Polícia

Disputa

Confronto entre indígenas e policiais em propriedades rurais deixa 11 feridos e um nativo morto

Em coletiva, secretário de Justiça Antonio Carlos Videira esclareceu os fatos

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O confronto entre indígenas e a Polícia Militar na região de Amambai, causou a morte de um indígena e deixou 11 feridos. O óbito foi confirmado pelo prefeito da cidade, Edinaldo Bandeira. 

De acordo com as informações de Paulo Cotto, responsável pelo Hospital de Amambai, o indígena que não teve o nome revelado, foi atingido por um tiro no abdômen, mas já chegou sem vida ao hospital.  Outros dois índios feridos foram transferidos para o hospital de Ponta Porã.

Contudo, em coletiva na tarde de hoje (24), o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, não confirmou nenhuma morte durante os conflitos. 

"Não temos [mortos]. Temos até este momento a notícia de seis pessoas, não dá para dizer que são todos indígenas, podem ser paraguaios ou indígenas do Paraguai, que foram atingidos e desses dois foram removidos para Ponta Porã", destacou Videira. 

Ele informou também que foram três policiais atingidos, mas sem lesões graves porque estavam protegidos.

De acordo com o secretário, a primeira propriedade invadida foi a Fazenda Tejui ontem (23), à noite, em Naviraí. Informações de site locais apontam que a ocupação teve a participação de 20 a 30 índios. 

De acordo com relatos, os indígenas teriam entrado na fazenda e expulsado os moradores da casa, que acionaram os policiais. A Polícia Militar entrou na propriedade e foi recebida com lanças e flechas. 

Os itens usados nos ataques foram apreendidos pelos policiais e chegaram a Delegacia de Naviraí. Os indígenas que ocuparam a casa fugiram após o confronto com a polícia. 

Veja o Vídeo

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A segunda invasão ocorreu em Amambai, ontem (23), na propriedade rural que faz fronteira com o Paraguai, em uma área com território ancestral denominada Kurupi/São Lucas, a cerca de 350 quilômetros de Campo Grande. 

Os moradores que estavam na propriedade foram surpreendidos por mais de 20 indígenas, segundo relatos locais, e também foram expulsos das casas. 

Acionada, a Polícia Militar enviou viatura com policiais do Batalhão de Choque e também helicóptero para conter a violência.  

No confronto houve três policiais feridos. "Eles espalharam o terror, criaram um clima de terror mesmo, expulsando as pessoas e depois praticando roubos", contou Videira. Os policiais ainda vão investigar se os roubos realmente ocorreram porque a casa estava bagunçada.

Ainda de acordo com Videira, o que levou ao conflito não foi uma reitegração de posse ou uma desocupação. 

"Não é uma desocupação e não é uma reintegração de posse. A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência grave de crimes contra o patrimônio e contra a vida. A exemplo do que fazemos em qualquer local com risco iminente de conflito. Porém, uma área próxima a aldeia", informou Videira   

"São apaurados crimes contra o patrimônio, danos, crime flagrancial, no que trata da posse da terra será discutido e investigado depois", completou o secretário. 

Neste momento mais de 100 policiais militares da tropa do Choque estão no município. Conforme o secretário, os casos são investigados pela Polícia local e "como está próximo a aldeia, foi exigido segurança especial por isso levamos a tropa de Choque". Também contam com o apoio da Polícia Federal e o helicóptero para manter a ordem. 

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Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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