Americanas: golpe arruína 5.879 pequenos credores
A fraude bilionária e ainda impune das Lojas Americanas fragiliza 15.615 credores (mais empregados, fornecedores etc), porém, as maiores vítimas são micro e pequenos empresários, que têm a receber até R$20 mil.
No total, 5.879 créditos de gente humilde vitimada pela empresa dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. São R$118 milhões devidos aos pequenos credores que as Americanas condenaram à morte. Equivalem a 0,003% dos R$49 bilhões do golpe.
Grande contingente
Os 5.879 pequenos credores das Americanas, que não devem receber o que lhes é devido, representam 38% do total de vítimas da fraude.
Isso antes dava cadeia
Somente no ano de 2022, as Americanas faturaram R$5,2 bilhões com a venda de produtos de fornecedores, e embolsaram todo o dinheiro.
Atraídos à arapuca
Fornecedores confiaram no trio bilionário e abasteceram suas 2 mil lojas com produtos, sobretudo na Black Friday, em novembro, e no Natal.
O maior da História
Na primeira semana de 2023, o rombo nas Americanas, de R$8 milhões, cresceu para R$20, depois para R$40 e está agora em R$49 bilhões.
Gasolina: oposição suspeita e quer Haddad depondo
A armação da equipe econômica de Lula, que segurou a divulgação do valor da reoneração dos combustíveis, deixou opositores indignados. O número só veio após a Petrobras reduzir o preço da gasolina e levantou desconfiança.
Para a oposição, é preciso esclarecer se o presidente Lula e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) tiveram acesso privilegiado e antecipado à informação, o que poderá ter favorecido interesses de investidores da estatal.
Na espera
Haddad e Silveira devem ser convocados via Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, assim que o colegiado for instalado.
Manobra
A revelação da porcentagem só após o anúncio da Petrobras foi vista como interferência e até possível “acordão” para diminuir o desgaste.
MPTCU cochila
Em março de 2022, o Ministério Público quis investigar Jair Bolsonaro por suposta interferência. A coluna verificou e, desta vez, nada foi feito.
Ânimos em baixa
O anúncio, ontem, após a reunião do grupo de trabalho que discute a reforma tributária na Câmara decepcionou até otimistas do governo. Que será só “colaborador”, diz o presidente do GT, Pedro Lupion (PP-PR).
Eurotrip
Marcelo Freixo já desfruta das benesses que conseguiu com a boquinha na Embratur, após ser rejeitado para o governo do Rio de Janeiro. Ele está na Europa, apreciando o que Portugal oferece aos visitantes.
Pior de todos
Para o deputado Kim Kataguiri (União-SP), o imposto de exportação anunciado por Fernando Haddad (Fazenda) é o pior tipo de imposto segundo especialistas: “Pune a Petrobras e as exportações”.
Ressaca de carnaval
Deputados federais tiveram uma terça-feira de moleza na Câmara. Não houve deliberação e, portanto, presença obrigatória em Plenário. Os microfones ficaram abertos apenas para discursos parlamentares.
Destaque claro
Já dura mais de duas semanas o destaque dado no site da Câmara à fala do presidente Arthur Lira (PP-AL), que negou prioridade à “revisão de reformas já aprovadas”, ao tratar da independência do Banco Central.
Roteiro da reforma
O governo Lula quer fatiar a reforma tributária em duas partes. Para o primeiro semestre, reforma e votação de projetos sobre consumo. Na segunda metade do ano, a pauta é patrimônio e renda.
Fiscalização
O deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR) pediu à Câmara a retomada da PEC que impede indicações políticas em tribunais de contas, após “esposas de quatro ministros de Lula terem sido eleitas ou indicadas”.
Enfim, inteligência
O deputado estadual catarinense Matheus Cadorin (Novo) apresentou esta semana o primeiro projeto de lei elaborado por uma ferramenta de inteligência artificial (corrigido por humanos) do Brasil.
Pensando bem...
...a reforma vai sair bem mais cara que obra.
PODER SEM PUDOR
O sr. é o famoso quem?
O ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger visitava o então governador de São Paulo, Mário Covas, em meio a notícias sobre intervenção federal no Banespa.
A certa altura, na entrevista coletiva sobre planos de investimento de empresas dos EUA no Brasil, Covas sugeriu que se fizessem perguntas ao visitante. Um jovem repórter se dirigiu a Kissinger: “O senhor veio aqui tratar do Banespa?”