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Giba Um

"O Trump é a única coisa que temos. Não temos outra. Quando o Judiciário se comporta dessa...

maneira, você não tem para quem recorrer. E a maioria apoia Alexandre de Moraes", de Valdemar Costa Neto (PL), sem detalhar o que espera de Trump.

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As forças militares americanas têm cerca de 2 milhões de soldados, dos quais 1,3 milhão estão ativos e o restante pertence à Guarda Nacional. E não chegam a um milhão as forças somadas de oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.
Mais:    Brasil e Colômbia somam 220 mil soldados do Exército, com equipamentos modestíssimos e sucateados. A Venezuela tem pouco mais de 100 mil soldados ativos. A Guiana tem dois mil soldados e compreende que os EUA combatem grupos terroristas, como o cartel de drogas venezuelano.

 "Abraço de afogados"

Silas Malafaia começou com Lula e depois passou para Leonel Brizola. Rompeu com o PT antes de Lula encerrar o segundo mandato. Foi ele que casou Bolsonaro com Michelle que, por sinal, já foi fiel de sua empresa. Hoje, Malafaia enfrenta líderes evangélicos que calculam se valeria a pena adotar o tom bélico dele na defesa de Bolsonaro. Não querem problemas com Alexandre de Moraes. Nas últimas semanas, diz que o mesmo Moraes "mexeu com o cara errado" e que "não tem medo de ser preso". Muitos apostam que sua insistência em peitar o ministro do STF "o levará a afundar com Bolsonaro, num abraço de afogados".

Farra de viagens

O governo Lula se distancia cada vez mais da mesa de negociações com os EUA, a cada ataque de Trump, mas já conseguiu torrar quase R$ 1 bilhão de dinheiro público em viagens somente este ano, até dia 15 de agosto, R$ 960 milhões. Considerando diárias pagas a servidores petistas, foram R$ 590,5 milhões, enquanto as passagens consumiram outros R$364,2 milhões dos contribuintes. "Outros gastos" não especificados significam mais R$ 5,2 milhões apenas este ano. O total de meio mês já com diárias já supera as despesas com passagens em todo o ano de 2022. 

Solução especial

Não tem nem mesmo um dia que o ex-presidente Michel Temer não seja procurado por um ou mais representante da mídia atrás de informações e opiniões sobre a crise Brasil-Estados Unidos, ou Lula-Trump. Temer é considerado um político ponderado, experiente e nem por isso dono de estratégias especiais, se é que se pode chamá-las dessa forma. Uma delas: nesses dias, o ex-presidente falou o que faria para acabar com a dúvida de Lula ligar ou não para Trump. Colocaria tda a imprena na sala ao lado e ligaria. Aí é só aviar se atendeu ou não. 

Jeito de candidata 1

Enquanto Bolsonaro se descabela contando os dias para o julgamento final que poderá levá-lo à prisão, sua mulher Michelle foi a grande estrela da Festa do Peão de Boiadeiro, sábado passado (23), em Barretos. A ex-primeira-dama teve sua permanência aplaudida pela massa humana que estava no super evento, andou no meio da multidão (ela não gosta muito de posar para fotos com fãs) e - e nem poderia ser diferente - foi muito lembrada para se candidatar ao Planalto.  

Jeito de candidata 2

Aliados de Bolsonaro chegaram a considerar a ida de Michelle à festa de Barretos inoportuna. Muitos achavam que ela estava lá por proveito político, só não sabiam se em causa própria ou conseguiam imaginar quem seria o beneficiado (ela disfarça, mas sabe que o Capitão será condenado). Os mais radicais acham que a alegria demonstrada por Michelle influencia o bloco bolsonarista. E "com jeito de candidata" tinha a seu lado um esquadrão de seguranças, própria e da festa.

Um renascimento

Em maio deste ano, a cantora e atriz Miley Cyrus lançou seu nono trabalho musical, o “Something Beautiful”, mas já está pensando em seu próximo CD, que já tem 12 faixas praticamente prontas. Miley revela que no próximo trabalho ela quer se distanciar um pouco do que já apresentou. “Esse é realmente meu foco: usar este ano para acabar com aquela ideia que eu tinha de mim mesma. Há uma música no álbum lançado recentemente chamada ‘Reborn’ e é mais ou menos sobre isso. Sinto que o próximo ano, para mim, será uma espécie de renascimento de como faço as coisas e como encaro minha carreira”. Aliás, o ano que vem será um ano muito movimentado para Cyrus ela quer fazer algo especial para comemorar os 20 anos de sua personagem Hannah Montana.

“Quero criar algo realmente muito especial, porque foi realmente o começo de tudo isso que está aqui hoje. Sem Hannah, realmente não existiria esse tipo de... esse eu". Mais: ela estaria negociando com a emissora NBC para ter o seu próprio talk-show, e o contrato é estimado em US$ 60 milhões. Neste mês, Miley posou para a capa e recheio da Perfect Magazine e, em uma das capas, ela aparece nua, cobrindo somente partes estratégicas, e fala da relação que tem com o nu. “Mesmo que eu não esteja usando nada, ainda sinto um certo poder nisso". Mais: a atriz também é o rosto da Gucci que marca o lançamento de uma nova fragrância da grife, a  Flora Gorgeous Gardenia Intense Eau de Parfum.

Bebida favorita dos americanos

O café é a bebida favorita dos americanos - mais que chá, suco, refrigerante e água engarrafada. Dois terços dos adultos americanos (cerca de 67%) bebem café todos os dias e o consumidor médio consome aproximadamente três xícaras por dia. Só esses dados da National Coffee Association, sem falar em quanto os Estados Unidos ganham com o produto, já seriam suficientes para garantir que a decisão de Trump de impor tarifa adicional de 40% (além dos 10% que vigoram desde abril) deverá atropelar o próprio interesse econômico americano. Mais: desde 2020, o consumo do café cresceu 7% com um aumento notável entre consumidores com mais de 25 anos de idade. Documento da entidade revela que o segmento contribui com US$ 343 bilhões para os EUA por meio de investimento, distribuição, varejo e atividades de merchandising. Quase sem um pé de café (há uma colheita simbólica no Havaí e em Porto Rico), os EUA conseguem gerar US$ 43 para cada US$ 1 de café que importam. É um valor agregado de nada menos do que 4.200%.

Maior fornecedor

O Brasil é o maior fornecedor do grão aos americanos. De todo café verde que entra nos EUA, 32% saem de lavouras brasileiras. Na sequência, figuram Colômbia (20%), Vietnã (8%) e Honduras (7%). O volume das exportações brasileiras é maior do que o dos outros quatro maiores exportadores somados. A interrupção nas importações coloca em risco todo o processo de alto valor para os Estados Unidos. A tarifa de 40% ameaça desviar o grão a outros mercados e prejudicar "severamente" torrefadores dos EUA e o valor que o produto agrega para a economia do país, diz a entidade.

 Mudança de ritmo

A influenciadora e empresária Carol Peixinho, que ficou conhecida após terminar em terceiro lugar no Big Brother Brasil 19. Agora grávida de oito meses do cantor Thiaguinho, garante que teve que desacelerar um pouco e fala da mudança de seu corpo na reta final da gravidez. “Nossa, foram muitas transformações. Sempre fui muito agitada e, na gestação, desacelerei de verdade. Estou super dorminhoca pela manhã e descobri um novo prazer em banhos quentinhos, sendo que antes eu só amava banho geladíssimo! Também tenho estado mais emotiva do que o habitual. No corpo, as principais mudanças foram no peito e na barriga. O ganho de peso está dentro do esperado e sigo cuidando de mim para me amar ainda mais nessa fase tão especial”.  Para depois da chegada de Bento, já tem planos profissionais: “Ter meu canal e meu e-book de receitas, em que quero dar ainda mais vida às criações saudáveis que já fazem sucesso nas minhas redes sociais. Esse é um sonho que ainda vou concretizar!”. Vale lembrar que Carol já é dona marca de roupas fitness, a Pisci.

Produto essencial

O documento da National Coffee Association aposta que o Brasil, provavelmente, exportará cada vez mais para outros mercados, como China, União Europeia, Suíça, Canadá e México, em vez dos EUA. Recentemente, a China autorizou 183 novas empresas brasileiras de café a exportar para o mercado chinês. A NCA afirma aindaque as taxas elevadas sobre o café verde do Brasil podem criar uma "inversão tarifária" em que a tarifa de importação que incide sobre a matéria-prima supera a alíquota do produto final. E conclui que o café não é um produto de comércio injusto ou não recíproco, mas essencial que impulsiona a economia dos EUA e sustenta quase 2,2 milhões de empregos no país.  

Caindo fora

O empresário João Carlos Camargo está deixando o cargo de chairman do Conselho Executivo da CNN Brasil, por decisão própria. Estava lá desde 2022, melhorou o estado financeiro da emissora e agora quer se dedicar mais ao Grupo Esfera Brasil, a Casa Parlamento e a Agência Infra, além de outros negócios da família. Um desses negócios era o relançamento da rádio Transamérica (ele comprou com um irmão) ainda neste ano. Queria mesmo era criar uma rádio chamada CNN Transamérica - e Rubens Menin não topou. Ele tinha discordâncias com Camargo. Agora, a Transamérica está meio à deriva.

Sacando das contas

De um lado, Alexandre de Moraes também não poderá ficar com o cartão (nacional) Elo, oferecido pelo Banco do Brasil, onde recebe seu salário. Há problemas que dirigentes do cartão não querem assumir; de outro, por conta de sanções que o ministro do STF vem sofrendo do governo Trump por meio da Lei Magnitsky, está crescendo uma onda de falsas informações com incitações para que clientes de bancos (especialmente BB) saquem o dinheiro depositado nas suas contas. É muito perigosa uma possível "corrida": provocar pânico no sistema bancário é crime, com multa e prisão de dois a seis anos.

Mistura Fina

Lula já disputou seis eleições presidenciais, perdeu três vezes (1989, 1994 e 1998) e venceu outras três (2002, 2006 e 2022). Agora, expõe abertamente seu plano de concorrer pela sétima vez. Só admite desistir "por questões de saúde". Ficou entusiasmado com a última pesquisa Genial/Quaest que, em simulações para o segundo turno, apresenta Lula derrotando todos os pré-presidenciais e nada de "empate técnico". No dia do segundo turno, terá 81 anos de idade.
 
Apesar de ter desconversado na última campanha, Lula tem direito a concorrer pela sétima vez ao Planalto no ano que vem. Não pode é usar a máquina do governo em solenidades oficiais como palanque. O cargo já dá uma vantagem natural ao candidato que tenta reeleição. Desde que a emenda da reeleição foi aprovada, todos os inquilinos do Alvorada tentaram prorrogar a estadia no palácio. FHC, Lula e Dilma conseguiram e Bolsonaro foi o único barrado nas urnas.
 
Para quem gosta de números e contas: o teto do INSS no Brasil é de R$8.157,41. Para receber esse valor por mês durante 40 anos, se você for homem ou 35 anos, se você for mulher. Se você investir R$ 951,63 por mês durante 49 anos, você também terá R$ 3.065.275,74 de patrimônio e uma renda mensal de R$ 19.722,08. Esse cálculo foi baseado somente em 8% ao ano. É o Brasil!
 
Na semana passada, o deputado federal Antônio Carlos Rodrigues, ameaçado de expulsão do PL, visitou Lula no Alvorada e levou de presente ao Chefe do Governo meias esportivas e coloridas. O presidente havia visto o parlamentar usando esse tipo de meia, quis saber onde comprar e Antônio Carlos preferiu presentear. Há alguns dias, o mesmo Lula inaugurava um sapatênis da etiqueta Zegna, no valor de R$ 8.000. Alguém pagou no cartão.
 
Desde seu primeiro mandato com ternos e camisas confeccionadas sob medida, Lula nunca escondeu que "gostava de andar de terno e gravata". Também no primeiro mandato, gostou das meias de cano alto, quase transparentes de seda, usadas pelo então ministro Márcio Thomaz Bastos que, na primeira viagem que fez para a Europa, tratou de dar muitas caixas de meias para Lula. 

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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