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Giba Um

"Você pode eleger um empresário num tempo, pode eleger um trabalhador num outro tempo...

...Essa é a maravilha da democracia", de Lula, no Chile, enaltecendo a alternância do poder, embora ache que é bom mesmo para os outros

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Os preços das cervejas no Brasil subiram entre junho e agosto, puxados principalmente pelos reajustes da Heineken e da Ambev: são dados do relatório do Bank of America. A fabricante da Heineken aumentou em média 6,1% o valor de seus rótulos no período.

Mais: enquanto a Ambev elevou os preços em 3,3%. O destaque ficou para a Devassa,  da Heineken, com alta de 24%. A Corona subiu na casa de um dígito alto (entre 7% e 9%) e a Stella Arois teve aumento de um dígito baixo (de 2% a 4%).

De volta ao trabalho

Desde o nascimento de seu terceiro filho, desta vez com o modelo e instrutor de jiu-jitsu Joaquim Valente, em fevereiro de 2025, Gisele Bündchen tem se dedicado praticamente aos cuidados com o bebê, sendo fotografada apenas em caminhadas ao lado do amado e apareceu somente num ensaio especial sobre bem-estar na revista Vogue França. Agora posa pela primeira vez como garota-propaganda da grife italiana Elisabetta Franchi. À beira de uma piscina, posou para nova campanha da coleção Outono/Inverno 2025, onde confessou que passou calor por conta do verão em Miami.  A campanha fala sobre a continuidade da identidade criativa de Elisabetta Franchi. A cada estação, a marca mantém seus códigos, ao mesmo tempo em que os aprimora por meio de novos cenários e colaborações, enfatizando as silhuetas femininas moldadas com volumes fluidos e detalhes refinados. Em suas próprias palavras, Elisabetta Franchi explica como vê a beleza como algo poderoso e instintivo.  “Acredito que a verdadeira beleza é uma força selvagem que nasce do amor e da coragem. Em minhas criações, busco evocar emoções e deixar um impacto duradouro. Gisele personifica esse espírito, ela irradia autenticidade e é uma força cativante”.

Bolsonaro criou planos de fuga

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, achou que havia "risco de fuga" de Bolsonaro para escapar da condenação por tentativa de golpe, mesmo estando trancado em prisão domiciliar. Pediu ao ministro Alexandre de Moraes que "ficasse de olho" e reforçasse a vigilância. Gonet queria que até houvesse agentes dentro da própria casa do Capitão, em condomínio fechado em Brasília. Moraes preferiu controle total da residência do lado de fora e em vários pontos do condomínio, usando até agentes disfarçados. A Polícia Federal sabe que Bolsonaro, há tempos, sempre estudou planos de fuga. Agora, já achava que Trump não pensaria duas vezes em lhe conceder asilo, enquanto surgia uma carta ao presidente Javier Milei, da Argentina, também pedindo asilo (seu advogado disse que "era apenas um rascunho"). No ano passado, escondeu-se por duas noites na embaixada da Hungria depois de ter seu passaporte apreendido. E não teve nenhum constrangimento em voar para a Flórida em seu penúltimo dia de mandato (e demorar para voltar porque não sabia o que poderia lhe acontecer).

"Coisa fácil"

Ainda a aptidão do ex-presidente Bolsonaro em estudar planos de fuga, especialmente agora, às vésperas de seu julgamento na semana que vem. No dia em que foi levado para calçar a tornozeleira, não deixou por menos: "Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem" (pessoal da PF aposta que ele tem um esquema já armado). Hoje, Bolsonaro está fechado numa casa a 15 minutos de carro do setor que concentra as embaixadas de Brasília. E, sempre que pode, repete que nunca pretendeu fugir.

De volta à TV

Ainda falando de volta:  na próxima novela das 21h “Três Graças", que substituirá Vale Tudo em outubro, trará de volta a TV aberta a atriz Fernanda Vasconcellos. Seu último trabalho foi na novela Haja Coração. Ela fez uma pequena pausa na carreira para cuidar do filho Romeo, de 3 anos, fruto do relacionamento com o também ator Cássio Reis. Na trama, ela viverá Samira, antagonista que se tornará marcante no decorrer da história como traficante de crianças. “É uma alegria, acho que melhor impossível. A expectativa é muito boa, já estou estudando bastante. Eu adoro dramaturgia de novela, sou apaixonada. Fui muito feliz fazendo novela, personagens, adoro o Aguinaldo Silva, tenho muito respeito por ele, pelo Luiz Henrique Rios, é uma junção de coisas". Sobre a personagem, foi direta: “É uma personagem bem diferente de todas as que eu fiz. Ela tem muito mistério, é uma vida muito misteriosa que ela carrega”.

"Sufocados pelos juros"

O presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo, Ivo Dall'Acqua Júnior, acaba de publicar artigo, com o título de "Sufocados pelos juros", onde começa lembrando que o volume de juros pagos por famílias e empresas atingiu R$ 1,148 trilhão no ano passado, uma alta de significativos 17% em relação ao ano anterior, segundo estudo da entidade. Diz que essa carga pesou mais sobre as famílias: um naco de R$ 859,9 bilhões direcionado a elas para esse fim, um aumento de 23% em comparação a 2023. "No período, em descompasso perverso, a massa de renda anual das famílias avançou apenas 3,2%".


 

Tacacá e maniçoba

A organização da COP30, em Belém, estabeleceu como regra que 30% da alimentação servida para os 50 mil participantes seja proveniente da agricultura familiar, agroecologia e produção de povos tradicionais. Ao menos 8.000 famílias fornecerão aumentos como tacacá e maniçoba. O mapeamento é do projeto Na Mesa da COP30 dos institutos Regenera e Comida do Amanhã. Para os não iniciados: tacacá é um caldo típico da Região Amazônica, feito com tucupi, goma de mandioca e jambu, servido quente e com pimenta. Maniçoba é prato típico do Pará, feito com a folha da mandioca (chamada de maniva) cozida por uma semana para eliminar o ácido cianídrico. É conhecida como "feijoada sem feijão".

Pérola

"Você pode eleger um empresário num tempo, pode eleger um trabalhador num outro tempo. Essa é a maravilha da democracia",

de Lula, no Chile, enaltecendo a alternância do poder, embora ache que é bom mesmo para os outros.

Olho nos salários

O Brasil tem um dos piores índices de desigualdade de renda entre gestores públicos e a população do país, atrás de nações como Chile e Argentina. Entre nós, políticos e juízes federais podem chegar a vencimentos cerca de 22 vezes maiores do que o salário médio dos brasileiros. O presidente da República e os deputados federais ganham 21 vezes o salário médio da população do país. Enquanto políticos receberam remunerações de R$ 44 mil no ano passado, a renda domiciliar per capita nacional foi de R$ 2.069, segundo o IBGE. São dados do Índice de Disparidade Salarial 2025.

Novas sanções

Integrantes do governo Lula e do STF consideram real a possibilidade de Donald Trump aplicar novas sanções econômicas contra o Brasil e outras restrições a autoridades do país com o decorrer do julgamento de Bolsonaro, a partir da semana que vem. Ministros acham que há interesse dos Estados Unidos em criar instabilidade em torno do tribunal e do governo Lula, o que poderia aumentar com o avanço do julgamento sobre a trama golpista. Todos apostam que não há chance do Supremo se curvar a essas pressões, mas admitem a possibilidade de aplicação de sobretaxas de 50% até punições a ministros do STF.

"Chiqueiros humanos"

No programa "Roda Viva", o governador Romeu Zema foi questionado sobre a comparação que fez entre a situação de moradores de rua e carros abandonados. Ele sugeriu proibir essa população de dormirem em vias públicas, afirmando que, quando um veículo está em um lugar irregular, "é removido, guinchado". Zema disse que o Brasil está criando "verdadeiros chiqueiros humanos". E emendou: "Esse pessoal de Direitos Humanos deveria fazer uma placa na porta de casa: 'sem-tetos, acampem aqui na porta da minha casa". Aonde chegam, só causam perturbação. Um cheiro horrível". Zema acha que seria um bom presidente.

Guerra de pesquisas

Desconfiar do resultado de pesquisas não chega a ser novidade, entre políticos e a própria população: nesses dias, um levantamento da Genial/Quaest dava Lula vencendo todos os pré-candidatos num segundo turno, incluindo Michelle Bolsonaro com cerca de 10% de distância. Na sequência, aparece o Paraná Pesquisas provando que Lula venceria Bolsonaro (se fosse candidato) no primeiro e no segundo turno. Sem o ex-presidente, Michelle venceria fácil Lula no segundo turno.

Dívida de Malafaia 1

O pastor Silas Malafaia, fundador da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo e proprietário da Editora Central Gospel, acumula dívidas tributárias com a União que ultrapassam R$ 17 milhões, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. A maior parte dos R$ 16,9 milhões é atribuída à Central Gospel, criada há 26 anos por Malafaia e sua esposa, a pastora Elizete Malafaia. A editora entrou em recuperação judicial em 2019. Já a Assembleia de Deus deve R$ 46,3 mil à União.

Dívida de Malafaia 2

Os débitos da Central Gospel incluem R$ 6,9 milhões em contribuições previdenciárias e R$ 10,1 milhões em outras obrigações tributárias. O valor representa um aumento de 843% em relação à dívida ativa da empresa em 2021, quando os registros apontavam R$ 1,8 milhão. A Central também responde por outras dívidas que somam R$ 15,6 milhões envolvendo bancos, empresas de diferentes portes e trabalhadores. Malafaia diz que já iniciou os pagamentos a credores conforme homologação da recuperação judicial.

Mistura Fina

O PSB não vê chance real de remanejar Geraldo Alckmin para cabeça da chapa nas próximas eleições e prefere que o ex-tucano fique como está: vice-presidente e ministro. Alckmin fala aos socialistas que não disputará o governo de São Paulo em 2026 (nas pesquisas, está em segundo lugar atrás de Tarcísio de Freitas). No PSB, isso não é desestimulado, já que, confirmada a reeleição, Tarcísio não deve ter problemas em passar mais quatro anos no Executivo paulista. Para Alckmin, ainda tem 2030.

Ainda Alckmin: o PSB avalia que eventual saída do vice abre espaço para outros partidos na chapa de Lula. O MDB ameaça datura própria. O PT não tem problemas com Alckmin como vice. No partido, até se estimula (não é o caso de Rui Costa, claro, que acha que ele seria o candidato ideal) Fernando Haddad a disputar o governo de São Paulo, mesmo sabendo que uma candidatura majoritária do ministro teria chances modestas. De quebra, Alckmin até pensa, de vez em quando, no Senado, embroa sem entusiasmo.

A bancada governista está empenhada em salvar a pele do irmão de Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como "Frei Chico", na CPMI do INSS. O argumento é que os membros das diretorias dos sindicatos suspeitos de fraudes não estão sendo convocados, apenas presidentes de entidades. E ele não pode ser convocado "apenas por ser irmão de Lula". O ex-ministro Carlos Lupi é um dos convocados especiais. Deixou a Previdência em maio e tinha conhecimento da fraude há mais de ano.

Alexandre Padilha está se empenhando em bons resultados para a Saúde, não pensa em deixar o cargo para qualquer candidatura. Fica no ministério até o final e acha que Lula ainda pode ser eleito em 2026. Ele vem aparecendo em pesquisas para São Paulo, mas sabe que não é um nome competitivo: não quer nem saber do Senado. Lula eleito, Padilha fica onde está e se prepara para disputar a prefeitura de São Paulo em 2028.

In – Vitamina de frutas amarelas
Out – Vitamina de abacate com chá verde

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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