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Giba Um

"Vou viver até 120 anos. Então, dá tempo para mais um mandato, depois um descanso e mais...

...à  frente, eu volto para mais um quinto mandato", de Lula, entre aliados chegados, brincando com a alta nas pesquisas - e de salto alto

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O Portal dos Fundos fará um especial para a emissora RTP com Fabio Porchat, Gregório Duvivier e João Vicente De Castro (está no elenco de "Vale tudo"). Intitulado "Porta pro Molhão", contará com a participação de 15 atores portugueses, entre eles Bruno Nogueira e Salvador Martinha.

MAIS: Trata-se de uma paródia do programa "Quem quer ser um milionário?" (originalmente da mesma emissora portuguesa. O roteiro é de Porchat e Gabriel Esteves, com a colaboração de Susana Verde, que adaptou o texto para a linguagem do país, As gravações serão em dezembro.

Se reconhecer

O mês de outubro, é o mês da prevenção e conscientização do câncer de mama, não que os outros também não sejam, mas é nesta época que se intensifica as campanhas contra a enfermidade. A modelo e apresentadora Fernanda Motta, que em 2019  foi diagnosticada com câncer do tipo triplo-negativo, mais agressivo e raro, é uma das defensoras e embaixadora da causa. Por ser um tipo raro o médico da modelo prefere abordar o conceito de cura com uma perspectiva temporal de sete anos. “Um diagnóstico desse é surpreendente, dá um choque. Me perguntam muito: ‘O que mudou?’ Você renasceu?’. Não é uma questão de renascimento, é de conhecimento. Eu me reconheci. Dou mais valor para o que interessa de verdade: os momentos com a minha filha, as risadas com os amigos. Antigamente, frustrava-me muito mais. Aprendi a dizer ‘não’, porque meu foco é outro. A gente pensa no material, gosta tanto de trabalhar, e, no fim das contas, para que precisa de tudo isso? É mais sobre escolher como viver. E o que quero mesmo é ter saúde para ter paz.” Apesar de faltar pouco tempo para os médicos   darem o diagnóstico de 100% de cura (após o período de remissão) Fernanda contou que nunca duvidou da cura. “Sou católica, tenho muita fé, e acreditava o tempo todo que a cura era possível. Foi um baque, um sofrimento, mas não me lamentei. Não entendo como um castigo. Tive que viver fisicamente essa situação, sempre acreditei que havia um porquê. Talvez, para uma evolução espiritual”. Hoje aos 44 anos, ela revela que a maturidade  é praticamente uma escola que vai lhe ensinando muitas coisas. “A gente entende, com a maturidade, que o conceito de beleza vai além da aparência. É uma construção que vem com as experiências da vida e o autoconhecimento. Hoje, lido com a passagem do tempo com mais serenidade. Aprendi a valorizar outras formas de beleza: a leveza, a confiança e o prazer de estar bem comigo mesma. O tempo traz uma confiança que nenhuma juventude substitui, a de estar segura de quem se é”.

Michelle: "Carta às brasileiras"

Quem diria: Michelle Bolsonaro é quem mais parece se aproveitar das disputas travadas no âmago do bolsonarismo. Está ganhando corpo a ideia de que a ex-primeira-dama deverá lançar uma carta aberta às mulheres. Seria uma manifestação, com carga emocional, quando ela ressaltaria a importância das mulheres se unirem em torno de questões como família, valores tradicionais e fé  - palavras que ecoam nos palanques de extrema direita. Michelle se aproveitaria dessa "Carta às brasileiras", suposta versão político-evangélica da famosa "Carta aos brasileiros", de Lula, para passar a mensagem de "força" e "resiliência" diante do "sofrimento" causado pela prisão do marido. Numa entrevista ao britânico The Daily Telegraph, ela já deu um sinal e até prometeu virar “uma leoa”, para defender valores conservadores e o companheiro. Bolsonaro já concorda com o lançamento da "Carta", pensa nela como vice de alguma chapa que escolha, enquanto a possibilidade de disputar a Presidência cresce entre blocos femininos e mais ainda em círculos evangélicos. Em 2022, esse grupo religioso subiu para 26,9% da população. Entre os eleitores já passam de 30%. 

Segundo turno

Juntos, mulheres e evangélicos são os maiores ativos políticos de Michelle e responsáveis por manter seu nome em alta nas sondagens. Seis institutos, entre janeiro e setembro, revelaram que ela é a possível candidata que mais se aproxima de Lula, num segundo turno, mesmo outras pesquisas afirmando que essa distância está aumentando. Outro dado: é ela que encontra menor resistência entre o eleitorado, embora seu índice de rejeição seja de 61% (era de 51% nas últimas duas pesquisas do Genial /Quaest). Mais: alternativa do nome da  manifestação também poderá ser "Carta Aberta a Mulher Brasileira".

Questão de credibilidade

Com mais de 40 anos de carreira no jornalismo Mônica Waldvogel, uma jornalista de prestígio, vira e mexe vê se em meio a polêmicas.  Entre tantas controvérsias que gerou repercussão na mídia, uma delas ocorreu em outubro de 2023, quando Mônica teria insinuado a existência de uma conexão entre o PT e o Hamas.  No  ano passado  também movimentou as redes sociais ao apresentar visivelmente emocionada enquanto falava sobre o Projeto de Lei que classifica o aborto como um crime de homicídio, proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). E na última segunda-feira (13) durante o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre os reféns que foram liberados pelo Hamas, houve falha no áudio e sua fala de Nossa Senhora, espero que o diabo lhe…”, pode ser ouvida. Apesar de tantas contradições e polêmicas envolvendo Mônica, nada consegue abalar a credibilidade da jornalista, devido a sua comprovada competência.

Currículo

Michelle Bolsonaro concluiu o ensino médio (supletivo) numa escola pública em Ceilândia, Distrito Federal. Antes de se casar com Bolsonaro, trabalhou como secretária parlamentar na Câmara dos Deputados, entre 2004 e 2008. Filha de pai motorista de ônibus, pensou em cursar uma faculdade, chegou a se inscrever em Farmácia mas acabou se desinteressando. Em 2024, para melhorar o desempenho em suas circuladas nacionais na conduta do PL Mulher, Michelle decidiu se inscrever num curso de Gestão Pública numa faculdade de ensino a distâncias - e, claro, também pensando num voo político maior.

Flerte com PSD

O ministro do Turismo, Celso Sabino, mantém conversas para se filiar ao PSD.  O União Brasil, seu atual partido, suspendeu Sabino, além de ameaçá-lo de expulsão pela sua decisão de permanecer no governo Lula. Há quem diga que a aproximação com PSD seria um blefe do ministro para testar até onde o União Brasil está realmente disposto a esticar a corda. Do lado do PSD  não há blefe, mas cobiça. O partido do Gilberto Kassab, que já soma o segundo maior número de ministérios, atrás apenas do PT, passaria a ter mais uma Pasta para chamar de sua. Hoje, são três: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e André de Paula (Pesca).

Pérola

"Vou viver até 120 anos. Então, dá tempo para mais um mandato, depois um descanso e mais à  frente, eu volto para mais um quinto mandato",

de Lula, entre aliados chegados, brincando com a alta nas pesquisas  - e de salto alto.

Repasses turbinados

Levantamento no sistema de convênios do governo federal revela que, desde julho, houve uma disparada nos contratos assinados com prefeituras administradas por aliados dos ministros Celso Sabino (União Brasil) e do Esporte, André Fufuca (PP). Com isso, Maranhão e Pará - redutos eleitorais deles -subiram ao topo do ranking dos estados mais contemplados por Esporte e Turismo em 2025. Os convênios viabilizaram recursos para obras ou serviços. Os dois se esforçaram com a devida antecedência achando que seus partidos lhe cobrariam saídas de seus ministérios do governo Lula.

Correndo na ponta

Os favoritos para a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal reúnem diferentes níveis de apoio no Planalto, no Congresso e no próprio STF. O entorno de Lula avalia que o advogado-geral da União, Jorge Messias, larga na frente pela maior proximidade com o chefe do Executivo. Um ministro da Corte acha que Messias seria uma "solução caseira" pela relação de anos com Lula. Petistas do primeiro time apoiam Messias: Jaques Wagner (ele foi chefe de gabinete do senador baiano), Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad, do PT e do Grupo Prerrogativas. E conta também, evangélico que é, com progressistas e conservadores das lideranças do segmento evangélico.

"Fechar questão", não

É cada vez menor o número dos que acreditam no projeto relatado por Paulinho da Força (SD-SP) sobre o 8 de janeiro vai dar alguma coisa diferente da derrota. Ainda que ande, na oposição pesa grande desconfiança contra a atitude do PSD, especialmente o dono do partido, Gilberto Kassab. Para quem pergunta, Kassab diz que o PSD deverá liberar a bancada para votar como quiser e descarta "fechar questão" e apoiar o abrandamento ou anistia das penas. Não passa pela cabeça dele, por exemplo, romper com o governo Lula e entregar os três ministérios que o partido tem.

Enredo de escola

A escola de samba Acadêmicos de Niterói, do Grupo Especial, exibirá na passarela, no carnaval, seu enredo dedicado a vida do presidente Lula, com direito a participação, como convidados, de diversas figuras políticas. A primeira-dama Rosangela da Silva, a Janja (para quem não sabe, é um apelido de infância), ganhará uma posição de destaque no principal carro alegórico. O maridão teria recomendado que Janja participe usando trajes comportados, embora ela sempre se gabe de "ter samba no pé". Sua amiga, Daniela Mercury, quer estar ao seu lado na Sapucaí.

Paixão especial

O húngaro László Krasznahorkai, novo prêmio Nobel de Literatura, publicou em julho entre nós, pela Todavia, "A paixão pela mentira". O livro diz que "a paixão dos fascistas pela mentira se origina de suas vivências mais precoces". Ou seja, que a infância dos líderes fascistas diz muito do que eles se transformam na vida adulta, "a fé numa intolerância que pretende suprimir diferenças e transformar dissidentes em inimigos". Lembra muita gente conhecida.

Em espanhol

Na semana passada, o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, conversaram por 15 minutos – e em espanhol. Rubio é filho de cubanos que fugiram do regime de Fidel Castro e foi iniciativa dele preferir conversar com o brasileiro na língua familiar, achando que seria mais coloquial. Vieira é fluente em línguas: inglês, espanhol, francês, italiano e, de quebra, um pouco de japonês.

Mistura Fina

O silêncio de Milton Cavalo não impediu que a CPMI da roubalheira do INSS de expor as entranhas do Sindnapi, sindicato descrito pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como "organização criminosa familiar" que tomou dinheiro de aposentados e pensionistas. E não foram poucos: a Controladoria Geral da União, que a CPMI acusa de omissão, apontou que 254.401 (ou 96,8% do total) aposentados não autorizaram o desconto para o Sindnapi, quem embolsou R$ 1,2 bilhão.
 
Alfredo Gaspar mostrou também mensagens de aposentados ou seus familiares denunciando roubo em curso, sem nenhuma providência. Exibiu ainda documentos sobre como a organização criminosa dividia o dinheiro entre familiares da dupla João Feio e Milton Cavalo. Gaspar revelou que a CMW Corretora e o banco BTG foram envolvidos no esquema investindo dezenas e até centenas de milhões de reais. Mais: Milton Cavalo cedeu a vice da entidade a Frei Chico, irmão de Lula, após assumir a chefia com a morte de João Feio.
 
A ministra Cármen Lúcia, chefe da Justiça eleitoral, virou alvo, nos últimos dias, de críticas de alguns colegas de toga por causa da falta de decisão do TSE em relação à campanha antecipada promovida por Lula no país. A presidente do tribunal demonstrou certa preocupação. Em 2021, a Corregedoria e a Procuradoria da Justiça Eleitoral abriram, de ofício, apurações contra Jair Bolsonaro por campanha eleitoral antecipada - se bem que não levou a nada.
 
Cada vez mais, os círculos teatrais de São Paulo e Rio exibem em monólogos de artistas conhecidos baseados em confissões pessoais, textos consagrados e adaptações. Agora, é o caso da atriz Vera Holtz, que está se apresentando no Festival de Teatro do Rio de Janeiro, com "Ficções". É originado no best-seller " Sapiens - Uma Breve História da Humanidade", do filósofo Yuval Noah Harari, que aborda capacidade humana de inventar, criar ficções e imaginar coletivamente como deus, nações, sistema políticos e outros.

Misturando figuras famosas e respeitadas com brasileiros de todas as áreas, a pergunta vigente é uma só: "Quem matou Odete Roitman?” No domingo (12), a atriz Deborah Bloch, participou do júri do programa de Luciano Huck, foi mais que aplaudida e teve um comportamento dos mais agradáveis.

In –  Pudim de iogurte
Out – Pudim de rosas 

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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