas na Turquia após contaminação por metanol. Em junho do ano passado, foram registradas 65 mortes no sul da Índia após ingestão de bebidas produzidas ilegalmente. E em março, em plena pandemia, o Irã contabilizou 2.200 internações e 296 óbitos em uma onda de envenenamento por metanol.
 
O Jogo do Bicho, proibido no Brasil, está liberado na terra de Vladimir Putin. Numa exposição de arte brasileira na GES-2, grande centro cultural de Moscou, o público é apresentado ao jogo  inventado pelo Barão de Drummond (1825-1897), "como importante manifestação cultural do povo brasileiro". As cartelas, com muitas fotos de bichos, exibem o nome dos animais em russo e inglês.

O Papa Leão XIV acaba de anunciar mudanças para cerimônias de casamento realizadas nas igrejas católicas. A mudança mais drástica foi sobre as músicas permitidas no momento do casamento. Doravante, apenas músicas sacras serão aceitas durante a cerimônia. Temas de filmes, novelas ou canções populares estão oficialmente proibidas, com exceção da música escolhida para a saída do casal.

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria registram que pelo menos um caso de autoagressão envolvendo adolescentes de 10 a 19 anos acontece no Brasil a cada dez minutos. Os números se referem a 2023 e 2024, quando a média  diária chegou a 137 atendimentos de pacientes dessa faixa etária, incluindo tentativas de suicídio. O estudo também revela que, nesse período, cerca de 2,3 mil adolescentes se mataram.

In –  Suco de acerola
Out – Suco de maracujá

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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