Colunistas

Cláudio Humberto

"Paz sem voz não é paz, é medo"

Deputada Bia Kicis (PL-DF) usa trecho de música de O Rappa para definir o Brasil atual

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BB se despede da eficiência com ‘banho’ nos rivais

O crescimento de 84% no lucro líquido do Banco do Brasil, no terceiro trimestre, desmoralizou velhos conceitos sobre “ineficiência” do setor público. Nos 214 anos do BB, nunca se viu algo assim: o lucro líquido projetado de R$32 bilhões no ano é o dobro da média dos bancões privados.

Graças à eficiência que parece condenada à morte pelo futuro governo, o BB pôde somar crédito de R$286 bilhões para o agronegócio, por exemplo. Mas Lula já avisou que banco público “não pode dar lucro”. 

O papel do lucro

A concepção atrasada do PT acha lucro “pecaminoso”, mas é o resultado positivo que permite ao banco cumprir a função essencial de crédito.

Show de bola

A carteira de crédito do BB soma quase R$1 trilhão (R$970 bi), também beneficiando pessoas jurídicas (R$355 bilhões) e físicas (R$282 bilhões). 

Valor de mercado

O balanço fez catapultar o valor de mercado do Banco do Brasil, nos últimos doze meses, de R$83 bilhões para R$106 bilhões.

Cliente adimplente

Até a inadimplência, que cresceu em flecha nos bancões, no Banco do Brasil se manteve muito baixa, o que reforça sua gestão eficiente.

Nova ‘onda’ de covid pode ser desculpa perfeita

A imprensa começa a ecoar falas de “especialistas” sobre aumento do perigo de uma nova onda de covid no Brasil, usando principalmente o aumento de casos e mortes como justificativa. Mas, dados do Conass e Worldometer mostram média diária de 43 mortes por covid, que está entre as dez menores desde o início da pandemia. E muitos suspeitam existir outros motivos para injustificada preocupação: as manifestações.

Caminho lógico

A primeira “recomendação”, já feita pelos especialistas, é a volta das máscaras. O próximo passo seria impedir as manifest... aglomerações.

Menos é mais

A média atual é 7ª menor desde abril de 2020 e todas as outras seis foram registradas nos últimos 40 dias, segundo o Worldometer.

Comparar importa

Com população de 3 a 4 vezes maior, a média brasileira é menor que Alemanha (150), Reino Unido (68), França (58) e similar à Itália (41).

Velhos hábitos piorados

O presidente eleito Lula nem tomou posse e já voltou a usar jatinhos de empresários amigos, mas o pior é que a aeronave foi usada, emitindo toneladas de CO², para ir à COP27, no Egito, defender meio ambiente.

A democracia sou eu

Ainda ecoam as palavras do chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Ele afirmou em Nova York que quando se “ataca” autoridades da justiça eleitoral “o que se ataca é a democracia”.

Evento caça-níqueis

Assim como não se vê ministro da Suprema Corte dos Estados Unidos falando mal do seu país, principalmente no exterior, tampouco qualquer magistrado do “STF americano” participa de eventos caça-níqueis.

Déjà vu

O deputado Sandro Alex (União-PR) disse que a ida de Lula à COP 27 é história repetida. “Um dos primeiros capítulos da Lava Jato foi carona no jato de doleiro com André Vargas”, ex-dirigente do PT que acabou preso.

Inimigo, uma lenda

Criticado por falar mal do Brasil no exterior e até se referir a Jair Bolsonaro como “inimigo”, o ministro Luis Roberto Barroso disse em Nova York: “Criou-se a lenda de que o STF é contra o presidente...”

A volta de Joesley

Além de José Seripieri Filho, dono do jato que levou Lula à COP 27, Joesley Batista também retornarão ao poder. Com ou sem Henrique Meirelles, seu ex-funcionário no Banco Original, na Fazenda.

Tocar não pode

Em Nova York, Alexandre de Moraes filmou pai e filha com celular, e até caminhou em direção à garota de forma que o homem considerou ameaçadora. O ministro parece recuar apenas quando o pai lembra o país onde se encontravam: “Se tocar nela, vai ter problema...”

Pobre que se exploda

O Tribunal de Contas da União (TCU) apenas atrapalhou a vida dos beneficiados do Auxílio Brasil e a própria Caixa, demorando a decidir sobre tentativa do MP de Contas de barrar o consignado.

Pensando bem...

...se o Tite levar os 11 supremos, o Brasil volta do Catar com o hexa e o hepta na mala.

PODER SEM PUDOR

Desconto na enchente

Recife sempre conviveu com enchentes, mas o deputado arenista Lael Sampaio se despediu da Secretaria de Obras do governo estadual com uma frase de efeito da qual se arrependeria. “Cumpri meu dever: resolvi 40% das enchentes do rio Capibaribe!” O deputado Livino Valença (MDB) não conteve o aparte, cheio de ironia: “Graças a Deus! Na próxima cheia só vou ter lá em casa 1,20 m de água, porque na última chegou a dois metros!”

ARTIGOS

Qual a relação do Canal do Panamá com a logística internacional do Brasil

13/02/2025 07h30

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Recentemente, o atual presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, demonstrou grande interesse na retomada do Canal do Panamá. O Canal, considerado como uma das grandes obras de engenharia do planeta, conecta o Oceano Atlântico ao Pacífico pelo Panamá, reduzindo distâncias e custos no transporte internacional de cargas.

Em 1903, os EUA firmaram o Tratado Hay–Bunau-Varilla assegurando direitos para construção e administração do Canal. Em 1977, pelo tratado Torrijos-Carter, ficou definido que a administração do Canal deixaria de ser dos EUA e passaria a ser da Autoridade do Canal do Panamá a partir de 31/12/1999.

O Canal tem sido muito utilizado, principalmente pelos EUA, por conectar a costa Oeste a Leste (ou vice-versa), reduzindo custos logísticos – uma vez que o custo unitário do transporte marítimo tem sido bastante competitivo para longas distâncias em relação aos outros modos de transporte, principalmente decorrente da eficiência energética e da economia de escala de grandes volumes.

Uma curiosidade: o navio Panamax (capacidade em torno de 65-80 mil toneladas) recebe esse nome pelo fato de ter as dimensões compatíveis para atravessar o Canal. Tal navio, inclusive, tem sido bastante utilizado para a movimentação de granéis sólidos agrícolas, como soja e milho, por exemplo. Mais recentemente, o navio Neopanamax (com capacidade superior ao tradicional Panamax) também, após ampliação do Canal.

Qual a principal vantagem do Canal do Panamá para o Brasil? Há duas grandes rotas para conectar o Brasil até a Ásia: uma é utilizar a rota pelo Cabo de Boa Esperança (África do Sul) e outra o Canal do Panamá. O canal apresenta uma grande vantagem: reduz a distância do transporte marítimo entre Brasil e Ásia, principalmente tomando como referência os portos da região Norte e Nordeste do Brasil.

Para se ter uma ideia: a distância marítima entre Belém (PA) para Xangai, na China, pelo Canal do Panamá é de 20,4 mil quilômetros. Utilizando um outro trajeto, que é via Cabo de Boa Esperança (África do Sul), a distância é de 22, 4 mil quilômetros – uma diferença de quase 2 mil quilômetros.

Isso reflete em menor consumo de combustível e outros itens de custos, sem falar no aumento na quantidade de viagens ao longo de um ano que um navio consegue performar com esse ganho de distância. No caso do porto de Santos, o Canal do Panamá não é vantajoso pelo fato de ter uma distância maior de percurso para a China do que em relação ao Cabo de Boa Esperança.

Por outro lado, essa vantagem de distância é devidamente descompensada pela alta tarifa do uso do Canal do Panamá, que tem girado em torno de US$ 80 mil a US$ 300 mil por navio, a depender do tipo de embarcação e carga. Tarifas essas bastante criticadas pelo recém-presidente dos EUA. Para o caso de commodities agrícolas, essa vantagem de distância, principalmente dos portos da região do Arco Norte do Brasil até a China, é perdida, por conta de tal tarifa.

De toda forma, o Brasil ocupou a 15ª posição do ranking de países com maior volume operado no Canal do Panamá, de acordo com as estatísticas disponibilizadas pela Autoridade Portuária do Panamá. No ano passado, o Brasil movimentou 3,4 milhões de toneladas por essa via (1,6% do volume total do Canal).

O maior usuário são os EUA, com um volume movimentado de 157 milhões de toneladas (74,7% do total). Na sequência, aparece a China, com um volume de 45 milhões de toneladas (21,4%). Em termos de América do Sul, o Chile se destaca como o principal país: 17 milhões de toneladas movimentadas.

O Canal se destaca principalmente pela movimentação de contêineres. A movimentação de carga agrícola a granel é pouco expressiva. Grãos, por exemplo, foram 13 milhões de toneladas.

Certamente, tarifas mais competitivas do Canal podem beneficiar a logística brasileira nos fluxos de importação e exportação, principalmente para o Arco Norte, envolvendo a relação com as regiões do Pacífico (costa oeste americana) e Ásia, por exemplo. Da mesma forma, restrições de acesso ao uso do Canal pelo Brasil e seus parceiros comerciais podem trazer impactos na competitividade de custos logísticos.

CLÁUDIO HUMBERTO

"O paciente está na UTI"

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, sobre a situação fiscal do Brasil

13/02/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Estatais patrocinam evento-palanque para Lula

Tecnicamente quebrado, com rombo de R$500 milhões só em janeiro, como revelou esta coluna, os Correios desperdiçaram R$1,3 milhão para patrocinar um evento que nada tem com sua atividade, o “Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas”, que ocorre esta semana em Brasília. Mas não foi a única estatal a bancar um comício fora de época para o petista. Também Banco do Brasil, Caixa, Serpro e Petrobras foram obrigadas a bancar o evento promovido por entidade presidida por prefeito petista.

É dinheiro público

Os Correios estão sangrando. Sob a presidência do advogado Fabiano Silva dos Santos, o prejuízo chegou a R$3,2 bilhões em 2024.

Pau no trabalhador

O desperdício irritou funcionários dos Correios, muitos com salários atrasados ou com 13º confiscado para bancar dívidas do fundo Postalis.

Grana na gringa

Requerimento na Câmara cobra critérios para patrocínios como os R$600 mil jogados fora na Feira do Livro de Bogotá, Colômbia.

Rasga dinheiro

As demais estatais que bancam o evento-palanque, como a Petrobras, ainda não revelaram quanto torraram para patrocinar o evento.

Hugo Motta anima os defensores da anistia

Ao negar que tenha havido “golpe” ou “tentativa de golpe” na arruaça de 8 de Janeiro de 2023, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Rep-PB), levou alivio e muito otimismo à oposição, que recebeu como “grande sinalização” positiva sobre o projeto da anistia aos presos políticos condenados a penas consideradas desproporcionais e até cruéis. No PL, a percepção é de que Motta não criará dificuldades para a tramitação do projeto de anistia, melhorando a expectativa de aprovação.

Marca do pênalti

Quatro projetos de lei de anistia aos presos do 8 de janeiro protocolados na Câmara já estão prontos para serem votados.

Motivo claro

Também a declaração do ministro José Múcio (Defesa), reconhecendo que há inocentes entre os condenados, retemperou o ânimo das famílias.

Crime impossível

“É um crime impossível”, argumenta o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto da anistia.

Estava escrito

A primeira-dama Janja é certamente a primeira-dama dos últimos tempos que, ao contrário de ajudar a construir uma imagem positiva acaba por prejudicar o maridão presidente. A pesquisa nacional AtlasIntel foi um tiro de bazuca no ânimo dos petistas: 58% dos brasileiros a rejeitam.

Sem factoide

Tarcísio de Freitas (Rep-SP) foi a Lula destravar a licitação do túnel Santos-Guarujá. A imprensa amiga criou versões como “aproximação”. Nada mais falso. O encontro foi cordial, mas sem salamaleques.

Laíza emocionou

Provocou grande comoção mundo afora o vídeo de uma garota, Laíza, fazendo apelo emocionado ao juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que investiga denúncias de abusos de poder do STF. É filha de Clezão, comerciante gente boa de Ceilândia (DF) morto na Papuda. 

Incompreensível

Laíza Cunha contou que o pai, inocente, foi mantido preso pelo ministro Alexandre de Moraes apesar de ser doente, como atestavam relatórios médicos, e com parecer favorável da PGR à sua soltura.

Roubo inexplicado

Passados quatro meses do afano, ninguém sabe que fim levou o assalto ao carro do GSI de Lula no ABC. Sumiu colete à prova de balas, celulares, tablet, crachás funcionais... e ninguém explica nada.

Falando às paredes

Foi um fiasco o evento de 1º aniversário de uma lorota chamada “Nova Indústria Brasil, com Lula no Planalto. Cansados de embromation, ao menos um terço dos convidados deu uma banana ao presidente.

Declínio vertiginoso

Viralizou a trend “Efeito Lula”. Tinha de tudo; gastança do petista com a Janja, disparada da inflação, piora no ranking de percepção da corrupção etc. Com isso, atesta pesquisa AtlasIntel, Lula nunca foi tão mal avaliado. 

Foram os fascistas

E o cotovelo enfaixado de Lula, hein? Oficialmente é um “arranhão” de unha. Mas, à falta de versão aceitável, logo teremos alguém divulgando que a culpa, de novo, é do banquinho e do cortador de unhas fascistas. 

Pensando bem…

…acabar com guerras rendia Nobel da Paz.

PODER SEM PUDOR

Político sob pressão

Indicado governador de Minas em 1977, Francelino Pereira foi muito assediado para nomear correligionários. D. Bilica era das mais insistentes. Ele prometeu atender, mas nada. O tempo foi passando e meses depois encontrou-a instalada logo na primeira fila, numa solenidade. Saudou-a: “Olá, dona Bilica! Tenho uma boa notícia para a senhora: acabei de nomeá-la. Sai amanhã no Minas Gerais, o diário oficial do Estado.” Ela respondeu, em voz alta: “Como o senhor assinou a nomeação se só me conhece pelo apelido?” Constrangido, ele pediu desculpas e a nomeou dois dias depois.

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