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Giba Um

"Vou fazer 80 anos. Mas estou parecendo um jovem de 30 anos. A Janja vir me elogiar aqui não foi...

à toa, não. É porque o meninão aqui sabe...Estou a 180km/h, que nem carro de Fórmula 1, tá?", de Lula num evento de entrega de casas em São Paulo.

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No evento que marcou a apresentação do programa Reforma Casa Brasil, Lula declarou que o Brasil "não se curvou". Com a possível regularização das relações entre Brasil e EUA e a retomada das conversas, o político do PT destacou a “soberania nacional” após a situação de impasse relacionado às tarifas.

MAIS: Lula falou “Todo mundo sabe que quando o presidente Trump sobretaxou o Brasil e ofendeu o Brasil, a gente não abaixou a cabeça. Porque, embora a gente não seja tão grande como eles, a gente tem caráter que muitas vezes eles não sabem que a gente tem. É isso o que faz um país virar nação, é isso o que significa soberania nacional”.

Um pouco mais de drama

Depois que acabou a série “Sob pressão”, a atriz e cantora Majorie Estiano, em 2022 pensou em mergulhar em algo voltado para a comédia. Mas quis o destino lhe mostrar personagens ainda dramáticas como a Ruth, da minissérie “Fim” (2023), do Globoplay e no próximo dia 15 de novembro estreia série no qual é  protagonista “Ângela Diniz: Assassinada e condenada”, da HBO Max, que foi inspirada no podcast “Praia dos Ossos”, da Rádio Novelo. Apesar de ter uma carga dramática,  Majorie  conseguiu capturar a verdadeira essência  da Ângela Diniz e comemorou: “Embora a Ângela tenha sido assassinada, pensei: ‘Finalmente, vou fazer uma mulher que transa, bebe e é dada ao prazer’. Foi uma trabalheira, tinha muito figurino, acessórios, maquiagem e cabelo, mas estava brincando de boneca com a caracterização”. E completa: “Meu primeiro impulso foi construí-la sob a luz de um olhar masculino, no sentido de que ela despertava o desejo dos homens. Mas essa é a visão deles. Tivemos cuidado para não reduzi-la a este lugar. Era uma mulher livre e foi assassinada por não se submeter a nada, e não porque era bonita e provocava ciúmes ou fazia com que os homens perdessem a razão. Se não tivéssemos esse cuidado, esvaziaríamos o feminicídio, o estupro e a importunação”.  Namorando desde 2022 o médico Marcio Maranhão, autor do livro que inspirou a série Sob Pressão, Majorie disse que nunca teve o sonho de se casar e se classifica como zero romântica.  “Nunca tive o sonho de me casar e ter filhos. Congelei óvulos, mas não pretendo usar, por enquanto. Só terei um filho se for um desejo insuportável”.

BC quer aumentar reservas de ouro

A diretoria do Banco Central tem mantido discussões sobre a necessidade de aumento das reservas de ouro do país. A autoridade monetária estuda retomar as aquisições do  metal, as últimas operações foram em meados de 2021. O BC enxerga a realidade pelas mesmas lentes de outros tantos países que estão ampliando muito sua posição como hedge para uma possível guerra via taxa de câmbio. No ano passado, bancos centrais de todo o mundo compraram 1.045 toneladas do metal.  Os estoques soberanos chegaram a uma marca de 36 mil toneladas, a maior desde meados dos anos 1960. Neste  ano, a caça ao ouro prossegue. No primeiro semestre deste ano, as aquisições somaram quase 400 toneladas.

Sempre a China

O que mais chama a atenção e o movimento da - sempre ela - China: o país tem adquirido ouro há 18 meses consecutivos. O metal já representa quase 9,1% das Reservas Forex chinesa. Há quatro anos, essa proporção era de apenas 3,3%. Na última década a China adicionou cerca de 1,1 mil toneladas de ouro às suas reservas superada apenas pela Rússia com a aquisição de 1,2 mil toneladas no mesmo período, Russos e chineses já ocupam, respectivamente o quinto e o sexto lugares entre  os países com maiores  estoques oficiais do metal  - ambos com algo em torno de 2,3 mil toneladas. O campeão é o Estados Unidos: 8,1 mil toneladas.

Mudou a visão

A apresentadora e modelo Vera Viel, que completou 50 anos no último dia 12, revelou que o diagnóstico de câncer raro recebido no ano passado, fez ela mudar sua visão de vida. “O câncer me trouxe aprendizados profundos, me ensinou a ver a vida com outros olhos. Descobri que sou forte e corajosa, e que cada dia vivido é um presente. Chegar aos 50 anos é como alcançar o topo da montanha e olhar o caminho percorrido. É tempo de colher tudo o que se plantou com esforço, amor e fé”. Sobre a idade e o etarismo foi direta: “Envelhecer revela belezas que só o tempo ensina. Eu não tenho medo do envelhecer, é um processo natural da vida. O mais desafiador é perceber como o tempo passa rápido demais. Mas o bonito é ver que a vida ganha profundidade e que a beleza não está em ser perfeita o tempo todo”. E para completar falou que as vezes o silêncio é necessário: “Gosto de momentos de silêncio, de oração, de estar em contato com a natureza e com a minha família. Essas pausas me recarregam e me lembram do que realmente importa".

30 anos

O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que é visto como o principal nome para a vaga no Supremo Tribunal Federal que foi deixada pela aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, tem a possibilidade de permanecer na Corte por um período que pode chegar a 30 anos. Com 45 anos de idade, Messias ainda está longe  da idade de obrigatoriedade de se aposentar ao completarem 75 anos, conforme estabelece o regimento interno da Corte. A saída de Barroso, previamente anunciada, abre espaço para mais uma escolha de Lula para o STF, sendo esta a terceira indicação durante a sua atual gestão. O presidente já nomeou os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, que mantêm laços estreitos com sua administração. O presidente da República possui a decisão final sobre a nova nomeação, mas a indicação precisa passar por uma sabatina e ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, além do plenário do Senado. Jorge Messias, que está alinhado com o núcleo político do PT, é considerado uma figura fundamental na estratégia jurídica do governo e possui a confiança do presidente Lula.

EUA-Brasil: olho na energia nuclear

A "química" entre Lula e Donald Trump  poderá render ao Brasil uma posição privilegiada para tirar proveito entre essa "guerra fria" entre Estados Unidos e China. Entre as pautas que deverão ser colocadas sobre a mesa de negociações entre Brasília e  Washington para a redução do tarifaço está a hipótese de um acordo de cooperação nuclear. No entendimento do governo Lula os  dois países têm importantes moedas de troca nessa área. A do Brasil está no seu subsolo. Os Estados Unidos cobiçam não apenas terras raras, mas os minerais brasileiros, especialmente o tório, que deverá ter uma crescente participação na geração de energia. O acesso preferencial a esses recursos seria uma das compensações para Trump rever as tarifas impostas a uma série de produtos brasileiros.

Pérola

"Vou fazer 80 anos. Mas estou parecendo um jovem de 30 anos. A Janja vir me elogiar aqui não foi à toa, não. É porque o meninão aqui sabe...Estou a 180km/h, que nem carro de Fórmula 1, tá?", 

de Lula num evento de entrega de casas em São Paulo.

Cabo eleitoral

Em sua peregrinação pelo Senado para confirmar sua eventual indicação para o Supremo Tribunal Federal, o advogado-geral da União, Jorge Messias, terá um bom trânsito entre a tropa de choque bolsonarista: André Mendonça, ministro da Corte indicado por Bolsonaro. Mendonça já avisou que quer ajudar a reduzir a rejeição e conseguir os 44 votos necessários para ter a indicação confirmada. Mendonça também sabe que Davi Alcolumbre está trabalhando por Rodrigo Pacheco. Na gestão Bolsonaro, Mendonça ocupou a AGU que Messias ocupa hoje. Os dois são evangélicos: Messias é membro da Igreja Batista;  Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana.

Fazendo compras

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, realizou compras no Brasília Shopping, na capital, enquanto a CPMI ouvia mais indivíduos envolvidos no roubo a aposentados. Embora fosse um dia de trabalho, Queiroz não parecia estar com pressa ao escolher uma caneta da Montblanc na Pedrart, uma joalheria de luxo. As canetas dessa marca não são exatamente acessíveis para os aposentados que sua pasta deveria apoiar, principalmente aqueles que foram enganados por entidades. O modelo mais básico custa significativamente mais do que a maioria das aposentadorias miseráveis: R$ 2.275. Se um cliente decidir adquirir um modelo exclusivo de caneta-tinteiro, os preços começam em R$ 4.200. As canetas-tinteiro dessa desejada marca no mercado de luxo podem alcançar preços de até R$ 36 mil, especialmente se apresentarem acabamentos em ouro ou platina.

Venda no Paraguai

A Raízen está em diálogo com possíveis compradores de sua operação no Paraguai. A estatal de petróleo Petropar é uma das partes interessadas. As conversas tratam da venda da participação de 27% da Raízen na joint venture com a família Ortega Echeverría. Essa joint venture representa a maior rede de distribuição de combustíveis do Paraguai, possuindo mais de 300 postos de gasolina. De maneira direta ou indireta, o governo paraguaio tem se empenhado para remover a Raízen do mercado e facilitar a entrada da Petropar. No ano passado, o presidente Santiago Peña promulgou um decreto que estabelece novas diretrizes para o funcionamento das distribuidoras de combustíveis no país, incluindo uma exigência peculiar de que as empresas tenham tanques com capacidade para 16 milhões de litros. Curiosamente, apenas a Petropar atende a essa demanda.

Processo silencioso

Após sua saída da TV Globo, o jornalista Rodrigo Bocardi confirmou que está iniciando um processo legal contra a emissora. O antigo apresentador do “Bom Dia São Paulo” descreveu a situação como uma "disputa silenciosa e jurídica". Depois de mais de 25 anos de trabalho, Bocardi foi dispensado em fevereiro deste ano. "Não desejo discutir isso, pois esse assunto é estritamente silencioso e jurídico. No entanto eu digo: houve uma acusação sem que nenhuma prova fosse apresentada, sobre nada". Bocardi considerou sua demissão como uma injustiça. Ele revelou ter sido surpreendido pela administração da emissora ao receber a notícia de sua saída após mais de 20 anos de colaboração.

Barra famosa

Quem diria, a velha e industrial Barra Funda ficou famosa. A revista britânica Time Out acaba de classificar a veterana área da Zona Oeste paulistana como o terceiro bairro mais "cool" do mundo. Os trilhos que dividem o bairro ao meio fazem parte da cena criativa que surgiu nos últimos anos na região. Muitos galpões vazios foram transformados para uso cultural, gastronômico e de lazer. Bares e restaurantes têm culinária diversificada, mas é a coreana que está em alta. Em setembro, a Time Out concedeu  medalha de bronze à Barra Funda como um dos bairros mais interessantes do mundo". 

Mistura Fina

Num encontro recente, um aliado tentou advertir Lula sobre erros - e a história está nas redes sociais - que ele teria cometido em indicações anteriores para o STF  e o presidente logo tratou de interromper, dispensando o conselho: "Passei 580 dias em Curitiba lembrando esses erros. Pode ter certeza de que eu já pensei mais nisso do que você".

O encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump se confirmado, deverá ser no domingo próximo, dia 26, na Malásia, à margem da Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, dia de abertura do evento. Após a solenidade, Lula terá reuniões bilaterais entre elas, com primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Na viagem Lula, estará em Jacarta, onde se reunirá com o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto ; no dia 25, encontrará o primeiro-ministro malaio,  Anwar Ibrahu.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), expressou , que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo precisará atrair os partidos do Centro em vez de depender do bolsonarismo, caso queira garantir apoio para uma eventual candidatura à Presidência nas eleições de 2026. "Se o governador Tarcísio deseja ser candidato e ter o nosso apoio, não somos nós que vamos fazer o movimento para um discurso bolsonarista, mas ele que precisa de um posicionamento mais ao centro e mais afastado do bolsonarismo”.

O congressista Nikolas Ferreira (PL-MG) reagiu à notícia de que a Receita Federal está empregando inteligência artificial para examinar dados do Pix e detectar “inconsistências”: Ué, não era fake news minha? Eu avisei”.

Uma pesquisa efetuada pelo instituto Ipsos revelou as figuras públicas mais influentes no Brasil. O estudo explora as personalidades que têm maior capacidade de impactar comportamentos, opiniões ou a percepção da sociedade. No topo da lista está o ator Lázaro Ramos, seguido pela atriz Fernanda Montenegro e pela apresentadora Astrid Fontenelle. Logo depois vem a atriz Érika Januza, o jornalista Carlos Tramontina,  Xuxa e  Ivete Sangalo.

In – Massagem desportiva

Out - Massagem sueca

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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