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Aqui, neste espaço em 03/11/2022, escrevi um texto que se intitulava “As Pegadas da Ultra Direita” onde partir das noticias da época, sobre o mundo dito civilizado, que se referiam ao segundo turno da eleição francesa (2022), e entre nós, a polarização, o balão midiático da terceira via inventada, as agendas ufanistas e naturalmente as constantes interpretações equivocadas da nossa constituição, assuntos que exigiam de reflexão sobre a economia a partir de uma suposta da nova ordem política e econômica que se desenhava para o porvir.   

Na Europa, numa tentativa de reverter o “status quo”, a extrema direita se organizava e se preparava para uma disputa acirrada entre diversas correntes ideológicas antagônicas aos que se opunham e se juntavam para frear as ideias extremistas dos conservadores que se propunham a estabelecer uma administração contrária aos princípios republicanos básicos.

As tais “pegadas” passariam ao largo da França, mas se agrupavam na Espanha, se mantinham firmes na Alemanha, ocupariam mentes na Itália, e em direção à Suécia, um país com visões tradicionais socializantes até então. 

O nacionalismo pregado pela direita conservadora passou a ser uma contraposição aos direitos sociais conquistados, justificando-se pelo desgosto com a política partidária, a invasão migratória mundial, que supostamente se apropriam de suas oportunidades de trabalho, a segurança e o bem estar, levando a incerteza na economia, e assim como os riscos sobre os direitos à propriedade privada, todas politicas conceituais do neoliberalismo.

Tais discursos passaram a se propagar no Continente Europeu, nos EEUU, e em alguns dos nossos vizinhos próximos onde governos personalistas pregam o nacionalismo reservado, copiando o “mote”: América para os americanos. 

Aqui, enfrentamos um nacionalismo xenófobo, uma plêiade de comentaristas conservadores, uma miríade de notícias falsas, uma censura branca nas comunicações, veículos cooptados com grupos econômicos para garantir suas preferencias mercadológicas. O mais grave, a democracia em jogo, posteriormente colocada em risco com a invasão de instituições republicanas.

Como resultado após as expectativas de mudanças políticas na Europa, observou-se que ocorreu o respeito ás diferenças ideológicas, que a continuidade da polarização extremada não seria um motivo para acirrar as divergências, e o combate a extrema direita surtiu o efeito esperado. 

Hoje, vemos que o plano politico da ultradireita internacional continua crescendo ao cogitar sobre o controle severo à imigração, a revisão dos direitos nacionalistas em relação a acordos internacionais, a persecução relativa às ilegalidades e aplicação rígida de leis sobre a livre expressão, a redução de impostos para classes de privilegiados, e o reducionismo do estado nas políticas publicas sociais.   

Ao mesmo tempo supúnhamos uma esquerda retraída, sem eco, com falas mais amenas de modo a evitar a radicalização, de modo a não se por radicalmente às ideias xenófobas, nacionalistas, pela defesa do Estado mínimo, pelo livre mercado, todas posições contrárias aos direitos coletivos e ao bem estar da sociedade, mas com a intenção de manter uma posição de um discurso conciliatório.

O avanço sorrateiro da uma política ultra direitista na Europa foi retraído e minado por aliados de direita que passaram a divulgar e afirmar serem avessas às perseguições às questões étnicas, religiosas, e sociais, passando a um discurso palatável aos cidadãos. Além disso, o Presidente francês após a vitória da extrema direita ao ocupar espaços nas cadeiras do Parlamento Europeu apressou-se a dissolver o parlamento nacional francês e convocar eleições livres em dois turnos, de modo a salvaguardar e buscar a manutenção das ideias de centro.

O segundo turno das eleiçoes acordou os eleitores franceses, dando vitória e espaço à esquerda que passou a abrir dialogo como o partido de centro de modo extirpar as chances das ideias conservadoras.

A direita francesa insiste após a derrota democrática que vencerá futuramente, e ajudará na reconstrução de um novo país.

Realmente, as tais “pegadas da ultradireita” novamente passaram ao largo da França, estão fora da Espanha, ainda vívidas na Alemanha de centro- esquerda e na Itália, mas longe da social democracia de centro de Portugal, ou da vitória trabalhista no Reino Unido; e entre nós rechaçada, embora se exija a constante vigilância, pois os rastros denunciam que a democracia no mundo sempre está em risco permanente. 

Cláudio Humberto

"Direita sem Bolsonaro é golpe"

Deputado Sanderson (PL-RS) sobre a ameaça de racha nas hostes bolsonaristas

20/10/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Boulos torrou R$7,3 milhões em ‘impulsionamento’

O candidato de extrema-esquerda à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), gastou sem piedade o dinheiro do fundão eleitoral para impulsionar sua campanha nas redes sociais: R$7,3 milhões. Os que mais gastaram são os que estão atrás nas pesquisas. Candidatos das 15 capitais onde haverá 2º turno, incluindo Boulos, já engordaram em R$18,3 milhões os cofres de Mark Zuckerberg, dono da Meta (das redes Facebook e Instagram). As informações são da Justiça Eleitoral.

Levou a prata

Em 2º lugar na gastança está outro nome da esquerda, Evandro Leitão (PT), que disputa a prefeitura de Fortaleza (CE): R$4,3 milhões.

Nunes em 9º lugar

Na campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), líder nas pesquisas, o Facebook representa a nona maior despesa: R$1,7 milhão. 

Líder nem precisa

Em Porto Alegre, Maria do Rosário (PT) gastou R$280 mil, mas a Meta não viu a cor do dinheiro de Sebastião Melo (MDB), líder nas pesquisas.

Tem quem não gaste

Ao todo, sete candidatos de capitais não registraram gastos com o Facebook. Outros 23 fizeram evaporar entre R$24 mil e R$7,3 milhões.

Rivais queimam Hugo Motta como ‘nome de Cunha’

Com o afunilamento dos acordos e a eleição para presidente da Câmara se aproximando, cabos eleitorais de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA) tentam queimar o filme do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) junto a petistas lembrando suas ligações ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que concretizou o impeachment de Dilma Rousseff. Também o ligam ao presidente do PP, senador Ciro Nogueira, alegando que o ex-ministro de Bolsonaro foi quem o escolheu.

Passado impertinente 

Com o centrão rachado, o PT virou a atual “noiva” da disputa. Como Ciro foi chefe da Casa Civil do governo anterior, pega mal entre petistas.

PL se garantiu

Motta tem apoio velado de Arthur Lira (PP-PI), que deixa a cadeira em fevereiro, e do PL, que, em caso de vitória, ficará com a vice-presidência.

Terreno na lua

Brito e Elmar resolveram se aliar na disputa. Para atrair o governo, prometem de tudo, como fidelidade do União Brasil e do PSD na Casa. 

Invertida

“Quem é amigo de Maduro no Brasil mesmo?”, perguntou o estadual Carmelo Neto (PL-CE) a Geraldo Alckmin, após o vice-presidente dizer que “quem gosta de ditadura não deveria disputar eleição”.

Papagaiada

Entre a inauguração fake de sexta (18), protagonizada pelo chefe da Secom, Paulo Pimenta, e esta segunda (21), quase 30 mil pessoas, em 200 voos comerciais, deixaram de usar o aeroporto de Porto Alegre.

Jogatina continua

O governo insiste no falatório de bloquear o uso do cartão do Bolsa Família nas jogatinas online. Já se foram R$3 bilhões pelo ralo de 3 milhões de beneficiários e nada de bloqueio do cartão.

Assim não dá

Parlamentares do Novo entraram com representação no TCU para barrar penduricalhos que turbinam salários na Advocacia Geral da União. Só o auxílio saúde suplementar pode engordar os salários em R$3,5 mil.

Em ditadura é assim

O Brasil se vê diante de projeto de lei que lembrar direitos dos cidadãos, previstos na Constituição, proibindo “monitoramento” de cidadãos pelo Ministério da Justiça. O projeto é de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Vale tudo

Como disse Dilma Rousseff, vale até “fazer o diabo” por votos. Detestado pelo PT baiano, Elmar Nascimento (União-BA) sobe em palanque petista em Fortaleza (CE) pedindo votos para presidente da Câmara.

Leis frouxas

O aumento no número de suspeitas de crimes financeiros é “puro suco de Brasil”, avalia o Delegado Marcelo Freitas (União-MG). O deputado avalia que é resultado da sensação de impunidade.

Arquivo

Deu em nada investigação contra a deputada Clarissa Tércio (PP-PE) por supostamente incitar a quebradeira de 8 de janeiro de 2023. O processo foi arquivado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF).

Pensando bem...

...São Paulo perdeu para Cuba o posto de maior apagão do mundo em 2024.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Planos para visita íntima

Certa vez, durante almoço no saudoso Piantella, de Brasília, o dono do restaurante, Marco Aurélio, não parava de lamentar a condenação de um cliente ilustre, José Dirceu, no processo do mensalão, e a confirmação pelo próprio ex-ministro de que seria obrigado a cumprir quase dois anos de prisão em regime fechado. A todo momento, o chef olhava para Dirceu: “Zé, eu não agüento ficar dois anos sem você...” Ouvindo as lamúrias ao lado do jornalista Pedro Rogério Moreira, o ex-senador Heráclito Fortes (DEM-PI) gozador incorrigível, interveio: “Zé, vamos fazer o seguinte: quando você tiver direito a visita íntima, convoque o nosso Marco Aurélio!” E todos caíram na gargalhada. Inclusive Marco Aurélio, que, aliás, é espada.
 

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Querido professor!

20/10/2024 05h00

Dijan de Barros - colunista de empreendedorismo

Dijan de Barros - colunista de empreendedorismo

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Washington Olivetto foi, para mim, mais do que um publicitário de sucesso. Ele foi uma fonte de inspiração, um farol que iluminou meu caminho na publicidade e na vida.

Escolhi ser publicitário por causa dele, movido por sua capacidade única de transformar ideias simples em mensagens poderosas e criativas, que marcaram gerações e moldaram a comunicação no Brasil.

Mesmo que hoje eu atue em diversas frentes de trabalho e projetos, a essência do que aprendi com ele permanece viva em tudo o que faço. Sinto uma imensa gratidão por tudo o que ele fez pela publicidade brasileira e pela minha formação como profissional e como pessoa.

Olivetto não apenas criou campanhas, ele contou histórias que conectaram pessoas e marcas de uma forma única. O "Garoto Bombril", os anúncios da Volkswagen, e tantas outras criações icônicas, não foram apenas peças publicitárias. Eram narrativas que capturavam a essência do cotidiano, do humor e da cultura brasileira.

Ele trouxe a publicidade para mais perto das pessoas, transformando-a em algo acessível e encantador.
Sua visão foi muito além do marketing.

Ele entendeu que a publicidade pode ser uma ponte entre o emocional e o racional, criando memórias duradouras. E foi justamente esse jeito de fazer comunicação que me fez sonhar em seguir os seus passos no início da minha carreira.

Apesar de não ter seguido estritamente na profissão, o que Olivetto representou moldou minha forma de ver o mundo e de me relacionar com minhas atividades. Hoje, em todos os projetos que desenvolvo, carrego essa lição essencial de transformar o simples em extraordinário.

Aprendi que a criatividade não tem limites, e que o impacto de uma boa ideia vai além de um produto ou serviço, ela pode inspirar e mover pessoas. E ele foi, sem dúvida, o meu grande professor nessa jornada. Seu legado vive em cada pessoa que teve o privilégio de aprender com ele, seja de perto ou através de suas obras.

Ter Washington Olivetto como referência me enche de orgulho. Ele me mostrou que ser publicitário é, acima de tudo, ser um comunicador de almas, alguém que entende e fala a língua das pessoas. Nunca deixarei de ser um eterno aprendiz desse mestre, e seu impacto em minha vida vai muito além da carreira.

Ele me ensinou a olhar para o mundo com curiosidade, a pensar fora da caixa e, acima de tudo, a valorizar a simplicidade. Que
privilégio ser brasileiro e ter Washington Olivetto como um símbolo do melhor que a publicidade mundial já produziu.

Hoje, ao refletir sobre sua partida, sinto um vazio imenso, mas também uma profunda gratidão por tudo o que ele nos deixou. Washington Olivetto é e sempre será um ícone, uma inspiração que transcende o tempo e que, com certeza, continuará a guiar muitos profissionais e sonhadores, assim como guiou a mim. A publicidade perdeu um gênio, mas seu legado viverá para sempre em nossas memórias e corações.

 

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