Colunistas

Cláudio Humberto

"Que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho"

Jair Bolsonaro (PL) sobre a vitória do republicano Donald Trump nos Estados Unidos

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Ministros alvos de cortes se queixam de traição

Foi a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, quem soou a trombeta para que fossem chamados ao Planalto, para exercerem uma espécie de direito de defesa na reunião em que Lula (PT) definia com a equipe econômica a tesourada nos gastos públicos. A reunião começou com Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão). Ex-ministra do Planejamento, Miriam sabe que, sem os ministros alvos das medidas, o corte não anda.

 

Sobrou pra geral

Os ministros Desenvolvimento Social, Previdência, Saúde, Educação e Trabalho, chamados às pressas ao Planalto, reclamaram de “traição”.

 

Cama feita

Entre as opções da turma encabeçada por Haddad, tem ajustes no BPC, Fundeb e outros benefícios... mas ninguém foi avisado da intenção.

 

Sem embromation

O bicho pegou quando a solução dos ministros foi “combater fraudes”. Tebet explicou que só isso não seria suficiente. É corte mesmo.

 

Penduricalho

Sobrou até para “Bessias” da AGU, ausente, mas lembrado, que tenta engordar salário de sua turma com mais um privilégio: o auxílio-saúde.

 

Governo Lula reage mal à nova derrota da esquerda

Lula (PT) se demorou a cumprimentar o presidente eleito dos EUA, após insultar Donald Trump (R) e manifestar “preferência” pela candidatura afinal derrotada de Kamala Harris (D). Com idêntica cara de bunda, o ministro dos desacertos econômicos Fernando Haddad, cujo dever é zelar pelas boas relações com países que investem no Brasil, cometeu indelicadeza desnecessária, dizendo que o dia teria amanhecido “tenso”. A esquerda raivosa não captou o recado do Brasil que saiu das urnas.

 

Perdeu, mané

O silêncio inicial de Lula e a grosseria de Haddad mostram não haver caído a ficha na esquerda de que, outra vez em 2024, perdeu, mané.

 

Países têm interesses

Chefes de Estado e de Governo não podem ter “preferências políticas” nos países alheios, têm interesses a serem preservados ou viabilizados.

 

Muito parecidos

Assim como Lula ensaiou com Trump, o arqui-inimigo Bolsonaro fez erro idêntico, há quatro anos, demorando a reconhecer a vitória de Joe Biden.

 

Preferida dos ricos

Nos EUA, Kamala Harris só venceu o empresário Donald Trump entre os ricos. A democrata conseguiu 54% dos votos entre americanos com renda superior a US$100 (R$600) mil por ano.

 

Salazar reeleita

Foi reeleita a deputada republicana Maria Elvira Salazar, que defende cancelar o visto do ministro Alexandre de Moraes (STF) e demais autoridades que promovem atos de censura e perseguição política.

 

Duas caras

O senador Rogério Marinho (PL-RN) comparou ataques de Lula a Donald Trump ao novo discurso do petista, agora amigável ao presidente eleito dos EUA: “muda o discurso sem o menor constrangimento”.

 

Derrotas múltiplas

Para o cientista político Paulo Kramer, além de Kamala, os institutos de pesquisa foram os grandes derrotados nos EUA. “O duro é determinar em quem o povo americano menos confia”, diz. Incluindo a imprensa.

 

Intimidou, perdeu

Marcel van Hattem (Novo-RS) mandou às favas a Polícia Federal, que o aguardava para depor sobre seu discurso na Câmara. Chamou isso de intimidação e diz que não irá cumprir ordens ilegais.

 

Ninguém liga

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que já foi tão respeitada, passou vergonha divulgando vexatória carta a Lula pedindo corte das relações com Israel até que surja “uma Palestina livre”. Deu em nada.

 

BRB na F1

O BRB acertou em outra parceria, além do Flamengo, que fez disparar a clientela do banco. O piloto Gabriel Bortoleto, que marca a volta do Brasil à Fórmula 1, é patrocinado pelo BRB desde 2023.

 

Brasil derruba o Google

Após o Google apontar que o dólar teria atingido R$6,19, o maior site de buscas do mundo teve que retirar a cotação da moeda americana do ar. A “manutenção” afetou sites de finanças e câmbio em todo o Brasil.

 

Pensando bem…

…para agente da CIA, não importa quem é o presidente dos EUA.

 

PODER SEM PUDOR

Dama de vermelho

Primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden espantou os americanos no dia da eleição ao sair de casa vestindo vermelho, a cor republicana, e sugerindo possível voto no oposicionista Donald Trump. Ela sempre se manifestou inconformada com o Partido Democrata por humilhar seu marido substituindo-o na disputa presidencial. A primeira-dama fez lembrar a sabedoria do saudoso embaixador José Aparecido de Oliveira, que sempre recomendava aos políticos menos experientes: “Jamais conte suas brigas políticas em casa. Depois a gente se compõe com o adversário, esquece as desfeitas, mas as nossas mulheres, não; elas nunca esquecem”, enfatizava.

EDITORIAL

Carne de primeira, conduta de terceira

A carne que alimenta o mundo não pode sair de frigoríficos sustentados por estruturas frágeis e comportamentos questionáveis, como o que mostramos nesta edição

14/04/2025 07h15

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A exportação de carne bovina é um dos pilares mais sólidos da economia brasileira. Ano após ano, ela contribui significativamente para o superavit da balança comercial, reforçando o papel do País como uma potência mundial na produção de proteína animal. Com mercados exigentes como a China, os Estados Unidos e a União Europeia entre os destinos dos nossos produtos, o Brasil ocupa lugar de destaque na cadeia global de abastecimento alimentar.

Mato Grosso do Sul é parte essencial dessa engrenagem. Boa parte da carne bovina produzida e exportada pelo País é abatida em frigoríficos do Estado, os quais há décadas consolidam uma expertise no setor agroindustrial. A pujança do campo sul-mato-grossense está nos números e também na modernização do setor, que investe em qualidade, sanidade e tecnologia.

Entretanto, nem tudo nesse cenário é motivo de aplauso. Embora o setor frigorífico tenha, nos últimos anos, melhorado consideravelmente a sua imagem, ainda há práticas que resistem ao tempo e comprometem a reputação da indústria. É o caso, por exemplo, de empresas que acumulam dívidas milionárias, entram em recuperação judicial, deixam uma fila de credores à espera e, logo adiante, ressurgem sob uma nova razão social – ou com um novo CNPJ, mas no mesmo endereço, e muitas vezes com os mesmos controladores.

Aqui em Mato Grosso do Sul, essa prática é recorrente. Esta edição escancara um exemplo desse paradoxo: um frigorífico que deve milhões a produtores, ex-funcionários e à União, dividindo o mesmo espaço físico com uma empresa que se apresenta ao mercado como uma das três maiores do Brasil em volume de abates.
Essa lógica é insustentável em tempos de consumidores cada vez mais atentos e exigentes. 

A rastreabilidade da carne, a sustentabilidade da produção e, sobretudo, a ética dos agentes envolvidos são aspectos que ganham crescente importância. É inaceitável que, enquanto o Brasil exporta carne de qualidade, ainda importemos práticas empresariais que flertam com a fraude e a impunidade.

O agronegócio brasileiro é, sem dúvida, um motivo de orgulho. A ascensão do setor é merecida e deve ser louvada, por seu impacto econômico, social e tecnológico. Mas é preciso dizer: a grandeza de um segmento também se mede por sua capacidade de corrigir falhas, abandonar velhas práticas e assumir responsabilidades. Não basta ser gigante na produção, é necessário ser íntegro na conduta.

A carne que alimenta o mundo não pode sair de frigoríficos sustentados por estruturas frágeis e comportamentos questionáveis. O Brasil que queremos exportar precisa também refletir o Brasil que queremos construir internamente – ético, justo e comprometido com as regras do jogo.

cláudio humberto

"É um absurdo atrás do outro"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reage à abertura de processo contra o ex-presidente

14/04/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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“É um absurdo atrás do outro”
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reage à abertura de processo contra o ex-presidente

Calote no plano de saúde pode parar os Correios
Na base da pressão, a pelegada sindical dos Correios conseguiu marcar reunião com o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, para cobrar solução sobre o plano de saúde dos servidores.

A coluna obteve o áudio de um dirigente sindical da Fentec que detalha a situação crítica: “Desde novembro que os Correios não repassam os valores para a Postal Saúde [operadora do plano de saúde da empresa]”. A reunião será quarta (16), em Brasília. Se não resolver, ameaçam fazer greve.

Calculadora
O sindicalista diz que o débito da Postal Saúde é de R$178 milhões. Fontes dos Correios acham essa conta conservadora, o rombo é maior.

Cadê o dinheiro?
De tudo o que deve, os Correios só repassaram R$30 milhões, apesar do desconto no salário seguir religiosamente. O serviço acabou suspenso.

Como papagaios
Os Correios e a Postal Saúde repetem que estão empenhados “para regularizar a situação o mais breve possível”.

Noves fora, nada
A ANS, que fiscaliza o setor, disse à coluna que está de olho. Informou que a Postal Saúde estaria sob monitoramento “econômico-financeiro”.

Esquerda se cala sobre chantagem de Janones 
Cinco dias depois do vazamento da denúncia contra o deputado André Janones (Avante-MG), na Justiça de Minas Gerais, por ameaças e chantagem contra a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, sua ex-companheira, o PT e seus puxadinhos e os movimentos de mulheres que esses partidos controlam continuam a fazer vergonhoso silêncio.

Janones foi enquadrado na Lei Maria da Pedra e pode até ser preso, caso descumpra a medida protetiva decretada pela Justiça mineira.

Esconde o que é ruim
O silêncio de petistas et caterva repete o padrão de omissão de outros escândalos, como o caso do ex-ministro assediador de Lula.

Direito de assediar?
O caso do assédio do ex-ministro a Anielle Franco foi levado ao Planalto dois anos antes de vir a público. O governo não tomou qualquer atitude.

Cúmplices no abuso
Quem ganha votos e dinheiro “em defesa das mulheres” revela, com sua omissão, que autoriza abusos e assédio de correligionários e aliados.

Bate-cabeça
O clima entre Rui Costa e Jaques Wagner, já não era lá essas coisas, piorou. Costa soltou no PT que quer lançar candidatura ao Senado em 2026. Senador, Wagner está em fim de mandato e também quer a vaga.

Oi, sumida
Ressurge no Rio Grande do Sul a OAB velha de guerra, que orgulhava os brasileiros. Repercute artigo do seu presidente Leonardo Lamachia "Não à ditadura: a do fuzil e a do Judiciário", no site Diário do Poder.

Fake news
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) rechaçou qualquer desentendimento com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB). Há suspeita que a lorota foi plantada na imprensa governista para melar o projeto da anistia. 

Apoio do centro
A lista de apoiadores pela urgência do projeto que anistia os presos pelo 8 de janeiro teve assinatura de deputados de cinco partidos com ministros no governo Lula: MDB, PP, PSD, Republicanos e União Brasil.

Tem coisa aí
O Senado também reagiu a estatal Correios, tecnicamente falida, pagar patrocínios milionários a artistas como “cachê” pelo apoio na campanha de 2022. Eduardo Girão (Novo-CE) cobrou pente-fino nos contratos.

Era só fofoca
Sumiu a falante Simone Tebet (Planejamento) após dados do IBGE desmentirem a ministra, que prometeu queda no preço dos alimentos “nos próximos 60 dias”. IPCA mostrou o contrário: alta nos produtos.

Olho no oráculo
O Banco Central divulga o novo Boletim Focus, nesta segunda-feira (14). Há um ano, no segundo boletim de abril 2024, a pesquisa do BC previa o dólar a R$5 dali a um ano. Na sexta-feira (11) chegou a R$5,91.

Maré sobe?
A Fundação Getúlio Vargas divulga, nesta terça (15), o IGP-10 de abril, índice que mede a inflação dos primeiros dez dias do mês. Outro índice da inflação, o IPCA do IBGE já registrou alta de 0,56% em março.

Pensando bem…
…e a picanha?

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Lados sempre a favor
A jornalista mineira Ângela Carrato conversava com Hélio Garcia, então prefeito de Belo Horizonte e governador indicado por Tancredo Neves. Na época, Tancredo articulava sua candidatura a presidente, no colégio eleitoral, e pregava o “entendimento”. Estava na moda a frase politicamente correta “ver as coisas sempre pelos dois lados”. Garcia, sempre sincerão, garantiu, solene: “Eu sempre vejo as coisas pelos dois lados: o meu e o dos meus amigos.”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
 

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