Prometida na campanha de 2022 e no início do governo por Marina Silva, a criação de uma Autoridade Climática para o enfrentamento de eventos extremos acabou caindo no esquecimento, até ser resgatada por Lula no auge das queimadas, em setembro do ano passado.
Mais: o anúncio (renovado) sobre o novo órgão está completando um ano sem que haja qualquer previsão para sair do fundo da gaveta. A proposta precisa passar pelo Congresso e segue sendo discutida entre a Casa Civil e o Ministério do Meio Ambiente.

Um vilã diferente
Acostumada a fazer personagens boazinhas a atriz Daphne Bozaski está pronta para viver sua primeira vilã. Dará vida a Lucélia na novela Três Graças, das 21h que estreia no dia 20 de outubro substituindo o remake de Vale Tudo e tem como missão tentar resgatar parte da audiência que a emissora perdeu nos últimos tempos neste horário. Lucélia será sobrinha de Kasper Damatta (Miguel Falabella) de índole duvidosa, que vai morar com o tio e sua família em São Paulo, após a morte do pai, atrapalhando então a harmonia que existe entre a família (seu marido João Rubens (Samuel de Assis) e a filha adotiva Maggye (Mell Muzzillo)). Por ser ambiciosa, está disposta a tudo até prejudicar a prima revelando um lado manipulador e cruel. “Na trama, Lucélia acaba de perder o pai, mas já era órfã de mãe. Quando chega à casa de seu tio, quer aproveitar a oportunidade dessa vida com confortos que, até então, não era possível para ela. Ela é ambiciosa, e muito atenta a tudo o que acontece ao seu redor. Suas atitudes são controversas, especialmente se pensarmos em alguém que, aparentemente, quer a harmonia da família". Com uma mudança no visual deixando para trás a imagem de suas antigas personagens, Daphne espera que sua personagem, apesar de vilã agrade o público. “Sempre fiz personagens até agora que cativavam o público pela trajetória, fraquezas, sentimentos, e Lucélia entra em outro lugar. É muito legal como atriz experimentar esse novo lugar, de desafio”.
Trump-Lula: jogo jogado
Na semana passada, depois que Donald Trump declarou, na Assembleia Geral da ONU, que tinha se encantado e "rolado uma química" entre eles com a figura de Lula a ponto de decidir manter uma conversa a dois nesta semana, os analistas aplaudiram e suspiraram com a capacidade de persuasão do presidente brasileiro. E inundaram as redes sociais: agora, o encontro de 40 segundos começa a merecer outras versões. Nada de olhares insinuantes de "uma mocinha ávida diante de Marlon Brando ou Paul Newman, quando tinha 25 anos", como acentua comentário de diplomata de carreira e ex-embaixador do Brasil Jorio Dauster, junto à União Europeia. Ele garante que, mais uma vez, o que aconteceu foi uma típica manobra trumpiana, mais um TACO (Trump Always Chicken Out), que pode ser traduzida por "Trump sempre amarela". O americano se fez de maluco ou impulsivo, acrescentando, "espontaneamente”, palavras sobre o Brasil que nada tinham a ver com seu discurso. Ou seja: jogo jogado.
Nada de acaso
Mais: Trump e Lula não se viram por acaso num corredor e sim, numa salinha que fica atrás do púlpito de mármore dos oradores (onde Trump via o discurso do brasileiro pela televisão). Sabiam que se encontrariam e Lula vinha adoçando sua fala a fim de que Trump desse o primeiro passo, como aconteceu: o republicano descreveu como "nós nos vimos e nos abraçamos". Ele teria visto que os maus conselhos de Steve Bannon "a seus asseclas brasileiros, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, tinham constituído um tremendo tiro no pé ou, quem sabe, um pouco mais acima em parte bem sensível da anatomia masculina", segundo Dauster.

Aplicando 'trotes'
Vista como um exemplo de mulher, e de certa forma como uma mulher bem séria, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama revelou no podcast No Literally! with Rob Lowe que assim que desembarcou na Casa Branca participou de alguns ‘trotes’ junto com seus assistentes pessoais, que eram geralmente pregados em estagiários. E contou um deles, quando simularam que a ex-primeira-dama havia esquecido um anel no banheiro onde havia se hospedado e que uma estagiária seria a responsável para contar para Michelle, que eles não haviam pegado o tal objeto. Ela disse que viu a estagiária em pânico e soando frio por ter tal missão. Com o passar do tempo as “pegadinhas” ficaram mais elaboradas, e a esposa de Barack Obama decidiu que não poderia participar mais, afinal era a primeira-dama do país norte-americano: “'Acho que precisamos parar ou pelo menos me manter fora disso, sabe?'. Quer dizer, uma coisa é pregar uma peça no escritório, outra é envolver a primeira-dama dos Estados Unidos”.

Explicação especial
Está nas redes sociais: ao justificar seu voto contra a PEC da Blindagem, o senador Esperidião Amin deu uma explicação no mínimo curiosa. Disse que o texto aprovado na Câmara estava com "catinga de vaca molhada". Ex-governador de Santa Catarina, o bolsonarista contou ter aprendido a expressão numa visita ao Piauí. "O sujeito vestia um terno de domingueira, de linho trançado, para ir à missa. Aí encostava numa vaca molhada e aquilo não saiu mais". O senador atribuiu o cheiro a três pontos que a Câmara incluiu na PEC: voto secreto para barrar a abertura de processos, foro privilegiado para proteger presidentes de partidos e blindagem a políticos que cometem crimes sem relação com o mandato.
R$ 1,2 bilhão em viagens
Dispararam para R$ 1,2 bilhão as despesas do governo Lula com viagens em 2025. Foram torrados quase R$ 200 milhões nos últimos 30 dias. Até a última atualização do Portal da Transparência, dia 19, o governo havia gastado R$ 729 milhões só com diárias para seus funcionários e R$ 464 milhões em passagens aéreas. Viagens internacionais representam 14% da despesa total: R$ 166 milhões. Metade banca passagens, a outra metade, diárias. O governo Lula já gastou mais com diárias (R$ 729 milhões) este ano do que Bolsonaro com passagens (R$ 553 milhões) durante todo 2022.
Pérola
"O Trump faz 80 anos em junho do ano que vem. Eu faço em outubro deste ano. Portanto, sou mais velho do que ele. Somos dois homens de 80 anos e não tem que ter brincadeira",
de Lula sobre futuro encontro com Donald Trump.
"Diplomacia paralela" 1
Analistas de boa memória acham que o afago de Donald Trump a Lula na ONU é um gesto a ser devidamente decifrado. A tal "química" que o americano sentiu talvez seja resultado de ações conduzidas não exatamente pelo Itamaraty e sim, por "canais diplomáticos" paralelos com conexão direta com a Casa Branca. Nos bastidores, essa chancelaria sem agreement é atribuída a dois personagens reconhecidos, segundo esses mesmos analistas, pela capacidade de conciliar o inconciliável: Henrique Meirelles e Mario Garnero. Os dois estariam trabalhando para remover as cercas de arame farpado que separa Trump e Lula.
"Diplomacia paralela" 2
A proximidade entre Meirelles e Garnero vem dos tempos em que o ex-presidente do BC comandou o BankBoston e Garnero, por sua vez, é notório por seu poder de interlocução junto a empresários e figuras da política norte-americana, notadamente entre Republicanos, como Bush pai e Bush filho e Dick Cheney, ex-presidente. No início deste ano, tentou costurar um jantar entre Lula e Trump no resort do presidente norte americano em Mar-a-Lago, na Flórida. Ficou nas boas intenções. Os primeiros sinais de Trump na ONU podem ser resultado das gestões de Garnero e Meirelles.
Boquinha mantida
Homem de confiança do senador Davi Alcolumbre (União-AP), Paulo Augusto de Araújo Boudens, continua ocupando cargo em comissão na direção do Senado, apesar de estar na mira da CPMI por haver recebido R$ 3 milhões da Arpar, empresa identificada pela PF na cadeia de lavagem e ocultação de rapinagem contra idosos do INSS. Ele é assessor parlamentar de um Conselho de Estudos Políticos, que nem tem presidente, recebeu R$ 31.279,53 em setembro. Em 2021, Boudens assumiu o rolo da "rachadinha" no gabinete de Alcolumbre. A CPMI tem registro de fotos e vídeos do "Careca do INSS" ao lado de Boudens e Alcolumbre.
No ataque
Há quem diga que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, está centrando fogo no presidente Lula porque acha que ele poderá surpreender em 2026. E, claro, também acha que será seu opositor num segundo turno. Partiu para o ataque: chama a gestão do petista de "um governo de marketing" e que nesse mandato, há "50% de obras paradas". Defende a anistia a Bolsonaro, diz que Trump com o tarifaço "dá palanque ao governo federal" e foi contra a PEC das Prerrogativas, rejeitada pela CCJ do Senado no mesmo dia. “É inaceitável, inadmissível". Caiado, à propósito, não está bem nas pesquisas.
Conselhão de Skaf
A nova diretoria eleita da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), presidida por Paulo Skaf, no mandato 2026 a 2029, terá seu "Conselhão", grupo de 16 especialistas com o objetivo de elaborar propostas para o país terá nomes como Michel Temer, Sérgio Moro, Ellen Gracie, Roberto Azevedo, Tereza Cristina, Roberto Campos Neto e outros. Cada um presidirá um Conselho sobre sua especialidade, com direito a uma verba competente. A nova gestão de Skaf terá também 132 diretores. As futuras reuniões poderão ser coletivas ou mais restritas com participação de diretores de áreas.
Vende-se
Com uma carreira de mais de três décadas, o apresentador Fausto Silva, que hoje se recupera de quatro transplantes, também pode ser considerado um dos homens mais ricos de São Paulo, que agora colocou à venda seu duplex no Jardim Europa com 1.413 metros quadrados de área privativa, avaliada em R$ 120 milhões. É um dos imóveis mais caros e cobiçados da cidade. Tem cinco suítes, com automação e climatização, sete banheiros, pé-direito de 3,60 metros, com varandas e janelas da cobertura, com depósito privativo de 24 metros quadrados, 20 vagas de garagem, quadra de tênis, piscina com raia olímpica, spa e salão de festas. Condomínio de R$ 36 mil.
Mistura Fina
O deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) será mesmo o relator do Conselho de Ética da Câmara no processo que pode resultar na cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar apoiou campanhas ao Planalto de Jair Bolsonaro em 2018 e 2022. Quando o colegiado instaurou o procedimento, o sorteio incluiu ainda os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP). Oposicionistas a Eduardo, os dois provavelmente fariam relatório para sua cassação. A escolha do parlamentar da União Brasil vai funcionar como um "cartão amarelo". A avaliação majoritária da Casa, contudo, é que o filho de Bolsonaro dificilmente escapará da cassação.
O presidente Lula também participou em Nova York da segunda edição do encontro "Em Defesa da Democracia, Combatendo Extremismos", à margem da Assembleia Geral da ONU. O evento incluiu líderes da esquerda, como Gabriel Boric (Chile), Pedro Sanches (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandu Orsi (Uruguai). Lula, em sua fala, questionou onde a esquerda teria falhado. "Onde é que os democratas erraram? Onde o momento em que a esquerda errou? Por que permitimos que a extrema-direita crescesse com a força que está crescendo? Virtude dela ou incompetência nossa?". E ficou nisso
A BrasilAgro saiu em campo em busca de terras no Centro-Oeste. A empresa mira na compra de ativos "estressados", ou seja, fazendas em situação financeira delicada. O objetivo é aproveitar a recente queda dos preços de propriedades agrícolas após três anos de intensa valorização. O Agronegócio enfrenta pressões diversas - custo de insumos, juros elevados, clima menos previsível - o que tem depreciado o valor das terras
A BrasilAgro visualiza a oportunidade de reestruturar propriedades para lavouras de soja, milho ou algodão e aumentar a escala de produção com menores riscos fixos. Essa nova fase, mais compradora, indica que a companhia está menos dependente apenas da venda de fazendas para gerar caixa. A empresa possui um portfólio de aproximadamente 275 mil distribuídos, transformando-se em terras próprias e áreas arrendadas.
In – Blusa peplum
Out – Blusa com alça finas





