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GIBA UM

"Que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil, porque a gente não..."

"... vai aceitar", de Lula, depois de "química" de telefonema e antes da Malásia, dando uma de machão fora de hora

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O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, que foi flagrado, em pleno expediente em uma loja de artigos de luxo avaliando cuidadosamente canetas Mont Blanc, que são produtos notoriamente sofisticados e de alto custo, acabou comprando um “mimo” por assim dizer, mais simples no valor de cerca de R$ 3.000 (praticamente dois salários-mínimos).

MAIS: o que chama atenção são os ganhos do ministro  ao alcançar a notável quantia de mais de R$64 mil durante o mês de julho, resultado da união de seus salários oficiais e benefícios adicionais.

Essa situação contrasta com as dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros e levanta questões sobre prioridades e o discurso público de contenção.

Prisão em banho-maria

O senador Carlos Viana, (Podemos- MG), presidente da CPMI encarregada de investigar o roubo bilionário direcionado aos aposentados, solicitou ao ministro do STF, André Mendonça, que sejam decretadas as prisões já autorizadas pela comissão.

Até o momento, há 19 mandados de prisão contra os principais participantes do esquema criminoso. De acordo com o senador, os pedidos são embasados em provas documentais, depoimentos e laudos periciais que evidenciam a participação direta de certas pessoas no crime contra os aposentados.

"Ministro André Mendonça, o Brasil confia em sua excelência. Temos plena consciência de sua integridade, fé e comprometimento com a verdade. Contudo, o Brasil exige a ação da justiça; as prisões que já foram aprovadas precisam ser decretadas, para que o poder da verdade vença o silêncio da impunidade".

Pérola

“Que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil, porque a gente não vai aceitar”

Pneu novo

O Senado Federal concluiu a compra de 79 SUVs de luxo (do modelo Chevrolet GM Equinox, ano 2025 e totalmente novos) e uma minivan (seminova no modelo JAC T), que farão parte da frota disponível para os parlamentares e para a instituição.

O contrato de locação, assinado em maio, totaliza R$ 47.791,200 e foi firmado com a empresa Quality Aluguel de Veículos S/A, que venceu o processo licitatório. As  79 SUVs terão uma despesa mensal de R$ 790.987,50; e a minivan com um custo mensal de R$ 5.532,50.

O contrato determina que a empresa locadora será encarregada de todas as despesas operacionais, que englobam combustível, serviços de manutenção (tanto preventiva quanto corretiva), lavagem, seguros, taxas e impostos.

Entretanto, é responsabilidade do Senado contratar os motoristas. Além disso, o documento prevê a possibilidade de renovar a frota a cada dois anos. Em comparação com o contrato anterior, há um aumento significativo no valor desembolsado pela Casa para a locação dos veículos.

Com o novo contrato, o custo mensal do serviço será de R$ 796.520, se comparado aos R$ 384.822,40 que eram pagos mensalmente na contratação anterior, que utilizava veículos do tipo sedan.

Conta d’água milionária 1

Desde que Lula tomou posse como presidente, as despesas com água nos seus palácios aumentaram consideravelmente: em um intervalo de apenas dois anos e oito meses, ultrapassaram a quantia consumida durante os quatro anos que Jair Bolsonaro (PL) esteve no cargo.

De janeiro de 2023 até agosto de 2025, os palácios Alvorada, Planalto, Granja do Torto, Pavilhão das Metas e o Gabinete de Segurança Institucional registraram um total de R$ 13 milhões em água.

No período em que Bolsonaro esteve no governo, de 2019 a 2022, o valor total foi de R$ 12.459.635,64. Os dados são oficiais e foram fornecidos pela Casa Civil do Planalto.

Conta d’água milionária 1

No ano em que Lula assumiu o cargo, a despesa com água subiu de R$ 3,9 milhões para R$ 5,3 milhões em 2024, já superando R$ 3,7 milhões neste ano.

Na residência oficial, o Alvorada, onde Lula se recupera quando não está hospedado em hotéis luxuosos ao redor do planeta, os custos alcançaram R$ 822,3 mil em um período de oito meses.

Mais: Somente os gastos relacionados à água no viveiro do Alvorada, até agosto deste ano, ultrapassaram R$ 401,7 mil, um montante equivalente ao valor de um apartamento.

Sempre rainha

Como diz o velho ditado quem é “rainha nunca perde a majestade”, e com Xuxa Meneghel, a “eterna rainha dos baixinhos” é assim. Mesmo não tendo seu trabalho voltado exclusivamente para o público infantil, a apresentadora se orgulha do título.

Eleita pela revista Variety “a maior popstar do Brasil” e sendo escolhida a 60ª mulher mais sexy segundo o Clube Vip (perfil nas redes sociais da antiga revista masculina Vip, publicada até 2018).

Xuxa tem outros recordes como a venda de 2,6 milhões de cópias do seu primeiro Xou da Xuxa, e seu programa com nome homônimo ao álbum musical foi exibido em 17 países da América Latina.

Aos 62 anos é vegana e faz exercícios 6 vezes por semana e não tem medo do envelhecimento. E até brinca que ela mesmo tira sarro dela: “As pessoas, na verdade, não gostam de ver as outras envelhecerem, e há por isso essa cobrança.

Se eu me cobro, as pessoas também irão cobrar. Tiro sarro de mim mesma em relação a isso. Não tenho o que cobrar deles, para que tenham outra maneira porque chega até a ser engraçado. Envelhecer tem de ser leve, ainda mais num país onde tudo é Carnaval, tudo é divertido, a gente não pode se cobrar tanto.

A gente se esquece de ser brasileiro nessas horas. Só o fato de eu estampar uma capa de revista já é uma maneira de mostrar que a gente tem espaço. A mulher em qualquer idade, em qualquer posto, em qualquer corpo tem espaço. Não preciso ficar dizendo o que gostaria de fazer para motivar as pessoas.

A imprensa me coloca num lugar sempre tão legal. Estou envelhecendo, e as pessoas estão envelhecendo comigo, e as pessoas estão me respeitando, e isso é legal para qualquer idade”.  Mais: Xuxa mostra toda sua beleza e boa forma na capa de comemoração de 10 anos da revista Wow, onde se exibe até de topless.

Lewandowski busca apoio

Nesta semana o ministro, Ricardo Lewandowski (Justiça), pretende convocar governadores e secretários estaduais de segurança para um encontro em Brasília. O intuito é angariar apoio político para a aprovação do projeto de lei que endurece as penas para integrantes de organizações criminosas.

O "PL Antifacção" aumenta as sanções para indivíduos envolvidos em atividades criminosas. Durante meses, o ministro tem buscado a colaboração dos governos estaduais para viabilizar a PEC da Segurança Pública no Congresso, mas sem sucesso. A proposta enfrenta resistência dos estados, que enxergam a medida como uma intromissão do governo federal nas atribuições estaduais.

Assim como a PEC da Segurança Pública, o “PL Antifacção” deverá enfrentar desafios devido à possibilidade de utilizar recursos do Fundo Nacional de Segurança para financiar a intensificação das investigações contra o crime organizado.

O projeto inclui, entre outras coisas, a infiltração de agentes e a vigilância das comunicações entre presos e advogados, o que exigirá a aquisição de equipamentos específicos para as penitenciárias.

"Inimigo externo"

Lula parece estar seguindo uma estratégia de tensão ao adotar um tom desafiador em relação aos Estados Unidos quase diariamente, especialmente nas vésperas de um possível encontro na Malásia com o presidente Donald Trump.

Essa abordagem reforça sua retórica política ao manter um discurso que foca na luta contra um "inimigo externo" e na "proteção da soberania nacional".

No entanto, um possível acordo com os EUA poderia diluir essa narrativa que lhe garante apoio entre seus simpatizantes.

O impacto dessa postura em relação ao futuro do País, no entanto, é incerto e levanta preocupações sobre as eventuais repercussões diplomáticas.

Mundo da contravenção na tela

O universo da ilegalidade no Rio de Janeiro é mais uma vez explorado no mundo do streaming com "Os Donos do Jogo", uma nova série da Netflix.

A narrativa foca em quatro famílias rivais que lutam pelo controle do império da contravenção. Os conflitos aumentam em um ambiente familiar repleto de segredos.

A possível legalização das apostas, a atenção de uma organização criminosa internacional e a rápida ascensão de um novo aspirante ao poder na cidade tornam a situação ainda mais instável.

A pré-estreia da série aconteceu na quinta-feira (23) no Jockey Club do Rio de Janeiro, onde parte do elenco estava presente, e reuniu jornalistas e convidados para uma première.

Entre os famosos que participaram do lançamento estavam Juliana Paes, Mel Maia, Giullia Buscaccio, André Lamoglia, Xamã, Chico Diaz, Dandara Mariana, Tuca Andrada, Pedro Lamin, Isabella Santoni, Cris Vianna  e Ruan Aguiar, entre outros. A primeira temporada terá 8 episódios, e estreará no dia 29 de outubro. A série foi criada e dirigida por Heitor Dhalia, o mesmo de DNA do Crime.

Candidato novo (de novo)

Na semana passada o ex-parlamentar Cabo Daciolo, hoje filiado ao Republicanos  anunciou sua pré-candidatura à presidência da República nas eleições de 2026.

A mensagem foi compartilhada em uma postagem nas redes sociais, acompanhada por um versículo do livro de Jeremias, capítulo 29.

Em sua publicação, Daciolo reavivou o discurso nacionalista e religioso que marcou sua campanha em 2018 onde candidatou ao mesmo cargo e obteve mais de 1,3 milhão de votos, equivalente a cerca de 1,26% dos votos válidos.

O comunicado enfatiza a determinação de Daciolo de retornar à política nacional com uma mensagem centrada na fé e na soberania do país.

Daciolo se destacou em pleitos anteriores devido à sua retórica religiosa e às frases impactantes que proferiu durante os debates eleitorais. Vale lembrar que em 2022 ele tentou uma vaga no Senado pelo Rio, sem sucesso. 

Rabino afastado

A Congregação Israelita Paulista acaba de divulgar nota  onde reafirma seu compromisso com a verdade, a ética e à dignidade humana e afasta o rabino Ruben Sternschein, argentino, de suas funções por prazo indeterminado para se concentrar em sua defesa.

A revista ‘Piauí’ publica grande matéria sobre as aventuras sexuais do rabino sênior da instituição. A publicação reconstituiu a história de cinco mulheres a partir de entrevistas – ora com elas, ora com pessoas próximas – e também teve acesso a um documento de cinco páginas enviado a organização Conferência Central de Rabinos Americanos, com sede em Nova York.

No documento, os relatos descrevem o envolvimento de Sternschein em quatro casos de assédio sexual e oito casos de assédio moral. Ele nega: diz que tudo foi consentido. Terá de provar ataques e romances contados em detalhes na publicação. 

Ruim para 44,9% dos brasileiros

Uma pesquisa realizada pela Apex/Futura, entre os dias 16 e 21 de outubro, com 2.000 entrevistas, mostra que 44,9% da população brasileira classifica o presidente Lula  como ruim ou péssimo.

Em contraste, 32,9% o julgam como bom ou ótimo. Os que não possuem uma opinião definida ou optaram por não responder representam 2,3%, enquanto aqueles que avaliam seu desempenho como regular totalizam 19,8%.

Em relação a setembro, a fração de pessoas que vê Lula  de maneira negativa diminuiu, antes era 48,5%. Por outro lado, a avaliação positiva, que estava em 33,2%, teve também uma leve queda. 

Mistura Fina

Lula acha que  “perdeu a rua”, como dizem os petistas, mas a nomeação de Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral não objetiva apenas laçar “mortadelas” para fazer número em seus comícios.

A intenção é afastar o político do PSOL das eleições de 2026, em São Paulo. O político da extrema-esquerda seria “candidato natural” do PSOL ao governo estatual paulista, mesmo com chances reduzidas, mas Lula tem compromisso de apoiar Geraldo Alckmin (PSB) na disputa.
 
Guilherme Boulos topou abrir mão da candidatura em troca de salamaleques no cargo de ministro, incluindo gabinete lotado de boquinhas para aliados.

Residência oficial, seguranças e carrão oficial de placa verde e amarela, reservado a ministros, estão entre os privilégios de Boulos. Outra regalia são os jatinhos da FAB “de graça” para voar sem limites e sem custos – para ele – Brasil afora. 

A indicação de Jorge Messias para suceder Luís Roberto Barroso no STF tem 90% de chances de acontecer, mas por enquanto permanece indefinida. Contudo, Messias já está trabalhando para assegurar que seu sucessor atue na Advocacia Geral da União, se Lula optar por ele para o Supremo.

Flavio Roman, que atualmente é o Advogado Geral da União Substituto, é sua escolha favorita. Roman também conta com um apoio considerável da AGU. Isadora Cartaxo, advogada da União, é a principal adversária, tendo boas conexões com os ministros do STF, incluindo Barroso.

Autorizado  pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro no dia 29 de outubro, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), decidiu cancelar a visita ao Capitão. 

E a explicação é a mais simples e honesta, é porque atua como relator da CPMI do INSS. O cancelamento da ida tem como intuito evitar "sugestões ou questionamentos" sobre sua atuação na comissão parlamentar. 

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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