A Polícia Civil investiga relacionamentos de Carla Santana de Magalhães, 25, sequestrada no portão de casa na terça-feira e encontrada morta nesta sexta-feira. O corpo foi deixado na mesma via em que ela residia, na Rua Nova Tiradentes, Bairro Tiradentes, em Campo Grande. As reais circunstâncias em que a jovem foi assassinada são desconhecidas pelos investigadores, que agora reforçam a apuração em torno de nomes citados por familiares e amigos da vítima a fim descobrirem a autoria e a motivação do crime.
Segundo as informações, Carla foi sequestrada na terça-feira. Conforme a mãe disse em depoimento, ela estava dentro de casa quando ouviu a filha gritar em frente à residência, Carla disse que estava sendo roubada e colocada em um carro. A jovem havia saído de casa para ir ao supermercado com uma amiga que reside nas imediações.
Após deixar a amiga na residência, Carla dirigiu-se para a própria casa, mas, ao chegar no imóvel, teria sido abordada, colocada dentro de um veículo e levada à força.
A mãe da vítima ainda saiu no portão, mas já não encontrou a filha e também não conseguiu ver o carro no qual ela teria sido colocada. O celular dela, um chaveiro, o café comprado no mercado e os chinelos ficaram no chão.
Apesar das insistentes buscas à vítima desde o seu sequestro, a polícia não conseguiu localizá-la. Na manhã desta sexta-feira, porém, foi encontrada morta no Bairro Tiradentes, a cerca de 40 metros de casa.
Uma amiga de Carla disse que o irmão e o cunhado da jovem saíram para procurá-la e a encontraram em frente a um mercado, localizado na Rua João Casimiro. Ela estava nua e com sinais de estrangulamento. Pelas circunstâncias, a polícia acredita que a vítima tenha sido assassinada em outro local.
A Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios (DEH) está tentando estabelecer a autoria do assassinato. Agora, com a localização do corpo, a polícia reforça algumas linhas de investigação. Uma delas está centrada em supostos relacionamentos de Carla, a partir de informações relatadas por amigas e familiares.
Um desses relatos indica que a jovem teria mantido, no ano passado, um relacionamento com um homem de 56 anos e que este não estava aceitando o fim do namoro. Além desse, a garota estaria iniciando um relacionamento com outro homem, de 50 anos, fotógrafo. O namorado anterior vinha tentando retomar a relação, o que a vítima não aceitava, até mesmo por estar se relacionando com o fotógrafo há dois meses. Sexta-feira, o delegado Carlos Deleno, da Homicídios, evitou falar sobre o andamento das investigações.
RUMORES
Por outro lado, o sequestro de Carla reforçou rumores de mulheres que teriam relatado em redes sociais casos de perseguição na rua, particularmente nos bairros Nova Campo Grande, Alves Pereira, Los Angeles e Itamaracá.
A delegada Bárbara Camargo Alves, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), disse que três casos diferentes chegaram ao conhecimento da polícia, mas parece não haver relação entre eles.