Colunistas

Giba Um

"Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos. Tô vendo uma barata aqui...

É um criatório de baratas", de Jair Bolsonaro, em 2021,  em Porto  Alegre, sobre cabelos de um apoiador, que provocou sua condenação ao pagamento de R$ 1 milhão por declarações racistas

Continue lendo...

Digitalização acelera fechamento de agências e leva uma onda histórica de demissões, alterando perfil de emprego nos maiores bancos do país. Somente no primeiro semestre, Bradesco cortou 1.875 vagas, Santander 1.728 e Itaú mais de 1.000.

Mais: no total, mais de 4.600 vagas em 2025. O fenômeno reflete a substituição gradual de agências físicas por operações digitais. A transformação busca eficiência, mas levanta dúvidas sobre impactos sociais e trabalhistas.

120 anos de cultura

Na noite de terça-feira (16), a Pinacoteca de São Paulo viveu um momento histórico ao celebrar seus 120 anos com o tradicional Pina Ball, uma festa que aliou glamour e propósito. O evento foi criado com o objetivo de arrecadar R$ 3,5 milhões, valor que será destinado a importantes iniciativas como exposições, programas públicos e à manutenção dos três edifícios que compõem o museu: Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea. Grandes marcas apoiaram o evento, trazendo ainda mais brilho à ocasião. Entre os patrocinadores estavam nomes de peso como Chanel, JP Morgan, Bloomberg, G5 Capital, Galápagos Capital, Iguatemi e N’Ideias, reafirmando o protagonismo da Pinacoteca no circuito das artes. Sob a presidência da filósofa e escritora Djamila Ribeiro também patrona da Pinacoteca e membro do conselho da APAC, a cerimônia foi conduzida por Astrid Fontenelle ao lado de seu filho Gabriel. As artes também marcaram presença no destaque dado à artista Lenora de Barros, que criou um múltiplo especial para o evento. Este presente exclusivo distribuído aos convidados foi a inspiração para toda a identidade visual da noite.  Os presentes puderam curtir os shows memoráveis de ícones como Paulinho da Viola e Amaro Freitas. Como esperado, o Pina Ball atraiu uma verdadeira constelação de nomes influentes da cultura, moda e artes. Entre os convidados estavam Ronaldo e Celina Locks, Camila Queiroz, Mariana Ximenes, Alice Wegmann, Tiago Iorc, Enzo Celulari, Samantha Schmütz, Laura Neiva, Isabella Fiorentino, Silvia Braz, Gloria Kalil, Donata Meirelles, Helena Bordon e Nizan Guanaes.

Países da OTAN: Embraer avança

A Embraer começa a ganhar terreno na OTAN, na esteira do aumento dos gastos militares dos países membros da aliança. A companhia mantém tratativas com a Holanda para a venda do Super Tucano A-29M. Espanha e Itália também sinalizaram a intenção de encomendar um lote de aeronaves. O A-29M tem preço médio de 16 milhões de euros. Trata-se de um modelo desenvolvido para atender as especificações da OTAN. Entre outras adaptações, possui sistemas de comunicações criptografada compatíveis com a STANAG (Standardization Agreement), acordo de padronização firmado para aumentar interoperabilidade entre equipamentosmilitares em junho do ano passado. A empresa tem feito um esforço focado na OTAN, que começa a dar resultados. Em junho do ano passado, a Embraer fechou a venda conjunta de nove aeronaves KC-390, de transporte militar, para a própria Holanda e a Áustria. A divisão de Defesa e Segurança da companhia fechou o primeiro semestre em US$ 4,3 bilhões, o dobro dos pedidos feitos em junho do ano passado.

Olho na Polônia

Ainda os avanços da Embraer: em dezembro passado, assinou um contrato de 200 milhões de euros com a Força Aérea de Portugal (12 Super Tucanos A-29N). Agora, a Embraer quer instalar uma linha de produção na Polônia. Inicialmente, seria com a montagem do KC-390 mas pode se estender ao A-29N. É uma forma da empresa aproximar a fabricação e manutenção de aeronaves militares das cadeias de suprimento financiadas pelos países da OTAN. E mais: a Aliança do Tratado do Atlântico Norte firmou compromisso de aumentar seus gastos na área de defesa para 5% do PIB até 2035 (hoje, em torno de 2,7%).

Do Brás para o Brasil

Beatriz Reis, ganhou fama ao participar da 24ª edição do Big Brother Brasil, apesar de ter ficado em 5º lugar ganhou o Brasil com seu jeito espontâneo e as vezes até exagerado dentro do reality-show. Depois que saiu da casa mais viajada assinou um contrato com a  Globo e apresentou o  o quadro ‘EconoBia’ no programa Encontro com Patrícia Poeta. Depois fez uma participação  na novela "Família é Tudo". Agora está estreando um novo quanto no mesmo encontro chamado “'Vai Danada”. O quadro será mensal e apresentará ao público histórias reais de empreendedores brasileiros, que estão em busca de soluções para os obstáculos da profissão. No primeiro episódio ‘Bia do Brás’ como ficou conhecida, tem ao seu lado a economista Nath Finanças. “Sinto que, com o quadro, podemos dar visibilidade e valor a uma parcela tão importante da nossa população; os empreendedores. Levar essas histórias para a TV é um privilégio. É como dizer pra cada empreendedor: a sua história importa, e o Brasil precisa ouvir”.

"Picadas de carapanã"

Lula anda exibindo tranquilidade em relação aos preparativos para a COP30. Na última reunião ministerial, dirigindo-se à ministra Marina Silva (Meio Ambiente) disse que o evento em Belém será um sucesso. E até brincou que seria bom os estrangeiros sentirem na pele as dificuldades da vida cotidiana na Amazônia e que torcia para eles levarem "picada de carapanã", como lá são chamados os pernilongos. E não abriu a boca sobre o preço das hospedagens. Muitas superam grandes hotéis das capitais europeias.

Outro roubo do INSS

O senador Sérgio Moro (União-PR), ex-titular da 13a. Vara Criminal Federal de Curitiba, onde prendeu centenas de corruptos acha que o desmantelamento da Lava Jato e de outras operações de combate a gatunos, como "Zelotes" e "Greenfield", causou o roubo a 9 milhões de aposentados do INSS. O ex-juiz, candidato cotado ao governo do Paraná, fez a avaliação no podcast Irmãos Dias, um dos mais populares do mercado financeiro. Decisões do STF anulando sentenças abriu portas à retomada da ladroagem, diz Moro, com a segurança de quem entende do assunto. E emenda: "A anulação das operações fez gente sem escrúpulos, sem dignidade, se sentir à vontade para roubar".

Pérola

"Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos. Tô vendo uma barata aqui. É um criatório de baratas", 

de Jair Bolsonaro, em 2021,  em Porto  Alegre, sobre cabelos de um apoiador, que provocou sua 
condenação ao pagamento de R$ 1 milhão por declarações racistas.

Memória

Bolsonaristas agora falam que "eleição sem Bolsonaro é golpe". Quase seis anos atrás, quando Evo Morales foi  forçado a renunciar na Bolívia sob pressão de líderes opositores e depois de perder o apoio das Forças Armadas, acusado de fraudes no processo eleitoral. Bolsonaro rechaçou a alegação de que o boliviano fora vítima de um movimento golpista. E disse na ocasião: " A palavra golpe é usada muito quando a esquerda perde, não é? Quando eles ganham, é legítimo. Quando eles perdem, é golpe. Eu não vou entrar nessa. A esquerda vai falar que houve golpe agora".

Impeachment, não!

Gilmar Mendes, decano do STF, voltou a falar que o colegiado da Corte não irá aceitar impeachment de ministros, a pedido de lideranças de oposição ao governo  federal. Ele estava num evento em São Paulo intitulado a defender  a soberania e contra a anistia, Estavam lá lideranças  de 11 partidos e um dos objetivos é contrapor o avanço das candidaturas bolsonaristas ao Senado, núcleo que busca impeachment de ministros alegando "abuso de poder" e "perseguição política".  Gilmar foi perguntado sobre sua presença no julgamento de Bolsonaro e não recuou: " É fundamental para perceber que estamos unidos na defesa da democracia”.

Contra Alcione

A cantora Alcione não teve sossego, nos últimos dias, por conta  de um vídeo que viralizou onde ela aparece cantando "Não deixe o samba morrer", ao lado da ministra Cármen Lúcia, que teve participação das mais elogiadas na  defesa de seu voto pela condenação de Bolsonaro no Supremo - fora contra-ataque destinado ao ministro Luiz Fux. Os bolsonaristas não perdoaram Alcione, dedicando-lhe palavras pouco recomendáveis. Só que a gravação é antiga, de 2018, feita durante o evento "Elas por elas", do Conselho Nacional de Justiça, em Brasília.

Até parque religioso

O prefeito Eduardo Paes, bem cotado nas pesquisas para o governo do Rio de Janeiro, agora vive "uma fase  religiosa". Deu R$ 1,9 milhão à Marcha para Jesus e está construindo um parque temático bíblico  na Zona Oeste do Rio, sob o pretexto de estimular o turismo religioso. Mais do que isso, agora anda de  braço dado com o pastor Silas Malafaia, ao qual jurou lealdade. Malafaia é investigado por coação no Supremo, já chamou Alexandre de Moraes de "ditador de toga" e a Polícia Federal de "polícia nazista". Na manifestação pró-anistia no Rio, Paes bradou: "Mexeu com Silas, mexeu comigo".

Perdendo terreno

O Softbank tem feito uma realocação de seus investimentos em venture capital na América Latina, com remanejamento de recursos para outros mercados, sobretudo México. Há dois anos, o mercado brasileiro concentrava cerca de 60% dos ativos do banco japonês na região. Hoje, esse índice estaria próximo de 50%. E o Softbank não está sozinho. Esse movimento migratório é verificado na indústria do venture capital como um todo. O México, à propósito, ultrapassou o Brasil como principal destino dos investimentos em startups na América Latina: entre janeiro e agosto, com 46% dos recursos alocados,  as empresas brasileiras ficaram com 23%.

Presidente de honra

O Partido Liberal busca assegurar que Bolsonaro continue como presidente de honra da legenda, mesmo depois de uma condenação. Para formalizar essa posição, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, pediu um parecer jurídico interno e pretende consultar o STF sobre a possibilidade de manter o cargo honorário e o salário mensal de R$ 33.800 para o Capitão. A decisão sobre os recursos da defesa do ex-presidente poderá influenciar essa decisão. Valdemar quer conservar a posição de Bolsonaro, além do cargo e benefícios associados. O salário para Walter Braga Netto não será mantido.

Mistura Fina

O governo Lula reservou mais de R$ 650 mil para aquisição de flores destinadas à decoração do Palácio do Planalto. O contrato, com um ano de duração, prevê 132 tipos de flores, além de coroas fúnebres e árvores de Natal artificiais. Entre as espécies listadas estão orquídeas, narcisos, hortênsias, jasmins e tulipas. Os arranjos serão utilizados em eventos oficiais, reuniões e cerimônias realizadas pela Presidência.

O Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública acaba de aprovar uma carta aberta ao presidente Lula propondo a recriação do Ministério da Segurança Pública, hoje unido à pasta da Justiça e comandado pelo ministro Ricardo Lewandowski. No documento, o colegiado, que reúne 27 secretários estaduais, afirma que segurança pública é a única área essencial da administração que não possui ministério próprio, o que compromete a atenção que o tema exige.

A operação da PF ordenada pelo ministro André Mendonça (STF) na casa de Antônio Carlos Camilo  Antunes, o "Careca do INSS", apreendeu, além de réplica da MacLaren de Ayrton Senna, um relógio da marca do ultra luxo Richard Mille, que vale R$ 8 milhões. Além desse, uma farra de relógios, a começar por marcas como Patek Philippe e Rolex, em vários modelos.

O varejo alimentar brasileiro vai ganhar um novo competidor de peso. A rede russa Svetofor, que opera sob a marca Vantajoso vai abrir 50 lojas no país nos próximos três anos, começando por São Paulo, Rio e Minas Gerais. Com foco no público de renda mais baixa, altamente sensível ao preço, a Vantajoso aposta no modelo elo de hard discount (descontos extremos). As lojas terão estrutura simples, sortimento reduzido e operação de baixíssimo custo (30% menores das redes tradicionais).

A Globo marcou a data em que Odete Roitman será assassinada no remake de "Vale tudo". A morte da vilã, vivida por Débora Bloch, se nada mudar na produção, acontecerá no dia 6 de outubro. No mesmo dia ,irá ao ar a final do reality show musical da  emissora, o "Estrela da Casa". A atração, por sinal, não apresentou os resultados planejados e aguardados em audiência e tampouco em publicidade. Mais à frente, irá se decidir se haverá uma terceira edição ou não.

In – Drinque: Caipifruta de Ameixa

Out – Drinque: Ship

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

Continue Lendo...

A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).