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TSE aumenta o tom contra ataques e fake news

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Lembro até hoje a primeira vez que li um livro que tratava mais de política do que fantasia. Havia me apaixonado por “Travessuras da Menina Má”, de Mario Vargas Llosa. Como bom leitor, ao me encantar pelo texto, segui o rastro. “Conversas na Catedral” apareceu em uma simples busca, e o charmoso título me custou R$ 39.

A dosagem foi astutamente desajustada para o lado do impacto do Estado nas relações humanas nesse livro. O escritor guiou nossos olhos para a política. Eu não sabia. Estava acostumado com mais distração, mais magia. 

Naturalmente, há de se perceber uma concreta correlação com as situações da vida. Quem nunca culpou algum político quando as ruas enchem ou quando a luz some por horas, até dias? Mas entender a concepção dessa relação de forma estrutural é um ato político. Llosa me fez questionar meu papel na sociedade sem me avisar.

Não sei se gostei da sensação, mas julguei-a importante demais para ignorar.
A partir daí, um arroubo muito mais direcionado tomou meus dias. Acessei textos que claramente me trariam novas perspectivas, menos distração. Me edifiquei, acho que para nunca mais ser pego de supetão como o escritor peruano havia feito. E nos livros literários que vieram, cobrei que tivessem o mesmo impacto: a dosagem entre literatura e política, não necessariamente justa. 

Llosa inaugurou em mim um apetite por um texto que me deixasse de frente com alguma versão minha que eu nunca havia visto antes. Que me fizesse questionar. Em “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, encontrei o tom perfeito, e raro, entre esses dois mundos. Política e literatura, caminhando juntas, coladas, fundidas em prosa. A maestria do escritor alagoano em trazer tanta beleza e vida real na mesma linha. Gênio. Distrai e elucida ao mesmo tempo. Mas não é comum. Nem fácil.  

Se você precisa do Estado, como a grande maioria necessita, tem que entender exatamente o que acontece ao seu redor. Mas não é isso que vemos. Há muitas distrações. Olhar a estagnação do que vivemos não é tão divertido. Não há tantas emoções nos nossos dias quanto em uma hora fantástica no streaming.

Mas é necessário encontrar esse (des)equilíbrio. Saber a hora de olhar mais para um lado do que para outro. Ou você acha que o dólar custará apenas R$ 6? Pode custar anos de retrocesso. É tempo de estar atento. De não deixar a fantasia desviar nosso foco. Que nossos olhos percebam, mesmo sem vontade alguma, os sinais permanentes que acontecem aqui e acolá. Não é momento de distrair. Não agora.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Mais uma fake news do Lula"

Senador Sérgio Moro (União-PR) sobre a mentira de Lula de que não teve direito de defesa

17/12/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Haddad expõe fragilidade pedindo socorro a Lula

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) revelou sua fragilidade política, em momento crucial para o governo, ao incomodar o presidente Lula (PT), que convalesce de cirurgia na cabeça, para que ele telefone a lideres da própria base aliada no Congresso pedindo apoio ao pacote de medidas que a direita o avalia insuficiente. Haddad acabou por expor sua falta de diálogo com petistas, que o acusam de arrogância: eles acham que o pacote impõe prejuízos desnecessários a brasileiros mais pobres.

Malddad se basta

É acusado de não explicar o pacote de maldades ao próprio partido. No desespero, ele propõe ampliar a faixa de isenção de imposto de renda.

Ministro reprovado

Enquanto Haddad pedia socorro a Lula, o Datafolha divulgava pesquisa indicando que só 27% apóiam sua atuação. Menos de um terço do total.

Em loja de cristais

Na porta de Lula, Haddad repetiu a estratégia do chefe de culpar os outros pela próprios erros, e, em vez de agradar, atacou o Congresso.

Superávit frustrado

Culpou a desoneração da folha e o Perse, negociados no Congresso. Em 2022, Bolsonaro deixou superávit de R$54,9 bilhões somando isso tudo.

BC queima reservas e o dólar pode chegar a R$7

A afirmação do presidente Lula (PT) de que “a única coisa errada no Brasil é a taxa de juros” custou ao menos US$1,6 bilhão (R$9,8 bilhões), nesta segunda-feira (16) aos pagadores de impostos, valor que o Banco Central torrou na tentativa de “segurar” o dólar que flerta com os R$7. De nada adiantou queimar reservas; a fala de Lula mostrou ao mercado que o petista ainda ignora o papel do seu governo na disparada da inflação, com gastos descontrolados e sem proposta para reverter o cenário.

Bilhões fora

Mesmo após a intervenção do Banco Central, o dólar voltou a bater recorde e fechou cotado a R$6,09 (alta de 1,04% em um dia).

Mecânica financeira

No total, o governo petista vendeu US$4,6 bilhões. Foram US$1,6 bilhão vendidos à vista e o restante tem compromisso de recompra.

Outro nível

Oficialmente, o mercado financeiro já prevê a taxa de juros acima dos 14% em 2025, mas alguns analistas apontam para o patamar de 16,5%.

Bota o tubo

Com Lula na UTI, o dólar caiu, a bolsa se animou, a inflação vacilou. Após a alta, ele reiterou constrangedor desconhecimento de economia, além, claro, de culpar os outros. Aí o dólar subiu, a bolsa despencou.

Mendonça líder

Mendonça Filho (União-PE) está cotadíssimo para assumir a liderança do União Brasil na Câmara. O deputado, oposição ao governo Lula, disputa com Pedro Lucas (MA) e Damião Feliciano (PB).

Contagem regressiva

Por dois anos Lula culpou o presidente do Banco Central pela Selic nas alturas. Agora que sua turma é maioria no BC e Roberto Campos Neto sairá dia 31, ele não terá ninguém no BC para culpar pelos seus erros.

Fala, ministro

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) quer o ministro Juscelino Filho (Comunicações) explicando suspeitas de conflito de interesses em decisão do presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, com escritório de advocacia da própria esposa em causa bilionária da estatal.

Cada vez pior

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central atualizaram a expectativa da taxa Selic para 2025. O índice chegou aos 14% para o próximo ano. Há um mês, a expectativa era de 12%.

Vontades diferentes

O pedido popular de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no Change.org acumula 1,58 milhão de assinaturas. No Congresso, estacionou em 36 apoios de senadores.

Erro 404

Está permanentemente fora do ar o site votossenadores.com.br, que mantinha conta atualizada do número de senadores que declararam apoio ao impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Reunião mantida

O presidente Lula pretende manter a reunião ministerial de fim de ano, que vai aproveitar para lavar a roupa suja. Mudou o dia, inicialmente previsto para 19 de dezembro. Deve ficar para sexta-feira, 20.

Pensando bem…

…o Dólar não aumentou, o Real é que derreteu.

PODER SEM PUDOR

Incorrigível abstêmio

Corria célere a sucessão em Minas para escolher o substituto do governador Olegário Maciel, que morrera afogado numa banheira do Palácio da Liberdade. Eram candidatos Virgílio de Melo Franco, Gustavo Capanema e Antônio Carlos, mas certo dia Getúlio chamou um modesto dentista do interior de Minas, Benedicto Valladares, e o convidou para o cargo, recomendando-lhe completo sigilo sobre o convite. Mas, ao chegar em casa, Benedito Valladares desabafou contando a sua mulher: “Getúlio convidou-me hoje para ser o governador de Minas.” E d. Odete, cética: “Mas, Benedicto, você não havia me prometido nunca mais beber?”

ARTIGOS

Nossas mulheres não são a "Geni" de Chico Buarque!

16/12/2024 07h30

Arquivo

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Acompanhei com profunda tristeza as manchetes dos nossos principais jornais televisivos que colocam o nosso país na quinta colocação entre as nações civilizadas que mais matam as mulheres, esposas, mães, companheiras, amigas e outros indicativos próprios da união entre o homem e a mulher.

Essa situação vergonhosa existe e vem chancelada por pesquisas idôneas. Em outra vertente mostra a preocupação cada vez mais crescente sobre a importância de se analisar esse fato sociológico, criminológico, moral, de forma clara e transparente. Sobretudo com a severidade da lei e a punição implacável.

Essa situação se alastra como um rastilho de pólvora em todo o território nacional. Todos os santos dias, constatamos essas condutas sórdidas e recheadas de desamor. 

O casamento, a união estável e outras chancelas terão sempre como seu embrião precioso o desejo ardente de seus protagonistas de buscarem a felicidade que existe, resulta palpável e que está ao nosso redor. A constituição da família é o seu alicerce indestrutível, com as suas conquistas, derrotas, angústias, decepções, alegria e tristeza dela decorrentes e nunca com a mente voltada para cometer as atrocidades reprováveis.

As evidências são mais claras e mais fortes do que os enredos dos artigos, das crônicas, das novelas e tudo o que envolve esse roteiro de horror sem limite. 

A mulher não é e nunca foi um produto, bem ou serviço colocados à disposição de quem quer que seja para ser vendida, trocada, emprestada, ultrajada. Nada disso. Tem a sua nobreza de sentimento, seu orgulho próprio e um amor grande e precioso no ato de se relacionar.

Nesse sentido próprio e peculiar, precisamos ter a sensibilidade de melhor interpretar seus propósitos elevados. Por isso incorrem em ledo engano aqueles idiotas que as maltratam até o fim da sua vida. 

Enganam-se aqueles idiotas que pensam que as nossas mulheres mortas covardemente pelas ações insanas de poucos guardam alguma semelhança com a “Geni” cantada em verso e prosa pelo notável Chico Buarque de Holanda, patrimônio cultural da nação brasileira. Elas não têm essa fotografia. E mesmo que fossem, não poderiam nunca ser objeto de maus -tratos, sevícias, terror e morte.

Essa linha de pensamento tem a chancela dos relatos bíblicos sempre atuais. O rei Salomão foi o seu sustentáculo maior como autor de frases preciosas que encharcam de verdades imorredouras nossos corações. Salientou com todas as letras da sua sabedoria que a mulher virtuosa guarda a honra, enquanto os homens valentes guardam a riqueza. Mostrou o retrato santo da mulher. 

O Rei dos judeus nos encantou com a sua sabedoria sem igual com outros tantos temas preciosos e atuais. É assim que precisamos observar o que acontece no dia a dia em todos os lares das nossas famílias, onde essa violência, essa brutalidade, não resulta em privilégio somente das classes mais humildes que vivem nos barracos, nas palafitas. Elas estão presentes fortemente nas mansões, nas residências luxuosas, nos palácios e outras vertentes diferenciadas.

Já escrevi nesse mesmo Correio do Estado em épocas recuadas uma recomendação às nossas mulheres sobre as ações sorrateiras de homens que surgem em suas vidas de forma fugaz e com os encantos e a elegância mentirosas retratadas pelos engodos e pelos estelionatos e outras ações preocupantes que precisam ser evitadas.

Quando a toda evidência no prosseguimento dessa relação, surgem as brutalidades, o desrespeito, as agressões físicas e outros tantos atos tresloucados, não adianta insistir. O enredo da tragédia está pronto, completo e acabado. O teatro de horror será anunciado. 

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