Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Vocês vão comer picanha outra vez"

Presidente Lula (PT) admite que ninguém está comendo picanha por causa do preço alto

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TCU libera jóias de Bolsonaro e contêiners de Lula

O Tribunal de Contas da União decidiu que presidentes da República são donos dos presentes oferecidos por autoridades estrangeiras, já que não existe fundamento legal determinando que esses objetos se tornem bens públicos. A decisão da corte que fiscaliza as contas públicas impossibilita punição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, nos casos de relógios e joias sauditas, e também Lula (PT), que levou para casa presentes como joias e relógios e, após o segundo governo, carregou 11 contêiners de mimos.

Tara arquivada

Todas as ações que questionavam o destino das joias presenteadas a Bolsonaro pela Arábia Saudita foram arquivadas no TCU.

Lava Jato revelou

O TCU também arquivou processos sobre o tesouro de Lula, que a Polícia Federal encontrou escondido em um cofre bancário. 

TCU não legisla

Relator do processo no TCU, o ministro Antonio Anastasia encaminhou a decisão ao Congresso para que a “lacuna legislativa” seja avaliada.

Congresso manda

Segundo Anastasia, o Senado e a Câmara dos Deputados podem avaliar a “conveniência e oportunidade de iniciar medidas legislativas”.

Lula sofre ‘altos e baixos’ e Janja segura a onda 

As suspeitas de que algo estava errado se espalham desde a posse de Lula 3 (PT), confirmadas no círculo mais próximo da presidência da República. E o que se escondia acabou exposto na cerimônia de posse dos novos ministros da Saúde e das Relações Institucionais, segunda-feira (10): apesar da aparência própria para um idoso de 79 anos, Lula não está bem. Foi impedido ou convencido a não discursar porque, como disse um assessor, “ele tem altos e baixos e aquele era um dia de baixa”. 

Liga pra Janja

Nos dias de “baixa”, Lula não é visto, não recebe pessoas, nem fala ao telefone. Contatos, mesmo urgentes, só por intermédio de Janja. 

Leoa de chácara

Aliados e até ministros do STF acusam Janja de afastar Lula dos amigos. Mas sabem que ela apenas o protege de exposições embaraçosas.

Só amarrado

Foi estranho mesmo. Palanqueiro de mão cheia, Lula jamais deixaria de discursar na posse de dois dos mais leais amigos como ministros.

Simpatia é quase amor

O governador do Paraná, Ratinho Junior, nega conchavo com Lula para ser vice do PT em 2026, mas se derrama em simpatia. Como quando passou pano para a misoginia de Lula, que disse ter nomeado Gleisi Hoffmann por sua aparência: “Talvez tenha sido apenas um elogio”.

Quem avisa?

Após 27 meses chefiando o governo, Lula finalmente encontrou culpado pela alta nos preços dos ovos, e escorregou no sincericídio: “Tem um ladrão que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro”.

Tiro no mensageiro

O PT ainda não comentou a fala misógina, mas quer cassar Gustavo Gayer (PL-GO) no Conselho de Ética da Câmara por dizer que Lula “ofereceu Gleisi como um cafetão em negociação entre gangues”.

Aldo mandou bem

O ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo concedeu entrevista animadora ao canal de Youtube “Os Economistas”, do Grupo Primo, sobre o futuro do Brasil, que ele conhece até pelo avesso. Verdadeiro manual de instruções para o País decolar.

Abertura posterior

A Noruega reiterou que sua colônia Groenlândia “não está aberta” à anexação pelos EUA, como defendem Donald Trump e o partido de centro-direita que venceu a eleição na ilha, semana passada.

Produto de afano

Os 180 mil hectares presenteados ao MST pelo ditador Nicolás Maduro representam quase todo o terreno da fazenda La Vergareña, que era a maior e mais produtiva propriedade rural até 2006, quando foi surrupiada pelo ditador da época, o coronel golpista Hugo Chávez.

Trumpês

Segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, conversas “muito boas e produtivas” com o russo Vladimir Putin renderam “chances muito boas” para o fim da guerra na Ucrânia, que está em “posição muito vulnerável”.

Ouça os próprios

Só dois ministros do governo Lula (PT) tiveram convites aprovados em duas comissões do Senado, esta semana. Ambos são parlamentares: Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).

Pensando bem...

...talvez o ‘ladrão de ovos’ seja o mesmo culpado pela inflação.

PODER SEM PUDOR

Encontro marcado

Nos anos 1970, o economista Mangabeira Unger participou de um debate do MDB. Ele é brasileiro, mas após uma temporada nos EUA adquiriu sotaque mais carregado que turista americano. Dias depois, o deputado Marcus Cunha, do MDB, recebeu um telefonema. O sotaque inconfundível de Unger solicitava um encontro, no cafezinho da Câmara. Unger também receberia telefonema de um Marcus Cunha propondo encontro no mesmo lugar. Na hora marcada, cada um quis saber o motivo do convite. “Mas foi você que me convidou”, espantou-se Unger. “Não, foi você que me ligou, insistiu Cunha. Ali perto, saboreando um cafezinho, um deputado do Paraná se divertia com a cena. Era o brincalhão Maurício Fruet, exímio imitador de vozes.

ARTIGOS

Pensar fora da caixa

13/03/2025 07h45

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Um texto é sempre uma costura desigual, que insere novas ideias, em que os fios se entrelaçam e podem resultar em um pensamento fora da caixa. Quando falamos em pensar fora da caixa, fora dos ambientes burocráticos, significa que temos mais liberdade para expressar nossas ideias. Queremos abordar conceitos como acessibilidade, possibilidades, credibilidades e interesses no exercício do trabalho e na busca de emprego. 

Desempenhar funções, em diferentes empresas, para os cotistas difere dos demais funcionários. Para aqueles que preenchem vagas de cotas, as funções são as de menos importância, e as pessoas correm o risco de não conseguir atravessar o período de experiência. Por vezes, são dispensados por falta de assistência, a qual poderia modificar a condução das tarefas.

As orientações são imprescindíveis, e os colegas também podem colaborar para melhorar o desempenho das funções. Dada a variedade de deficiências e das características delas, o cotista pode ser contratado para um tipo de trabalho e ter habilidades para outras funções. Neste caso, ele teria de ser alocado em diferentes setores, de modo que ele possa verificar quais são aquelas funções em que ele pode investir mais esforços e obter o sucesso desejado por ele e pela empresa. Esta mobilidade poderia ocorrer com o auxílio dos colegas, que vão acompanhar o trabalho diário.

Pensar fora da caixa ajuda a idealizar uma situação diferente para o cotista, que tem maturidade suficiente para ter acesso à acessibilidade e aos conhecimentos produzidos pela empresa, a desenvolver empatias que possam melhorar o ambiente de trabalho e a adaptar as lacunas vindas das deficiências às necessidades da empresa.

No caso do uso da língua brasileira de sinais (Libras), pode ocorrer o que se chama de violência linguística, com a proibição da comunicação entre os surdos e também existe a desvalorização ou negação, ignorando a comunicação entre os mesmos e forçando-os a se adaptar. Durante séculos esta comunicação foi proibida. Schlünzen, Di Benedetto e Santos (2012), ao escreverem a história das pessoas surdas, mencionam que o padre Espanhol Juan Pablo Bonet (1579-1633) criou o alfabeto manual, em que cada palavra tinha um valor simbólico visual. Neste percurso histórico, o drama ainda continuou, pois o alfabeto manual difere do ensino das línguas. A situação vulnerável da pessoa surda ainda continua, e é preciso sempre lembrar que a inclusão e a cidadania dependem das atitudes de toda a sociedade em relação às deficiências. 

Já temos a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), a qual institui a inclusão da pessoa com deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Precisamos colocá-la em prática, ou seja, encorajar as pessoas a aceitarem uns aos outros e exercer os direitos e os deveres, de modo a garantir que a lei se cumpra e que possamos legitimá-la. 

Então, o que é pensar fora da caixa? Pensar conforme regem as leis e também ter empatia para com pessoas com deficiência, ter prazer em aprender com elas e por elas, ou seja, por exemplo aprender Libras, Braille e, acima de tudo, isso é fazer a diferença.

Convido você a fazer a diferença e a pensar fora da caixa. Vamos?!

ARTIGOS

Mulheres na política, avanços e desafios

13/03/2025 07h30

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É estatístico: a presença feminina na política subiu no Brasil. Os dados eleitorais indicam que houve um crescimento do número de mulheres em todos os cargos em disputa nas eleições municipais de 2024, em comparação ao pleito anterior, realizado em 2020. Esse é um avanço que merece ser relembrado e comemorado de forma especial agora em março, quando é celebrado o Mês da Mulher.

Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que, nas eleições municipais de 2024, quase 730 mulheres foram escolhidas para assumir os postos mais altos das prefeituras de seus respectivos municípios. Em comparação a 2020, o aumento foi de 7%. Já para os cargos de vice, foram eleitas 1.066 mulheres, em uma escalada de 15%. Elas também conquistaram maior número de cadeiras nas Câmaras Municipais, com crescimento de 12%.

São números significativos, que chegam quando estamos próximos de alcançar os 100 anos da eleição da primeira prefeita do Brasil e da América Latina. Alzira Soriano foi eleita em 1929, no município de Lajes, no Rio Grande do Norte, e abriu as portas do mundo político para as mulheres brasileiras. Se estivesse viva, certamente estaria inquieta em busca de novas conquistas. Desafios não faltam. 

Apesar de ser crescente o número de mulheres eleitas, ainda há no Brasil um ambiente político pouco favorável ao surgimento de grandes lideranças femininas. Atualmente, temos apenas duas prefeitas nas capitais brasileiras, em Aracaju e Campo Grande. Se observarmos as eleições de 2022, veremos que foram eleitas apenas duas governadoras, nos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, e somente quatro mulheres saíram vencedoras na disputa para o Senado.

Já na Câmara dos Deputados, os dados são mais animadores. A bancada feminina saltou de 77, em 2018, para 91, em 2022. E é justamente dela que vem um dado preocupante: a cota mínima de 30% de candidaturas femininas foi descumprida em mais de 700 municípios brasileiros em 2024.

A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados divulgou os dados, por meio do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), e os encaminhou ao TSE e à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) com a solicitação de que sejam empenhados esforços para o cumprimento da legislação eleitoral.

E é bom que os partidos estejam mais atentos a esse tema, não simplesmente porque a lei está mais rígida e a fiscalização mais ampla, mas por uma questão de sobrevivência. Temos hoje um novo eleitor, mais bem informado e consciente de seus direitos e dos direitos dos outros, e novas tendências de perfis de candidatos eleitos, com maior representatividade de mulheres e minorias na política.

Os tempos mudaram. Felizmente.

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