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GIBA UM

"Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão mesmo."

de MARGARETH MENEZES // anunciando que aceitou assumir o Ministério da Cultura.

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Depois do TRF-6, em Minas Gerais, implantado no ano passado, já há avançadas conversas dentro da Corte para a criação do TRF-7, que ficaria sediado em Curitiba e além do Paraná, sua jurisdição englobaria Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. 

Mais: os dois primeiros estão debaixo do guarda-chuva do TRF-6. Já Mato Grosso do Sul compõe o TRF-3, ao lado de São Paulo. No futuro, também Pará, Amazonas e Maranhão poderiam passar a formar um Tribunal Regional próprio.

“Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão mesmo. Foi uma surpresa para mim também”, 

de MARGARETH MENEZES // anunciando que aceitou assumir o Ministério da Cultura.

In – Anel vazado
Out – Anel chuveirinho

Fotos: Reprodução

Premiados da rede

O fim do ano está se aproximando, mesmo assim ainda dá tempo de realizar as últimas premiações para encerrar 2022. Na segunda-feira (12) no Vibra São Paulo (antigo Credicard Hall), em Santo Amaro aconteceu a 2.ª edição do TikTok Awards, que premiou criadores de conteúdo da plataforma em várias categorias. O evento foi comandado por Sabrina Sato, Pedro Sampaio e Raphael Vicente, e claro, transmitido ao vivo na rede social. Sabrina (primeira foto a esquerda) comandou a premiação com 5 looks diferentes, alguns com muita transparência, outros totalmente cobertos. Apesar de não estar presente, a cantora Anitta ganha mais uma estatueta para sua super coleção do ano, a de “Artista TikTok”. Entre concorrentes, premiados, apresentadores e convidados também estavam, a partir da segunda foto à esquerda para direita), a cantora Ana Castela, que venceu na categoria “Não Nasci, Estreei”, Fernanda Lima que foi acompanhada dos filhos gêmeos, João e Francisco, de 14 anos, que chamaram a atenção por causa do tamanho; Giovanna Ewbank que está se dedicando muito ao seu canal no YouTube; a humorista Gkay, que ganhou o prêmio honorário “Musa das Trends”, e ex-bbb, influencer e youtuber Bianca Andrade, que chamou a atenção pelo “pequeno” laço, no macacão preto justíssimo.

Roubou a cena

O discurso de Alexandre de Moraes, presidente do TSE, na cerimônia de diplomação do presidente eleito Lula, surpreendeu os próprios petistas, roubou a cena e acabou arrancando aplausos da plateia. Ele avisou – num recado especial aos apoiadores de Jair Bolsonaro – que os responsáveis por “ataques antidemocráticos” serão “integralmente responsabilizados”. Quem estava lá achou que a leitura de sua fala vai ajudar a inibir possíveis planos para tumultuar a posse de Lula, dia 1º de janeiro. Quem se colocar em risco poderá ser detido e, no caso de políticos, perder o mandato. A diplomação formaliza a escolha dos eleitos e marca o fim do processo eleitoral. Os certificados atestam que as eleições foram legítimas. O tumulto, com 8 carros e 5 ônibus incendiados e a tentativa de invasão da sede da Polícia Militar em Brasília, ao lado da diplomação de Lula e Alckmin, já foi encarado como um sinal do que pode acontecer em 1º de janeiro. O suposto motivo seria a prisão do líder indígena José Acácio Sereré Xavante (a pedido da PGR) devido as manifestações mais ostensivas de bolsonaristas (e controladores pagos por fazendeiros) em diversos pontos da cidade. Protestos aconteceram na frente do Congresso, na área de embarque do aeroporto, no Park Shopping e no hotel onde Lula estava hospedado (depois, ganhou reforço de segurança).

Subindo a temperatura

Afastada da TV desde 2016, quando o SBT a contratou para cobrir os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, a modelo e apresentadora Luize Altenhofen, fez a temperatura do Instagram subir aos mais altos níveis ao posar completamente nua. Na legenda escreveu: “amo a fotografia, ela fala por si só! #bomdia”. Hoje é sócia de uma pequena pousada na Praia de Itamambuca, em Ubatuba, litoral de São Paulo. Luize já comentou que gosta de ser imperfeita, porque para ela ser perfeita é chato. Ela dá dicas sobre como mantém a forma. “Não sei ficar parada, preciso sempre fazer alguma coisa. Não sou tão fã de academia, prefiro surfar, por exemplo”.

Black blocs

Ciro Nogueira (Casa Civil) disse, no Twitter, que os casos de vandalismo ocorridos em Brasília, na segunda-feira (12), “tem cara, jeito e fúria dos black blocs”. Por outro lado, muitos apoiadores de Jair Bolsonaro afirmaram nas redes sociais que os atos violentos teriam sido praticados por “infiltrados” nos protestos. Além  de ônibus e carros incendiados e tentativa de invasão da sede da PF, também delegacias foram destruídas. O pessoal da PM acha que tudo é obra de bolsonaristas fanáticos e incontroláveis.

Maduro não vem

Nicolás Maduro, ditador da Venezuela e muito amigo de Lula, não virá ao Brasil para a posse do petista. Bolsonaro recusou pedido do grupo de transição para revogar portaria para que Maduro possa viajar para o Brasil e participar da posse. Quem intermediou as ligações e ouviu o “não” de representantes do atual governo foi o vice Geraldo Alckmin. Detalhe: muitos aliados de Lula respiram aliviados. Grande grupo era contra a vinda do venezuelano.

Aqui não

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já tratou de avisar pessoalmente que não há na Casa qualquer chance de ser aprovada a criação do cargo de senador vitalício, que seria preenchida por ex-presidentes da República, que teriam as mesmas prerrogativas do cargo (salário, assessor, gabinete, falar na tribuna e outras) menos votar. A criação do novo cargo começaria a partir de Jair Bolsonaro. Até o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas já tentou convencer o presidente da novidade. Ele acha que todo mudo iria dizer que Bolsonaro estaria se protegendo para escapar da prisão – que  não deixa de ser verdade.

CANDIDATOS

A tramitação da PEC Fura-teto envolveu muita negociação entre o presidente do CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o grupo da transição. Para não atrasar a votação, Alcolumbre confessou a vontade de voltar a presidir o Senado com apoio do PT, passando por cima de Rodrigo Pacheco. O atual presidente, que quer a reeleição, fez outra proposta: apoio Alcolumbre/ Pacheco e depois Pacheco/ Alcolumbre. Por fora, correm Teresa Cristina (PP-MS), o clã Calheiros (MDB-AL) e Rogério Marinho (PL-RN).

Destituído

O edital publicado por sindicatos patronais marcando para o próximo dia 21 de dezembro uma Assembleia Geral na Fiesp para questionar o comportamento do presidente Josué Gomes da Silva, pode ferir o estatuto da entidade, segundo os advogados dele. Os sindicatos refutam a possibilidade: o edital anterior avisava o presidente e ele não se manifestou. As apostas são de que, se ele não aparecer, poderá ser destituído. Há quem diga que Josué está de férias, só voltando em janeiro. Outros acham que ele está se acertando com Lula: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ou até a presidência da Petrobras. 

SEM CHANCE

O possível afastamento de Josué Gomes da presidência da Fiesp não beneficiará o ex-presidente Paulo Skaf, que organizou o movimento dos sindicatos patronais. Alguns dirigentes acham que Skaf quer retornar ao poder, o que não acontecerá. Outros dizem que Josué não aparece para trabalhar e deixou de oferecer salas da federação para sindicatos menores e até mesmo outras benesses com dinheiro da entidade. Saindo Josué, Rafael Cervone assume a presidência da Fiesp, acumulando com a da Ciesp. Ele também é ligado ao ex-dirigente.

Erros de Bolsonaro

O presidente eleito Lula informou a população o que aliados consideram um cenário caótico no país como forma de evitar ser cobrado por erros de Jair Bolsonaro e dar dimensão do que pode ser feito no início do governo. Os dados que foram apresentados por Lula  a partir de um relatório produzido pela equipe de transição do governo. O documento mostrou a situação econômica herdada de Bolsonaro em várias áreas e consequências para a próxima gestão. À propósito: Paulo Guedes queria apresentar um relatório de tudo o que Bolsonaro “fez de bom” – e o próprio presidente não topou.

Retrato

Entre decretos, portarias, resoluções e instruções normativas, o governo Bolsonaro editou 40 medidas sobre armamento, segundo o Instituto Sou da Paz. Em dezembro de 2018, o país tinha 203,8 mil registros ativos de caçadores e atiradores. Em março deste ano, o número foi para 956,7 mil, aumento de 369%. O número de armas de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) podem adquirir  passou de 2 milhões, em 2018 para 46 milhões . Um atirador, hoje, pode comprar até 60 armas. E entre julho de 2020 e junho de 2022, o mesmo clube de tiros passou de 1.092 para 2.095 inscritos.

MAIS PODERES

Há quem aposte que o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez terá um cargo de peso na CBF, diretamente ligado ao presidente Ednaldo Rodrigues. Ele teria mais poderes do que os próprios vice-presidentes da Confederação – entre os quais figura Fernando Sarney, filho de José Sarney. O que mais chama a atenção, nesse caso, é o timing da possível chegada de Sanchez. Ex-deputado federal  pelo PT é bastante próximo de Lula – e está à espera para ver se chove alguma coisa na sua horta.

MISTURA FINA

ESTUDO da PwC e Instituto Acende Brasil revela que, de cada R$ 100 que o consumidor brasileiro paga em sua conta de luz, R$ 46 são usados para bancar 11 encargos do setor elétrico e oito tributos federais, estaduais e municipais. O desembolso da energia custará mais nos próximos anos devido a uma série de decisões políticas que foram empurradas sobre o setor pelo Congresso. Na prática, o cenário mostra que quase metade das contas não remuneram agentes do setor, mas é usada para outros fins, sem relação com o setor elétrico muitas vezes.

DEPOIS da eleição, a fila do Auxílio Brasil, que está voltando a ser Bolsa Família, está ressurgindo e já teria 128 mil famílias. Integrantes do grupo de transição do governo já reúnem informações de que muita gente que não trabalha e não precisa do dinheiro (especialmente mulheres que teriam marido empregado) está recebendo o auxílio – até para pagar diarista, o que já aconteceu em períodos anteriores. Hoje, a prioridade é conseguir pagar os R$ 600; no novo governo, será instalado rigoroso controle.

APESAR da pressão do PT, a disputa pelo Ministério da Educação deve ser vencida pela governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido). Considerada uma das responsáveis pela evolução da educação pública em seu Estado, a professora deixou o PDT neste ano para apoiar Lula. E tem como concorrente (poucas chances) o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do partido na Câmara.

NA época da campanha, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) negociou com Lula a adesão em suas promessas de palanque: criação de uma espécie de bolsa-escola para estudantes de Ensino Médio, ação federal para reduzir filas na saúde e programas robustos de transferência de renda. Enquanto aguarda o convite do presidente para um ministério, prepara-se para voltar a apresentar as mesmas promessas.

COTADO para assumir o Ministério do Trabalho do governo Lula, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho foi indiciado pela CPI da OAS no município em 2021. A Comissão Parlamentar do Inquérito apurou, na época, milhões desviados de obras na cidade do ABC. Há algum tempo, Marinho estava convencido de que seria prefeito ideal para São Paulo e que ganharia facilmente a eleição.

TARCÍSIO de Freitas não conseguiu levar Paulo Guedes para seu governo e está sondando a atual presidente da Caixa Econômica, Daniella Marques, para integrar seu bloco. Daniella é próxima de Guedes e por indicação dele, ocupou o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade da Pasta da Economia.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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