Colunistas

Giba Um

"O deboche inumano do vice-presidente Mourão com os que foram torturados na ditadura dá a exata dimensão da escória que chegou ao poder com Bolsonaro",

de RENAN CALHEIROS (MDB-AL) // sobre o comentário de Hamilton Mourão sobre áudios da ditadura militar.

Continue lendo...

Entre as celebridades que almejam uma vaga na Câmara dos Deputados estão: Silmara Miranda, ex-loira do grupo É o Tchan, pelo Republicanos; o jogador de vôlei Maurício de Souza (PL); o cantor de axé Netinho (União).

Mais: os ex-técnicos Joel Santana (PROS) e Vanderlei Luxemburgo (PSB); a ex-apresentadora e comediante Maria Paula(União); o jornalista esportivo Marcos Uchoâ (PSB); as atrizes Lucélia Santos (PSB); e Alexia Dechamps (PSD).


In – Unhas: francesinha sorriso

Out – Unhas: francesinha em V

 

Desistência

Supostamente vem dos lados do “gabinete do ódio” ligado à presidência os rumores de que o ex-presidente Lula desistirá de sua candidatura presidencial. 

Sua intenção seria passar o bastão para Fernando Haddad “na hora certa” empolgando o eleitorado que resiste a votar nele pelo passado de corrupção, quadrilha e tráfico de influência de seus governos. 

Mais: ele teria prometido a Janja, quando estava preso que, quando solto, não seria candidato.

“SUBIR A RAMPA”

A participação de Rosângela da Silva, a Janja, na campanha, mostra que, ao contrário da história da promessa, ela própria está empenhada no trabalho de eleger o namorado. Participa e organiza grupos de mulheres pró-Lula, debate com delas, ao lado de Gleisi Hoffmann, presidente do PT e até aparece nos vídeos do partido. 

No geral, viaja com ele e até dá palpites. Ao contrário, Lula lhe prometeu “subir a rampa” a seu lado.

Dilma no ar

A ex-presidente Dilma Rousseff apareceu, no final de semana, em um dos vídeos de propaganda partidária do PT. A gravação foi exibida em TV aberta e no comercial, ela não menciona Lula, nem sua candidatura. 

E lembra que “um ciclo de 13 anos de conquistas foi interrompido pelo golpe”. Em conversa com a cúpula do partido, a ex-presidente (ela continua falando “presidenta”) avisou que pretende defender seu governo publicamente quando julgar necessário.

CABESTRO

Em uma das muitas vezes em que falou sobre a Petrobras, Jair Bolsonaro pareceu dizer que a estatal deveria fazer mais marketing, ainda mais nesse momento em que vem sendo crucificada pela alta dos preços dos combustíveis. 

Contudo, ficou na intenção. A estatal só não faz mais marketing devido ao cabresto imposto pela Secom, braço da Presidência, que controla conteúdo e volume de anúncios da companhia.

Desistiu

As denúncias envolvendo o FNDE, ligado ao Ministério da Educação, fizeram com que Jair Bolsonaro desistisse de nomear um indicado do Centrão para comandar a Pasta, no lugar de Milton Ribeiro. 

Os escândalos envolvem a compra superfaturada de ônibus escolares, merenda, e equipamentos para aulas de robótica até a liberação de dinheiro para escolas que não saem do papel. Aí, o interino Victor Godoy (ele era secretário executivo) foi oficializado no cargo.

Festival de brasileiras

O primeiro final de semana do Coachella Fest, foi marcado por muitas surpresas, entre elas o dueto que Harry Styles (ex-One Direction) com sua convidada a cantora country Shania Twain, nas músicas Man! I Feel Like A Woman e You’re Still The One e ele também apresentou pela primeira vez duas faixas de seu próximo CD Late Night Talking e Boyfriends. 

E o cantor Justin Bieber deu uma palhinha no show Daniel Caesar. O festival também teve atrações brasileiras: Anitta (primeira foto à esquerda), que contou com a participação de Diplo nas pick-ups, Snoop Dogg num remix da música brasileira Mais que nada e Beautiful, e Saweetie para cantar Faking Love; Pabllo Vittar (segunda foto) também deixou sua marca, como a primeira drag queen a se apresentar no festival da Califórnia. 

E a plateia também estava recheado de convidados, entre tantas, Agatha Moreira (terceira foto), que foi acompanhada do namorado Rodrigo Simas; as supermodelos Alessandra Ambrósio (quarta foto), que já confessou que adora o festival e Isabeli Fontana (quinta foto) que exibia seu novo corte de cabelos, agora curtos; e advogada Gabriela Prioli (última foto) que participou do show de sua amiga Anitta fantasiada como ‘bate-bola’

“Vale Comida”

Lula quer arrancar um benefício social do governo Bolsonaro. O candidato do PT vai defender um “Vale Comida”, urgente. Com o grande encarecimento da maior parte dos alimentos da cesta básica, os salários dos mais pobres e da classe média e o próprio Auxílio Emergencial estão sendo corroídos. 

Ela vem de fora para dentro, movida pelos altos preços internacionais dos alimentos. A remarcação dos alimentos nas gôndolas dos supermercados está de volta e a maioria dos analistas acham que a tendência é de continuidade. 

A oposição quer que o governo institua algum subsídio para reduzir o impacto da inflação no preço da comida. O que falta ao governo é bom senso para se antecipar às intenções de Lula e do PT e implementar rapidamente alguma medida que incluísse redução de preços de itens da cesta básica. 

Outra hipótese seria conceder um subsídio direto para o congelamento dos preços, em combinação com os supermercados (Paulo Guedes não aceitaria). Experiências anteriores não deram certo, mas muitos lembram dos fiscais de Sarney. 

A lentidão do governo permitirá que Lula e o PT tenham tempo para lançar um bem-vindo “Vale Alimento”. A família brasileira quer ouvir uma única frase: comida mais barata.

Talento em família

Não é só o talento de Patrícia Poeta, que em breve assumirá o comando do Encontro vive a família Poeta. Sua irmã caçula Paloma Poeta também está em alta, só que na emissora concorrente, a Record. 

Aos 29 anos ela tem uma boa carreira como repórter e o ano passado Paloma substituiu aos sábados no Fala Brasil Carla Cecato, que não teve o contrato renovado. Depois ela foi transferida para previsão do tempo do Jornal da Record. 

E agora ganhará uma nova oportunidade substituirá Carolina Ferraz na apresentação do Domingo Espetacular nas suas férias e eventuais ausências. Sua performance sempre é muito elogiada por toda a chefia de Jornalismo da Record.

Fora da mesa

Levantamento do Sindicato Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo está revelando que carne, iogurte, queijo, bolacha recheada, itens que tinham ficado acessíveis nas últimas décadas, agora estão deixando a lista de compras de grande parte da população, o que é o exemplo mais visível da perda de renda, desemprego elevado e custos mais altos.

Nos últimos meses, 73,1% dos consumidores deixaram de comprar carne, 10% cortaram iogurte, queijo, bebidas alcoólicas e 6% não levaram para casa biscoito e feijão, alimento básico.

Bolhas

Depois de ter sido vaiado num evento com as centrais sindicais, Paulinho da Força, do Solidariedade, resolveu cancelar um ato em que seu partido iria declarar apoio a Lula. 

O ex-senador Cristovam Buarque mandou uma mensagem a Paulinho: “Você agiu correto ao suspender o evento de apoio. Você pode ajudar o PT a entender que esta eleição não é deles contra Bolsonaro, mas do Brasil contra o que Bolsonaro representa. Cabe ao PT entender isso. Lula precisa saber que ele não é apenas do PT e das bolhas que o bajulam”.

Chumbo trocado

Poucos sabem, mas o presidente Jair Bolsonaro comemora seu aniversário um dia antes (21 de março) da primeira-dama Michelle Bolsonaro. E este ano eles se afastaram nas comemorações. 

A primeira-dama não compareceu à festa surpresa organizada no Palácio do Planalto para cerca de 50 pessoas, incluindo ministros do governo, o senador Flávio Bolsonaro e outras pessoas próximas a Bolsonaro. 

E no dia seguinte, o presidente também não compareceu à festa de Michelle na Hípica Hall, em Brasília. Entre os convidados da festa da primeira-dama estavam os ex-ministros Damares Alves, Flávia Arruda e Milton Ribeiro, que foi demitido uma semana depois.

SUPER EVENTO

Lula incumbiu o ex-governador Wellington Dias (PT-PI) de evitar que atritos internos da frente ampla ofusquem o lançamento de sua pré-candidatura em maio. Ele quer Paulinho da Força e Marília Arraes a seu lado e igualmente Geraldo Alckmin (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) que já o criticou. 

Dias pretende reunir artistas e formadores de opinião de diversas áreas e de todos os Estados. E o evento deverá focar na volta da fome e da inflação alta.

Mistura fina

INCUMBIDA da missão de entrar na campanha eleitoral do marido e melhorar a imagem do presidente com as mulheres, a primeira-dama Michele Bolsonaro participou pela primeira vez desde o início do governo de um encontro com a bancada feminina da Câmara. 

Não discursou: só acompanhou Jair Bolsonaro na assinatura de dois projetos das deputadas.

O GENERAL Braga Netto foi encarregado de amenizar a mágoa do general Joaquim Silva e Luna, ex-presidente da Petrobras. No Palácio do Planalto, há preocupação com o excesso de declarações de Silva e Luna. 

Entre os quatro estrelas de sua geração, Braga Netto é considerado o mais jeitoso.

CIRO Gomes avisa que irá convidar toda a diretoria do Banco Central a se demitir no primeiro dia de seu governo, caso seja eleito. A postura contrasta com a de Lula, que deve manter o atual presidente Roberto Campos Neto, segundo a cúpula petista.

O PRÉ-presidenciável João Doria vai penar para fazer campanha no Rio de Janeiro. Rodrigo Maia tem se queixado a interlocutores das dificuldades de fechar a lista de candidato do estado para a Câmara e Senado. 

O PSDB virou um deserto no estado: faltam nomes e siglas interessadas em formar alianças com os tucanos.

O PRESIDENTE do PSDB, Bruno Araújo, resolveu debochar de novo da candidatura de João Doria. Seus aliados identificaram uma rede hostil na internet, já a batizaram de “mini-gabinete do ódio” e acreditam que seja alimentada por apoiadores de Doria. 

Ironia: com tão pouco apoiadores, o gabinete do ódio de Doria só poderia ser mini.

JOÃO Doria e Bruno Araújo viraram uma espécie de Rússia e Ucrânia do PSDB. Depois de afastar o desafeto da coordenação de sua campanha, Doria estaria manobrando nos bastidores para derrubar Araújo do comando do partido. 

Isso se até lá Araújo, aliado de Eduardo Leite, não dinamitar a candidatura do ex-governador paulista à Presidência.

uma batalha dentro do Podemos pela vaga de Sérgio Moro como candidato do partido à Presidência. Uma ala da legenda trabalha pelo nome do senador e empresário Oriovisto Guimarães, fundador do Positivo, em contraponto à Álvaro Dias.

ENTRE os mais veteranos nomes da política nacional chega a se apostar uma situação especial dos debates que deverão ser organizados entre os presidenciáveis: nem Bolsonaro, nem Lula, aceitarão participar.


 

Prezados leitores devido ao feriado de Tiradentes, 21 de abril nossa coluna não será publicada. Voltando na sexta-feira, 22 de abril.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

Continue Lendo...

A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).