Colunistas

Giba um

"O maior vencedor será o Brasil. É o país que menos sofreu danos econômicos e que se recupera rápido"

de MARCOS CASARIN // da consultora Oxford Economics, em inusitado otimismo.

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O maior vencedor será o Brasil. É o país que menos sofreu danos econômicos e que se recupera rápido”, 

de MARCOS CASARIN // da consultora Oxford Economics, em inusitado otimismo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou a parlamentares e religiosos que pretende indicar ao Supremo dois nomes alinhados ao seu governo, um evangélico e outro de perfil conservador. 

Mais: além da vaga de Celso de Mello, terá a mais uma indicação porque Marco Aurélio Mello completa 75 anos em julho de 2021. Cotados para a primeira vaga: Jorge Oliveira e André Mendonça que é pastor e evangélico.

In – Estampa de coruja

Out – Estampa de cavalo

Batom roxo

A Avon está lançando uma linha cosméticos com maior tempo de duração. É uma coleção completa de produtos: base, corretivo e batons.

E um dos carros chefes da linha é o batom roxo (Roxo Vibrante) que foi inspirado num produto similar usado pela jogadora Marta (primeira foto à esquerda) na Copa do Mundo Feminina de 2019.

Aliás Marta foi chamada para estrelar a campanha como garota-propaganda com outra jogadoras. E parar engrossar a nova campanha outras celebridades foram convidadas para posar com o mesmo batom. 

Entre tantas da segunda foto à esquerda para direita, Giovanna Antonelli, Sandy e Cris Vianna. Além do roxo a linha de batons tem outras 11 cores, que promete durabilidade de até 16 horas, sem borrar e sem precisar ser retocado.

Apenas fantasia

 Os primeiros cartazes de Marcelo Crivella estão prontos. Em cima, está escrito “Me diga com quem tu andas, que eu direi quem tu és”. 

Em baixo, um trio formado pelo candidato de um lado, Jair Bolsonaro de outro (deu autorização para usar usa imagem) e no centro, a tenente-coronel Andrea Firmo, com farda de camuflagem e boina azul. 

Aí, o problema: a montagem se assemelha à farda usada pelas Forças Armadas. O artigo 77 do Estatuto dos Militares proíbe o uso de uniforme em “manifestações de caráter político-partidário”. 

Se o militar estiver inativo, precisa de autorização prévia para “comparecer a solenidades militares, a cerimônia cívica comemorativa de datas nacionais ou de atos sociais solenes em caráter particular”. Corre o risco de ser punida com redução de salário.

 Coordenador da campanha de Crivella, ex-deputado Rodrigo Bethlem, avalia que não há irregularidade. A foto mostra uma “espécie de fantasia”. Ela não está usando uniforme oficial.

 Não há insígnia na roupa. Andrea Firmo foi a primeira mulher do Exército a comandar uma base militar em missão na Organização das Nações Unidas, na África.

Da série Exausta

A apresentadora Luciana Gimenez, 50 anos, mais uma vez deixou a internet pegando fogo. Em seu Instagram postou fotos somente com um sobretudo amarelo e legendou: “Da série

Gimenez exausta”.

Mãe de dois filhos Lucas, de 21 anos, fruto do affair com Mick Jagger e Lorenzo, 11 anos, fruto do casamento com Marcelo de Carvalho mostrou estar plena forma. 

Só que Luciana já não pertence aos times das solteira. No final de agosto assumiu seu namoro com o empresário Eduardo Buffara, 29 anos, com quem é vista desde o carnaval.

É o primeiro relacionamento que a apresentadora assume desde o final de seu casamento em março de 2018.

Despejo

 Com 103 anos de existência, a Sbat – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – está na iminência de ser despejada de sua sede no Centro do Rio. É por causa de uma dívida de R$ 2,6 milhões com o condomínio.

 Um grupo de artistas intensifica a campanha “Salva a Sbat”, outro procura um lugar para abrigar o acervo. A maior parte, contudo, está na Biblioteca Nacional.

 Não é de hoje que a casa fundada por Chiquinha Gonzaga está assim. A situação foi agravada pela pandemia e por motivos de saúde de Aderbal Freire Filho, que depois de três meses internado, teve alta de um AVC.

Cotados

 Caso o democrata Joe Binden seja eleito, fatalmente Ernesto Araújo deixará o posto de chanceler. 

E já estão cotados três nomes: Luis Fernando Serra, ex-embaixador em Paris, Maria Nazareth Farani Azevedo, esposa do ex-diretor geral da OMC, Roberto Azevedo e Pompeu Andreucci Netto, ex-embaixador do Brasil em Madri.

 No bloco dos que não pertencem à carreira, também são cotados o vice Hamilton Mourão e a ministra da Agricultura, Teresa Cristina.

Para entender

 Para entender melhor o que envolve o novo projeto social: é um programa que substituirá o Bolsa Família que atende 14 milhões de famílias e custa R$ 32 bilhões por ano.

 O governo precisa de mais de R$ 30 bilhões para incluir parte dos que hoje recebem auxílio emergencial. Seria financiado com recursos que seriam usados no pagamento de precatórios (dívida da União com cidadãos em processos nos quais não cabe mais apelações) e com 5% da verba do Fundeb que financia a educação básica.

 O governo já tentou usar a verba do Fundeb para transferência de renda a famílias, mas o Congresso não aceitou. Quantos aos precatórios, ficam para o ano seguinte.


OLHO EM CUBA

Com uma população de 11,2 milhões de pessoas, Cuba tem 5 mil casos registrados com coronavírus com apenas 115 mortes. Trata-se de uma das mais baixas taxas do mundo.

 Das duas uma: o isolamento social está funcionando perfeitamente na ilha ou os dados são maquiados. Não cabe comparar a Coreia do Norte, país absolutamente fechado para o mundo, porque Cuba é aberta e sua principal fonte de renda é o turismo.

Vacina

Crescerá nos próximo dias a expectativa por posicionamento do governo brasileiro a cerca da vacina contra o coronavírus.

 A publicação do primeiro estudo indicando eficácia da vacina soma-se agora à agressiva estratégia de marketing dos russos e o anúncio de que 5 estados brasileiros negociam a compra do produto.

 A Rússia dá todas as indicações de que vê no Brasil um ato estratégico para ganhar credibilidade e mercado. A questão é como responderá Bolsonaro e consequentemente a Anvisa, responsável por regulamentar testes e a utilização da vacina.

TETO

 O Brasil gastou em 2019, 50% da carga tributária com 12,6 milhões de servidores públicos da união, estados e municípios (ativos, inativos, civis e militares). Agora, Paulo Guedes diz que o teto de R$ 39 mil para funcionalismo é baixo e defendeu o aumento do tento para valorizar a “meritocracia”. O valor é equivalente a um salário de ministro do Supremo Tribunal Federal.

Outros tempos

 A iniciativa da Votorantim em criar uma espécie de foro em prol da cidadania e cultura democrática que só merece elogios. Mas se fosse nos tempos do patriarca José Ermírio e de seu filho Antônio, a postura era outra em relação aos desatinos do governo.

 O marketing institucional não substitui a ação política sem medo dos antigos donos da empresa. Se estivessem entre nós, a falta de uma política industrial estaria sendo questionada.

Saída

A saída do apresentador Fausto Silva pode custar à Globo cerca de R$ 50 milhões. As negociações estão em andamento e para o ano que vem, não haverá mais Fausto aos domingos. 

Ele é o maior salário da emissora: com merchandising, quatro milhões mensais. Mais: há um climão nos bastidores da produção de Dança dos Famosos. As duplas reclamam da falta de ensaios e a produção tem dificuldade para achar nomes para o júri.

 Os artistas não conseguem ensaiar com a devida proteção em relação ao coronavírus e atores já foram contaminados. Detalhe: muitos convidados têm se recusado a participar do Dança dos Famosos por problemas de pandemia ou porque preferem não se arriscar a performance competente.

NAS NUVENS

 Michael Klein quer colocar a Icon Aviation, sua companhia de aviação executiva, em outra altitude. Está conversando com José Antônio Assumpção, dono da Líder Aviação, para uma parceria na ponte aérea Rio-São Paulo.

 As hipóteses podem ser compartilhamento de aeronaves ou uma joint venture. A Icon entrou recentemente na ponte aérea, ofertando assentos em seus jatos executivos no valor de R$ 2 mil.

 A Líder também se prepara para operar voos regulares. A companhia da família Assumpção tem 59 aeronaves contra 19 da Icon. Mas, Klein tem um poder de fogo de R$ 6 bilhões de fortuna pessoal para competir nesse negócio.

MISTURA FINA

  • VETERANOS políticos estão dizendo que 2020 está dando uma volta ao passado, ao ano de 2007. O PIB voltando, o PAC, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, CPMF, desoneração de folha de pagamento, com ressureições de Ricardo Barros, Gilberto Kassab, Ciro Nogueira, Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto. É uma reedição.
  • TEM gente sentindo um certo alívio agora que Wilson Witzel é quase passado. O problema é o presente que atende pelo nome de Cláudio Castro. O negócio é trabalhar por um futuro melhor porque nunca é demais lembrar matéria publicada pelos jornais: “A corrupção no Rio movimentou R$ 6,1 bilhões em 20 anos”.
  • O RELÁTORIO Oxford Ecomics aponta que a produção industrial, o setor de construção e o setor dos serviços no Brasil vão crescer sem parar até meados de 2021, recuperando perdas provocadas pela crise. Os mais irônicos dizem que esses dados são “para inglês ver”.
  • O SALVADORENHO Mario Guardado, um dos amadores lobistas dos casinos de Las Vegas, está jogando todas suas fichas em Eduardo Bolsonaro.
  • O GOVERNADOR Romeu Zema está cogitando convidar Salim Mattar, ex-secretário das Desestatizações do Ministério da Economia para integrar seu governo. Caberia a ele comandar o programa de privatizações em Minas Gerais. Só um problema: Mattar não quer melindrar Bolsonaro. O presidente nutre uma antipatia por Mattar, que teria colaborado por sua saída da equipe econômica. 
  • BATEU uma lufada de otimismo na Avenida Chile: o BNDES trabalha para que a privatização do braço de distribuição da gaúcha CEEE seja realizada ainda neste ano, com pandemia e tudo.
  •  LEVANTAMENTO publicado pela revista Newsweek sobre os melhores hospitais do mundo coloca em 23º lugar o Incor. Einstein aparece em 34º e Sírio-Libanês em 36º. Depois, o Dante Pazzanese em 40º lugar. São os únicos hospitais brasileiros que integram a lista dos 100 considerados melhores do mundo.


 


 

 


 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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