Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Sabiam de tudo e deixaram a tragédia acontecer"

Senador Marcos do Val (Podemos-ES) garante que Lula e o ministro Flávio Dino (Justiça) sabiam da gravidade das manifestações do domingo, em Brasília

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Congresso prepara convocação e ‘CPI do Dino’

Parlamentares na Câmara e no Senado preparam uma ofensiva para apurar a responsabilidade do ministro Flávio Dino (Justiça) nos atos de vandalismo em Brasília, ocorridos no início do mês. O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) gasta os sapatos para coletar assinaturas de apoio e instalar a ‘CPI do Dino’. No pedido de instalação, é destacado que o ministro teve “ciência prévia e privilegiada” da manifestação.

 

Faltou comando

O deputado destaca os alertas ignorados da Abin sobre a manifestação e o baixo efetivo da Força Nacional, que ficou à deriva.

 

Dois pesos

“Apenas o governador do DF foi afastado, enquanto o ministro de Lula segue respondendo por sua pasta livremente”, avalia o deputado.

 

Preto no branco

No Senado, Marcos do Val (Pode-ES) encabeça a ofensiva. Quer convocar Flávio Dino para explicar a inação diante dos fatos.

 

Nada fez

O senador avalia que Ibaneis foi induzido ao erro e quer apurar a responsabilidade do ministro de Lula, a quem acusa de prevaricação.

 

Minuta distancia Ibaneis de Torres, avaliam aliados

Após ser encontrada a minuta de decreto de estado de defesa na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, perdeu qualquer força o processo de impeachment contra o governador Ibaneis Rocha (MDB), pretendido por poucos na oposição na Câmara Legislativa do DF. A maioria dos deputados distritais acredita que Torres, à revelia do governador, pode ter se valido do cargo para promover, ou ao menos facilitar, a arruaça em Brasília no domingo (8).

 

Outra história

O documento “é prova cabal que se trata de situação distinta”, não podendo imputar dolo a Ibaneis, aponta o deputado aliado do governo.

 

Colaborativo

Parlamentares também avaliam como “muito positiva” a iniciativa de Ibaneis de, voluntariamente, prestar depoimento à Polícia Federal.

 

Base sólida

Parlamentares disseram à coluna que a base contrária ao impeachment de Ibaneis soma, “na pior das hipóteses”, 17 dos 24 deputados distritais.

 

Prego batido

Lula não quer mais ouvir especulações contra o ministro José Múcio (Defesa), ‘frito’ por petistas desde que tomou posse. Para o presidente, isso tira foco de ações positivas do governo e cria clima de conspiração.

 

Tamanho do tiro no pé

Mesmo após o aumento sancionado por Lula para os ministros do Supremo Tribunal Federal, que ganharão R$46,3 mil por mês, um ano de salários de ministros não consegue bancar a reforma da Esplanada.

 

Agora pode?

Já no governo Lula, que fez questão de jurar transparência e dizer que derrubaria o sigilo de Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde tem negado pedidos de informação sobre o estoque de medicamentos e vacinas.

 

Decisão atrasada

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) lamentou o veto do presidente Lula ao ensino de robótica e programação no ensino fundamental. “São duas áreas que vão crescer muito num futuro próximo”.

 

Sem ideologia?

Confrontada pela informação de que a sua CPI para investigar os “atos antidemocráticos” não tem apoio do presidente Lula, a senadora Soraya Thronicke (União-MS) disse que a comissão “não será de um governo”.

 

Ficou na chuva

Marília Arraes (SD-PE) está desgostosa com o PT. ‘Esquecida’ por Lula, que apoiou desde o primeiro turno das eleições, não espera ter cargo no governo para quando deixar a Câmara dos Deputados, dia 1º.

 

Horóscopo

Ocioso internauta tabulou signo dos invasores do STF para ver qual prevalece. Na ordem decrescente ficou: Touro, Gêmeos, Câncer, Áries, Virgem, Escorpião, Capricórnio, Peixes, Leão, Libra, Sagitário e Aquário.

 

Oportunismo

A já rejeitada iniciativa de expulsar do MDB o governador do DF, Ibaneis Rocha, nunca teve futuro. Caciques de diversas facções do partido são claros ao classificar como “lamentável ato de poucos oportunistas”.

 

Pensando bem...

...’escalada’ autoritária vira corrida num piscar de olhos.

 

PODER SEM PUDOR

Telúrico e religioso

O ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho ministro Francisco Fausto recebeu certa vez o ex-presidente da CUT e deputado Vicentinho (PT-SP). “É aqui onde o Rio Grande do Norte se encontra!”, saudou o ex-sindicalista. Fausto é de Areia Branca e Vicentinho de Acari, municípios potiguares. O deputado saiu de sua cidade aos 20 anos, por causa da seca. Ele se confessa “um telúrico” e, sempre que pode, visita a sua cidade natal. Mas causou espanto ao revelar: “Quando estou em Acari, fico conversando com Deus ao pé da serra...”

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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

ARTIGOS

Caminhos da vida

23/11/2024 07h30

Arquivo

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A humanidade foi criada em meio a forças provisórias, buscando possíveis maneiras de construir ambiente favorável a seus anseios de eterno. Sempre haverá pela frente um início, um meio e um fim. E tudo leva a um novo construir e a um reiniciar rumo ao eterno.

Enquanto caminha, descobre sempre novas possibilidades tanto para si quanto para a história que vai acrescentando valores às suas conquistas. Essa história vai se concretizando na medida em que cada qual aceitar doar um pouco do que seja seu e contribua na perfeição de todos os sonhos dessa mesma humanidade.

Mesmo com o avanço progressivo da ciência, sempre permanecerão interrogações buscando respostas e explicações que satisfaçam tantas inquietudes e tantas dúvidas. Querendo desvendar certos mistérios. Entre eles buscam saber para onde caminharia essa humanidade. Caminhará para um possível fim ou a um eterno recomeço?

Analisando os últimos capítulos do Evangelho de São João (Jo. 18:33-37), certas sentenças proferidas pelo Mestre dos mestres exigem atitudes de grande confiança e profunda fé. Dando atenção ao Rei Herodes como representante das dúvidas do povo que se sentia incomodado pela presença do Mestre, ele profere uma pergunta ousada: “Então, tu és rei?”. Prontamente respondeu “sim” decidido a qualquer consequência.

Contudo, advertiu que era Rei, não como os reis do mundo. Era e é um Rei diferente. Assumiu o título de tantos que, ou por herança ou por proclamação do povo, constituiria um tipo de governar. E tal personagem levava consigo muitos troféus, muito ouro e muitos escravos.

Esses reis eram respeitados por seus súditos e temidos por seus inimigos. Criavam invejas pelas perdas e pelos sonhos de novas conquistas. Nada satisfazia. A busca de novas conquistas estava no sangue desses reinados. Buscavam sempre mais e mais terras e riquezas. A inveja gerava novas guerras. E as guerras geravam novos inimigos.

O Mestre, mais do que ninguém, conhecia em profundidade essa realidade. Sabia e conhecia o seu sofrimento. Por isso, não permitiu que observassem a composição do seu reinado como os demais. Sua declaração revelaria que o seu Reino não se igualaria com os demais. Os reinos comuns tinham seus exércitos defendendo seus patrimônios, suas armas para combater os seus inimigos.

Os reinos desse mundo são governados pela ganância do poder e do permanente enriquecimento, não importando com a guerra, com as injustiças, com as violências que forem necessárias, com a finalidade de domínio. Felicidade dependerá do tanto de bens e posses a conquistar.

O Reino que o Mestre vem anunciar não tem nada disso. O reino do mundo luta pelo ter, enquanto o reino de Deus luta para ser. O mundo quer ter sempre mais, e Deus quer ser sempre mais. Com o querer mais, o ser humano se escraviza mais aos bens materiais. Já os irmãos do Reino dos céus se fazem mais solidários partilhando tudo entre si.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Delinquentes eram os seus amigos"

Senador Sérgio Moro (União-PR) trocando farpas com o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ)

23/11/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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‘Rival’ de Musk que Lula arrumou não tem internet

Para concorrer no Brasil com a Starlink, empresa de Elon Musk de acesso à internet de alta velocidade via satélite, o governo Lula arrumou acordo com suposta “rival” chinesa chamada SpaceSail. Mas é tudo fake: a chinesa nem sequer dispõe de serviço de internet. Não tem nem site na internet. Para piorar, a SpaceSail não é empresa, é só projeto da China Great Wall Industry Corporation, “organização comercial” autorizada pelo governo chinês a oferecer o serviço que ainda não disponibiliza.

Sem comparação

A Starlink tem 7.062 satélites, mais da metade de todos os satélites existentes na órbita na Terra. O SpaceSail tem apenas 36.

Apurar é preciso

SpaceSail é “rival” de Musk só em manchetes brasileiras. Não é páreo para a Starlink, que opera com 250 mil clientes só no Brasil.

Tudo do governo

A CGWIC é subsidiária da China Aerospace Science and Technology Corporation, estatal que constrói os foguetes chineses.

Concorrência desleal

O SpaceSail começou testes em agosto, com 18 satélites, e outros 18 lançados em outubro. Internet talvez em 2026 ou 2027.

Sobrou para Lewandowski explicar jogada no Cade 

Deputados do partido Novo notificaram o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a explicar a exótica decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cujo chefe Alexandre Barreto, a pedido da J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, proibiu a empresa Paper Excellence de exercer os direitos de sócios da Eldorado Celulose. É mais uma jogada dos Batista, após derrotas na Justiça e em tribunais arbitrais, brigando para não entregar o controle da empresa vendida a Paper.

Todo cuidado é pouco

Conhecendo a reputação dos beneficiados, que andaram presos como corruptores, os deputados suspeitam de qualquer favor oficial à dupla.

Lorota oficializada

A Paper sequer atua no Brasil, mas o burocrata do Cade alegou, como quis a J&F, que a empresa pode “causar prejuízos” à concorrência.

Instrumentalização

Barreto foi indicado ao cargo pelo presidente do TCU, Bruno Dantas, genro do dono de empresa de eventos parceira dos irmãos Batista.

Crime e castigo

O Ministério Público do DF denunciou o dirigente petista Wilmar Lacerda, preso em 24 de outubro passado, por fazer sexo com menores. Segundo a denúncia, meninas de 12 ou 13 anos estão entre as vitimas.

Reino da hipocrisia

Os petistas dizem respeitar mulheres, mas na ONU, esta semana, negou apoio a resolução (aprovada) contra perseguição e matança de mulheres no Irã. Preferiu se unir a ditaduras reais ou disfarçadas para passar pano. 

Boicote ao Carrefour

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) sugeriu ao agro não fornecer carne para o Carrefour e Atacadão venderem no Brasil, como resposta à demagogia francesa. Para fazer média com os ineficientes produtores da França, a rede anunciou boicote à carne do Brasil e Mercosul.

Voto auditável

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Carol De Toni (PL-SC) convocou para quinta (28), às 10h, audiência pública sobre voto impresso, que desmascarou a fraude eleitoral na Venezuela.

Norte e Sul

Dois estados brasileiros registraram alta na taxa de trabalhadores na informalidade, comparando o último trimestre com o mesmo período de 2023: Roraima (alta de 3,6%) e Rio Grande do Sul (1,4%).

A língua de Malddad

Marca R$2 bilhões ao ano na calculadora de Fernando Haddad (Fazenda) o que o ministro espera economizar com o arrocho que sobrou para os militares. Malddad chama de “ajuste fiscal”, mas é corte mesmo.

Barraco

Uma publicação do juiz Marcelo Bretas causou um barraco entre o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) e o senador Sérgio Moro (União-PR). No meio da baixaria, insultos como “lixo” e “delinquente”.

Cadê a vacina?

Enquanto o Ministério da Saúde insiste em dizer que há vacinas suficientes, 11 estados registram falta de algum imunizante: AL, MG, MS, MT, PB, PE, PI, RS, SC, SE e TO.

Pensando bem...

...empresa de internet sem internet não precisa importar da China.

PODER SEM PUDOR

O deputado que falava japonês

Deputado estadual do PTB de Minas, Saulo Diniz queria abrir a Usiminas a investidores japoneses. O governador Bias Fortes condicionou seu apoio à ida de uma delegação japonesa a Minas. No dia da audiência, Saulo Diniz traduzia a conversa dos japoneses. Bias ficou admirado: “Sabia de suas qualidades, mas não imaginava que falasse japonês...”
Não falava. Ele juntou três japoneses no cinturão verde de Belo Horizonte, vestiu-os de paletó e gravata e levou-os à audiência. Mas manteve a pose: “Meu irmão comunista, muito culto, sabe idiomas e me ensinou alguns...”

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