Colunistas

GIBA UM

"Se pedissem para eu fazer uma faxina no escritório do Roberto Marinho, eu faria"

de SUZANA VIEIRA // 80 anos, em temporada paulista com Shirley Valentine.

Continue lendo...

“A Globo tem mandado tanta gente embora que, se pedissem para eu fazer uma faxina no escritório do Roberto Marinho, eu faria”, de SUZANA VIEIRA // 80 anos, em temporada paulista com Shirley Valentine.

O governo Bolsonaro deixou R$ 3 255,2 bilhões em despesas contratadas e não pagas para 2023. São os chamados “restos a pagar”, valores transferidos de um ano para outro e que se transformam num “orçamento paralelo”.

Mais: esse “orçamento compete com novos gastos. Como comparação, no fim do segundo mandato, Lula deixou R$ 246,8 bilhões (em valores corrigidos a dezembro de 2021) de “resto a pagar” para sua sucessora Dilma Rousseff.

IN: Bolo simples de tangerina

OUT: Bolo de flocão simples

Lado a lado

 BNDES liberou para Americanas R$ 5,52 bilhões entre 2002 e 2018, em 12 operações de empréstimo. Analistas têm dúvidas sobre a própria viabilidade do modelo de negócio da companhia. Acham que há algo estranho na relação materna entre o banco e a rede varejista, especialmente quanto ao intervalo de tempo em que esses empréstimos se realizaram.

As transferências da dinheirama para o bolso corporativo do trio acionista se deram, majoritariamente, nos governos do PT. Ou seja: nas mesmas fontes que alimentaram, por exemplo, Marcelo Odebrecht e os irmãos Batista, da JBS.

DIREITOS

Oito sindicatos nacionais ajuizaram na Justiça do Trabalho de Brasília ação civil pública contra a Americanas S.A. e seus maiores acionistas Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

A medida quer garantir direitos trabalhistas de 44 mil trabalhadores da companhia em recuperação judicial. Na ação, as entidades pedem o bloqueio de R$ 1,53 bilhão nas contas pessoais dos três sócios para garantir o pagamento de dívidas trabalhistas.

Passo a passo

A Samsung, um dos maiores fornecedores da Americanas, está exigindo pagamento à vista para entregar novas mercadorias à empresa. A dívida da rede varejista com a fabricante de eletrônicos passa de R$ 1 bilhão.

A Samsung, à propósito, está apertando a Americanas passo a passo. Primeiro, cobrou a dívida de forma agressiva. Depois, passou a exigir a devolução das mercadorias não quitadas. E agora exige pagamento das faturas à vista.

ONTEM E HOJE

Na reunião de Lula com governadores, na semana passada, o presidente condenou a “judicialização” da política. Pediu a líderes de partidos aliados que não procedam dessa maneira, que não acionem o STF como instância revisora das leis aprovadas pela Câmara e Senado, que desagradam interesse do Planalto.

Os analistas de plantão ironizam: recorrer a essa manobra foi amplamente adotada pelo PT e partidos que fazem oposição a Bolsonaro.

Vendendo pacote

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas planeja viagem ao Oriente Médio para reuniões com investidores de lá. Um dos alvos é o Qatar Investment Authority: durante sua passagem em Davos, ele teve um encontro com o CEO do fundo soberano, Mansoor Ebrahim Al-Majoud.

O objetivo é apresentar pacote de concessões do governo paulista, envolvendo projetos rodoviários e ferroviários. A joia da coroa é o Trem Intercidades orçado em mais de R$ 11 bilhões que ligará São Paulo a Campinas, cruzando outros sete municípios.

Plateia de famosos

A “bad band”, como são conhecidos os famosos grupos de jovens que se juntam para seguir uma carreira musical, o Backstreet Boys está comemorando 30 anos de carreira. E desde o final do ano passado, retomaram a turnê DNA tour, adiada por causa da pandemia.

Pelo Brasil fizeram quatro shows, um em Curitiba, dois em São Paulo e um em e Belo Horizonte. A banda que mexeu com muitas garotas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, levou muitas fãs aos shows. Já não tão novos assim, Kevin (51 anos), Howie (49), Brian (47), Aj Mclean (45) e Nick (43) arrastaram também um monte fãs famosos até o Allianz Parque, em São Paulo, que cantaram e aplaudiram e se entusiasmaram com o quinteto que não tem o fôlego de 30 anos atrás, por isso o show com menos coreografias, muitos números solos ou em dupla, carisma, com troca de roupas no palco (escondidos por um biombo) e com direito a cuecas lançadas para o público.

Entre os mais de 45 mil fãs que lotaram o estádio estavam as celebridades, da esquerda para direita, a atriz e apresentadora Fernanda Paes Leme, a atriz e ex-BBB Carla Diaz, a modelo e atriz transgênero Carol Marra, a atriz, cantora, e ex-Rouge Karen Hills, e a atriz e youtuber Antônia Fontenelle.

Com medo de voltar

“Pode ser amanhã, daqui a seis meses, pode não voltar nunca”. Quem fala é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre a volta do ex-presidente, que está na Flórida há quase um mês. Bolsonaro já trocou seu visto para turista, o que lhe permite ficar mais 30 dias lá.

Gostaria de voltar apenas para fazer nova cirurgia com seu médico de confiança. Não tem mais avião oficial e nem jatinho: se voltasse, queria seguir direto do aeroporto para o hospital. Aliados dizem que ele tem medo de ser preso no aeroporto.

Mais: também pediu ao ex-lutador José Aldo se pode permanecer na casa de Kissimmee mais um tempo.

Mais: quando Jair Bolsonaro decidiu ir para a Flórida, esperava-se que fosse à tradicional festa de fim de ano no resort de Donald Trump, Mar-a-Lago, em Palm Beach, a menos de três horas de carro de Kissimmee.

Na ocasião, Bolsonaro afirmou a aliados que desistiu de participar da festa porque Michelle, sua mulher, estava cansada da viagem. Depois, através de assessores do norte-americano, soube- -se que Bolsonaro não havia sido convidado para a festa. E nesses dias de janeiro, nem ele e tampouco seus filhos se encontraram com Trump

31012023_2

Samba no pé

A apresentadora e agora jurada do The Masked Singer Brasil, Sabrina Sato está quase pronta para o Carnaval. Faltando pouco mais de 20 dias para o evento, Sabrina sempre que pode (e faz questão) está nos ensaios das escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro, no qual é rainha de bateria. Ela está frente da bateria da escola de samba Vila Isabel há 10 anos (com uma pequena pausa após o nascimento da Zoe) e na Gaviões da Fiel pelo 19º ano.

Apaixonada pelo Carnaval a musa das escolas de samba pode ser vista mostrando os bastidores de sua preparação na segunda temporada do Carnaval da Sabrina, no GNT. Além dos dois programas, em breve a segunda temporada do Desapegue Se For Capaz irá ao ar, e outro projeto que ainda mantém em segredo está vindo por aí, o que ocasionou sua despedida do programa Saia Justa.

Base irritada

As declarações de Valdemar Costa Neto, dono do PL, segundo as quais a “minuta golpista’ encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres, tinha outras “iguais na casa de todo mundo”, deixaram aliados e integrantes do partido irritados.

Acham que a expressão “todo mundo” faz pensar que estavam “correndo atrás de um golpe” e que nunca viram “Bolsonaro falar sobre isso”. Bancadas do PT na Câmara e no Senado vão pedir explicações na Justiça do dirigente partidário.

Candidata

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha Laura já retornaram ao Brasil. A menina volta às aulas esta semana e a mãe tinha detalhes para acertar na escola (militar). Aos mais chegados, Michelle conta que o marido ia com ela ao supermercado disfarçado: óculo escuro e boné (emprestado de José Aldo).

Ela tem conversado com Valdemar Costa Neto sobre seu futuro trabalho no PL e anda até entusiasmada com a remota possibilidade de ser candidata em 2026, caso Bolsonaro se torne inelegível (ou em quaisquer outras situações contrárias).

Ficou de fora

O ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, acaba de se desfiliar ao PSB. Ele ficou ressentido de ter sido preterido pelo partido nas indicações aos ministérios do governo Lula. O PSB tem dois ministros: Flávio Dino (Justiça) e Márcio França (Portos e Aeroportos).

E o grupo de Câmara também rompeu com o prefeito de Recife, João Campos, que torpedeou sua candidatura ao Senado, optando pela composição que lançou Teresa Leitão (PT).

ROMBO

Excessos do programa Fausto Silva teriam provocado um rombo de R$ 60 milhões no ano passado na Band. Alguns bem informados da emissora, sem se identificarem, falam em menos: R$ 20 milhões.

No projeto do programa, levantando-se em conta a imagem do apresentador junto a patrocinadores, Fausto Silva poderia chegar a retirar R$ 8 milhões /mês.

Nos últimos meses, com audiência entre 2,5% e 3%, ele conseguiu um salário de R$ 2,5 milhões. A guerra agora é renovar o patrocínio do Bradesco.

MISTURA FINA

está decidido que será necessário um efetivo de pelo menos 200 policiais para revezar na segurança presidencial que inclui, além de Lula e Janja, a proteção também de filhos e noras do presidente. Em tempos de Jair Bolsonaro, quem cuidava dessa área era o GSI, comandado pelo general Augusto Heleno.

Detalhe: quando Lula usa carros oficiais, a segurança se utiliza de três veículos blindados. E o presidente sai da garagem em um deles (poucos sabem qual é).

EM ofensiva no Senado, o PSD acertou a filiação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e pode ultrapassar o PL. O partido ainda trabalha para filiar mais um senador esta semana, engordando a bancada.

O objetivo básico é enfrentar o discurso do PL de que bolsonaristas foram eleitos em peso e teriam o domínio do Senado. Hoje, PSD e PL estão empatados com 13 parlamentares cada um.

MENOR em termos de investimentos e funcionários e também menos endividamento: é a Petrobras. Em 2016, último ano do governo Dilma Rousseff, tinha 68.829 funcionários e intenção de investir US$ 19 bilhões por ano e dívida de US$ 123,9 bilhões em junho daquele mesmo ano. Agora, a empresa tem 45.543 empregados, plano médio de investimentos anuais de US$ 15,6 bilhões e endividamento de US$ 54,3 bilhões.

O GOVERNO deverá abrir, nos próximos dias, uma rodada de negociações para conceder aumento aos servidores públicos e prepara-se para uma batalha tão tense quanto a discussão dos novos salários congelados, há cinco anos.

Esther Dweek, ministra da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, que coordenará os debates, lança no próximo dia 7 uma mesa nacional de negociação permanente com representantes do Executivo e dos servidores.

PAZES feitas entre Josué Gomes, que reassumiu a presidência da Fiesp e sindicatos e diretores que pretendia derrubá-lo do posto (incluindo o ex-presidente Paulo Skaf), todos se comprometeram a trabalhar por uma Fiesp unida em prol do desenvolvimento sustentável da indústria e do país. E mesmo com eleições distantes, Skaf já avisa os mais chegados que será candidato à presidência, cargo que ocupou por 18 anos.

AINDA Josué Gomes: ele conseguiu escapar dos adversários que queriam destitui-lo da presidência da Fiesp, mas não escapou da tempestade da Americanas.

A Coteminas, empresa têxtil controlada por ele (herdou do pai Jose Alencar, que foi vice-presidente de Lula em dois mandatos), também tem lugar na intensa lista de 16,3 mil credores da Americanas – que lhe deve R$ 4,1 milhões

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

Continue Lendo...

A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).